sábado, 25 de abril de 2015

Striptease no velório. O falecido agradece...

por Omelete
O Ministério da Cultura de Taiwan há meses tenta acabar com a festa no velório. As autoridades reprimem uma onda que faz sucesso nos cemitérios: striptease em homenagem ao falecido. É tradição no país cortejos fúnebres festivos e animados com música e alegorias. Acontece que para os chineses enterro bom é enterro que dá ibope e mostra o prestígio do defunto. Daí, as strippers que ajudam a convencer os amigos do falecido a sair de casa e encarar o velório. O governo prefere que as famílias voltem a contratar as carpideiras. Só que as garotas no pole dance atraem, claro, mais atenção do que o choro das profissionais. Em muitos casos, segundo os defensores das strippers, as famílias estão apenas atendendo a um desejo do falecido e o governo não tem nada que se meter no evento. Para fugir da polícia, as famílias organizam apresentações-relâmpago. Quando a lei chega no cemitério o falecido já curtiu a performance das meninas e cantou pra subir feliz da vida. Ou da morte..
CLIQUE AQUI, VEJA O VÍDEO DAS STRIPPERS ANIMANDO O FUNERAL. 

Bruno Barbey: o fotógrafo da Magnum que virou Manchete por uns dias...


Ao longo da sua trajetória, a revista Manchete sempre se manteve próxima e parceira das agências fotográficas francesas. Havia uma visível afinidade de linguagem tanto na cobertura dos fatos quanto nas matérias realizadas em destinos mais espetaculares, como Amazônia, Saara, Pantanal, China, altiplanos bolivianos, Atacama e outros sets que ganhavam páginas e páginas em Manchete e Paris Match. Além da troca frequente de reportagens fotográficas, era comum profissionais da Gamma, Sygma e Magnum em viagens ao Brasil compartilharem da infraestrutura e logística da Bloch em incursões ao interior do país. Nos anos 1970 e 1980, rara era a cobertura de Carnaval a que não se incorporasse um gringo às equipes da Manchete e Fatos&Fotos. Geralmente, faziam ensaios especiais, um olhar estrangeiro sobre a festa que, ao lado das fotos excepcionais da equipe Manchete, certamente enriqueciam edições de Carnaval tão famosas e marcantes quanto recordistas em vendas. Muitos desses fotógrafos "importados" pediam para vir no ano seguinte. O Globo, hoje, publica uma entrevista com Bruno Barbey na seção "Conte Algo Que não Sei", assinada por Bruno Calixto. Barbey, salvo engano, era da Magnum. São dele, entre tantos trabalhos, fotos sensacionais e inesquecíveis de Maio de 68, em Paris. A Manchete publicou muitas matérias assinadas pelo fotógrafo marroquino com carreira desenvolvida na França. Na entrevista ao Globo, ele recorda a revista brasileira e conta como o  país, que conheceu em 1965 quando fazia uma reportagem para a Vogue, foi inspirador para o seu trabalho.
Foto de Bruno Barbey. Reproduzida do site AuMagic.
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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Há 70 anos... Yank: a revista que levantou a moral dos soldados americanos na Segunda Guerra. Há quem diga que as pinups da capa salvaram vidas e ganharam batalhas...



Martha Holliday

Barbara Bates


Betty Page

Marilyn Monroe em uma das suas primeiras fotos

Rita Hayworth
Ann Miller
Lauren Bacall
por José Esmeraldo Gonçalves
Esqueça a Life, a Time, a Look... A revista mais disputada pelos soldados americanos na Segunda Guerra foi a Yank. A revista foi criada pelo Exército americano com o propósito de entreter os jovens soldados e ajudar a neutralizar tensões e ansiedades antes uma batalha e outra. Os números são impressionantes; o semanário tinha uma tiragem de 2 milhões e meio de exemplares e chegava a todos os campos de batalha. De Corregidor às Ardenas, da base aérea americana em Natal aos porta-aviões que lutaram em Midway, do Sena ao Reno, dos Apeninos aos Alpes. Circulou entre junho de 1942 a dezembro de 1945. Era mais fácil se extraviar uma ordem do general Patton ou um telegrama de Eisenhower do que a a nova edição da Yank. Muitos pracinhas brasileiros, que combateram incorporados ao 5° Exército americano, certamente tiveram chance de dar uma olhadinha na Yank antes de partirem pra cima dos tedescos no pesado inverno do norte da Itália. Diziam os soldados que a Yank era uma boa companheira nas noites de expectativa, as piores e mais insones antes de um ataque a um reduto alemão. As pinups posavam de graça como parte do esforço de guerra. No dia 8 de maio, o mundo celebrará o fim da Segunda Guerra com a vitória dos Aliados. É possível que um ou outro sobrevivente, são poucos, hoje, já passando dos 90 anos, saque da memória doces lembranças das pinups que os ajudaram a vencer a guerra. Para eles, todo dia era dia da vitória.

