sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Os gaúchos e seus cavalos

deBarros
Acontecem fatos no Brasil que nem Freud – apesar de toda sua psicanálise _ consegue explicar. Lá pelos idos de 1930, um grupo de gaúchos invocados, resolveu fazer uma revolução no Brasil para acabar com as eleições de cartas marcadas entre o Estado de São Paulo e o Estado de Minas, com a política "Café com Leite". Isso queria dizer que em uma eleição ganhava um Estado e na seguinte ganhava o outro Estado.
Os gaúchos queriam acabar também com os votos dos currais eleitorais e os respectivos "coronéis" que orquestravam essa música, que desde o Império era praticada pelos politicos corruptos e acomodados na boa vida que os mandados proporcionavam. Os invocados rebeldes do sul deflagraram a revolta, depuseram o governo então constituido e vieram amarrar os seus cavalos no Obelisco da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Venceram e levaram o poder. Um gaúcho baixinho, mais esperto que os outros, tomou a frente das tropas revolucionárias e se sentou na cadeira de presidente do País e lá ficou por 30 anos. Os currais acabaram e os Coronéis foram juntos pro belleléu.
Um imortal, dizia alto e bom tom, que a história não se repete. Não com o mesmo nome, mas com o nome de "grotões" estão de volta os "currais eleitorais" e os "coronéis" nas imagens dos líderes sindicais. Eis a história se repetindo com a mesma força dos anos da Velha República.
Hoje, como ontem, um governo lança o seu sucessor como candidato a presidência do País e passando por cima das leis e da própria constituicão deflagra uma campanha eleitoral jamais vista na história dese País.
Com o " Bolsa Família", uma proposta assistencialista junto à população menos favorecida, efetua a maior compra de votos já realizada em um processo eletivo na escolha dos candidatos à eleição. É a compra de votos institucionalizada, que se tornou oficial por força do seu uso e emprego.
Quem sabe, como a história sempre pode se repetir, apareça um novo grupo de gauchos invocados e complete, através de sua ação, o que aconteceu nos idos de 30.

2 comentários:

  1. virou golpista, debarros? Em qualquer democracia o presidente pode indicar seu candidato à sucessão e fazer campanha pelo partido ao qual pertence. E o ex-governador Zérra não está fazendo campanha e inuaugurando obras com o seu candidato à sua sucessão em SP?

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  2. Não, não sou golpista, mas se houver serei então o anti golpista. É preciso deixar entendido que não sou "Zérrista", só vou votar nele, porque não voto em sindicalista aproveitador, nem em anafalbeto.
    O resto é papo furado de mesa de bar.

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