quarta-feira, 16 de março de 2011

José Dirceu negocia compra na sociedade da Rede TV

por Eli Halfoun
É também por debaixo dos panos que José Dirceu está fazendo um novo negócio: é o representante de um grupo português de comunicação interessado em adquirir os 30% da sociedade na Rede TV que Marcelo Carvalho colocou a venda. Esse teria sido o motivo da presença de Dirceu na platéia da estréia de Hebe na emissora. Sabe-se também que se o negócio for concretizado José Dirceu terá atuação direta na diretoria da Rede TV e também a possibilidade de fazer comentário nos programas jornalísticos. Corre o risco de falar demais. (Eli Halfoun)

terça-feira, 15 de março de 2011

Alguma coisa está fora de hora...

Nada mais brega e aguda demostração de incurável complexo de inferioridade achar que tudo lá fora funciona bem. Essa nota vai para essa turma deslumbradinha: um simples relógio de contagem regressiva dos Jogos Olimpicos de Londres  - bem parecido que aquele que rodou direitinho na praia de Copacabana um ano e meio antes dos Jogos Panamericanos - pifou logo de saída. Pegou mal para a imagem de perfeição que tentam passar e os ingleses correram para dar um jeito na geringonça. Relógio não chega a ser um invento sofisticado. Os jornalistas esperam que os sistemas do centro de imprensa, no ano que vem, funcionem melhor. A reprodução é do site da Folha.

Primeiro jornal brasileiro para iPad

Lançado ontem o primeiro jornal brasileiro produzido exclusivamente para o iPad. Com duas edições diárias, uma às 6 da manhã e outra às 20h, o “Brasil247” pode ser baixado gratuitamente pela loja de aplicativos da Apple. Há atualizações ao longo do dia. A redação comandada por Leonardo Attuch e Joaquim Castanheira contratou 20 jornalistas. O jornal apresenta editorias de Poder, Brasil, Mundo, Cultura Agro, Mídia & Tecnologia, Games & Aplicativos, Ecologia, Esportes e Fotografia, além de um revista especial no fim de semana, a “Oásis”.

Abalos na torre de papel...

Os veículos impressos não vão se extinguir em um passe de mágica, claro. Mas o processo de substituição avança. O Poynter Institute, instituição norte-americana de pesquisas especializada em jornalismo, divulga mais um marco dessa irresistível escalada: pela primeira vez na história há mais pessoas tomando conhecimento das notícias através da internet do que por  meio de jornais e revistas tradicionais. O futuro chega rápido.

Cigarro mata! Não é preciso dizer mais nada

Certamente na falta do que fazer, a Fundação Getúlio Vargas fez um estudo para a indústria do fumo tentando provar que o Brasil perde milhões de dólares com as restrições que as leis fazem ao fumo. Trabalhando sob eencomenda, a FGV não contabiliza o outro e trágico lado desta conta de chegar: as mortes causadas pelo fumo e o alto custo de tratamento de doenças provocadas pelo cigarro. São milhares de pessoas que lotam hospitais públicos, principalmente. A perda de vidas, além do alto custo em saúde pública, é a conta que importa. O resto é o lobby de quem lucra com um produto mortal.

As "polianas" da ONU.

Enquanto o governo japonês se alarma com a possibilidade de ampliação da contaminação nuclear, a ONU, através da Agência Internacional de Energia Atômica, distribui sucessivos comunicados minimizando o problema. Estranho... ou os doutores estão mal informados ou o "pmbd" tomou conta da agência e a agência defende algum interesse ou são um bando de "polianas" que preferem acreditar que tudo vai dar certo e o reator é cor de rosa. O fato é que a cada comunicado otimista da ONU alguma coisa explode nos reatores atingidos. Ainda bem que os japoneses não dão bola para esse comunicados e já pediram ajuda aos Estados Unidos para evitar o derretimento do núcleo da usina de Fukushima.

