segunda-feira, 10 de junho de 2024
A primeira grande vitória de Vini Jr contra racistas espanhóis
Oi poder público, pode ceder uma ajudinha aí? Clubes de futebol adoram trocar passes com governos para obter vantagens...

Em 1985, escrevi o capítulo "Futebol e Poder" para a coletânea "Esporte e Poder" (Vozes)
organizada pela professora Gilda Korff Dieguez: o tema está mais atual do que nunca.
por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1985, a convite da organizadora e autora Gilda Korf Dieguez, fui convidado para participar de uma coletênea intitulada "Esporte e Poder" (Vozes). Escrevi o capítulo "Futebol e Poder: algumas reflexões sobre o jogo da política". Entre outras ligações perigosas com políticos e governos, citei situações em que clubes de futebol foram favorecidos por verbas ou doações públicas. Um paternalismo político tradicional que implica em transferência de dinheiro ou favores para entidades privadas.
E isso que, de certa forma, atualizo aqui (o livro ainda pode ser encontrado em sebos). Nada mudou. Se Eurico Gaspar Dutra presenteou o Flamengo com um valiosos terreno, Getúlio Vargas matou a bola no peito e concedeu ao mesmo clube empréstimo a juros de amigo para a construção de um grande e valioso prédio vendido há pouco tempo. São apenas antigos exemplos. De lá pra cá, governadores, prefeitos e presidentes usaram a "caneta" - e não me refiro ao famoso drible dos craques - para fazer lançamentos - e também não me refiro aos passes de longa distância - que acertam os cofres dos times, geralmente aqueles de grandes torcidas. No Congresso existe até uma bancada da bola sempre atenta a criar leis que facilitam a vida dos cartolas. O bônus para os políticos deve vir em forma de votos, é o que esperam.
Entre os exemplos mais recentes que o capítulo no livro não alcançou estão o nebuloso financimento do estádio do Corinthians e a polêmica concessão do Maracanã que privilegia Fluminense e Flamengo. Duas outras jogadas de efeito estão em curso e devem ser observadas até o desfecho. Cessão de terrenos públicos para construção de centros de treinamento é outra prática recorrente utilizada por prefeitura em todo o Brasil. Uma é a negociação de um terreno pertencente à Caixa Econômica, em região central do Rio de Janeiro para construção de um estádio para o rubro-negro. A Caixa estipulou um preço, o Flamengo tenta pagar menos, o que o banco público não pode aceitar ou cometeria um ato de improbidade. Mas em anos de eleição as pressões vão além dos cartolas e envolvem políticos. O prefeito Eduardo Paes, segundo a imprensa divulgou, pretende ir a Brasília falar com deputados para encontrar uma solução. A outra jogada tem o interesse do Vasco da Gama que reivindica ajuda para reformar o histórico estádio de São Januário. A prefeitura carioca enviou à Câmara dos Vereadores um projeto que transfere o potencial construtivo de São Januário para outras áreas da cidade, como Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e outras na Avenida Brasil. O Vasco venderia o tal potencial construtivo como forma de viabilizar a reforma e modernização do estádio. Mamão com açúcar, como se diz.
domingo, 9 de junho de 2024
Na capa da Carta Capital: o terrorismo do mercado aponta mísseis para o BC
quinta-feira, 6 de junho de 2024
Deu no New York Times: Foto de Serra Pelada, de Sebastião Salgado, está entre as 25 imagens que definem a Era Moderna
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| Reprodução New York Times |
O jornal estadunidense informa que as 25 imagens que definem a Era Moderna desde 1955 foram escolhidas por uma equipe de especialistas. O brasileiro Sebastião Salgado figura ao lado de nomes como Alberto Korda (o famoso close de Che Guevara está entre as imagens selecionadas), Robert Frank, Gordon Parks, Diane Arbus, Malcolm Browne, Richard Drew, entre outros.
quarta-feira, 5 de junho de 2024
Fotomemória Chico Buarque 80 anos: em 1969, um momento feliz no exílio em Roma
Talvez o blog já tenha publicado, em algum momento, essa foto. De qualquer modo, vi que este post do Facebook faz menção à revista Fatos& Fotos, aí envio. Registrando que Chico Buarque fará 80 anos no próximo dia 18 de junho recupero esse momento da vida dele, há 55 anos (Nilton Muniz de Oliveira)
* Boa lembrança. O blog agradece a colaboração. Essa matéria exclusiva da Fatos & Fotos teve texto do próprio Chico Buarque e fotos de Alécio de Andrade, um dos maiores fotógrafos brasileiros. Na época, 1969, ele trabalhava na sucursal das revistas da Bloch em Paris.
