quinta-feira, 18 de junho de 2020

"White Lives Matter": quando um negro protege o racista que veio combatê-lo



Durante um protesto do Black Lives Matter, em Londres, o ativista Patrick Hutchinson carrega no ombro um opositor racista, que hostilizava os manifestantes. Após um início de conflito, Hutchinson resgata o homem branco ferido, que corria riscos em meio à passeata, e o leva a um lugar seguro.
A cena foi estampada em vários jornais britânicos.  Alguns tabloides saudaram o "herói" negro.  Outros destacaram a união contra o racismo ou o fato de um negro proteger o branco que veio combatê-lo. Uma interpretação é que Hutchinson mostrou sensibilidade política e agiu para  proteger o movimento Black Lives Matter, que certamente seria responsabilizado caso o neonazista fosse espancado. A foto é de Dylan Martinez / Reuters.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Cinememória: a cena do filme que os Beatles odiaram

Ferris Bueller (Mattew Broderick) canta Twist and Shout  nas ruas de Chicago. 

O filme é de 1986. Uma comédia para adolescentes, apenas. Despretensiosa, típica das produções lançadas para animar as tardes do verão americano.

"Ferris Bueller Day Off" (no Brasil "Curtindo a Vida Adoidado") tem uma sequência musical marcante. Matthew Broderick, o Ferris, em dia de gazeteiro, invade um desfile comemorativo e interpreta Twist and Shout.

Pode não ter sido a mais brilhante performance da canção. Afinal os Beatles arrebataram estádios cantando o clássico que ordenava o "shake it baby now". E, atenção, o música não é do quarteto de Liverpool. É de Phil Medley e Bert Russell, em estilo rock e soul nos anos 60. E originalmente foi gravada em 1961.

Na época do lançamento do filme, foi noticiado que os Beatles odiaram porque foram adicionados instrumentos de sopro ao naipe musical, mas a cena do filme de Matthew Brodrick, um competente ator de musicais que interpretou na Broadway e no cinema o Leo Bloom do antológico The Producers, é talvez a mais explosiva performance da canção. A sequência foi gravada em uma manhã, nas ruas de Chicago, onde o diretor John Hughes espalhou suas centenas de figurantes. O ritmo era tão empolgante que cidadãos que estavam a caminho do trabalho entraram na dança. E Hughes utilizou as imagens reais de quem não resistiu ao rock. (José Esmeraldo Gonçalves)
SE DUVIDA, VEJA AQUI

O fato, a charge e a intimidação


O governo Bolsonaro, através do Ministério da Justiça, pediu que a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República investiguem o jornalista Ricardo Noblat, da Veja, por compartilhar charge de Aroeira. O motivo: cartum inspirado na declaração de Bolsonaro ao sugerir quer seus apoiadores invadam hospitais para flagrar supostos leitos vazios. O desenho mostra a cruz vermelha das instituições de saúde transformada em uma suástica. Como se sabe, após a declaração do capitão inativo, pessoas e políticos ligados ao governo de fato invadiram hospitais. A intimidação se dá com base na Lei de Segurança Nacional, um dos entulhos "colifórmicos" da ditadura ao qual nem a volta de democracia foi capaz de dar descarga. As redes sociais demonstram apoio a Aroeira e Noblat e, em solidariedade, compartilharam em massa a charge que irritou a ultra direita, facção que, aliás, o governo faz questão de demonstrar que assume com intenso fanatismo.

domingo, 14 de junho de 2020

Fotomemória da redação: no tempo em que voos do Estados Unidos ainda podiam pousar no Rio

1957: Yul Brynner deu uma volta nos fotógrafos que o esperavam no Galeão

Mas foi fotografado no Copacabana Palace...


...onde Anita Ekberg posou. Fotos Reproduções Manchete

por Ed Sá 

Duvido que celebridades de Hollywood  ponham os pés no Rio, hoje. Até porque voos para o Brasil contaminado pelo coronavírus estão proibidos. Lá foram estamos mais sujos do que banheiro químico depois que o bloco passa.
Mas em 1957, o Rio em plenos anos dourados estava em alta. Em um só dia desembarcaram no velho Galeão Yul Brynner, Anita Ekberg e Lana Turner. Manchete foi lá.  O ator de "Os Dez Mandamentos" e "O Rei e Eu", então no auge da fama, driblou a imprensa e foi fotografado (por Gervásio Baptista provavelmente, já que o crédito da matéria era coletivo), quanto o Cadillac Coupê acelerava rumo ao Copacabana Palace.

