terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vâmo parar com essa frescura!

Reprodução
por JJcomunic
Internet é, na forma, um instrumento democrátrico. Mas em muitos conteúdos livres da rede, há controvérsias. Nem tudo é válido. Bom desconfiar, assim como devemos fazer em relação à velha mídia. Circula na internet uma ilustração sobre o padrão de tomadas elétricas brasileiras e de como os turistas que virão para a Copa terão supostamente dificuldades com isso. O viral está no clima do "imagina na Copa", que virou bordão dos cariocas. Engarrafamento, queda de conexão, chuvarada, fila pro cinema, chope quente, buraco na calçada, tudo e qualquer coisa vira gancho pro desabafo: "Imagina na Copa". Ouvido recentemente por uma rádio, um engenheiro que, segundo foi informado, nada tem a ver com a implantação das novas tomadas, argumentou que o novo padrão pode ser um transtorno inicial, mas significa segurança.  Por ter três pinos, tem bom aterramento, evita curtos quando o dono não está em casa. O fato de ser embutida protege especialmente crianças (as tomadas planas deixam quase sempre parte dos pinos aparecendo, o que põe em risco o usuiário e animais domésticos). Qualquer turista ou quem viaja a trabalho com equipamento eletrônico sabe que não é tão fácil lá fora a vida para ligar computador ou carregador de celular. Alguns hotéis, mas não todos, disponibilizam adaptadores. Não existe um modelo europeu comum adotado em larga escala. A Alemanha tem uma tipo de tomada que não está em qualquer outro país da Europa ocidental e oriental. Na Copa da Alemanha, fora dos centros de imprensa que tinham todos os tipos de tomada, os adaptadores eram disputados, a maioria dos jornalistas acabou comprando mais de  uma unidade em supermercado.  O viral parece complexo de inferioridade, de manézinho. Enquanto as tomadas não forem universalmente padronizadas, turistas devem se informar, como qualquer um faz quando viaja pra fora, e levar seu adaptador. Simples. Outra coisa: os brasileiros e cariocas vão receber visitantes para uma Copa e uma Olimpíada. O país e a cidade devem se preparar pra isso, claro, até para que funcionem bem normalmente - e não apenas em eventos - para todos os seus cidadãos. Mas no caderno de encargos da Fifa e do COI não está escrito que todos aqui devem ser babá de turista. Em Londres 2012 não havia nenhum. Nem na África do Sul 2010. Como diria Lourival de Caxias, emérito comentarista deste blog, "vâmo parar com essa frescura".

Um comentário:

Mario Z. Abreu disse...

Diria que é complexo de bocó. Falam muita besteira. O Brasil vai fazer uma boa Copa e um Olimiíada no nível dos demais paises e não vai abrir mão da sua cultura. São eventos mundias que terão a marca do povo brasileiro.