Viu isso? OVNI sobrevoa o vulcão Calbuco em erupção no Chile

VEJA O VÍDEO DO OVNI SOBREVOANDO O VULCÃO CALBUCO, NO CHILE. CLIQUE AQUI

Portal Brasiliana Fotográfica: um novo endereço digital para a memória nacional

A Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Moreira Salles lançam o portal Brasiliana Fotográfica com o objetivo de valorizar a fotografia brasileira e abrir um debate permanente sobre a preservação da memória. 
Imagens no portal Brasiliana. A entrada do  Forte do Morro da Viúva, Rio, foto de Augusto Malta (1906) e...
...a Avenida do Mangue, navegável em 1905, vista na foto de A.Ribeiro e...
...a Rua Real Grandeza, em 1910, foto de Augusto Malta

Conheça o novo portal, clique
AQUI 

Polêmica: foto que virou desenho em capa de livro motiva ação na justiça

Uma questão na Justiça: a capa do livro...

...e a foto original (o voleio de Fred) que foi reproduzida em forma de desenho e que pode ser vista no site do fotógrafo Nelson Perez.  Clique AQUI
A coluna Radar, da Veja, noticia que o fotógrafo Nelson Perez, que presta serviços ao Fluminense, entrou na Justiça do Rio de Janeiro pedindo o recolhimento do livro "Duas Vezes no Céu, de Paulo Roberto-Andel (Editora 7Letras). É que a capa do livro reproduz em forma de desenho a foto de Perez que mostra um famoso gol de voleio do atacante Fred em jogo contra o Flamengo. 
Nelson Perez reclama o pagamento de direitos sobre a foto recriada em traço na capa do livro. 


Relatório Mundial da Felicidade 2015: estudo analisa o alto astral e detalha as razões do baixo astral em 158 países





Saiu ontem o terceiro "World Happiness Report". Trata-se de um estudo abrangente publicado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O objetivo é medir o nível de felicidade dos países segundo a avaliação do sentimento de bem-estar das populações nacionais através de índices reais como o PIB per capita, a liberdade, o progresso social, emprego, formação e opções profissionais, expectativa de vida, apoio social às populações etc. Tais índices conferem uma pontuação a cada nação. A Suíça está no topo do ranking. É o país mais feliz do mundo, seguido por Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá. Na última colocação, está o Togo, o país menos feliz. O Brasil ocupa o 16° lugar. Portugal está na 88.ª posição, Estados Unidos (15.º lugar), Reino Unido (21.º), Alemanha (26.º), França (29.º), Rússia (64.º) e China (84.º). O "World Happiness Report" foi elaborado por uma equipe de especialistas multidisciplinares e utiliza dados do Gallup World Poll recolhidos entre 2012 e 2014, além de 2000 a 3000 pessoas entrevistadas em cada país. Um dos coautores do estudo, Richard Layard, declarou ao jornal The Washington Post que o objetivo principal do relatório é que os políticos "tenham como meta fazer a felicidade das pessoas" e a organização espera que os dados apresentados sirvam de incentivo à adoção de políticas públicas mais eficientes. Fatores como ocorrência de casos de depressão, stress, demonstrações de ódio e intolerância, preconceito, terrorismo, controle de natalidade, corrupção (com presença significativa em todos os continentes), conflitos religiosos, preocupação quanto ao futuro, otimismo, pessimismo e generosidade interferem na geografia da felicidade tanto ou mais do que valores meramente econômicos. Embora bem colocado na soma geral (o relatório captura avanços da última década), uma leitura mais profunda mostrará que há setores em que o Brasil não está bem no estudo. Um deles, diferenças acentuadas de grau de felicidade entre classes sociais ou entre homens e mulheres. O documento completo tem 168 páginas e revela outros problemas do país que, se tem pontos a comemorar (forte queda do índice de mortalidade infantil é um deles), tem ainda muito a avançar, com no caso de um efetivo e amplo combate à corrupção.

