segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Há 65 anos, o macartismo dava as caras. Parece que foi ontem... E o que Chico Buarque tem a ver com isso?

McCarthy na capa da Time. 



por José Esmeraldo Gonçalves
Em 1950, o Congresso norte-americano aprovou a Lei MacCarran-Nixon. A norma exigia que instituições, sindicatos, empresas e quaisquer outras entidades simpatizantes do ideário comunista se registrassem em órgãos de controle. Podia ser vista como um dispositivo de alcance alegadamente burocrático, mas seus dramáticos efeitos marcariam para sempre um período crítico da liberdade individual na história norte-americana.
Nos anos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra, uma forte campanha anticomunista havia sido posta em curso na mídia local, especialmente no rádio, veículo de grande penetração no interior do país. Nas serpentinas da política internacional já começava a circular, no pós-guerra, o gás que, pouco depois, serviria ao mundo uma Guerra Fria estupidamente gelada.
Em agosto de 1949, a União Soviética detonava sua primeira bomba atômica. Os efeitos daquela explosão em Semipalatinsk, no Casaquistão, abalariam, simbolicamente, as paredes de Washington. A Bomba A soviética acabava com a hegemonia atômica do cogumelo norte-americano. Pouco mais de dois meses depois, Mao Tse Tung proclamava a República Popular da China, após a vitória da revolução que ganhou forma na sua Longa Marcha. Em junho de 1950, a Guerra da Coréia abria sua temporada. O resultado imediato foi a exacerbação do sentimento anticomunista na terra de John Wayne. A nova síndrome alcançou rapidamente a potência de alguns megatons ideológicos. O americano médio passou a ver comunista embaixo da cama, no banheiro, no closet da patroa, no hamburger, na camisa vermelha do quarter-back e na coca-cola. O Senado abriu Comissões de Investigação, mais ou menos como as nossas CPIs, talvez menos vulgarizadas e imponderáveis. Uma dessas subcomissões (havia outras instâncias de investigação conduzidas por deputados na Câmara dos Representantes) foi entregue ao senador Joseph McCarthy, um advogado nascido em uma fazenda, da bancada ruralista, típico "red neck", cujos horizontes mal ultrapassavam o celeiro da propriedade.
Pouco meses antes da instalação das comissões, McCarthy já se destacara na mídia ao denunciar uma rede de espionagem comunista dentro do Departamento de Estado e apontar a atuação de simpatizantes em vários níveis do governo. Menos de um ano depois da aprovação da Lei MacCarran-Nixon, a intensa atuação de Mc Carthy levou à criação de um tribunal especial denominado "Comitê de Atividades Antiamericanas". Foi aí que a cruzada de McCarthy, apoiado pelo diretor do FBI J. Edgar Hoover e pela mídia conservadora, ganhou uma grife - o macartismo - e instaurou um clima de terror em vários setores do pais.
Personificando o anticomunismo, o senador passou a comandar o enquadramento de cientistas, escritores, funcionários públicos, atores e diretores de cinema, roteiristas, funcionários públicos, cientistas, professores e diplomatas. Mas o braço policial do Comitê podia alcançar qualquer outra categoria de cidadão, mesmo aquele sem vida pública. Para isso, bastava a denúncia de um vizinho, colega ou superior. Uma simples suspeita já seria capaz de tornar um inferno a vida de um acusado. Eram os "Culpados por Suspeita", título, aliás, de filme em que Roberto de Niro vive um diretor de cinema que se recusa a denunciar colegas, tem sua carreira interrompida e é abandonado pelos amigos.
McCarthy, endeusado como paladino, talvez tenha se empolgado demais na sua "cruzada patriótica". Ele radicalizou tanto a caça às bruxas que, sentindo-se poderoso e paparicado, passou a desprezar direitos individuais, denunciar militares que eram heróis de guerra e ameaçar enquadrar até advogados das vítimas. O fato de ser a "estrela" anticomunista também incomodou políticos conservadores que ambicionavam o mesmo papel, de alto rendimento eleitoral. Resultado: o "carrasco" foi afastado da subcomissão, cedendo lugar a Richard Nixon.
O criador foi contido mas a criatura, o chamado macartismo, prosseguiria na ativa por vários anos. Coube a Nixon tornar mais atuante a tropa de elite policial das operações que caçavam "espiões". Ironicamente, duas décadas depois, Nixon viria a ser desbancado da presidência por promover espionagem na sede do Partido Democrata.


