Diante do massacre que a mídia impressa, televisiva e radiofônica, através dos seus comentaristas esportivos, repórteres, também esportivos, sem falar nos colunistas, vem impondo ao técnico da seleção, Dunga, já posso considerá-lo, além de herói, por suportar tantos ataques destruidores, um vencedor, mesmo que não traga a taça para o Brasil. É um valente, que debaixo das vozes covardes e manipuladoras, passo a passo, vem conduzindo os "sopradores de vuvuzelas", como foram chamados os jogadores convocados por ele – por um dos comentaristas de futebol – para integrar a sua Seleção, jogadores que liderados e orientados por ele, Dunga, ganharam a Copa das Américas, a Copa das Confederações e classificaram o Brasil com três rodadas de antecedência.
Hoje, no jornal O Globo, enquanto Dunga foi "esculhambado"– essa só pode ser a palavra certa para demonstrar o desprezo dos comentaristas – o técnico da preferência "deles", é citado por ter declarado em uma entrevista que "esta será uma Copa essencialmente técnica" e um "jogador sozinho ganha uma partida". Ele deve ter-se lembrado de Romário, que não queria convocar, porque era "indisciplinado", e acabou lhe dando a Copa de 94 de bandeja. Que grande técnica pode apresentar a Coréia do Norte, Nova Zelândia, Honduras, Costa do Marfim, Gana, Nigéria e até mesmo a África do Sul, que nem grande tradição tem na história do futebol mundial, para justificar uma citação dessas. Ora, não é preciso ser técnico de Seleção para saber que um Pelé, um Maradona, um Didi, um Zico, um Roberto Dinamite e outros jogadores craques, sem mencionar um Beckenbauer, um Overath, um Euzébio e tantos outros craques como o Di Stefano, ganharam inesquecíveis partidas de futebol.
Vamos ter um pouco de respeito por esse homem, que sacrifica a sua vida pessoal para dirigir uma das mais fortes Seleção de Futebol do Mundo, que é a do Brasil, sabendo que se for derrotado será crucificado em plena Praça Pública ou no Largo da Carioca ou pendurado pelo pescoço no Obelisco da Av. Rio Branco, Na Praça da Sé, em São Paulo ou na Praça Raul Soares em Minas Gerais.
Um comentário:
debarros, é inacreditável essa campanha. o que a imprensa quer é entrar na concentração a qualquer hora (alguns até preferiam ir aos vestiários). Curioso é que na Copa da Alemanha, com a bagunça instalada e a farra comendo solta, os jornalistas não criticaram, nada viram, tudo era festa, não exergaram nem os 104 quilos do gordo... só depois que o Brasil foi despachado.
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