   

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro comemora 80 anos e promove debate sobre a precarização do trabalho

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Biblioteca Nacional digitaliza acervo dos Diários Associados


A Biblioteca Nacional fechou acordo para digitalização do acervo dos Diários Associados. Estão incluídos no acordo veículos essenciais da imprensa brasileira, tais como Jornal do Comércio, Correio Brasiliense, A Noite, O Jornal, Revista O Cruzeiro entre outros títulos.  Além de ceder os direitos de divulgação de todas a sua coleção, os Diários Associados doaram à FBN a coleção (física) do periódico “O Jornal” (1919-1974) composta por 576 volumes, mais 383 volumes do periódico “Diário da Noite” (1929-1962). O acordo prevê também que a Biblioteca Nacional receberá 36.631 discos de 7, 10 e 12 polegadas, do acervo da Rádio Tupi. Boa parte do acervo físico de periódicos já está microfilmado e disponível para consulta na Biblioteca Nacional. O processo de digitalização está em andamento  o que possibilitará consultas via internet. Conheça um pouco da história dos principais periódicos da coleção:
DIÁRIO DA NOITE
Um vespertino que será sempre o arauto das aspirações cariocas.  Rio de Janeiro (RJ) 1929 – 1973
Fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 5 de outubro de 1929, dirigido por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (seu dono formal), Cumplido de Sant’Anna e Frederico Barata, o Diário da Noite foi um vespertino em complemento ao matutino O Jornal, também de “Chatô”. Apresentava-se como membro da “vanguarda do movimento liberal”. Lançado em duas edições diárias, saindo a primeira às 15h, foi um empreendimento totalmente projetado em apenas duas semanas, tendo conquistado entre 60 e 80 mil leitores em seu primeiro mês de circulação. Editado até 1973, foi mais um dos inúmeros periódicos dos Diários Associados, a rede de comunicação iniciada por Chateaubriand nos anos 1920. Foi no Diário da Noite que Nelson Rodrigues escreveu folhetins usando o pseudônimo de Susana Flag. Funcionava no famoso Edifício da Noite, construído pelo próprio jornal, na Praça Mauá número 7, onde sempre funcionaram, no último andar, os estúdios da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

O JORNAL
Veículo de comunicação que deu início a construção do império de Assis Chateaubriand. Rio de Janeiro (RJ) 1919 – 1974. Lançado em 17 de junho de 1919 no Rio de Janeiro (RJ), O Jornal foi um diário matutino de grande circulação. Anteriormente vinculado à política, seu diretor inicial, Renato de Toledo Lopes, era editor da versão vespertina do Jornal do Commercio carioca – por conta de um atrito com a direção geral deste periódico, demitiu-se para fundar a sua própria folha; sem abrir mão de uma provocação, já que “o jornal” era como o Jornal do Commercio era informalmente chamado. Todavia, quando já completava cinco anos de publicação, O Jornal foi comprado por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Sob o comando de “Chatô”, a folha constituiu-se no o primeiro e mais importante órgão da cadeia dos Diários Associados. Foi sob esta segunda direção que a folha galgou sua grande importância na história da imprensa brasileira, até sua extinção, em 1974.

O CRUZEIRO
A maior e melhor revista da América Latina. Rio de Janeiro ( RJ) 1928-1975.
Revista semanal, lançada em 10 de dezembro de 1928, O Cruzeiro estava nas bancas de todas as capitais e grandes cidades do Brasil, e nos principais pontos de venda de Buenos Aires e Montevidéu. Esgotaram-se rapidamente, em poucas horas, os 50 mil exemplares no lançamento. Pouco depois de seu lançamento, já havia se firmado como a grande revista nacional.
Revolucionou o mercado editorial brasileiro com utilização de fotografias, apresentação gráfica moderna e conteúdo diferenciado. A receita era aparentemente simples: uma resenha do noticiário nacional e internacional da semana com farto material fotográfico, textos literários, reportagens sobre lugares exóticos e aspectos pouco conhecidos da fauna e da flora brasileiras, colunas que abarcavam um leque variado de assuntos. O jornalista David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon, foram fundamentais para o sucesso da revista, tornaram-se uma das mais notáveis duplas jornalísticas da história da imprensa no Brasil, que nos anos 40 e 50, fizeram reportagens de grande repercussão.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO
O mais antigo periódico em circulação da América Latina.  Recife (PE) 1825 – até a presente data
O “Diário de Pernambuco”, fundado em Recife em 7 de novembro de 1825 pelo tipógrafo Antonio José de Miranda Falcão, é o mais antigo jornal da América Latina ainda em circulação, seguido pelo Jornal do Commercio do Rio de Janeiro (de 1827). Foi um jornal projetado para cobrir assuntos de interesse comercial. Trazia informações gerais sobre a vida mercante de Pernambuco, como anúncios de produtos, leilões, roubos, compra e venda e horários de embarcações. Era veiculado pela Tipografia Miranda & Companhia, que em 1828 passa a se chamar Tipografia Fidedigna, em virtude de uma mudança de endereço. Depois de ser administrado pelo seu fundador, em 1835 o jornal passa a ser propriedade do comendador Manuel Figueroa de Faria. Em 1901 o jornal é leiloado e adquirido pelo conselheiro Francisco de Assis Rosa e Silva. No ano de 1912, por conta de rivalidades políticas locais entre Rosa e Silva e o general Dantas Barreto, o jornal é empastelado. Em 1920 passa para as mãos do coronel Carlos Benigno Pereira de Lyra. Em 1931 o jornal é vendido à cadeia “Diários Associados”, de Assis Chateaubriand. Em 3 de março de 1945 o jornal sofre outro empastelamento, por conta de sua postura agressivamente contrária ao governo getulista, algo característico dos “Diários Associados”. Depois da invasão de sua redação e depredação do patrimônio, fica 45 dias sem circular. Em 1994 passa a ser administrado pelo “Condomínio Associado” e pelos empresários Armando Monteiro Filho, Eduardo de Queiroz Monteiro e Paulo Sérgio Macedo. No ano de 1997 a publicação volta a ser dos “Diários Associados”, sob a presidência de Paulo Cabral. Periodicidade diária.