Diretores e atores de Hollywood, como John Huston e William Wyler organizaram protestos contra a prisão de colegas. Grupos que incluíam nomes prestigiados do porte de Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Henry Fonda, Gene Kelly, Judy Garland, Katharine Hepburn e Frank Sinatra foram a Washington pedir, em vão, o fim da caça às bruxas de Mc Carthy.
Antes de passar o bastão para Nixon, um dos alvos preferenciais de McCarthy foi Hollywood. Ele acreditava que os estúdios estavam infiltrados, eram uma máquina diabólica da propaganda comunista. Além disso, atingir o cinema dava o espaço midiático que o Comitê precisava. Perseguir Charles Chaplin, por exemplo, conferia aos caçadores de comunistas as primeiras páginas dos jornais. Um mero exemplo: os agressores do compositor e escritor Chico Buarque não ganhariam a repercussão que tiveram se mirassem um cidadão comum. Chico Buarque deu-lhes visibilidade. Pois é, McCarthy também queria ser celebridade, curtir uma área vip e achou que Hollywood era o seu caminho mais curto para a glória.
A lista dos "comunistas" não era muito diferente dos créditos dos filmes que rolavam nas telas dos cinemas do país. Entre os indiciados estavam nomes como o do roteirista Dalton Trumbo, do maestro Leonard Bernstein, dos atores José Ferrer, Burgess Meredith, Zero Mostel, Edward G. Robinson, dos escritores Dashiell Hammett e Irving Shaw, dos dramaturgos Arthur Miller e Lillian Hellman, do músico Artie Shaw. dos diretores Orson Welles, Luis Buñuel e Richard Attenborough.
Alguns da lista de suspeitos hollywoodianos, como o diretor Elia Kazan, preferiram fazer acordos de delação premiada e, com isso, escaparam de penas. Muitas da vítimas do macartismo cumpriram um ano ou dois de cadeia. Outros, como Charles Chaplin, partiram para o exílio. Houve, ainda, casos de pessoas que se suicidaram por terem as carreiras implodidas. Posteriormente, a Justiça revisou processos e os anulou por inconsistências, faltas de provas ou simples invenções.
McCarthy morreu em 1957, aos 48 anos, vítima de hepatite de origem alcoólica. Não se sabe se movido a birita ou não, ele costumava fazer longos discursos na tribuna do Comitê, às vezes falava durante horas. Nos dias em que estava mais exaltado ou calibrado gostava de humilhar os depoentes. No auge da caça às bruxas, atores e atrizes, compositores e diretores não apenas perderam contratos como foram interpelados nas ruas por antigos fãs insuflados por reportagens que apontavam artistas da "lista negra" como uma ameaça ambulante ao "way of life" da "América", que vivia uma era de prosperidade colorida, de conversíveis, eletrodomésticos, consumo, com a televisão se popularizando e mostrando a vida das celebridades. As trombetas do macartismo anunciavam que aquela realidade hollywoodiana da poderosa "América" poderia ruir. E os artistas da "lista negra" eram os tripulantes do cavalo-de-tróia que tentava invadir a fortaleza da família e da moral vigentes. Por isso, foram perseguidos e assediados. Mas não há registro de que alguém os tenha chamado de "merdas" nas calçadas da Dias Ferreira, no Leblon.
Quero dizer, na Rodeo Drive, em Beverly Hills.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Troféu Cara de Pau do Ano: com os hospitais do Rio em crise, Flamengo quer dinheiro público para reformar estádio...

