por Eli Halfoun
Novelas são obras de ficção e, portanto, abertas para quase todo tipo de exageros criativo. Os autores insistem em dizer que as novelas procuram espelhar a realidade. Nesse caso, é duro perceber a cada capítulo como a realidade é cruel. Na novela “Insensato Coração” um desfile de personagens egoístas, sem o menor escrúpulo e sempre querendo levar de uma forma ou de outra vantagem em tudo traça o perfil de uma sociedade assustadora. Entendo que novelas precisam criar complicações para valorizar o final feliz dos personagens, mas de qualquer maneira é duro perceber o número de personagens sem caráter que habita o universo das novelas e, portanto, também o real. Também é triste perceber que o amor é sempre uma equação complicada: nenhum casal de novela é feliz sem passar por um emaranhado de situações complicadas. Será que o amor não pode ser vivido como a própria palavra define: só com amor. Simples e gostoso assim. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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terça-feira, 29 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Uma injustiça que precisa ser corrigida
por Eli Halfoun
É impressionante como a imprensa mobiliza os autores de novelas: em todas elas tem sempre um ou mais personagens dizendo que “isso é coisa da imprensa” ou “isso é invenção de jornalista”, quando se quer fugir da verdade ou desmentir um fato real. A imprensa nunca inventa nada (é feita por jornalistas e não por “inventores") e se às vezes comete exageros no noticiário é reflexo de uma informação que, de boca em boca, foi sendo distorcida pelo público. Você conta alguma coisa para quem conta para outro e mais outro e a informação real vai sendo transformada pelo exagero de quem a transmite (afinal, “quem conta um conto aumenta um ponto”). Estranho é que quase todos os hoje consagrados autores de novelas passaram por redações e sabem muito bem que os textos que fazem para suas novelas são injustos com os profissionais de imprensa que, repito, não inventam absolutamente nada: erram por falta de apuração adequada quando se deixam levar pelo disse me disse do público. A verdade é que artistas, celebridades e principalmente políticos se comportam mal e aí culpam a imprensa: é muito mais fácil empurrar a besteira para outro do que assumir o erro. A imprensa brasileira é, tenham certeza, uma das melhores do mundo e com erros e acertos tem sido fundamental para a democracia do país. Respeitem pelo menos isso. (Eli Halfoun)
É impressionante como a imprensa mobiliza os autores de novelas: em todas elas tem sempre um ou mais personagens dizendo que “isso é coisa da imprensa” ou “isso é invenção de jornalista”, quando se quer fugir da verdade ou desmentir um fato real. A imprensa nunca inventa nada (é feita por jornalistas e não por “inventores") e se às vezes comete exageros no noticiário é reflexo de uma informação que, de boca em boca, foi sendo distorcida pelo público. Você conta alguma coisa para quem conta para outro e mais outro e a informação real vai sendo transformada pelo exagero de quem a transmite (afinal, “quem conta um conto aumenta um ponto”). Estranho é que quase todos os hoje consagrados autores de novelas passaram por redações e sabem muito bem que os textos que fazem para suas novelas são injustos com os profissionais de imprensa que, repito, não inventam absolutamente nada: erram por falta de apuração adequada quando se deixam levar pelo disse me disse do público. A verdade é que artistas, celebridades e principalmente políticos se comportam mal e aí culpam a imprensa: é muito mais fácil empurrar a besteira para outro do que assumir o erro. A imprensa brasileira é, tenham certeza, uma das melhores do mundo e com erros e acertos tem sido fundamental para a democracia do país. Respeitem pelo menos isso. (Eli Halfoun)
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