JORNAL DO COMMERCIO
Utilizado por muitos anos como publicação oficial dos atos do governo, Rio de Janeiro (RJ) 1827 – até a presente data. O Jornal do Commercio é um jornal econômico brasileiro. É o jornal mais antigo de circulação diária com publicação ininterrupta da América latina. Teve origem no Diário Mercantil (1824), de Francisco Manuel Ferreira & Cia., editado no Rio de Janeiro, voltado para o noticiário econômico. Adquirido por Pierre Plancher, teve o seu nome mudado para Jornal do Commercio em 31 de Agosto de 1827. No período de 1890 a 1915, sob a direção de José Carlos Rodrigues, contou em suas páginas com os nomes de Rui Barbosa, Visconde de Taunay, Alcindo Guanabara, Araripe Júnior, Afonso Celso e outros. Era então editorialista José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Desde 1957 integra os Diários Associados.

FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL. VISITE O SITE DA BN, CLIQUE AQUI

Documentos da CIA revelam atuação de barão da mídia na ditadura de Pinochet. Dono do El Mercurio é expulso de associação de jornalistas chilenos

Jornal El Mercurio recebeu dinheiro da CIA para colaborar com a ditadura chilena. 

Barão da mídia chilena denunciado em documentos secretos agora desclassificados pelo governo americano: Agustin Edward Eastman fez campanha na mídia contra Allende e, após o golpe, continuou prestando apoio editorial à polícia de Pinochet, A notícia está no site do Conselho Nacional de jornalistas chilenos.
O Conselho Nacional da Associação de Jornalistas do Chile, com base em documentos secretos desclassificados recentemente nos EUA, expulsou da instituição Agustin Edward Eastman, dono da empresa que edita o jornal El Mercurio, após ficar provado que ele obteve recursos da CIA para apoiar uma política editorial de desinformação e contribuir para minar a democracia e facilitar o golpe contra Presidente Salvador Allende. O golpista, um dos barões da mídia na America Latina ( El Mercurio faz parte da organização de direita Grupo Diários da América, da qual é associado o jornal O Globo), chegava a publicar fotos de multidões em eventos assinalando com um círculo rostos de estudantes supostamente ligados a organizações socialistas. Ressalte-se que nos tempos das passeatas de 1968/1969 os grandes jornais brasileiros, como O Globo, faziam algo semelhante em uma política de "ajuda" à repressão ao publicar extensas relações com nomes, endereço e números de documentação de estudantes presos no Rio de Janeiro. E a Folha de São Paulo é citada no relatório da Comissão Nacional da Verdade por ter dado apoio e cedido veículos à OBAN, organização paramilitar responsável por prisões, tortura e assassinatos de opositores da ditadura.
A denúncia que envolve El Mercurio é uma boa dica para pesquisadores brasileiros e a própria Comissão da Verdade já que tem origem em documentos oficiais e secretos do governo americano agora liberados para a acesso público. O Conselho de jornalistas chilenos justifica sua decisão com o argumento de que o órgão não pode ter entre seus integrantes empresários que defenderam atos como tortura, prisões ilegais e assassinatos políticos.
LEIA MAIS NO SITE DO CONSELHO NACIONAL DE JORNALISTAS CHILENOS. CLIQUE AQUI

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Austrália critica Olimpíada no Rio... Mas as observações poderiam ser mais construtivas e menos intolerantes