A magia dos números

deBarros
Em 2006, o Governo Federal pagou aos desempregados mais de 10 bilhões de reais e em 2010 esses valores subiram para mais de 20 bilhões de reais ao mesmo tempo que os índices de desemprego caiam de 9,9% para 5,3% nesse mesmo ano de 2010. De repente, o país tem mais pessoas desempregadas e mais pessoas empregadas.
Alguma informação está errada evidenciando – fica muito claro esse detalhe – a manipulação de números do governo atual. Antigamente as cartomantes ciganas diziam para reforçar a sua profissão que "as cartas não metem jamais". O mesmo se pode dizer em relação à aritmética que "os números não mentem jamais". Como os componentes desse governo petista não são muito chegados ao saber devido ao seu baixo nível de instrução, compreende-se que usem de recursos não recomendáveis à boa informação emprestando números falsos a ela.
Mas, é assim que através de falsos dados estatísticos, o governo vem manipulando, também, a população que ignorando esses detalhes acaba votando no partido.
Mas, não há mentira que se mantenha muito tempo na crista da onda. Um dia a verdade surge de onde estava oculta e revela a todos a sua verdadeira mensagem desmoralizando os falsos profetas, que teimavam em se manter no poder através da mentira e do engodo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Veja as últimas serigrafias de Rubens Gerchman

Foto: Reprodução/Divulgação

por Eli Halfoun
Chega de carnaval: está na hora de fazer outros e mais calmos programas. Boa pedida é a exposição “Rubens Gerchman: os últimos anos”. Na Caixa Cultural do Rio (Avenida Almirante Barroso,25, Centro) dá para se deslumbrar com as últimas 30 serigrafias do artista. A exposição começa no próximo dia16 e se estende até o dia 8 de maio. Não perca. (Eli Halfoun)

Pelé dispensa a pílula azul e as notas “verdinhas”

por Eli Halfoun
Viagra, a “milagrosa” pílula azul que tem feito a alegria de muitos homens e em consequência de muitas mulheres, não estimula Pelé nem no consumo e nem no faturamento. Ele foi sondado para ser o “velhinho- propaganda” de uma nova campanha da pílula, mas mandou avisar que, embora já tenha anunciado o produto, não tem mais interesse em voltar a fazer esse tipo de propaganda. Pelé garante que não pretende mudar de opinião nem mesmo diante da milionária proposta que o laboratório fabricante da pílula azul pretende fazer. Há quem diga que é o maior cachê oferecido para uma celebridade. Pelé dispensa a azul e as verdinhas. Quem pode, pode. (Eli Halfoun)

Aprenda a ser um bom assessor de imprensa

por Eli Haffoun
A falta de empregos (com salários decentes, evidentemente) em redações de jornais e revistas tem levado muitos profissionais de imprensa a se dedicarem a praticar “assessoria de imprensa’. O cada vez maior número de “assessores” provoca uma enorme confusão no mercado que confunde assessoria com divulgação - aquela que faz o dito assessor ficar pedindo (quase implorando) notinhas na mídia, seja qual for. Assessoria de imprensa não é exatamente o que a maioria dos profissionais pratica, mas tudo bem: cada um trabalha do modo que achar melhor e mais eficiente. Mesmo aqueles que estão assessores por obrigação, ou seja, para garantir o pão de cada dia precisam sempre melhorar. É o que oferece o Curso Prático de Assessoria de Imprensa do Curso Radix. A proposta é “capacitar o aluno para atividade do dia a dia das assessorias, a partir da reciclagem de conceitos e práticas, inclusive das tarefas relacionadas com as mídias sociais. O curso acontece de 16 de março a 4 de maio, com aulas (das 15 às 18 horas) na Avenida Erasmo Braga, 299- salas103e104, no centro do Rio. A aulas serão dadas pelos mestres em educação e experiente assessora Bette Romero e pela especialista em Estratégia de Marketing e Assessoria de Imprensa Mônica Coronel. Mais informações pelo telefone (21) 2215-4025 ou clique neste link
Jornalista sindicalizado tem 10% de desconto. (Eli Halfoun)

Deu na Folha...escândalo no PSDB paulista

domingo, 13 de março de 2011

Carnaval acabou? Vieira Souto agora...

Viviane Araújo, vídeo da musa do Sambódromo...