Trecho de matéria no Globo, hoje, em que o Flamengo pede "ajuda" aos cofres do Rio de Janeiro,
que está sem dinheiro para pagar funcionários e com os hospitais público em crise. 
por Omelete
Os cartolas-tecnocratas do Flamengo andam dizendo que estão com as contas em dia, embora o time caia pelas tabelas. Mas na hora de se coçar para reformar um estádio para ser usado durante a interdição do Maracanã para as Olimpíadas (exigência que está há anos no contrato de concessão e não é surpresa alguma), eles querem que o governo facilite nada menos do que 20 milhões de reais, em forma de renúncia fiscal (Lei do Incentivo ao Esporte), para reformar o Ítalo del Cima, do Campo Grande, ou o Luso-Brasileiro, da Portuguesa, na Ilha. Renúncia fiscal, como se sabe, é eufemismo para arrebanhar verba pública em forma de isençaõ de ICMS. Precisamente a verba pública que está em falta para salários de servidores e saúde no Rio de Janeiro. Os cartolas vivem no mundo da lua. Nem os torcedores do Flamengo, que sentem o drama da crise, vão apoiar essa jogada. O governador Luiz Fernando Pezão, que está com a batata quente nas mãos e correndo para regularizar as finanças do Estado, deve ter achado que é uma piada essa sugestão alienada da realidade. Ainda se houvesse dinheiro, seria mais ético usar a Lei do Incentivo ao Esporte para apoiar atletas que estão se preparando para a Rio 2016 e não injetar o pouco que o poder público tem para encher os cofres de clubes que faturam milhões com vendas de jogadores, direitos de TV, placas, patrocínio em camisa, programas de sócio-torcedor etc e sustentar Porsche de jogador e treinador contratado a peso de ouro. Lembrando que o Flamengo acaba de contratar o treinador Muricy. O clube não divulgou o sala´rio do novo treinador, mas sabe-se que ele recusou há algumas semanas um proposta do Internacional cravada em 650 mil reais mensais. Daí... Seria mais justo o Estado pedir alguma bufunfa aos ricos cartolas do Flamengo.

Terroristas do Daesh têm problemas com mulher...

Shaima Qassim. Reprodução Facebook
por Omelete
O principal problema dos jihadistas islâmicos e não conseguir conquistar uma mulher na boa. Bastou o Iraque eleger uma miss para os anormais do Daesh ameaçá-la de morte caso não concordasse em se tornar escrava sexual dos terroristas. Primeiro, esse caras explodem as próprias tripas em troca de uma alegada suruba com virgens no paraíso; depois, sequestram jovens e as submetem a torturas sexuais; além disso, segundo denúncias de organizações de direitos humanos, estupram meninos nos territórios ocupados. Alegam que o Corão lhes permite tratar assim os inimigos.
A vencedora do concurso Miss Iraque, Shaima Qassim, 20 anos, que já teve dois primos assassinador por terroristas islâmicos, diz que não teme as ameaças. Para ela, sua vitória é também "uma vitória dos direitos das mulheres". Afirma que as ameaças de sequestro não vão detê-la. O Iraque não organizava um concurso de miss há 43 anos. Segundo os organizadores, cerca de 200 candidatas receberam ameaças de morte e apenas 10 de apresentaram para o concurso. As concorrentes não desfilaram em trajes de banho.

Coxinha do Leblon chama Papai Noel de "merda".

Reprodução
(do Sensacionalista) 
O Papai Noel passou por maus momentos na noite de Natal num dos bairros mais chiques do Rio de Janeiro. O Bom Velhinho, que tantas alegrias já nos deu, passeava com amigos, preparando-se para fazer a entrega de presentes, quando foi abordado pelo Grupo de Apoio Às Causas Sociais do Leblon.
A entidade é formada por filhos de grandes empresários com alta preocupação social e por rappers bissextos.
Um dos rapazes, mais exaltado, gritou: “Você é um merda! Quando eu fiz 18 anos, pedi uma Ferrari e ganhei um Porsche. Nunca me recuperei desse trauma na minha vida”
VEJA NO SENSACIONALISTA, CLIQUE AQUI

Botou pra jogo: Luana Piovani publica foto feita pelo marido Pedro Scooby que, não por acaso, é surfista de ondas grandes...