No link abaixo vai o acesso à reportagem completa.
https://paniscumovum.blogspot.com/2019/01/memorias-da-redacao-ha-50-anos-chico.html
70 anos no lugar certo na hora certa • Roberto Muggiati compartilha alguns dos melhores momentos de uma carreira que já atravessa oito décadas
Tragédia nos céus de Curitiba • Na noite chuvosa de 16 de junho de 1958 fui mandado ao Hospital da Cruz Vermelha para entrevistar o sobrevivente de um desastre aéreo nas imediações do aeroporto Afonso Pena. “Estava muito escuro, da traseira do avião só ouvi um baita estrondo!” Atrelado a uma cama hospitalar, o rapaz louro não exibia um curativo sequer. Foi um dos oito sobreviventes do voo do Convair da Cruzeiro do Sul de Porto Alegre ao Rio de Janeiro, com escalas em Florianópolis, Curitiba e São Paulo. No outro extremo da cidade, no Hospital do Cajuru, fui ver a chegada dos 22 mortos, entre eles o Senador Nereu Ramos, que ocupara a presidência do país. Dois socorristas carregavam uma caixa metálica de meio metro cúbico. “É o corpo do governador de Santa Catarina”. Há quase um ano eu nutria um ódio visceral por Jorge Lacerda. Na época, jornalista mal pago, decidi escrever matérias pagas. Até o respeitável Dicesar Plaisant, da Academia Paranaense de Letras, praticava a “picaretagem”. Ouvi dizer que o Jorge Lacerda estava distribuindo dinheiro a rodo e viajei a Florianópolis para pleitear o meu. Encontrei-o à saída do palácio, recusou rispidamente qualquer proposta. Talvez procurasse poupar aquele jovem imberbe de se tornar um “picareta”. Ao vê-lo reduzido àqueles míseros despojos, fui tomado de profundo remorso. Lamento até hoje a morte, aos 43 anos, do filho de imigrantes gregos formado em medicina e em direito, brilhante político e poeta que ombreava nos suplementos literários com Drummond e Bandeira, Raquel de Queiroz e Lygia Fagundes Telles.
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| Arte: Roberto Mendonça Muggiati |
O General não segurou o Homem da Vassoura • Ao sufocar o golpe de Carlos Lacerda e asseclas contra a posse de JK, eleito legitimamente no pleito presidencial de 1955, o general Henrique Batista Duffles Teixeira Lott se consagrou como defensor da democracia e candidato natural à sucessão de JK. Entrevistei Lott na sua campanha em Curitiba: seu perfil austero não era páreo para os esquetes histriônicos de Jânio da Silva Quadros, o Homem da Vassoura, que venceu em outubro de 1960 por uma enxurrada de votos em mais uma explosão de populismo delirante do nosso povo. Empossado como o primeiro Presidente em Brasília (que ele odiava), depois de uma série de medidas autoritárias e idiossincráticas – proibição do biquíni, da lança-perfume, das rinhas de galo e das corridas de cavalo nos dias de semana, a mania dos bilhetinhos e a adoção de alpercatas e um uniforme funcional apelidado de pijânio – após 237 dias de governo Jânio Quadros renunciou. Darcy Ribeiro escreveu: “Ninguém sabe, até hoje, por que Jânio renunciou. Nem ele.” O tresloucado gesto provocaria uma agitação nas camadas tecnônicas da nossa política que levaria inexoravelmente ao golpe militar de março de 1964.
Minha última noite em Berlim me arrancou da atmosfera de pesadelo para uma de sonho. Jantando na cobertura do Hotel Hilton com um grupo de jornalistas brasileiros, inadvertidamente invadimos outra festa, bem maior, e passei a trombar com figuras que me pareciam vagamente familiares. Spencer Tracy? Montgomery Clift, com sua indefectível capa de chuva? Sim, e sem a menor dúvida Marlene Dietrich, Judy Garland, Burt Lancaster, Richard Widmark, o ‘Risadinha’ – era o elenco milionário au grand complet do filme Julgamento em Nuremberg, num dos maiores lançamentos cinematográficos de todos os tempos. A Guerra Fria vivia um de seus momentos mais acalorados.