CLIQUE AQUI

Flagrante: incêndio em carro da Beija Flor. Veja fotos e video

Um jato d'água extingue as chamas. Foto José Esmeraldo Gonçalves
O foto ameaçou se espalhar.Foto José Esmeraldo Gonçalves
Foto José Esmeraldo Gonçalves
Os componentes da escola agiram rápido ao perceberem a fumaça que sai da base da alegoria.. Foto José Esmeraldo Gonçalves
Um susto no Sábado das Campeãs. Um princípio de incêndio ameaçou o carro Beija Flor, da escola de Nilópolis. Correria dos componentes da escola, logo aparecem extintores, até que do lado direito da pista, à altura do camarote da Brahma, os bombeiros entram em ação e um jato d'água extingue as chamas. A destaque que vinha no alto do carro aparentemente não chegou a perceber o que se passava na traseira da alegoria. Ao final do incidente, as arquibancadas aplaudiram a pronta ação do pessoal da Beija Flor e da equipe de bombeiros.
VEJA O VIDEO DO INCIDENTE NA BEIJA FLOR. CLIQUE AQUI

Roberto Carlos comemora o título da Beija Flor...

...mas a vice campeã Unidos da Tijuca desfilou um pouco antes sob os gritos de "É campeã!"
Foto de Jussara Razzé

Mangueira



Salgueiro



sábado, 12 de março de 2011

Imperatriz



Imperatriz



Imperatriz

Imperatriz



Luiza Brunet



Imperatriz

Imperatriz



Final da Imperatriz

Imperatriz



Conectado pelo MOTOBLUR™

Embaixadores da Alegria



Embaixadores da Alegria



Daqui a pouco começa o desfile dos portadores de necessidades especiais.

O flash mob da Azul no aeroporto...

Para marcar a chegada dos seus vôos ao Galeão-Tom Jobim, a Azul promoveu um flash mob no terminal. A reunião instantânea de pessoas no aeroporto rendeu uma bela homenagem ao Rio. Veja o vídeo. Clique AQUI

O balanço dos blocos...


Simpatia 2011: festa na Vieira Souto, Ipanema. Foto: Gonça
por Gonça
No fim do anos 80 e começo dos 90, no clima da redemocratização, começou a ressurgir o carnaval de rua do Rio. Claro que havia blocos de rua, uns poucos, que resistiam. Mas foi a partir dessa época que por iniciativa dos moradores, sem apoio de governos, surgiram blocos como Simpatia Quase Amor, Barbas, Imprensa que eu Gamo, Suvaco e outros. O carnaval popular tomou as ruas e não parou mais de crescer. As autoridades tentam agora organizar a folia, marcar horários, disciplinar o trânsito, fornecer banheiros, itens necessários. Muita coisa funcionou melhor nesta temporada. Só que no pacote entram na dança autorizações para alguns blocos nitidamente comerciais. Neste fim de semana, saem os últimos blocos. É hora de uma avaliação do que rolou. Primeiro, colocando as coisas no lugar, é bom aposentar a frase "o Brasil para no carnaval". Ao contrário, o país se mexe, literalmente, e abre espaço para a movimentação de uma fantástica indústria de turismo e lazer. Nas grandes cidades, hoteis lotados, restaurantes idem, aviões, ônibus e filas de navios do cais do porto. Tudo isso gera emprego e arrecadação, coisas que cidade alguma pode desprezar. O desafio é conciliar a festa com os direitos de quem não gosta ou não quer participar do carnaval ou de quem quer sair no blocos, levar os filhos, sem correr o risco de ser esmagado. Em Ipanema, por exemplo, o caos se instalou. Que a prefeitura, ano que vem, repense algumas coisas. Por exemplo, transferir trios elétricos, como o da Preta Gil, o Afroreggae etc, para o centro da cidade onde já desfilam com sucesso, para citar os grandes blocos, o tradicional Bola Preta e o Monobloco. O trio elétrico da Preta, nada contra, conseguiu uma surpreendente autorização para desfilar na Vieira Souto já há dois anos e atrai milhares de pessoas ligadas em redes sociais. É, na verdade, um show sobre rodas. Poderia ir para o Riocentro ou para a Sernambetiba e levaria para lá a mesma multidão convocada por facebook e twitter. Copacabana também recebeu um trio elétrico alienígena, cujo desfile resultou até em tragédia. O Simpatia é outra história. Bloco nascido e criado aqui, está no seu terreiro, assim como a Banda de Ipanema. Mas até os seus dirigentes admitem que cresceu demais. Uma solução talvez seja seguir o exemplo do Suvaco que tenta conter o gigantismo saindo de manhã. Se o Simpatia botar o bloco na rua às 9h da matina vai certamente fazer diferença.
Desfilando em locais afastados um do outro, os grandes blocos que não têm vínculos com os bairros poderiam até sair no mesmo dia e horário. Dividiram a freguesia. Alô, Eduardo Paes, foi bonita a festa, pá. Mas dá para melhorar sem transformar a orla carioca em um circuito Barra-Ondina.       