Luana Piovavi. Foto Reprodução Instagram
por Omelete
Luana Piovani resolveu presentear a web. Foi uma espécie de cartão de Natal via Instagram. Com um texto bem-humorado, ela postou uma foto feita pelo marido, o surfista especialista em ondas grandes Pedro Scooby, que mostra a atriz nadando na piscina de casa. "Estava tão desligada do Instagram que quase deixei passar essa foto tirada pelo maridão. Achei que minha 'raba' está tão bem na foto que botei pra jogo. Amei a frase 'On top of my game'. Vou fazê-la mantra de 2016", escreveu ela no Instagram. Luana ainda desejou Feliz Natal aos seus seguidores: "Bom dia, boa quinta, bom Natal e não esquece de lembrar que é niver de Jesus. Imagina a viagem no burrinho, a temperatura que estava, a chegada ao estábulo, Maria parindo ali... Não fique só no raso da comilança e presentes, dê parabens a Jesus". Parabéns, Jesus, por ter criado a pessoa fotografada...

Foto de presidente de biquíni virou factóide em bullying político da oposição. Só que os eleitores gostaram do que viram

Foto que viralizou na web como sendo da presidente da Croácia é, na verdade,
da atriz americana Coco Austin/Reprodução

Após a descoberta da fraude, foram divulgadas na web fotos verdadeiras da presidente Kolinda Grabar-Kitrarovic/ Reprodução
por Omelete
A presidente das Cróacia acaba de ser vítima de bullying político na web em plena semana do Natal. Adversários divulgaram imagens de Kolinda Grabar-Kitrarovic, 43 anos, de biquíni em uma praia. Obviamente, as imagens foram viralizadas. A presidente até recebeu elogios pela boa forma mas a ação da oposição visava desmoralizá-la junto aos eleitores. O governo abriu uma investigação e provou que as fotos divulgadas mostravam a atriz norte-americana Coco Austin. Mas logo em seguida outra foto foi lançada na rede e, dessa vez, uma imagem autêntica da presidente, igualmente em boa forma. A tentativa de bullying político-moralista não deu muito certo: Kolinda recebeu mais elogios do que críticas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Imagens exclusivas do Comando de Caça a Chico Buarque, o CCCB. Cenas fortes. Tirem as crianças da sala

Líderes do CCCB, Comando de Caça a Chico Buarque, examinam o conteúdo político das canções do famoso compositor. Eles...

...acham tudo uma "meurrrrda", recolhem também os livros do autor e decidem...

...queimar tudo em uma fogueira cívica. Membros da elite do Leblon fazem a Saudação Coxística em uma esquina do bairro que abriga a Divisão de Celebridades do Comando de Caça a Chico Buarque. 

Integrantes do Movimento Leblon Livre e a Brigada Coxinha Júnior, da Juventude do CCCB, aplaudem o Pelotão Gourmetizado que...
...tenta dialogar democraticamente com Chico Buarque depois de acusá-lo de ter um apartamento em Paris.

Acionada por promoters do Movimento Leblon Livre, a Brigada Internacional do Comando de Caça a Chico Buarque formada por praticantes do hipismo plus chic se encaminha ao Marais, em Paris, onde fica o apartamento do compositor brasileiro, para executar a Operação "Você é um Meurrrda" que vai transformar o apartamento do Chico no Camarote VIP Jean Marie Le Pen do CCCB francês. 

Arrastão da direita cerca Chico Buarque...

No vídeo, Chico Buarque é cercado pelo grupo. "Você é um meurrrrda", diz um deles, caprichando no erre dos coxinhas.
por Flávio Sépia
Chegou a vez de Chico Buarque. Autoridades já foram agredidas em restaurantes e hospitais, passageiro de avião já foi esculachado pelo crime de estar lendo a revista Carta Capital, vizinho já deu parte em delegacia por ter sido ameaçado por um sujeito que batia panela, um rapaz com um filho no colo foi empurrado e jogado contra uma parede por estar usando camisa vermelha. Claro que Chico Buarque não escaparia da brigada direitista. O vídeo diz tudo. Rapazes de olhar rútilo, como diria Nelson Rodrigues, partem para cima do compositor, que caminhava em uma rua do Leblon, interpelando-o como se fossem a guarda islâmica à caça de um infiel.
Foi uma espécie de arrastão ideológico dos bem-nascidos.
Um deles se identifica, quando Chico lhe pergunta o nome: é Tulio Dek. Seria um rapper (sites de celebridades dizem que é ex-namorado de Cleo Pires e sobrinho do cantor Orlando Moraes. Dek seria, também, sócio do Barzim; os outros donos da boate, em Ipanema, seriam o global Bruno de Luca, o piloto Cacá Bueno, filho de Galvão Bueno, o músico Di Ferrero, da banda NXZero e o empresário Igor Sebba). No vídeo aparece uma figura que, segundo O Globo, seria filho do empresário e dublê de apresentador Álvaro Garnero que, por sua vez, é filho de Mário Garnero que, na ditadura, foi da Comissão Nacional de Energia,  presidiu o projeto Rondon a convite do governo militar e foi, também, dono do Brasilinvest, banco de investimentos liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central em 1985.
Na roda que tentava intimidar Chico Burque havia um outro, mais agressivo, que falou que Chico era um meurrrrda, "você é um meurrrrda", disse, caprichando no erre dos coxinhas.
Melhor, ou pior, ver o vídeo, do site Glamurama, que diz muitos sobre esses tempos: clique AQUI

