Essa briga não deveria ser apenas de Liszt Vieira, presidente demissionário do Jardim Botânico. A causa - preservar um patrimônio nacional -, deveria ter o apoio maciço de todos os cariocas e de milhões de brasileiros que conhecem e visitam um dos mais belos recantos do Rio, além de pólo científico de importância mundial. Interesses políticos bancados por todos os governos recentes e agora com o aval de Dilma Rousseff e do seu Ministério do Meio Ambiente ameaçam instituicionalizar a invasão de áreas do JB e, pior, podem levar Brasília a causar mais um dano entre os inúmeros que causou ao Rio na sua história, desde a mudança de capital, passando pela fusão com o Estado do Rio: permitir a construção de um conjunto habitacional para privilegiados dentro da área do Jardim. Uma passo para transformasr o JB em um condomínio. Quer dizer: o governo que institui um Código que legaliza o desmatamento e perdoa criminosos ambientais quer destruir uma obra que resistiu a séculos mas, tudo indica, não resistirá a mais alguns poucos anos. Essa denúncia do Liszt deveria ser levada a organismos mundiais. O governo Estadual e a Prefeitura não são gestores do Jardim Botânico mas não deviam ficar calados e omissos. O Rio pede ação e protestos. Vale lembrar que nos anos 60 um grande grupo de comunicação que controlava uma imobiliária pretendia comprar o Parque Laje para erguer no lugar um cemitério vertical. Na época, o clamor dos cariocas impediu o crime. Que o exemplo seja seguido. As futuras gerações agradecem. Foto: Reprodução |
3 comentários:
Enfim, um administrador público com honra e dignidade. Por não compactuar com a "safadeza" e ser contra a destruição de um Patrimônio Nacional, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, criado por D. João, rei de Portugal, pediu demissão do cargo de presidente do JB. Aliás, somos obrigado a dizer que uma das razões que o obrigou a se demitir foi que uma das famílias que mora, indevidamente, no JB vem a ser parente de um político do PT, que impediu que esses moradores fossem retirados do Jardim Botânico.
É o que se noticia. Mas a verdade é que essa disputa vem desde os anos 90, vários ministros do Meio Ambiente de vários partidos, psdb, pmdb, pt, sentaram em cima de uma decisão. Já que o governo está disposto a construir moradias para as pessoas que ocuparam áreas do Jardim btânico, alguns estão lá há décadas, que o faça em outro local e não cometa esse crime com o Brasil.
Sim, mas esses parentes do político do PT moram no JB sem pagar nada muito antes dos anos 90. Se eles tem direitos adquiridos não sei, mas o fato é que moram em terreno de um próprio federal se não me engano. Na minha opinião é caso para ser discutido nos tribunais.
Postar um comentário