Para os ingleses, Dilma está entre as 100 mulheres mais inspiradoras

por Eli Halfoun
A presidente (ou presidenta como ela e Lula preferem) Dilma Rousseff é a única brasileira incluída na listas das “l00 mulheres mais inspiradoras da atualidade”, organizada e divulgada há dias pelo jornal britânico “The Guardian”. Dilma aparece na categoria política, que tem também a chilena Michele Bechelet, a alemã Ângela Merkel e a inglesa Margareth Tatcher. No texto que acompanha a foto de Dilma, a revista diz que ela foi “presa e torturada” e que agora vem enfrentando “uma grande prova - as enchentes que mataram centenas enterraram cidades inteiras”. Dilma está bem na fita. Por enquanto. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma injustiça que precisa ser corrigida

por Eli Halfoun
É impressionante como a imprensa mobiliza os autores de novelas: em todas elas tem sempre um ou mais personagens dizendo que “isso é coisa da imprensa” ou “isso é invenção de jornalista”, quando se quer fugir da verdade ou desmentir um fato real. A imprensa nunca inventa nada (é feita por jornalistas e não por “inventores") e se às vezes comete exageros no noticiário é reflexo de uma informação que, de boca em boca, foi sendo distorcida pelo público. Você conta alguma coisa para quem conta para outro e mais outro e a informação real vai sendo transformada pelo exagero de quem a transmite (afinal, “quem conta um conto aumenta um ponto”). Estranho é que quase todos os hoje consagrados autores de novelas passaram por redações e sabem muito bem que os textos que fazem para suas novelas são injustos com os profissionais de imprensa que, repito, não inventam absolutamente nada: erram por falta de apuração adequada quando se deixam levar pelo disse me disse do público. A verdade é que artistas, celebridades e principalmente políticos se comportam mal e aí culpam a imprensa: é muito mais fácil empurrar a besteira para outro do que assumir o erro. A imprensa brasileira é, tenham certeza, uma das melhores do mundo e com erros e acertos tem sido fundamental para a democracia do país. Respeitem pelo menos isso. (Eli Halfoun)

Tragédia no Japão

Além das vidas perdidas, a tragédia no Japão tem uma assustadora consequência ecológica. Há décadas, quando o país decidiu investir em usinas nucleares, enfrentou resistência interna e externa. Muitos japoneses não gostavam da ideia pela lembrança traumática de Hiroshima e Nagasaki; a comunidade internacional temia a contrução de usinas em um país que é sujeito a frequentes terremotos. As usinas foram construidas, hoje se espalham pelo país. O governo assegurarou que as fundações dos prédios dos reatores resistiram a terremotos de altíssima intensidade. Aparentemente, subestimaram a natureza. Em meio ao noticiário sobre o terremoto e o tsunami chegam informações de que pelo menos uma instalação nuclear foi atingida. A radiação em torno da reator já aumentou mais de mil vezes. O governo ordenou a evacuação da população em um raio de 10km. Mas não há informações precisas sobre o alcance do vazamento. O fantasma de Chernobyl está aí com um terrível mostruário de um acidente nuclear.

Navio que trazia coleção de louças da Caras sofre acidente

A última edição da Caras informa aos leitores que o navio que trazia a louça que faz parte da coleção oferecida pela revista junto com cada exemplar vendido em bancas e supermercados sofreu um acidente. A publicação avisa que a distribuição das peças poderá sofrer alteração de ordem mas os colecionadores não serão prejudicados. Todas as peças previstas da Coleção Oriental serão distribuidas. A revista não informa que tipo de acidente vitimou a louça. Se foram piratas, sequestro, tsunami, espionagem ou algum leitor que detesta revista de celebridades.