Jornalismo voraz: se o chefe pede, que jeito?, a coitada da repórter tem que encarar a tempestade e ainda virar meme...

Cenas de terrir em cobertura jornalística. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

A aterrorizada Thereza Mannion divertiu a web. Nesta meme, cometa abala o telejornal. 
Meme de Thereza com a cantora Adele


por Flávio Sépia
Gafes na TV se tornaram alimentadoras de memes. Os telespectadores não raro ganham gargalhadas junto com a notícia. A repórter Tereza Mannion, da TV irlandesa RTE, foi a bola da vez. Escalada para cobrir um temporal em Galway, ele seguiu à risca as instruções do chefe de reportagem e procurou mostrar o máximo de realismo, como "personagem" da notícia. As TVs brasileiras entram nessa, com frequência, repórteres arrumadinhas têm que botar o pé na lama, água de esgoto no meio da canela, só para mostrar o "realismo fantástico" no telejornalismo. Se isso acrescenta algo à notícia, vai saber... Lembro que, certa vez, um repórter brasileiro foi carregado, por alguns metros, por um tufão na Flórida. Mostrou "jornalismo-verdade" mas quase se tornou um repórter-aéreo vagando pelo Caribe.
Thereza, a repórter irlandesa, como rimaria Chacrinha, cumpriu sua dura missão mas não escapou de virar meme na web. A notícia também pode ser a melhor diversão.

 

Após rebater comentários de leitores que se incomodaram com foto, Xuxa manda moralistas pagar penitência no Google




Xuxa na capa da Manchete para a qual posou centenas de vezes. 

LEIA NO IG, CLIQUE AQUI




Da Carta Maior: "Como a linguagem da mídia controla os pensamentos"

por Lea Maria Aarão Reis (do site Carta Maior)
A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator,  reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.
 Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.
 Com os sinais trocados, a velha mídia se vale da novilíngua de Orwell. Restringe ou anula as possibilidades de raciocínio dos leitores, telespectadores/eleitores e vai além ao determinar aos seus editores, redatores, repórteres e produtores de TV o silêncio, o registro ou a ênfase de fatos, coisas e pessoas segundo parâmetros pré-determinados. Ela busca o controle do pensamento, procura abolir a reflexão crítica e tenta impedir que idéias para ela indesejáveis floresçam e dificultem o retorno de um projeto de poder que se esvaiu, porque ficou velho, há 13 anos.
 No entender de Venício Lima, professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), a  linguagem viciada da velha mídia começa a ser questionada porque sua falta de credibilidade é crescente. “A credibilidade é o seu freio,” ele diz. “A realidade dos fatos e das coisas e o cotidiano das pessoas, cada vez mais, contradizem essa linguagem criada para atender interesses específicos; mas as palavras nela usadas com insistência, conotam, sobretudo, coisas que vêm dessa ‘seletividade jornalística’, uma visão parcial dos acontecimentos - para se dizer o mínimo.”
 “As pautas negativas, por exemplo. “A especialidade dos noticiários locais que vão ao ar em três horários diários, país afora, é desgraça. Elas abastecem os telespectadores de dejetos. Quem chega ao Brasil, de repente, e escuta e vê esses jornais de TV não entende nada. Só que este jornalismo ‘vale de lágrimas’ tem um limite. As pessoas se cansam e percebem que nas suas vidas não há só desgraça; acabam não se identificando.”
 Na Av. Paulista, dia 13 passado, o apocalipse era agora. O país, destruído, não contava com fio de esperança fora do golpe. “(Foi) uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade,” escreveu o jornalista Paulo Nogueira. “Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam. Cria-se uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.”
LEIA O ARTIGO COMPLETO NA CARTA MAIOR, CLIQUE AQUI