O homem invisível dos Anos de Chumbo • No auge da Revolução Cultural, sugeri à Bloch um livro que fundisse a biografia de Mao Tsé-tung com a história da China comunista. Alberto Dines, o intelectual da família (era casado com uma sobrinha de Adolpho), ficou tão entusiasmado com o projeto que me deu um adiantamento de mil dólares e colocou à minha disposição as sucursais internacionais, que me forneceram uma montanha de livros, na época a China era um dos temas favoritos das editoras do mundo inteiro. Nas brechas da reportagem – e num mês de férias que dediquei exclusivamente ao livro – escrevi Mao e a China, um volume robusto de 502 gramas e 374 páginas. Quando deixei a Manchete pela Veja, cinco mil exemplares já impressos ocupavam um bom espaço na gráfica de Parada de Lucas. Em represália à minha saída, Adolpho se recusava a lançar o livro, mas o bom senso comercial o fez repassa-lo para outra editora. Em concorrida noite de autógrafos, Mao e a China foi lançado na segunda-feira, 9 de dezembro de 1968 (foto). Na sexta-feira 13 era decretado o AI-5. Mais inoportuno do que a Veja, foi o livro errado na hora errada. Mao e a China era uma declaração de amor ao comunismo chinês. O livro, uma incitação à luta armada, passou a aparecer menos nas vitrinas das livrarias do que nas exposições de “material subversivo apreendido pelo exército”. Quando o guerrilheiro Carlos Lamarca morreu fuzilado em 1971, no sertão da Bahia, os jornais do país inteiro publicaram trechos de suas cartas para a companheira Iara Iavelberg. “12 de julho: Lendo Mao e a China, de Roberto Muggiati, me impressiono cada vez mais em tudo e vejo a necessidade urgente da Revolução Cultural dos quadros de vanguarda.” Mao e a China foi o último livro que Lamarca leu. Estranhamente, em momento algum a ditadura veio bater à minha porta. Com um forte sentimento de rejeição, autointitulei-me O Homem Invisível dos Anos de Chumbo. Só tempos depois matei a charada. Em 1969 voltei para a Manchete e para o Rio. Tivesse ficado em São Paulo, a coisa seria bem diferente. Num documentário sobre Vladimir Herzog, vi colegas meus da Veja e da Realidade – ideologicamente autênticos sacristães comparados a mim – que foram presos e torturados nos porões do DOI-CODI em São Paulo. Eu tinha tudo a ver com Vlado: nascemos no mesmo ano e, quando deixei o Serviço Brasileiro da BBC em Londres, em 1965, ele foi ocupar a minha vaga. A volta para o “balneário da República” – quem diria? – salvou a minha vida.
sábado, 1 de junho de 2024
Condenado pela justiça, Trump é assombrado pelo seu maior medo caso seja preso: ter que raspar a cabeleira padrão "fanta"
Imagem reproduzida
do YouTube/Oxycontent
por José Esmeraldo Gonçalves
O maior pavor de Donald Trump, agora condenado pela justiça dos Estados Unidos, não é simplesmente puxar uma cadeia ou, caso seja eleito em novembro, ser obrigado a governar usando uma tornozeleira eletrônica. Não. O que o deixa apavorado é ter que raspar a cabeleira ao entrar no presídio.
Desde que o espelho mostrou as primeiras clareiras abertas pela calvicie, o magnata fez implantes nas zonas descabeladas, algumas plantações vingaram outras murcharam como videiras no calor do deserto. Daí, ele passou a gastar horas no banheiro para coreografar cuidadosamente todos os fios de maneira a ocultar o descampado.
Entre os segredos que o jornalista Michael Wolf revelou em 2018 no livro Fire and Fury: Inside the Trump White House estão detalhes estéticos e cosméticos da polêmica e ridícula cabeleira. Trump usa um técnica comum a muitos carecas: pentear os cabelos das laterais, além de alguns tufos sobreviventes atrás e no topo, para cobrir a região devastada. Em seguida, aplica uma quantidade quase industrial de cremes e laquê. O homem é não só uma bomba química ambulante como não pode se aproximar de velas, isqueiros ou fogos de artifício do 4 de julho, por exemplo. Entre outros componentes, laquê contém álcool e gases butano e propano. Talvez fosse tarefa do serviço secreto mantê-lo afastado de ignições ou o presidente correria o risco de se transformar em uma tocha como aquelas da Ku Klux Klan.
A cor da cabeleira padrão "fanta" também teria um explicação: seria consequência da pressa. Deveria ser mais clara, mas Trump não espera a tinta secar e costuma retocar a obra várias vezes por semana, daí o tom alaranjado que virou sua marca.