Ontem e hoje, o que é melhor?

deBarros
Anos atrás, meu caro Eli Halfoun, na segunda-feira de Carnaval todo mundo trabalhava. O comércio abria suas portas até meio dia e algumas lojas e escritórios até às catorze horas.
O feriado era mesmo na terça-feira e ninguém morria por trabalhar tanto. Muitas empresas pagavam os seus empregados no sábado. Depois passou a ser quinzenal e por fim por mês.
Bem, tudo era muito diferente naqueles anos. Não havia o "estica" que você lembra na sua postagem. Se o feriado era quinta-feira, todo mundo ia trabalhar na sexta-feira e no sábado que seguia ao que era chamado de "semana inglesa". O trabalho aos sábados era até o meio-dia.
Não sei dizer se a vida naquele tempo era melhor. Hoje, na verdade, existem muito mais recursos econômicos e financeiros do que naquela época.
Os bancos pagavam as pessoas para abrirem contas e hoje as pessoas pagam aos bancos para guardarem o seu dinheiro.
No meu entender isso já é uma diferença fundamental. O caixa do banco atendia os correntistas com um sorriso, davam bom dia ou boa tarde e com uma caneta de pena que molhava no tinteiro atualizava a sua carteira de deve e haver.
Não havia grandes filas nos caixas dos bancos. E a vida seguia tranqüila e serena sem ninguém ser assaltado à luz do dia, muito menos nas calçadas da Av. Rio Branco.
Essa época acabou, meu caro Eli Halfoun, o "estica" é um resultado do mundo moderno em que passamos a viver e nada mudará essa condição humana em que hoje se vive.
Sobreviver é o que se pode fazer de melhor.

Prepare-se: ainda tem feriados para esticar e “enforcar”

por Eli Halfoun
Não desanime: ainda tem muitos feriados para esticar (aliás, o Brasil é um elástico em matéria de prolongar feriados, incluindo o carnaval onde só é feriado mesmo e oficial na terça-feira). Anote aí o estica que se tem pela frente: de saída, em abril, chega a Semana Santa prometendo quatro dias (21 é Tiradentes e 22 a Paixão de Cristo e os outros ficam por nossa conta). Em maio (1) tem o Dia do Trabalhador, mas cai em um domingo, e em junho uma nova oportunidade de esticar com Corpus Christi, que cai em uma quinta-feira permitindo que, principalmente, o funcionalismo público enforque a sexta-feira. Os outros feriados oficiais cairão na quarta-feira, mas é sempre possível encontrar uma maneira de “enforcar” a sexta-feira. Os feriados das quartas-feiras são Independência do Brasil (7de setembro), Nossa Senhora de Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro). Tem também a Proclamação da República (15 de novembro), mas esse cai em uma terça-feira e aí será preciso muita ginástica para “enforcar” o resto da semana. Se bem que tem sempre um jeitinho nesse país historicamente dos jeitinhos. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Contigo! no Carnaval

A equipe da Contigo! que cobriu o Carnaval do Rio de Janeiro. Foto:Tabach/Contigo/Divulgação.


Fotos: Reproduções/Contigo!
por José Esmeraldo Gonçalves
Pela primeira vez, a Contigo! chega às bancas com uma edição inteiramente de Carnaval. É a única revista com carnaval da capa à contracapa. São 266 páginas e 361 fotos dedicadas à maior festa popular do mundo. Das escolas, camarotes, blocos e bailes do Rio ao espetáculo dos trios de Salvador e à impressionante concentração de foliões atraidos pelo Galo da Madrugada.
A edição especial revive as melhores tradições das grandes coberturas da folia.
Vale lembrar o novo comercial da Pepsi, o do "pode ser".
"Tem Manchete?". "Não. Pode ser Contigo?"

Ainda Manchete de carnaval...

por José Esmeraldo Gonçalves
Ontem escrevi aqui sobre a tradição da Manchete de carnaval. Hoje, Cony, companheiro dos fechamentos das edições especiais nas redações do Russell, fala sobre o mesmo assunto na sua coluna da Folha de São Paulo.Ambos fomos pautados por uma citação da revista na coluna do Xexéo, no Globo. Cony relembra uma frase do editor Alfredo Machado, da Record: "O melhor carnaval do mundo não é o do Rio, é o da Manchete".