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Com 2016 apontando na esquina, reveja o trailer dos Jogos do Rio: crianças cariocas apresentaram a cidade em vídeo promocional lançado há um ano e que foi visto em 214 países...


REVEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

NO LINK ABAIXO, VOCÊ PODE ACOMPANHAR O ANDAMENTO DAS OBRAS, QUE ESTÃO ENTRE 75% A 100% PRONTAS. 
CONFIRA AQUI

Capas notáveis...



O site Aol aponta as capas mais marcantes de 2015. No alto, três amigas poderosas; na New York, as 35 mulheres que acusam o apresentador Bill Cosby de assédio sexual. Veja mais capas AQUI

Segundo a ética jornalística, o nome disso é mentira.... mas pode chamar de "interpretação" ou "análise"

O título acima foi, em essência, replicado em vários jornais. Passa ao leitor a falsa interpretação de que o governo "venceu" quando o STF se manifestou sobre o rito do impeachment. Primeiro: o governo não "venceu" e não "ganhou". Tudo continua nas mãos do Congresso. Fora disso, difunde-se a interpretação golpista. Quando o STF decide de acordo com o que querem a mídia e a oposição, é exaltado. Se o mesmo plenário toma alguma medida que, para eles, contraria o caminho para a destituição de Dilma, alguns ministros viram alvos sofrem críticas e pressões. Coube ao colunista Jânio de Freitas, da Folha, lembrar em um trecho da sua coluna de domingo último que a Constituição define o rito do impeachment há mais de um quarto de século. O STF não inovou. O que prevaleceu no STF foi "apenas" um livrinho que estava lá sobre as mesas dos ministros: a Constituição. A maioria dos colunistas, dos editoriais, das matérias na mídia comercial, optou por difundir a versão de que o STF deu ao Senado o poder de barrar o impeachment. Pode ser uma "releitura", uma"adaptação" da verdade ao discurso político. Jornalismo, não é.     





Ainda sobre a missiva-desabafo do vice-presidente. Quem vazou a carta-mimimi?

O jornalista Jânio de Freitas desvenda o falso mistério sobre a divulgação da carta lamurienta de Michel Temer a Dilma Rousseff. O vice mimimi saiu alardeando por aí que a missiva era pessoal e não deveria vir a público. Pois bem, leia a nota abaixo reproduzida da coluna de Jânio, na Folha de São Paulo. Em tempo, o jornalista a que o colunista se refere é Jorge Bastos Moreno, do Globo.


Salvo ordens de Hefesto, incêndios não acontecem por acaso. Quem vai responder pela destruição do Museu da Língua Portuguesa, de parte da Estação da Luz e pela morte de um bombeiro?

