por Marina Francis
Começou como um hobby. Alguns escritores retomaram o hábito de criar seus textos em máquinas de escrever. Quando estourou o escândalo de espionagem mundial de emails e arquivos de computadores promovida pelos aparelhos de segurança americanos, alguns países, como a Rússia, reabilitaram a máquina de escrever para o registro de certos documentos oficiais. A medida também foi adotada por corporações em casos onde o sigilo era a alma do negócio. Uma tentativa, pelo menos, de escapar dos complexos americanos de espionagem política, militar e industrial.
Começou como um hobby. Alguns escritores retomaram o hábito de criar seus textos em máquinas de escrever. Quando estourou o escândalo de espionagem mundial de emails e arquivos de computadores promovida pelos aparelhos de segurança americanos, alguns países, como a Rússia, reabilitaram a máquina de escrever para o registro de certos documentos oficiais. A medida também foi adotada por corporações em casos onde o sigilo era a alma do negócio. Uma tentativa, pelo menos, de escapar dos complexos americanos de espionagem política, militar e industrial.
Agora, em plena era
digital, o retorno à máquina de escrever começa a virar, também, uma espécie de
movimento de rebeldia, atraindo jovens, escritores, músicos e ativistas que estão dando uma segunda chance à escrita mecânica.
Datilografar
tornou-se cult. O livro "The Typewriter Revolution" documenta essa
tendência. Nos Estados Unidos já há até associações nacionais de colecionadores
e usuários de máquinas de escrever. Por enquanto, os adeptos da datilografia à
moda antiga têm que recorrer ao mercado de usados.Em 2011, a última fábrica
fechou as portas, em Bombaim. Mas há quem diga que assim como os LPs de vinil
voltaram a ser fabricados, nada impede que "visionários do passado"
reativem linhas de montagem das "pretinhas" como as redações de
antigamente as chamavam. Olivettis e Remingtons estão sacudindo a poeira. Quem
sabe, em breve, alguns livros virão com um aviso: "esta obra foi escrita
em uma Smith Corona...
5 comentários:
Bukowiski dizia que a máquina de escrever dele era uma metralhadora carregada. Ele nunca escreveu em computador, apesar de ter morrido em 94 ou 95. O silêncio da tecla não fazia barulho de tiro
Excelente idéia Marina! Vou pensar nisso, livre de espionagem e sem depender de 'suporte".
Á propósito, alguém tem uma "maquininha" prá vender? Pode ser portátil, desde que esteja em bom estado..., obrigado.
Ainda preservo a minha Hermes Baby. Primeiro, porque adoro máquinas de escrever. E segundo, pelo valor histórico. Ela é a mesma que Ney Bianchi carrega - uma maletinha - na foto com Jáder Neves e Orlando Abrunhosa - ver imagem aqui mesmo no blog em postagens passadas - no México, em que foram cobrir a Copa de 70. E, segundo o próprio Nei, ela foi adquirida em Portugal, em 1958, quando seguia para a Suécia. Preciso dizer mais alguma coisa?
Tenho uma Olivetti Lettera que também trato como relíquia. E no condomínio onde moro as circulares são datilografadas ainda em uma Remington daquelas de escritório, acho legal
A IBM elétrica que foi moda em escritórios já não dava o mesmo prazer da tecla mecânica. Viva a máquina de escrever movida apenas a força humana!
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