terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Segura essa. O Brasil criou mais uma "instituição" : igrejas como braços do crime

Tem igreja no Brasil que não vai para o céu. A CPI do INSS mostra o que nem Jesus sabia. Dinheirinho desviado de segurados ia parar em sacolinhas especiais. Nesse caso, a fé está no crime.

Essa ligação entre a religião e a corrupção não é incomum. Observe o noticiário."Clínicas de recuperação de dependentes químicos" e "abrigo de idosos" são frequentemente estourados pela polícia após denúncias de maus tratos e péssimas condições de funcionamento.  Essas instituições recebem verbas públicas. É preciso que as autoridades cumpram o dever de fiscalização rigorosa. Se você tiver que internar um parente em uma delas, investigue antes, peça referências a outras familias. Examine a documentação e faça visitas-surpresa. Certamente há casas confiáveis, mas muitas são caça-níqueis. Fique ligado. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Memória da redação - O dia em que bati uma bola legal com um astro do reggae - Por Osvaldo Salomão (em matéria com Jimmy Cliff (*) para a revista Sétimo Céu)

Osvaldo Salomão e Jimmy Cliff (Foto reproduzida do Facebook do autor)

por Osvaldo Salomão

Queridos amigos e amigas, os meus cumprimentos! Ainda em tempo de fechar essa segunda-feira de 24 de novembro com uma boa recordação.

Daí que hoje fui dar uma volta no tempo e bater na porta daquele final de uma manhã do mês de maio do ano de 1980.
Então, repórter de Sétimo Céu, revista do Grupo Bloch/Manchete, no Rio de Janeiro. Recebo de minha editora, Luzia Salles, a minha pauta do dia, simplesmente uma entrevista exclusiva com Jimmy Cliff, a ser cumprida logo mais no começo da tarde, no estúdio da gravadora Odeon, no bairro de Botafogo. Seria a minha primeira entrevista com uma personalidade estrangeira. (A foto em foco, abraçando a pasta do release do show).
Fui preparar as minhas perguntas e me informar melhor sobre Jimmy Cliff, sendo um fã da trilha sonora de sua carreira de cantor e compositor, fundamental na difusão internacional do reggae, bem como na visibilidade da música jamaicana pelo mundo. Cliff, um ativista da paz, de tantos sucessos vibrantes, tipo "Vietnam", "Reggae Night", "Rebel In Me", estava no Brasil para cumprir, ao lado de Gilberto Gil, uma série de shows em sua primeira turnê nacional, que começou exatamente por Belo Horizonte, tendo o Mineirinho como palco, na noite do sábado de 24 de maio daquele ano.
Jimmy Cliff sempre demonstrou um carinho muito especial pelo Brasil, país com o qual estabeleceu uma forte conexão, especialmente com a cidade de Salvador. Na capital baiana construiu laços artísticos, profissionais e pessoais marcantes em sua vida.
Tempos depois, tive um reencontro com Jimmy Cliff, desta feita como repórter da revista ELE ELA. Isso na coletiva de imprensa que o cantor concedeu no auditório do então Rio Palace Hotel, hoje Belmond Copacabana Palace, Posto Seis, na Avenida Atlântica. Jimmy Cliff estava de volta ao Brasil, agora na qualidade de uma das atrações internacionais da segunda edição do Rock In Rio, que aconteceu em janeiro de 1991, no Estádio do Maracanã.
A Jimmy Cliff, o meu respeito e admiração, e gratidão pela cortesia, simplicidade e alegria de como me recebeu nas oportunidades em que estivemos juntos, cada um no seu ofício.
(Jimmy Cliff, nome artístico de James Chambers, natural da localidade de Saint James, na Jamaica, em 30 de julho de 1944), faleceu em 25/11/2025)

Texto reproduzido do Facebook do autor (Osvaldo Salomão's Post).

"Raposa política" - Você ainda vai votar em uma?

 A IA ainda não define o verdadeiro sentido de "raposa política" ou da variação "raposa felpuda da política", expressão talvez criada por antigos colunistas do setor. O epíteto não é elogio. Nem sinônimo de honestidade. Diz-se do espertalhão, do político que manobra no escuro para obter vantagens para si. Você raramente vai ver uma "raposa" usando a esperteza em benefício do povo. A espécie atua turbinada por lobby ou em nome de uma dessas bancadas sinistras que agem como facções. As "raposas" saem da toca em momentos críticos. É o habitat ideal para elas. 

O Brasil elegeu Lula mas não deu ao eleito um número minimamente razoável de senadores e deputados. O resultado foi a disseminação da chantagem legislativa em troca de cargos e fortalecimento do poder econômico do Congresso simbolizado por um vendaval de emendas parlamentares sem dono, sem rumo e sem digitais.  

Se Lula pedir um copo d'água ao Congresso vai receber uma demanda na bandeja. Uma nomeação aqui, uma liberação de verba ali, uma "bondade" para algum setor ou empresa acolá.

No momento, o "copo d'água" é o Jorge Messias, indicação de Lula ao STF. Nem é uma escolha de peso jurídico, não agrada a parte do PT, é um bombom para religiosos destinado a fortalecer a bancada evangélica no Supremo. Mesmo assim, a maioria conservadora tende a não aprovar a indicação. O histórico das disputas do governo com o Legislativo ensina que as vitórias de Lula só aconceram quando ele fez chover "copos d'água" sobre as famosas cúpulas de Niemeyer.

Comentarista da Jovem Pan é investigado no megaescândalo de sonegação da Refit

 

Cristiano Beraldo, comentarista da Jovem Pan. Foto Instagram

Isso é que é versatilidade. O comentarista de política da Jovem Pan, Cristiano Beraldo, um dos líderes da seita de extrema direita MBL foi alvo de busca e apreensão determinada pelo MPSP como parte da operação contra esquema de sonegação e lavagem de dinheiro da Refit. Esta é uma empresa do setor de combustíveis, controla a Refinaria de Manguinhos que, segundo as investigações, "esquenta" gasolina importada como se fosse petróleo bruto. A Refit é suspeita há décadas de apropriação e desvio de impostos. 
Beraldo, residente em Miami, integraria malha de empresas sediada nos Estados Unidos como parte do esquema de Ricardo Magro, dono do Grupo Fit. Segundo o MPSP, o comentarista mantém cinco empresas no estado de Delaware, conhecido paraíso fiscal dos Estados Unidos.