A secretária-geral do Comitê Olímpico Australiano, Fiona de Jong, critica a Olimpíada no Rio. Para ela, a cidade não oferece segurança. O alerta é válido, orientar turistas é um dever das autoridades, mas o tom ultrapassou limites. A crítica poderia ser mais construtiva e menos intolerante. Dona Fiona tem duas alternativas: primeiro, se está tão temerosa, não deve vir, vai ficar insone, paranoica e transmitir insegurança à sua delegação; segundo, baixar a bola e lembrar que a Austrália tem graves episódios de insegurança para os brasileiros. Nos últimos anos, um brasileiro foi espancado até à morte pela polícia; outro foi encontrado morto em circunstâncias suspeitas; há casos de espancamento de estudantes em agressões de natureza racista; sem falar em atentado terrorista que, no centro de Sidney, vitimou várias pessoas e feriu gravemente uma brasileira. Mas lá, como aqui, a generalização pode ser injusta. O episódio mais triste e sangrento já registrado em uma Olimpíada aconteceu em uma nação desenvolvida (Alemanha, Munique, 1972). Um segundo caso com ocorrência de fatalidades abalou Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996. Então, dona Fiona, violência não é, infelizmente, exclusiva de nações "subdesenvolvidas".
Quanto a mais segurança, no Rio, é uma revindicação dos cariocas e para o dia a dia e não apenas em função de grandes eventos. O Brasil, com o Rio recebendo quase dois milhões de turistas, promoveu uma Copa do Mundo irrepreensível, segundo reconhecimento de organizações internacionais ligadas ao futebol e ao turismo. Os visitantes foram festivamente recebidos. Não houve registro de agressões a etnias. Se vierem, os aborígenes, por exemplo, tão perseguidos e discriminados na Austrália, verão in loco esse clima de confraternização sem preconceito. Aliás, seu Comitê Olímpico trará algum atleta aborígene?
A cidade, como muitas cidades grandes, tem sérios problemas. Há certas áreas perigosas? Sim. Mas se dona Fiona for a Paris assistir ao Roland Garros deve ter cuidado se resolver passear no banlieu, na periferia, correndo o risco de sair depenada. Se tivesse ido à Olimpíada de Los Angeles botaria o pezinho nos blocks barra-pesada? E, nos Jogos de Londres, visitou, por exemplo, um bairro "aprazível" chamado Brent? Poderia perder até a peruca lá.
Ou seja, que os visitantes tenham cuidado, como em qualquer lugar, mas não se deixem levar exageradamente pelo discurso preconceituoso da secretária-geral do Comitê Olímpico Australiano. Se dona Fiona não sabe, a seleção da Austrália veio para a Copa do Mundo de 2014, foi muitíssimo bem recebida, os jogadores deram entrevistas maravilhados com a recepção e o convívio com a população em Vitória, no Espírito Santos, onde se instalou e onde turistas australianos circularam pela cidade. Segundo os jornais publicaram, houve em toda a Copa registros oficiais de dois assaltos contra cidadãos australianos ocorridos em Porto Alegre. Lamentável. Mas de um modo geral o esquema de segurança na Copa funcionou, incluindo a vigilância nos aeroportos, portos e rodovias que barrou vários estrangeiros com histórico de violência. Os turistas e esportistas australianos são bem-vindos e aqui chegando devem procurar os postos de assistência aos visitantes e obter informações sobre a cidade, saber sobre lugares e horários adequados para visitar certas áreas. É o básico. Além dos centros de apoio aos turistas, a maioria dos cariocas é prestativa e não se nega a dar informações. Isso foi reconhecido igualmente durante a Copa.
E que todos se divirtam em paz.
Mas, por favor, sem os sinais de intolerância da Dona Fiona.

Hoje é dia de Jorge... E este blog já visitou o terreiro do santo "carioca" que desafiou o Império romano

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Jornal O Dia publica excelente matéria com José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Dos 50 anos da Globo, 31 foram sob seu comando. A entrevista é assinada por Paulo Ricardo Moreira. Boni critica a TV e revela que vai escrever um livro com os 3 mil memorandos que mandava para sua equipe e que são a origem do famoso "padrão Globo de qualidade".





