Bom que se diga: em relação ao assédio à Lei Rouanet, Bethania, que abocanhou mais de um milhaozinho de reais, não está sozinha. Erasmo, Marisa Monte, Maria Rita e Sula Miranda também se habilitaram ao cofrinho público. A propósito, ao defender Bethania, o cineasta Cacá Dieguez, diz que a verba não é pública, é privada. Falso, Cacá, renúncia fiscal, como o nome diz, é fonte pública sim. Se fosse grana privada o Tribunal de Contas da União não estaria preocupado com as contas suspeitas da Lei Rouanet. Em todo caso, não se pode dizer que o Ministério da Cultura está parado. Ao contrário, ao patrocinar shows, dvds e blog de cantores caminha para se transformar na maior gravadora do mundo. Alô, Dilma, Shakira, que acaba de visitar seu palácio, também vai querer entrar nessa boquinha rica.
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2 comentários:
Gal Costa também obteve autorização do MC para shows em homenagem a Tom Jobim. O problema é que show são iniciativas comerciais, cobram ingressos caros, com já aconteceu em turnê de artistas estrangeiros bancadas pela Lei Rouanet. É uma apropriação de dinheiro público em um momento em que são cortadas verbas da saúde, educaçao e até de campanhas contra epidemias como a dengue. Tudo isso aí é marketing comercial. As empresas usam a justificativa da Cultura para faturar. Agora vai um grupo popular de teatro ou de folclore do nordeste ou da Amazônia pedir apoio para um espetáculo de manifestações culturais que estão acabando por falta de apoio e ver se consegue. Garanto não não passam da portaria do prédio do ministério da Cultura.
Dizem os jornais que a cantora é freguesa do Ministério da Cultura, ja foi contemplada com autorização para captar aí por volta de dez milhões de reais. Concordo quando dizem que é preciso diferenciar o que é um projeto cultural e o que é promoção de gravadoras, shows, e outras coisas que são mais comerciais.
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