Careca à parte, entenda os fios políticos e criminais
Donald Trump foi condenado por fraude contábil ao ocultar uma propina de US$ 130 mil para calar a atriz pornô Stormy Daniels, com quem se relacionou. O juri considerou que o suborno configurou interferência no processo eleitoral durante a campanha da eleição de 2016 quando o republicano derrotou a democrata Hillary Clinton. A sentença será anunciada em julho. Pela lei estadunidense, Trump, mesmo se for preso, poderá concorrer à Casa Branca e governar. O ex-presidente ainda responde a processos que não chegaram na fase de julgamento, entre os quais apropriação de documentos sigilosos (ele levou pra casa pastas top secret), por tentar interferir na soma de votos das eleições, por incentivar seus apoiadores a invadirem o Capitólio, sede do Congresso, em Washington, para impedirem a posse de Joe Biden em 2021. Se avançarem, essas acusações poderão amarelar seu destino político.
Chico Buarque e a censura: vinte anos de confrontação. Livro do jornalista Márcio Pìnheiro detalha a perseguição da polícia política da ditadura ao compositor que fará 80 anos em 19 de junho
por Ed Sá
Em Rato de redação: Sig e a história do Pasquim (Matrix, 2022), o jornalista gaúcho Márcio Pinheiro fez um relato detalhado de como O Pasquim sofreu nas mãos do regime totalitário brasileiro, não só com a censura de suas páginas, mas também com a prisão de seus redatores.
Agora, às vésperas dos 80 anos do compositor, em 19 de junho, ele traz a público o mais completo levantamento da perseguição implacável dos censores ao seu alvo predileto, no novo livro O que não tem censura, nem nunca terá: Chico Buarque e a repressão artística durante a ditadura militar (L&PM).
O primeiro tranco que Chico levou foi já no comecinho da carreira, em 1966, com a canção Tamandaré, a bronca de um mendigo que acha na rua uma nota de um cruzeiro, a mais insignificante possível, com a efígie do almirante. Na visão obtusa dos censores, Chico desrespeitava propositalmente a figura do patrono da Marinha.
No exílio italiano em 1970, Chico compôs Apesar de você, uma crítica ao ditador Emílio Médici camuflada numa letra sobre uma rusga de namorados. Os censores foram lentos e só proibiram a canção quando ela já fazia sucesso há cinco meses e o compacto tinha vendido 120 mil cópias.
Veio a seguir a parceria de 1973 num show com Gilberto Gil, Cálice, na qual Chico se valia da mesma sonoridade das palavras cálice e cale-se. A canção só seria liberada e gravada cinco anos depois, quando a abertura política já se refletia também na censura.
Ao final, Márcio Pinheiro faz uma síntese do compositor:
“Mais completo repórter de seu tempo, Chico Buarque chega aos oitenta anos comprovando que, se nos últimos tempos ele perdeu a capacidade de produzir em linha de montagem, agora tem se revelado um artesão paciente e elaborado. A riqueza poética é a mesma, aperfeiçoada pela sutileza, pelo rigor e pela exigência. O lirismo denso e o estilo elíptico ainda permeiam sua obra. E, se nos anos 1970 ele precisava tergiversar para dizer o que pensava – fossem denúncias políticas ou desilusões amorosas –, Chico Buarque envelhece com a sabedoria de quem sempre soube de tudo aquilo que anda na cabeça, anda nas bocas – e que não é preciso se afobar, porque nada é para já.”
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Balões de fezes como arma de guerra. Sentiu?
por O.V. Pochê
Prestem atenção na atual fase (eu disse fase) do conflito Coreia do Norte X Coreia do Sul. Segundo a mídia internacional, ativistas de Seul lançaram balões carregados de pen drives com músicas do gênero k-pop. A manobra irritou Pyongyang. Em retaliação, o país de Kim Jong-un preparou um grande frota de 260 de balões levando quilos de fezes para o espaço aéreo do inimigo.Não se sabe como o líder norte-coreano recolheu o material, se distribuiu quantidades massivas de laxantes para a população produzir a nova arma patriótica.
Vocês estão rindo? Não brinquem, a humanidade sairia ganhando se os arsenais nucleares fossem aposentados em troca de bombas de cocô. O cheiro seria forte, nada pior do que é comum em um subúrbio da Índia, mas não fatal.