Reprodução O Dia


por Paulo Ricardo Moreira (matéria exclusiva do jornal O Dia - link abaixo)
A história da Globo, que completa 50 anos no próximo domingo, quase se confunde com a trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, o ex-todo-poderoso da emissora. Depois de passar por Tupi e Excelsior, ele chegou em 1967 à tevê da família Marinho, onde criou uma programação bem-sucedida. Das cinco décadas da Globo, Boni sente orgulho de ter participado de 31 anos. Quando deixou o cargo de vice-presidente de Operações, no fim de 1998, para virar consultor, ele custou a assimilar o golpe. 
'A Globo não pode transmitir esse futebol chinfrim como obrigação comercial. Podia ser um pouco menos comercial e voltar a ser mais artística'
Foto:  André Luiz Mello / Agência O Dia
“Me senti meio que perdendo um filho”, confessa. Hoje, ele ainda assiste à programação do canal com olhar crítico. “Falta à Globo uma certa personalidade”, afirma. Ao avaliar os principais astros, ele conta que faria com que Faustão falasse menos no programa e comenta a saída de Xuxa. “Ela não vai conseguir fazer sucesso na Record”, aposta. 
APRESENTADORES 
Para Boni, artista que não rende mais nem dá audiência como antes deve ficar numa espécie de reserva técnica da Globo, fazendo participações em programas fixos da grade e estrelando especiais uma vez por ano. Ele diz não saber detalhes da saída de Xuxa, mas acredita que foi um mau negócio para ela e para a emissora. “Acho que ela fez uma besteira. Não vai conseguir brigar com a Globo. Se não estava dando audiência na Globo, com todo o poderio da emissora, como ela vai dar audiência na Record? Não vai conseguir fazer sucesso e vai sofrer um desgaste”, prevê. “Difícil a Record arranjar um bom conteúdo para ela”, completa.
Boni diz que Xuxa poderia ter continuado na Globo, seguindo o modelo que ele, antes de deixar o cargo, acertou, por exemplo, com Renato Aragão, que apresenta o ‘Criança Esperança’ e protagoniza especiais de fim de ano. “Não precisa ficar até o fim da carreira. Ele não podia continuar fazendo programa levando bofetada e caindo de cadeira”, avalia.
O ex-todo-poderoso considera Fausto Silva, Ana Maria Braga e Luciano Huck grandes vendedores de produtos. “O que eles anunciam vende. Mas o que fazer com eles em matéria de conteúdo? O problema é conteúdo”, analisa. No caso de Faustão, Boni conta que faria com que o apresentador falasse menos no ‘Domingão’. “Largar o cara apresentando ao vivo um programa de três horas é um desgaste. Eu arranjaria mais produção, para que ele aparecesse menos e o programa não dependesse tanto dele”, adianta.   
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DO JORNAL 
O DIA. CLIQUE AQUI

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Na edição de hoje, The Telegraph exalta Neymar e tenta explicar as razões do sucesso do Barcelona

The Telegraph lista hoje sete motivos para explicar o sucesso do Barcelona. 
1- Gols. Nesta temporada, o Barcelona fez 147 gols. Real Madri (136), Bayern Munich (115), Chelsea (101), Arsenal (97).
2 - O melhor trio atacante do futebol: Messi, Neymar e Suarez. Dos gols do Barcelona, Messi marcou 46, Neymar, 30 e Suarez, 19. Os demais jogadores, 48.
3 - O treinador mais vencedor nos primeiros 50 jogos que comandou da história do Barcelona. Luis Henrique ganhou 42 jogos; Helenio Herrera, 40 e Pepe Guardiola, 37.
4- O meio de campo mais criativo do futebol atual, com destaque para Iniesta.
5 - A precisão dos passes. Na Liga dos Campeãos, o Barcelona fez 7.163 passes. Acertou 89,3%.
6- O espírito do time, que passa a ideia de jogar futebol com prazer. O jornal inglês destaca que a primeira atitude de Neymar após os gols é abraçar o companheiro que lhe passa a bola. É um time de estrelas em admirável harmonia, diz o Telegraph.
7 - A última explicação para o sucesso do Barcelona está no seu maior rival, o Real Madri, que vive  crise fora de campo, é instável e pode até perder Cristiano Ronaldo na próxima temporada.

NA capa da People, Sandra Bullock, eleita a "mulher mais bonita do mundo"


Rosie Huntington-Whiteley, de Mad Max Fury Road, na capa da Self


Rosie Huntington-Whiteley, 28, atriz e ex-modelo da Victoria Secret, está no filme Mad Max: Fury Road, é capa da Self de maio. Veja o vídeo de bastidores das fotos. Clique AQUI

Traduzindo...

