por O.V.Pochê
O público não embarcou na onda do filme-panfleto tucano “Real: o plano por trás da História”. Em um mês de exibição, o longa já deu bye bye da maioria das salas e não atraiu nem 50 mil espectadores, segundo a FilmeB, portal de mercado de cinema.
Com o alto índice de rejeição do atual governo do PMDB-PSDB+Temer+Moreira+Geddel-Eduardo Cunha+Eliseu Padilha+Aécio etc, a produção, que teria custado 8 milhões, não arrecadou nem 10% do total.
Provavelmente será relançado às vésperas das eleições de 2018.
Tudo indica que nem Aécio Neves viu o filme, já que o presidente do PSDB estava enclausurado em casa até a semana passada, antes do STF dizer que tudo bem quanto à acusação de Joesley sobre propinodutos de alta potência.
O filme-exaltação dos tucanos faz parte do movimento cultural-cinematográfico a que se tem dado o nome de Neocoxismo Brasileiro. Em breve chegará às salas de exibição o filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, sobre os bastidores da Operação Lava Jato. O diretor José Padilha fará uma série sobre a Lava Jato. Moro e Dalagnol estariam na fila de roteiros, além do documentário "Em meu coração bate uma panela" em fase de pré-captação sobre o engajamento político da classe média na "revolução" que levou Temer ao poder. O "Jardim das Aflições" sobre o guru da direita Olavo de Carvalho é outra peça do Neocoxismo, movimento já reconhecido pelo Cine PE, que premiou a história do ideólogo das multidões que foram às pedir "Dentro Temer". O doc teria emocionado o ilustre júri formado por Manoel Freitas (ator, diretor artístico, gestor e produtor de eventos), Indaiá Freire (jornalista, produtora cultural, mestra em literatura e cinema), Tony Tramell (jornalista, ativista cultural e assistente de direção), Caio Julio Cesano (Secretário Municipal de Cultura de Londrina, doutor em multimeios, mestre em Comunicação e Mercado), Naura Schneider (atriz, produtora e jornalista) e Vladimir Carvalho (documentarista, cineasta e escritor). A premiação foi praticamente um aval acadêmico ao Neocoxismo, tendência que marcará culturalmente a Era Temer.
A expectativa do mercado é que em 2018, ano de eleições presidenciais, longas sobre João Dória e Bolsonaro fiquem prontos a tempo. Caso o STF conclua pela inocência de Temer, Aécio, Geddel e outros, haveria uma ideia de juntá-los em um documentário sobre os dias de injustiça que terão vivido. Seus apoiadores veem semelhanças entre o drama experimentado por eles e o célebre Caso Dreyfus, que condenou um inocente e, provou-se depois, as acusações haviam sido forjadas pelo exército francês.
A má performance do filme tucano nas bilheterias decepcionou a cúpula cultural do movimento. Mas providências já estão sendo tomadas para que o mesmo não aconteça com "Polícia Federal - A Lei é Para Todos". Segundo o colunista de TV Flávio Ricco, um mega campanha de lançamento está sendo preparada para evitar o fiasco.
Deve ser exagero, mas corre o boato de que caso as bilheterias não sejam excelentes nos primeiros dias de exibição, espectadores poderão ser conduzidos coercitivamente às salas de exibição.
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Um comentário:
Que fase!
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