A propósito, o uso de cocô bélico não é novidade. Na Idade Média, tropas de reinos em guerra lançavam no interior dos castelos quilos de fezes cedidas por pessoas vítimas de peste bubônica. O objetivo era contaminar mortalmente os residentes e combatentes que se achavam protegidos pelas muralhas. De quebra, foi assim que nasceu a guerra bacteriológica.
Enquanto o Brasil dorme o Congresso abre a porteira para projetos de lei do bolsonarismo
| Reprodução do X |
Comentáro do blog - Você piscou - preocupado com a tragédia que enluta o Rio Grande do Sul - e o Congresso manteve luzes acessas, com a extrema direita dando goleada na aprovação leis de interesse de grupos bem conhecidos. Com o apoio da forte bancada do PL, sob o comando de Bolsonaro e adesão de partidos da "base" do governo (que, apesar de controlar ministérios e cargos não pode ser chamada de base, de tão volúvel e traidora que é) deputados e senadores passeiam no plenário e ganham votações como se estivesem fazendo a dança do "Envolver", da Anitta (consulte o You Tube) em cima do governo rendido e entregue. Liberação de fake news, fim da saída temporária de presos, privatização das praias (este é um rico projeto que pretende beneficiar resorts, condomínios de luxo, marinas etc).
Alerta de spoiller: a gaveta dos dois e dos parlamentares interessados nesses projetos não tem fundo.Vem mais da pauta bolsonarista por aí neste ano eleitoral e com o Congresso sob o comando de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
A grande ironia: para se manter no poder Bolsonaro nem precisava do 8 de Janeiro. Sua tropa já estava lá dentro no controle do pior Congresso da história do Brasil, com amplas condições de deixar o Planalto como figurante.
Sergio Zalis (*) expõe fotografias na Galeria do Instituto Antonio Carlos Jobim, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Inauguração: 20 de junho de 2024
O fotojornalista Sergio Zalis inaugura no dia 20 de junho a exposição Dicotomia, na galeria do Instituto Antonio Carlos Jobim, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
Em texto de apressentação da mostra, a curdora Christiane Laclau escreve: "Sergio Zalis usa uma técnica chamada focus stacking. Trata-se de uma sequência de capturas de uma mesma cena a partir de distintos enfoques óticos. A cada clique, o foco é destinado a uma parte da cena. Posteriormente, o artista une os registros em uma única imagem, obtendo um resultado admiravelmente rico e exuberante e, sobretudo, indo além do que os olhos são capazes de ver".
(*) Sergio Zalis foi Consultor na TV Globo, diretor de Redação na Abril, diretor-excutivo na Revista Caras e da Contigo, Coordenador de Fotografia em O Globo, fotógrafo do Jornal do Brasil, da Manchete e da Revista Fatos.
O outro lado do racismo em Portugal: brasileiros contra brasileiros. Acredita nisso?
| Imagem reproduzida do Marco Zero Conteúdo |
Reportagens, relatos pessoais e os fatos demonstram que o racismo em Portugal é avassalador e se agrava no mesmo ritmo do avanço da extrema direita na política. O Chega, partido em ascensão, conquistou um número surprendenete de cadeiras no parlamento com base em um discurso que se assemelha aos rascunhos que seus partidário colheram nos sacos de lixo de Bolsonaro, Trump, Milei, Marine Le Pen, Meteo Salvini, Viktor Órban etc.
Entre os imigrantes brasileiros há as vítimas da violência racista registrada em escolas, locais de trabalho, nas ruas e até em residências invadidas por neonazistas e há também os novos "collaborationisttes" (uma reedição do termo "collabo" que apontava na França invadida, durante a Segunda Guerra, os franceses que se aliavam aos nazistas.
Ainda em fevereiro deste ano o site Marco Zero, um coletivo de jornalismo investigativo, abordou o assunto pela perspectiva de alguns brasileiros que culpam as vítimas. Digamos que esse argumento equvale ao do estuprador que atribuí à saia curta da vítima o gatilho que aciona seus instintos de predador sexual.