Foto: Bombeiros do Estado de São Paulo

Foto; Bombeiros do Estado de São Paulo

Foto: Daniel Mello/Agência Brasi 
Memória: em 1946 incêndio na Estação da Luz. Reprodução de capa do Estadão.
Há muito a lamentar e muitas responsabilidades a apurar nas circunstâncias e consequências do incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, instalado no prédio histórico da Estação da Luz, em São Paulo. Só com a tragédia, que resultou em uma vítima fatal - um brigadista-bombeiro - e em enorme dano cultural, torna-se público que o museu não tinha alvará de funcionamento e nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Hefesto, deus do fogo, está fora dessa.
O Museu da Língua Portuguesa foi concebido e implantado pela Fundação Roberto Marinho em convênio com o governo do estado. É administrado por uma organização social denominada ID Brasil, Cultura, Educação e Esporte. O presidente dessa organização admitiu ao Globo que não sabia "em que pé estava a situação". Os bombeiros de São Paulo confirmam que o prédio tinha "pendências em relação à estrutura para combate a incêndio". O governador Geraldo Alckmin declarou que vai reconstruir o prédio e remontar o museu com a ajuda de parceiros privados. Isso é bom, mas isso é pouco.
Um investigação rigorosa e a identificação de eventuais responsáveis serão importantes para que o alerta seja ligado em relação a outras valiosas instalações culturais em São Paulo e em todo o Brasil. Com a política de corte de verbas, já foi noticiado que há vários museus administrados por instituições federais, estaduais, municipais ou terceirizados para "organizações sociais" em situação de alto risco.
Nos últimos 15 anos, virou moda passar instituições públicas para a administração de "organizações sociais". Há hospitais, escolas, serviços de saúde, de eventos, de apoio social a menores, idosos e portadores de necessidade especiais administrados por tais organização 'não-lucrativas". A relação dos cofres público com tais instituições é, em muitos casos, uma obscura e imensa caixa-preta.  Frequentemente, os jornais noticiam irregularidades nessas parcerias. Não se sabe, sequer, se tais convênios resultam, de fato, em menor despesa para o poder público. No caso do Museu da Língua Portuguesa não parece clara a real responsabilidade em relação ao patrimônio concedido. Por exemplo, a "organização social" que administra o museu não poderá ser responsabilizada? E se por alguma falha ou omissão foram criadas as condições para a destruição do patrimônio não será ela convidada a custear as despesas, já que dificilmente o seguro, se houver e fora pago, vai cobrir a destruição, ainda mais com uma vítima fatal? O presidente da "organização social" declarou que é "complexa' a discussão de projetos de incêndio em edifícios tombados". Como assim? Se são tombados, aí mesmo é que não podem ficar descobertos.
O Museu da Língua Portuguesa, uma elogiável iniciativa que já recebeu milhões de visitantes, foi inaugurado em 2006. Em março do ano que vem faria 10 anos.
Tempo mais do que suficiente para discussões "complexas".

Então é Natal... Na foto oficial da família real britânica, menina leva uma photoshopada de leve para ficar bem para os súditos...

Tudo certo na foto real? Clima natalino, família feliz, uns brinquedinhos merrecas para dar a impressão de que o clã não torra o dinheiro público...

...só tem um probleminha: a bebê Charlote parece ter perdido a cabeça para o photoshop e ganhado um novo e sorridente visual. Uma zona mais escura e desfocada, no lado direito do rosto dela, cabelos em estranha linha reta, anomalias no reflexos no olhos mostram, segundo especialistas, que algo estava errado com o rosto da garota e essa cabeça veio de outra foto. Fotos Reprodução Twitter Kensington Palace/Buzz Feed.
Antigamente, os nobres volta e meia perdiam as cabeças. Literalmente. Hoje, outros tempos, eles até ganha cabeças novas. Sabe-se que a família real britânica é uma instituição pública sustentada com dinheiro idem. Os Windsor recebem uma espécie de mensalão oficial mas são obrigados a dar alguns retornos em forma de imagem e relações-públicas. Fazem presença em festividades, viagens oficiais, e tornam públicas cenas de vida pessoal em nome da imagem do reino e do interesse turístico. É um marketing que, somado aos escândalos que vendem tabloides, dá sentido ainda à tal instituição. Daí que o herdeiro do trono, William, reuniu a família para uma foto tradicional natalina. O site Buzz Feed analisou a imagem e constatou que um photoshop básico trocou a cabeça da bebê Charlotte. Algo não saiu bem, talvez a menina estivesse emburrada, não sorriu, deu uma golfada na hora. O fato é que a produção transplantou uma cabeça mais adequada ao clima cor-de-rosa da cena. Pronto, a família está feliz e os súditos ingleses que ainda curtem o reality show real podem dormir ainda mais felizes.

