Reprodução Facebook |
por Ed Sá
Durante anos, Nelson Rodrigues escreveu para o jornal Última Hora e, depois, para a Fatos & Fotos, uma seção chamada "A Vida como Ela É". O jornalista e escritor destacava uma simples notícia, às vezes um mero detalhe de um nota do cotidiano, e dava-lhe tons de drama ou comédia humanos.
Hoje, Nelson talvez tivesse dificuldade para escolher a notícia a ser transformada em crônica. Sites e redes sociais despejam a cada segundo o bizarro, o inusitado, o surpreendente , o bom, o mau e o feio como resumia o título de um filme "western spaghetti".
O caso do médico que enfaixou a perna de uma mulher por cima de calça e tênis é algo quase inacreditável. Mas aconteceu. A paciente Maria Ivone procurou a Santa Casa de Misericórdia de Bariri (SP) após machucar a perna esquerda. Houve um demora de dias no atendimento, ela passou por vários médicos, até que, após quatro radiografias que constataram uma fratura, teve a perna engessada sem que o platonista considerasse o pequeno detalhe de, por exemplo, pedir que a paciente tirasse antes a calça comprida e o tênis. Ao visitá-la, o filho da deparou-se com o estranho procedimento imposto à mãe, fotografou e divulgou o caso. Maria Ivone, que tem 70 anos, voltou à clínica e o bizarro ato médico foi corrigido. A Santa Casa de Bariri divulgou notas em que informa que o doutor foi afastado e o caso encaminhado ao Conselho de Ética Médica.
O que se espera é que essas instituições deixem o corporativismo de lado e tomem providências. Ou tais "alternativas" baseadas em criativo menor esforço correm o risco de virar moda.
Vai operar apendicite? Basta fazer um furo na camisa. Chegou a hora do parto? Não precisa tirar a calça, o bebê sai pelo bolso do jeans. Hemorroidas? Deixa que eu resolvo rapidinho e nem tire a cueca. Tá com pedra no rim? Tranquilo. Eu aplico o laser por cima do paletó mesmo, jogo rápido.
Claro que essas "técnicas" só se aplicam a pacientes humildes. O doutor não desonraria as calças se a fratura fosse na perna do prefeito, do delegado, do bispo ou dos abonados da cidade
Vai operar apendicite? Basta fazer um furo na camisa. Chegou a hora do parto? Não precisa tirar a calça, o bebê sai pelo bolso do jeans. Hemorroidas? Deixa que eu resolvo rapidinho e nem tire a cueca. Tá com pedra no rim? Tranquilo. Eu aplico o laser por cima do paletó mesmo, jogo rápido.
Claro que essas "técnicas" só se aplicam a pacientes humildes. O doutor não desonraria as calças se a fratura fosse na perna do prefeito, do delegado, do bispo ou dos abonados da cidade
A pergunta que não quer calar: onde é mesmo que esse pessoal está conseguindo diploma?
Em tempo: não se preocupem: a calça passa bem
Em tempo: não se preocupem: a calça passa bem
5 comentários:
E se declaram médicos, doutores em medicina. Mas, mexer com essa incompetência é mexer com um vespeiro e se você não tiver cobertura política nas costas é capaz até de acabar preso. Estamos no Brasil, meu caro. onde médicos cirurgiões operam joelho esquerdo quando o direito é que deveria ser operado.
Estamos mal parados com esse tipo de médico
No filme o médico e o monstro esse cara vai fazer que papel? Se um motoqueiro bater com a cabeça ele o mané vai engessar o capacete
Acho que não fazem mais médico como antigamente.
O médico merece o premio nobel ou o premio ignóbil
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