sábado, 5 de março de 2011

Ferro na boneca...

por Gonça
O boneca, no caso, é o povão, vítima da farra da privatização de serviços públicos. Uma coisa é leiloar determinadas empresas que são deficitárias ou não são mais estratégicas para o país. Outra, entregar serviços públicos administrativos para empresários. Quase sempre, a atividade se transforma na ppp da maracutaia. Quando isso não acontece, o público leva ferro. São Paulo, na mãos dos neo-liberais há décadas, sofre com essa tendência. Veja um exemplo: a inspeção de veículos, obrigatória, é terceirizada. A empresa quis aumentar a taxa. Os vereadores tentaram impedir. Resultado: os proprietários desse setor que deveria ser público conseguiram liminar para impor o aumento. São aumentos que superam a inflação do período. Essa mesma inflação que a a presidente Dilma usou para não dar aumento real ao salário mínimo. As terceirizadas, assim como as concessionárias de pedágio e as distribuidoras de energia elétrica, fixam seus aumentos com base em índices que deixam a inflação na rabeira. Quer outro exemplo? Durante anos, as empresas de energia elétrica cobraram dos consumidores uma taxa indevida. Há ações na justiça exigindo que os bilhões cobrados a mais sejam devolvidos aos consumidores. Uma das tais agências de desregulamentação do setor é contra essa devolução. Um mega escândalo privado. Mas você vê a mídia chiar com essa contra esse absurdo e fazer uma intensa campanha, como tantas que faz, a favor dos condumidores? Obviamente, não.
A corrupção na política levou parte dos cidadãos a acreditar que acabar com funcionários e públicos seria a solução. Não é. A maioria dos funcionários púplicos no Brasil é honesta. E ganha pouco. Paga pela exceções, que são muitas mas minoria. Pegando carona nesse sentimento coletivo, governos oportunistas partiram para retalhar o setor público e transformá-lo em capitanias. Há terceirização de tudo e, agora, a onda predatória (que geralmente vai parar nos Tribunais de Contas até porque a fórmula custa mais caro ao caixa dos governos) chega à saúde que, em alguns estados e municípios, começa a ser entregue a supostas ongs e que renegam a sigla e se tornam mais governamentais do que nunca. Prepare-se: é  o seu bolso que vai adoecer. 

3 comentários:

debarros disse...

Primeiro; até hoje não sei o que os "progressistas regicidas" querem dizer com Empresas Estratégicas.
Essa cobrança indevida por Empresas de Energia Elétrica, que na verdade são Empresas Estatais, vão continuar a serem cobradas e fica tudo por isso mesmo. Como mega escândalo privado se são empresas estatais?
Segundo; As empresas fornecedora de água, pelo menos no Estado do Rio são Estatais e todo o mês a fatura da água vem com aumento. Assim como em Niterói, hoje 'Águas de Niterói" todo o mês a cobrança vem com aumento.
O meu bolso já vem ardendo há muito tempo com as cobranças indevidas de taxas e os aumentos do litro da gazolina. Hoje, os aumentos maiores são do alcool, que deveria guardar um distância razoável do preço da g. O alcool está mais caro do que a gazolina.

Gonça disse...

debarros, sua argumentação fica prejudicada porque as empresas de disbribuição de energia eletrica e muitas de geração são privadas. Light, Ampla, Eletro Paulo, várias no Sul e no Centro-Oeste, Coelce e outroas no nordeste, a maioria por sinal.
Empresas estratégicas são, por exemplo, a CSN na época em que foi construida, Vale do Rio doce, Petrobras etc. Itaipu, Furnas, empresa privada não bota dinheiro nesses projetos, aparece muita gente para cobrar na bacia das almas como os tucanos venderam, mas construir mesmo, necas. Se o governo não faz uma Embratel, hoje privatizada, o Brasil até hoje estava mandando carta por pombo e não se comumicando por satélite desde os anos 70. E por aí vai. Águas de Niteroi tb é uma empresa privada, assumiu em Nietroi em 1999.O preço do álcool é privado, e depende de safra, o governo faz um estoque para enfrentar o período de escassez, mas é o mercado que manda como voces gostam de dizer. A Petrobras adminitra o preço da gasolina e não aumenta toda semana, tem uma política de não acompahanr a especulação como agora provocada pelo caso da Libia e corrigir o preço em intervalos maiores.

debarros disse...

Estratégica no sentido militar ou estratégica apenas para servirem de valhacoutos de políticos que nomeiam seus parentes e cabos eleitorais quando não os seus cachorrinhos de estimação e é claro os figurantes do governo que nunca comeram melado e se lambuzaram dos pés à cabeça quando provaram do gostinho do poder e na saída levaram pras suas casas até o Cristo de madeira que enfeitava uma das paredes do Palácio.
Parem com esse papo de estratégica para justificar empresas estatais, que constituem um terrível ônus para o povo brasileiro. Isso não cola mais.