Só depois, no Copa, os fotógrafos puderam registrar imagens de Anita Ekberg, além do próprio Brynner.

Discriminação na internet mostra que Hitler e Mussolini adorariam ter algorítimos para chamarem de seus...

Hitler e Mussolini morreriam de inveja.

Os regimes autoritários têm hoje à disposição um arsenal digital extremamente útil aos ditadores. Reconhecimento facial, redes sociais, hackeamento, pesquisa de dados, localização geográfica etc.

Ferramentas perfeitas para caçar opositores.

A atual temporada de protestos nos Estados Unidos mostra mais uma faceta: o uso antidemocrático dos algorítimos. Institutos que medem audiências na internet identificaram anunciantes que marcam palavras como "black lives", "george floyd", "black people", "racism" etc para bloquear seus comerciais junto a sites que veiculam o conteúdo que consideram indesejado.

Não apenas apenas a comunidade negra está reclamando junto às agências de publicidade, sites jornalísticos também apontam perda de receita com a tática corporativa racista.

BB4ever! • Por Roberto Muggiati


Se você acha que ele já morreu ou pendurou os teclados, a culpa é toda sua. Ou, como dizia nosso Cony, ledo e ivo engano seu.

Burt Bacharach está vivíssimo, aos 92 anos, no quarto casamento que já dura 27 anos, com dois filhos. Mas suas crias principais sempre foram musicais, difícil enumerar as composições que encheram de tanta beleza as últimas seis décadas.

Ouçam esta joia rara, Bells of Saint Augustine, cantada por Daniel Tashian, a primeira composição de Burt desde 2005 – ou seja, em quinze anos – e mais do que apropriada para estes tempos de confinamento.

https://www.youtube.com/watch?v=UyRvMeC89Oo

Para quem quiser saber mais, encarando uma entrevista em inglês, aqui está Mr. Bacharach 2020 conversando com Daniel Tashian.

https://www.youtube.com/watch?v=Ze47kG9Vbh0

Vamos em frente com esta música maravilhosa do grande Burt Bacharach!

Le Monde: aqui jaz Copacabana





Aos olhos do mundo, o Brasil é rebaixado para a terceira divisão mundial. Isso mesmo, o governo por sí, nas áreas econômica, ambiental, social, cultural e educacional, já caía pelas tabelas desde 2019. A pandemia chegou como o desafio inesperado que expôs a incompetência e o modo fascista de conduzir o país em um triste momento. Tudo isso junto sepulta o rótulo "em desenvolvimento" e leva o Brasil de volta ao Terceiro Mundo. O coronavírus tornou ainda mais dramaticamente visível a terrível desigualdade social que as elites construíram ao longo dos golpes que promoveram na história.

A revista M Le Mag, do Le Monde, faz a crônica da tragédia brasileira a partir e de um símbolo carioca célebre no planeta: Copacabana. A devastação provocada pelo coronavírus, o empobrecimento, a desigualdade e o avanço da ultra direita. O Brasil está doente. E não apenas por causa da Covid-19,

sábado, 13 de junho de 2020

Fiscais do governo. Por Nando

https://twitter.com/desenhosdonando

Memória da redação - A epidemia que a ditadura tornou invisível

Revista Manchete, 1972/Reprodução BN
Só imagine: a Covid-19 chega ao Brasil e o governo ordena à mídia silêncio total sobre o avanço da epidemia.

Algo semelhante aconteceu aqui entre 1971 e 1974, em plena ditadura de Garrastazú Médici. Nada de coletivas das autoridades de saúde, nem pensar em divulgar gráficos com os números dos estados e muito menos os cuidados que a população deveria adotar. O governo determinou que a epidemia de meningite era invisível.