por Omelete
Lei Rouanet deu dinheiro público para empresa rica
* Em transação bilionária, o Cirque du Soleil, teve seu controle acionário vendido para fundos de investimentos chineses e norte-americanos. O tradicional circo canadense atrais 150 milhões de espectadores em todo o mundo. Mas você sabia que este mesmo riquíssimo circo veio ao Brasil e foi patrocinado por dinheiro público através da Lei Rouanet? Pois é. 
Choro vai dar liga
* O Flamengo, sempre beneficiado pelas arbitragens, chora a derrota para o Vasco. Ficou magoado. E ameaça levar a bola pra casa e fundar uma liga. Já fez isso no começo do século passado quando não queria ter no time jogadores negros.
Antena na cabeça
* Dilma apronta mais uma. Por pressão das empresas de telefonia e das bancadas de parlamentares ligados ao setor, a presidente assinou lei que impede que os municípios atuem no controle de antenas de celulares que poluem as cidades. Na prática, muitas normas ambientais e estéticas podem ir pro espaço. Se o governo federal autorizar, será possível instalar antena na pedra do Arpoador, por exemplo ou na cabeça do Cristo Redentor. A favor de Dilma, registre-se que ela vetou um artigo safadinho que dava margem a interpretação de que o poder público deveria arcar com os custos de investimentos das redes privadas. Ou seja; além da poluição visual e dos efeitos das ondas de rádio na cabeça o cidadão ainda poderia pagar a conta.  Sei não, os projetos que Dilma recebe do Congresso para sancionar devem ser lidos com lupa e microscópio eletrônicos já que não são raros os "contrabandos" embutidos.
Nova Mulher Maravilha

Gal Gadot, a nova Mulher Maravilha. Divulgação

Fãs reclamam que ela não tem a comissão de frente da antiga MM, Lynda Carter. Reprodução

* A atriz israelense Gal Gadot, 30, será a nova Mulher Maravilha. Ela serviu por dois anos na IDF (Israel Defense force). Mas os fãs estão reclamando que ela tem seis pequenos, quesito no qual a antiga titular do papel, a atriz Lynda Carter, sobrava.
Fim da boca-livre para concessões?
* O governo vai anunciar novos lotes de concessões, em maio. Noticia-se que haverá um enxugamento da atuação do BNDES que antes financiava até 70% da festa. Ou seja, quem levar a concessão vai ter que investir dinheiro próprio. Tradicionalmente, a política de concessões públicas no Brasil é presente natalino para as empresas privadas que assumem estruturas que geralmente já estão prontas e levam bilhões de BNDES a juros subsidiados para tocar o negócio. A expectativa é se em condições de investimento mesmo, do caixa das empresas ou de empréstimos que elas levantem no mercado, haverá interessados.   O que se diz é que se acabar a negociata não tem negócio. A conferir nos próximos leilões.
Bandeira da Rússia é vetada no Monumento aos Mortos, no Rio
* O cerimonial do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial se recusa, não se sabe porque, hastear a bandeira russa durante as comemorações do dia da Vitória, em 8 de maio. Aparentemente, querem apagar na marra o papel decisivo da então União Soviética na vitória dos aliados. Registre-se que o país impôs a histórica derrota à Alemanha tida pelos historiadores como fundamental para a virada da guerra.
A Segunda Guerra custou à Rússia mais de 20 milhões de mortos. Nenhum país foi tão sacrificado. Em decisão elogiável, a presidente Dilma Rousseff vai à Rússia e participará das comemorações locais no dia 9 de maio (em função dos fuso horário é, para ele, o Dia da Vitória). Diplomaticamente, Dilma compensa a estranha atitude dos responsáveis pelo cerimonial do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Atero, Rio de Jqaneiro. Ainda circula na internet uma petição pública pedindo às autoridades que revejam a decisão e permitam que a bandeira da Rússia tremule ao lado de todos os demais aliados. Ainda há tempo. Assine e divulgue a petição. Clique AQUI
Trabalhadores de mãos ao alto. Ganhou, playboy, é a terceirização
* Anúncios e jornais e comerciais na TV defendem a Lei da Terceirização. São bancados por instituições patronais que recebem dinheiro público, como Fiesp e outras. A ofensiva é intensa e deixa claro que a precarização do trabalho e o comprometimento de direitos trabalhistas só interessam aos patrões, que embolsarão recursos que hoje se destinam à Previdência Social (o que vai comprometer aposentadorias), vão lucrar com o fim de obrigações trabalhistas, subsitituirão empregados como quem muda um pilha de lanterna, não precisarão se comprometer com planos de carreira e achatarão salário. Melhor do que isso só sonegar a Receita e ter conta secreta na Suíça. As centrais sindicais convocam os trabalhadores para evitar que as bancadas dos empresários na Câmara assaltem direitos e roubem empregos. 
Bolsa-Blog tucano
* O governo de Geraldo Alkmin, do PSDB, inventou em São Paulo o Bolsa-Blog. Mas só para os coxinhas amigos. A Folha divulgou os altos números das verbas públicas destinadas à turma que diz estar "cansada" da corrupção. 
Ilse Scamparini, que  soooonoooo...
* Tá bombando na rede. O melhor das comemorações dos 50 anos da TV Globo foram as hilárias caretas da repórter Ilse Scamparini durante o especial que reuniu profissionais da emissora. Ninguém entendeu.
Reprodução
Foram várias caras e bocas. Um internauta disse que Ilse fazia o visual "não estou disposta". Outro, registrou um "adoro da felicidade da Ilse Scamparini". E mais um, avaliou que ela cansou do falatório do Galvão lembrando João do Pulo, Ayrton Senna, Copa de 78, e outras velharias e deu sono. Até o bebê de proveta foi lembrado, fato que é mais sonífero do que o Domingão do Faustão.
Lava Jato: roubaram os óculos de Michael Jackson
* Roubaram os óculos da estátua de Michael Jackson no Morro Dona Marta. Deve ter sido alguém da Lava Jato. Melhor o juiz Moro ouvir um delator para confirmar.
Russas esquentam a Sibéria
Reprodução
Do site RT