De Carnavais e Escolas de Samba

deBarros
Esmeraldo, cabra velho de guerra, o seu texto falando dos carnavais passados e da presença da revista Manchete divulgando para o Brasil e para o mundo o que é uma festa de Carnaval, principalmente no Rio de Janeiro, me deixou baleado. Como diagramador e chefe de arte das revistas O Cruzeiro e Manchete posso entender, nos 46 anos em que trabalhei nessas empresas, a sua volta ao passado dos Carnavais vividos na cobertura dos desfiles das Escolas de Samba na Presidente Vargas, na Antonio Carlos e hoje na Sapucaí. Você não chegou a pegar esses desfiles na Av. Rio Branco.
Essas coberturas exigiam muito sacrifício de toda a equipe que trabalhava nos Carnavais. Não tinha hora. Na cobertura dos bailes, nos desfiles, não só das Escolas de Samba, a equipe se revezava para atender aos rígidos horários da direção dessas empresas para atender aos esquemas das gráficas e botar as revistas nas bancas. Era uma correria de tal ordem que, no fim das festas, o profissional queria uma boa cama para descontar as horas sem dormir que passou trabalhando. Com o advento da informática e dos computadores, o processo de como se fazer uma revista em apenas três dias melhorou consideravelmente e mais ainda com as máquinas fotográficas computadorizadas que acabaram de uma vez com os filmes e com a sua revelação fotográfica.
As redações ganharam umas três horas de trabalho abreviando a distribuição das revistas em todo o país. Atravessava-se as madrugadas trabalhando nos Carnavais. As equipes nas redações começavam a trabalhar a partir das 21 horas e só iam embora após o desfile da última Escola. Atualmente, com maior organização, a última Escola termina o seu desfile por volta das 6 horas da manhã. Muito antes, a última Escola acabava de desfilar às 11 horas ou depois do meio dia. Nessas madrugadas, você lembrou bem, a direção da empresa nos enchia de pão com ovo para podermos agüentar as horas acordadas trabalhando. O tempo passou rápido e hoje nos resta a lembrança dos Carnavais passados e dos amigos e companheiros, que ganhamos, como você e outros mais e a saudade eterna dos companheiros que foram fazer a cobertura de outros Carnavais em outras Sapucais e que um dia a eles iremos engrossar essa equipe tão heróica e competente que sabia fazer a cobertura de Carnavais e desfiles de Escolas de Samba.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Passarela do tempo...

Reprodução da coluna do Xexéo no Globo de hoje, onde ele cita a Manchete. 1976: Beija Flor Campeã, primeiro título da escola, entrevistei Joazinho Trinta, o fenômeno que surgia.