Bolsonaro e os militares atualmente aquartelados no Ministério da Saúde bem que tentaram "administrar" os números da atual Covid-19 e segurar o coronavírus pelos coturnos para mostrar ao mundo que a tragédia brasileira é "criação da imprensa".

No começo dos anos 1970, com o poder de censura na mão, Médici conseguiu esconder a fragilidade do sistema de saúde, calar a mídia e fazer com que as vítimas morressem em silêncio. Em 1972, registrou-se, em certo momento, cerca de dois mortos por dia. Mas os números jamais foram consolidados de maneira confiável. Sabe-se que em 1974 havia quase 70 mil casos conhecidos no país, descontada a subnotificação.  A "lei da mordaça" contra a meningite só foi aliviada em 1975, já no governo Geisel, que ensaiava a distensão política e quando não dava mais para esconder o drama. Epidemiologistas foram convocados, formou-se a Comissão Nacional de Controle da Meningite. No ano seguinte, houve uma vacinação em massa.

A política do governo militar para esconder doença não era inédita. O cientista Albert Sabin, muito amigo de Adolpho Bloch e frequentador da Manchete sempre que vinha ao Brasil, acusou certa vez, em entrevista nos Estados Unidos, o ditador Médici de manipular dados sobre a incidência de poliomielite no Brasil entre 1969 e 1973.

Naquela época, redações de jornais e revistas eram forçadas a admitir como "consultores" coronéis de pijama que davam um "parecer" sobre matérias potencialmente capazes de criar problema com Brasília. A Manchete teve um desses meganhas.  Em 1972, a revista publicou uma matéria sobre o avanço da meningite, chegou a registrar o drama de famílias de algumas vítimas no Rio e em São Paulo. A reportagem (veja reprodução acima), era assinada por Marco Aurélio Borba, Miguel Pereira e Celso Arnaldo. Foi a única reportagem na Manchete a mostrar que havia uma epidemia no Brasil. Mesmo assim, com visível cuidado: falava em "súbito aumento de casos" e em "certo temor da população". Nos anos seguintes, foi publicada outra, mas sobre o Instituto Mireux, de Paris, que pesquisava uma vacina; e na Pais & Filhos saiu uma  texto sobre "cuidados com a doença". Ambas as matéria não se referiam diretamente à epidemia em curso no Brasil. A Veja fez em 1972 uma única reportagem de capa sobre o assunto. No título "O Surto da Desinformação". E, no mesmo ano, a Folha de São Paulo teve censurada a reportagem "A Epidemia do Silêncio".

Governos que amam odiar a transparência, como se vê na atitude negacionista do regime bolsonarista frente à Covid, não possuem anticorpos contra o vírus do autoritarismo.

Mas é preciso registrar que nem o execrável Médici mandou invadir hospitais...


A caça às estátuas

Foto Reprodução Twitter
por Ed Sá 

Nessa questão da derrubada das estátuas talvez caiba um meio termo. Churchill era um tremendo racista. É isso está documentado. Merece ser incomodado pelos manifestantes.

No últimos dias, as estátuas em praças não têm se preocupado apenas com os pombos. Aquelas cujo passado condena botaram as barbas de bronze de molho.

Os atuais protestos têm um lado didático elogiável indiscutível: mostrar às novas gerações quem de fato foi o "herói" britânico.

Mas cancelar Churchill da história é menos educativo do que mostrar quem foi ele.

E isso vale para outros.

O Brasil, por exemplo, tem estátuas polêmicas a literalmente a dar com o pé. Borba Gato foi um assassino, um cruel mercador de escravos. Um miliciano, um membro do PCC , se existisse na época. Os ditadores brasileiros homenageados em pontes, avenidas e até cidades comandaram os porões da tortura e dos assassinatos políticos. Há milhares de outros canalhas que poluem nossas praças, ruas e parques.

E se essas "homenagens" forem mantidas, mas reconfiguradas? Por exemplo, ao lado dos bustos e esculturas placas informam as atrocidades que as figuras em questão cometeram por baixo da história oficial.

Assim, os facínoras não seriam esquecidos, mas teriam seus crimes sempre lembrados.