* Sem dar bola para o frio, russas esquiam de biquini na Sibéria. Na verdade, um grupo se reuniu em um flash mob gelado para tentar quebrar um recorde do Guiness em matéria e pouca roupa e baixa temperatura. Aparentemente, pela euforia da rapaziada, o boicote à Rússia, manobrado por países da Europa e pelos Estados Unidos não está abalando a temporada. Veja o vídeo, clique AQUI
Não é pelos 0,5% de álcool
* STJ diz que a Kaiser pode anunciar como "sem álcool" e sem necessidade de avisar no rótulo cerveja com 0,5% de álcool. Surreal. A Kaiser ganhou a parada mas está aberto um precedente. Deixa ver se eu entendi: produto com 0,5% de gordura pode então ser anunciado como sem gordura. Sorvete com 0,5% de cachaça pode ser anunciado como sem cachaça; pastel com 0,5% de carne vencida não precisa avisar ao consumidor. Manteiga sem sal pode ter 0,5% de sal e não precisa avisar ao hipertenso. A torta dietética pode levar 0,5% de açúcar e esconder isso do diabético. E o mais grave; a Lei Seca pune atualmente o motorista que ingerir qualquer quantidade de álcool. Quer dizer que o sujeito bebe uma cerveja "sem álcool" da Kaiser e, na verdade, vai estar com 0,5% da "marvada" na veia? Talvez os ministros do STJ possam fazer um teste: bebem umas Kaiser "sem álcool" e depois vão pra blitz da Lei Seca e ver no que vai dar.


terça-feira, 21 de abril de 2015

Europa, França e Bahia, literalmente. Marca "Salvador" voa entre Madri e Paris

Salvador nas asas da Air Europa. Foto Agecom
Um avião de Air Europa voará até o fim do ano entre Paris e Madri com as cores de Salvador na fuselagem. A ideia é divulgar o destino e atrair turistas para a capital baiana. A Air Europa foi uma das patrocinadoras oficiais do carnaval de Salvador. 

Jornalista brasileiro lança livro sobre Pepe Mujica, o ex-tupamaro que modernizou o Uruguai

por Flávio Sépia 
O jornalista Marcos André Lessa lança na próxima segunda-feira, dia 27, na Livraria da Travessa, em Botafogo, no Rio, o  livro "Mujica: o presidente mais rico do mundo". Lessa conta a trajetória de José Alberto Mujica Cordano, o Pepe Mujica, ex-tupamaro que aos 75 anos chegou ao poder e fez sua revolução nas leis e costumes do Uruguai. O livro tem prefácio de Chico Alencar, deputado federal pelo PSOL-RJ, e capítulos como "Mujica e a guerrilha", "Mujica e a América Latina" e "Mujica e o aborto", entre outros. O autor diz que, agora com quase 80 anos, Mujica quer descansar. Recusou a presidência do Unasul em troca de dias calmos na sua pequena chácara, ao lado da mulher, a senadora Lucía Topolansky, cuidando do seu jardim e dos cachorros.
Reprodução do site El Deber del Mundo/AFP
E, certamente, do Fusca que tornou famoso. O ex-presidente diz que jamais venderá o carro, um modelo de 1987 que vale no mercado uruguaio cerca de 70 mil pesos, em torno de 5 mil reais. Um xeque árabe quis comprá-lo por 1 milhão de dólares. O embaixador do México, Felipe Enriquez, também já ofereceu dez veículos em troca do lendário Fusca de Pepe Mujica, que virou um símbolo mundial da austeridade que todo político deveria praticar.

Rihanna na capa da V Magazine...