Recuerdos de coberturas para Manchete, Fatos & Fotos, Caras e Contigo e...
...as marcas do tempo no detalhe das duas credenciais acima.
por José Esmeraldo Gonçalves
A coluna de Arthur Xexéo, hoje, no Globo, comenta os desfiles das escolas de samba cariocas. Em um trecho, o cronista cita o carro King Kong, do Salgueiro, como uma alegoria que impressionou a avenida. “Se estivéssmos no tempo em que se conhecia o carnaval pela revista Manchete certamente o King Kong seria um dos maiores destaques da cobertura”. Xexéo tem razão. E a palavra Manchete, na crônica, acionou um link para a minha memória. Os cadernos especiais que o Globo lança na segunda e na terça de carnaval, muito bem feitos e chegando às bancas com impressionante agilidade, me lembram, de certa forma, a velha Manchete. Fotos abertas, sensualidade, panorâmicas, detalhes, estrelas nacionais e internacionais, está tudo ali. A extinta Bloch tinha um feeling excepcional para grandes eventos. Da morte de Getúlio aos enterros de Carmen Miranda e Chico Alves, das vitórias do Brasil nas Copas aos grandes crimes que eletrizavam o país e à visita do Papa João Paulo 2º, acontecimentos desse porte faziam girar ao limite as máquinas da gráfica de Parada de Lucas. Mas nenhum desses eventos alcançava a dimensão da cobertura do Carnaval. O livro Aconteceu na Manchete – as histórias que ninguém contou” (Desiderata), escrito por jornalistas que atuaram nas redações do Russell, conta como funcionava essa engrenagem editorial, que mobilizava centenas de profissionais. A propósito, o nome deste blog – Pão com Ovo – é inspirado nos sanduiches que eram servidos nos agitadíssimos fechamentos das edições de Carnaval. Carlos Heitor Cony, que dirigiu muitas dessas edições, traduziu a expressão para latim - Panis Cum Ovum - e deu-lhe o lema visto no logotipo na barra direita desta página: “Dementia Omnia Vincit” (“A Loucura Sempre Vence”, na verdade, uma brincadeira do Cony com um “lema” que criou para Adolpho Bloch. Segundo ele, Adolpho fazia as maiores “loucuras” – como pedir que a redação preparasse uma edição da Manchete em russo, feita do dia para a noite – e ganhava dinheiro com esses projetos geralmente desaconselhados pela racionalidade dos seus assessores). A Manchete foi lançada em abril de 1952 e já em 1953, o Carnaval ganhava cobertura especial e capa. A partir daí, não parou mais. Normalmente, a Bloch lançava três edições da Manchete: a pré, a do Carnaval propriamente dito e a pós-carnaval, com as campeãs do ano. Além disso, mandava para as bancas outras três edições da Fatos&Fotos e mais uma da Amiga. Bem planejadas, as publicações alcançavam públicos diferentes. Manchete trazia a grandiosidade e as cores do espetáculo; Fatos&Fotos a sensualidade da passarela e dos bailes; Amiga flagrava as celebridades no samba, blocos e bailes. Somadas, vendiam em torno de 1 milhão e meio de exemplares. Por formação, sou um jornalista-revisteiro, participei de muitas dessas coberturas. E lá vai tempo. Não vi D.João 6º sambar na Vizinha Faladeira mas vou à Avenida desde 1976, há exatos 35 anos. Uma passarela que já foi na Presidente Vargas, em dois pontos, próximo à Candelária e depois da Central; na Antonio Carlos; na Sapucaí sem Sambódromo; e, finalmente, no conjunto desenhado por Niemeyer. Estive lá, mais uma vez, este ano, trabalhando para a revista Contigo. Gosto de ver as escolas, torço pela Mangueira, é um trabalho que faço com prazer. Mas em meio à cadência das baterias, a saudade é uma alegoria que insiste em desfilar na minha memória por alguns instantes. Os bastidores dos desfiles se transformavam – ainda são assim – em um ponto de encontro de colegas jornalistas. É onde revemos amigos de outras redações. É aí que o samba atravessa. Vejo que sou um dos remanescentes. Cadê o fotógrafo Sérgio de Souza, o gordo mais ágil do passarela? E Gil Pinheiro, Tarlis Batista, Roberto Barreira, Ney Bianchi, Leo Borges, Luiz Carlos de Assis, Fábio Abrunhosa, Henrique Diniz e outros que se foram? E os companheiros de várias gerações que estão na ativa em outros setores mas fizeram parte das equipes que levavam para as revistas o agito do Sambódromo como Orlando Abrunhosa, Alberto Carvalho, Arnaldo Risemberg, Ateneia Feijó, José Carlos Jesus, Frederico Mendes, Pedro Porfírio, Marcelo Horn, Renato Sérgio, Janir de Hollanda, Deborah Berman, Maria Alice, Ruth de Aquino e Gervásio Batista? E os editores que ficavam na retaguarda mas davam um jeito de ir à avenida em algum momento como Zevi Ghivelder, Lincoln Martins, Eli Halfoun, Moises Fuks, Cony e Roberto Muggiati? Este ano, vi lá o fotógrafo Helio Motta, na pista, e soube que Nilton Ricardo estava na torre fazendo as panorâmicas das escolas para a revista Caras; das gerações mais novas, J.Egberto trabalhando para a Contigo, além da Wal Ribeiro no camarote da Brahma e Jussara Razzé que colaborava com a assessoria de imprensa da Liesa e fez a maioria das fotos dos desfiles que ilustram este blog. Os cinco participaram de incontáveis coberturas para a Manchete. Se havia alguma coisa que os fotógrafos não poupavam era filme. Assim milhares de cromos Kodak desaguavam nas mesas dos editores antes de chegar aos diagramadores Wilson Passos, Nelson Gonçalves, Ezio Speranza, Jarbas Costa, Luiz Carlos Pauluze e J.A. Barros, este na ativa e um dos autores do livro Aconteceu na Manchete.
A inesquecível ala do samba da Manchete daria uma lista imensa.
Por alguns momentos, andando no corredor à margem da passarela - a ‘grade” como a turma chama – senti a “alma deserta” para usar uma expressão do Cartola e do Elton Medeiros no samba “Peito Vazio”.
Vida que segue. Até a dispersão.