Para finalizar: alguns historiadores criticam manifestações contra o racismo e defendem as estátuas-alvo. Onde vivem? Muito antes de qualquer problema ideológico contra figuras "ilustres",  o povo já destrói estátua aqui nas quebradas tropicais do Terceiro Mundo. No caso, para afanar o valioso bronze dos monumentos.

Que nos desculpe a Velha Albion, mas nessa o Brasil saiu na frente.

Da RFI: Paris protesta contra a necropolítica brasileira


VEJA MATÉRIA E VÍDEO, AQUI

Jornalismo: a mídia deve sempre ouvir os "dois lados" mesmo quando um desses lados é o fascismo?



por Flávio Sépia
Em artigo do jornalista Eric Alterman, The Nation analisa a cobertura que a grande mídia americana faz do governo Trump. Basicamente, questiona o mantra de "ouvir os dois lados". E quando ouvir.

Um tema, a propósito, em debate lá e cá. Recentemente, a CNN Brasil que costuma promover debates entre democratas e radicais da direita, deu espaço ao indivíduo foragido que foi acusado de participar de ato terrorista contra a sede da produtora do humorístico Porta dos Fundos.

O pretexto? Ouvir os dois lados.

O jornalismo deveria ouvir os dois lados na Alemanha nazista dos anos 1930? No fascismo de Mussolini? Na cobertura das atrocidades do Estado Islâmico? Deve optar pela "isenção" ou pela omissão? É a pergunta que se faz.

Trump trabalha deliberadamente com a mentira. Ao mesmo tempo, usa as redes sociais e os seus apoiadores,  os algorítimos de impulsionamento e uma tropa de robôs para lançar sobre o jornalismo profissional a pecha de produzir fake news contra seu governo. Alterman indica que a mídia "não tem experiência com uma situação como essa e não consegue descobrir como lidar com isso".

O artigo lembra que ao ser atacada por Nixon, nos anos 1970, idos do escândalo Watergate, a mídia virou o jogo. Hoje, diante de Trump, uma ameaça muitas vezes maior à democracia, não sabe como fazê-lo.

Alterman dá uma pista ao concluir que, na crise atual, o maior problema é que a mídia não consegue se decidir sobre uma questão fundamental ao cobrir  o governo Trump: "De que lado está?"

Agora, se você trocar algumas poucas palavras e contextos, a mídia brasileira se encaixa no dilema descrito acima. E por um motivo claríssimo, basta ler editoriais e colunistas. Desde o começo dessa tragédia brasileira, ainda na campanha eleitoral, a mídia conservadora tenta um equação impossível: desconfiar de Bolsonaro e até lhe fazer oposição pontual, mas apoiar incondicionalmente a política econômica de Paulo Guedes. Apesar de externar ideias semelhantes às do chefe - inclusive aquelas antidemocráticas (já defendeu o AI-5, lembram?) e de admitir em reunião pública que já esta trabalhando pela sua reeleição, Guedes segue à margem das críticas nos jornalões apesar de não ter mostrado resultados na economia, mesmo antes da pandemia.

De que lado a mídia brasileira está?

Para ler a matéria do Nation, clique AQUI

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Fotografia: os vencedores do Sony World Photography Awards 2020


A Organização Mundial de Fotografia anunciou os vencedores do Sony World Photography Awards 2020 em suas quatro categorias: Profissional, Aberta, Jovem e Estudante. Foram analisadas mais de 345 imagens de 203 países. Apenas os fotógrafos profissionais inscreveram 135 mil fotos.
O uruguaios Pablo Alvarenga foi o fotógrafo do Ano com "Sementes da Resistência", um trabalho sobre paisagens e territórios colocados em risco pela mineração e o agronegócio. "As imagens exploram o vínculo entre os defensores e suas terras - uma área sagrada na qual descansam centenas de gerações de seus ancestrais. Nas fotografias, os personagens principais das histórias são vistos de cima, como se estivessem dando suas vidas por seu território", relata o site oficial da premiação.