Em artigo escrito pelo jornalista e cientista político Mariano Hebenbrocke, o Marco Zero procura entender o que há nas águas turvas desse pântano habitado por brasileiros que chafurdam na extrema direita. Uma das figuras citadas por Hebenbrocke, identificado Ângelo Latteli, antropólogo e professor universitário aposentado, informa que "o racismo pde até existir, mas está fora do seu alcance de residente em uma 'colônia' europeia no sul de Portugal, no Algarve". Ele diz que por ser "branco, ter passaporte italiano, ter aprendido a falar o português de Portugal e conviver entre europeus, o racismo, o preconceito e a xenofobia não fazem parte de seu dia a dia. E explica: “o fato de o brasileiro ter um modo de vida, um comportamento diferente do português e não se inserir em sua cultura, isto já os coloca do outro lado. Nós sabemos que nem todos os brasileiros têm uma educação que é compatível com a europeia, inclusive de algumas regiões do próprio Brasil" (NR: Latelli nasceu no Sul do Brasil). Outra personagem entrevistada é a recifense Tatiana Gomes. Ela opina que Portugal precisa de "mão de obra qualificada e não de profissionais meia boca”. Gomes especula que "a grande massa de brasileiros que entraram em Portugal nos últimos cinco anos, é resquício da política de manutenção da pobreza do PT praticada no Brasil".
O artigo também cita uma reportagem do correspondente Vicente Nunes distribuída pela AFP e segundo a qual "o partido Chega, que tem à frente o líder da extrema-direita André Ventura, é radicalmente contra a imigração para Portugal, sendo também adepto de uma deportação em massa. Este partido tem crescido justamente com a adesão de muitos brasileiros que possuem dupla nacionalidade, brasileira e portuguesa, os quais são em sua maioria evangélicos das classes média e alta".
(*) Recomendamos a leitura completa do artigo de Mariano Hebenbrocke no Marco Zero que pode ser acessado no link abaixo.
https://marcozero.org/como-brasileiros-que-vivem-em-portugal-alimentam-o-racismo-xenofobia/
Leilão frustrado: não apareceu comprador para as marcas Jornal do Brasil e JB Online
Segundo informação do Portal dos Jornalistas, o leilão das marcas Jornal do Brasil e JB Online, marcado para a semana passada, não teve interessados. O valor a ser arrecadado se destinaria ao pagamento de dívidas trabalhistas. Em primeira chamada, o lance mínimo foi de R$ 10 milhões. Em um segundo pregão o preço caiu para R$ 4 milhões. Registre-se que a JB FM, da rádio em funcionamento e com boa audiência, segundo a fonte, não fez parte das marcas do antigo grupo oferecidas no leilão.
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Do Portal dos Jornalistas: o adeus a Vitor Sznejder
Do Portal dos Jornalistas - "Vitor Sznejder faleceu em 10 de abril, aos 71 anos. Um mês antes, sofreu uma queda em casa, em Petrópolis, onde residia. Ficou três semanas internado e teve uma hemorragia no estômago. Foi sepultado no cemitério judaico Chevra Kadisha de Vilar dos Teles, em Belford Roxo. Deixou o filho Bruno, que mora na Inglaterra
Leia a matéria completa no link abaixo, do Portal dos Jornalistas.
https://www.portaldosjornalistas.com.br/o-adeus-a-vitor-sznejder/
*Um judeu na Paixão de Cristo
Trabalhei com o Vitor na Fatos & Fotos. Ele teve também uma rápida passagem pela redação da Manchete. Não o via há muito tempo. Lembro que uma vez, quando respondia pela gerência de comunicação da Souza Cruz, ele convidou jornalistas do Rio para assistir ao espetáculo da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, em Pernambuco. Depois de trabalhar no Globo, em várias funções, Vitor se encontrou na comunicação corporativa. Nessa viagem ao agreste pernambucano ele foi o nosso anfitrião. Em meio aos centuriões e apóstolos da encenação surreal em uma Jerusalém reconstruída nas imediações de Caruaru - que a Souza Cruz patrocinava - ameacei, de brincadeira, claro, "denunciar" que entre nós havia um judeu. Só ameacei. Fiquei sem saber qual seria a reação daquele povo cristão tão energizado pela dramaticidade de efeitos de luz e som. Ainda bem. Com o seu poder de public relations Vitor era capaz de convencer o povo da Via Sacra de que os "vilões" daquela noite em um sertão momentaneamente bíblico éramos nós. Que Jeová o receba. (José Esmeraldo Gonçalves)
Tá liberado
A Justiça mandou: chamar Arthur Lira de "Excrementíssimo" não é crime; e dizer que o ex-procurador geral da República Augusto Aras silenciou diante dos abusoa de Bolsonaro também não configura ofensa nem quaisquer outras figurações jurídicas. Então tá: temos autoridades excrementíssimas e silenciosas quando lhes convém e podemos dizer isso sem que a lei nos exile na Ilha de Trindade.

















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