VEJA AS FOTOS VENCEDORAS DO SONY WORLD PHOTOGRAPHY AWARDS 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

É isso mesmo? Na CNN Brasil, terrorista foragido analisa manifestações

Reprodução O Globo

Nas redes socais não foram poucos os comentários indignados contra a CNN Brasil. O novo canal por assinatura mais aparenta a cada dia seu vínculo com a direita brasileira. Essa semana exagerou. Deu a palavra, não como fato policial, mas como opinião que o canal considerou abalizada, a um acusado de ato terrorista.  O sujeito foi convidado a opinar sobre os movimento antifascistas. Claro que a CNN Brasil poderia encontrar pessoas da ultra direita - Brasil está cheio delas, hoje - para falar sobre as últimas manifestações, mas preferiu legitimar um foragido. Obviamente, o jornalismo da CNN Brasil vê um sentido nisso, um estranho sentido. Ou talvez busque aqui o posto que a Fox americana tem nos Estados Unidos, o de militante da ultra direita. A nota acima foi publicada na coluna de Patricia Kogut, do Globo. 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Filmes para você entender como o fascismo chega de mansinho...

Alguns articulistas conservadores se pegam ao preciosismo ideológico e se recusam a admitir a trajetória fascista que embala o governo Bolsonaro.
Como identifica Umberto Eco, todos os sinais estão postos na mesa. Só não vê quem não quer.Tal qual o mundo, o fascismo mudou. Claro que não estamos nos anos 1920 e 1930 do século passado. O fascismo do século 21 tem face retrofitada, veste uma saia moderna, usa um terno Armani, exibe alguns diplomas de Harvard, usa um botóx, desfila com uma lingerie última moda, mas não esconde seus princípios: deus, pátria, família, fundamentalismo religioso, "meritocracia", racismo, intolerância, culto às armas, formação de milícias.  Não há nada mais fascista do que o "deus mercado", muito propagado pela mídia oligárquica, o supremo cânone que rege hoje a exacerbação das injustiças e desigualdades. Em muitos pontos, o fascismo atende pelo apelido de neoliberalismo. São primos.
O site Huffpost Brasil dá uma ótima dica hoje ao apontar alguns filmes para ajudar o Brasil Pandeiro a entender o fascismo. Entre as indicações, Roma, Cidade Aberta; O Conformista;  O Jardim dos Finzi-Contini; Amarcord; 1900, e outros. O cinema pode ajudar a desvendar a realidade à sua volta.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Cinememória - "Indians!" : a la Jack Nicholson, uma receita para a quarentena...


Pesquisas apontam que aumentou o consumo de bebidas em casa durante a quarentena. Em parte, o fechamento de bares e restaurantes incentivou o reforço das adegas e prateleiras caseiras. Em parte, a ansiedade e o tédio ajudaram a encher os copos.
O fato é que tem muita gente se sentindo como o advogado George Hanson, o personagem de Jack Nicholson que se incorpora à dupla Billy e Wyatt, vividos por Dennis Hooper e Peter Fonda. Ele é o bebum do grupo. Sempre que virava um shot falava "indians" entredentes enquanto o álcool queimava na garganta. Foneticamente correto, ele pronuncia "injuns".
O que se diz é que a famosa fala foi um "caco" do ator. Nessa cena, ele dedica "a primeira do dia", uma farta dose do uísque Jim Bean, ao "velho D.H. Lawrence".
O escritor defendia que os Estados Unidos deviam se reconectar à identidade perdida,  à cultura indígena, à terra e seus espíritos, como o continente aborígene que foi um dia.
Tudo a ver com a busca dos cavaleiros das Harley Davidson que zoaram no filme Easy Rider.
Então é isso: "indians!" para todos nós em interminável quarentena. (José Esmeraldo Gonçalves)

VEJA A CENA DE JACK NICHOLSON AQUI

É mentira!


Desocupada, Regina Duarte dispara posts nas redes sociais. A bozoroca está dando trabalho ao Instagram. O aplicativo tem apontado as fake news que a figura espalha. Em abril foi exposta por divulgar informação falsa sobre a cloroquina. Ontem foi denunciada e recebeu um aviso público sobre mais uma informação mentirosa, dessa vez sobre a Gripe Espanhola. Ela inventou que as
as epidemias seguem um padrão de aparecer de 100 em 100 anos. Birutice.