Deu no site "Conexão Jornalismo" (notícia que você não viu na grande mídia comercial): primeira-dama tucana ganha aposentadoria pelo fatigante trabalho de... primeira-dama


(do site Conexão Jornalismo) 
A primeira dama do Estado de Goiás, Valéria Perillo, vai embolsar R$ 15.206 por mês como aposentada da função de.... mulher do governador. O que parece piada não é. Foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado que julgou legal o pedido da mulher que, de acordo com a memória dos goianos, prestava serviço habitando na casa oficial do chefe do executivo estadual. O descaso com o dinheiro público, nas hostes tucanas, teria merecido destaque na velha mídia tivesse nele envolvido algum integrante do PT. Detalhe: a sessão que garantiria a vergonhosa aposentadoria não foi transmitida pela Internet como é habitual. Saiba mais.
Na sessão que garantiu a imoralidade a procuradora de Contas Maísa Barbosa reafirmou a posição contrária à inclusão da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável (VPNI) - no valor de R$ 7.602,53 - na aposentadoria, mas os conselheiros seguiram o voto do relator Saulo Mesquita favorável à integralidade do pagamento. O blog revelou ontem o pedido e o parecer do relator.
A procuradora disse esperar a mesma celeridade do processo da primeira-dama nos demais pedidos de aposentadoria de servidores, em nome do "princípio da impessoalidade".
Jornal local, o Popular, foi servil em sua cobertura. Leia aqui:
Pela manhã, o governador Marconi Perillo (PSDB) disse em, entrevista coletiva, que o pedido de aposentadoria é "absolutamente normal". "Ela trabalha há mais de 35 anos. Começou muito cedo a trabalhar, requereu o pedido de aposentadoria porque já tem idade e tempo de serviço. O engraçado é que eu nunca vi qualquer pessoa perguntar pela aposentadoria de um desembargador, um juiz, um promotor, um delegado de Polícia, um professor, um procurador do Estado, um fiscal. É a primeira vez que vejo alguém suscitar um tipo de discussão como essa. Será que minha mulher não tem direitos como os outros? Eu faço um desafio: qual primeira-dama que mais trabalhou que Valéria Perillo? Ela construiu um Crer, já viabilizou mais de 160 mil bolsas universitárias, coordena programas extraordinários em Goiás. Ela trabalhou o tempo inteiro. Aliás ela começou a trabalhar no Bradesco com 16 anos de idade. Ela chegou à conclusão de que tinha os requisitos para se aposentar, entrou com pedido e é algo muito natural. Agora, será que todos vão perguntar por todas as aposentadorias que chegam ao Tribunal de Contas? Ou será que é uma discriminação apenas pelo fato de ela ser minha esposa?"
Áudio
No início da tarde, Maísa Barbosa enviou ofício à presidência do TCE solicitando esclarecimentos sobre a informação de que o aúdio da transmissão on-line da sessão foi cortado durante o posicionamento da procuradoria. Ela também solicitou cópia integral dos arquivos de áudio da sessão.
Na transmissão pela internet, de fato o áudio foi cortado no momento de apresentação da procuradora. Retornou logo depois com o final da votação, que durou poucos minutos.
LEIA O CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

A histórica Faculdade Nacional de Direito repudia manobras inconstitucionais para derrubar a presidente Dilma Rousseff


A Egrégia Congregação da Faculdade Nacional de Direito (FND), nesta data, aprova moção de repúdio ao processo de impeachment instaurado em face da Presidente da República no âmbito da Câmara dos Deputados.
A história desta Faculdade está associada à história de luta contra todas as formas de opressão e pela efetiva implantação do estado de direito no Brasil.
A genealogia democrática de nossa instituição de ensino superior a transformou em alvo da truculência autoritária nos períodos de ditadura civil-militar que nos afligiram no século passado. Nem por essa razão docentes, discentes e membros do corpo técnico omitiram-se em momentos críticos e não o farão agora, quando a institucionalidade democrática encontra-se novamente sob tensão.
Com efeito, instaurou-se na Câmara dos Deputados processo de impeachment da Presidente da República ao arrepio das regras constitucionais e legais, em um contexto de pressão de determinados setores políticos. Derrotados no último escrutínio, estes grupos buscam a “flexibilização do presidencialismo” por meio da “flexibilização dos mecanismos do processo político”.
Nas democracias contemporâneas não se advoga a irresponsabilidade dos dirigentes, tampouco a da Presidente da República. Não se admite, todavia, que mandatos presidenciais sejam revogados com base em juízos de conveniência, agrado ou desagrado relativamente à gestão da coisa pública.
Como sublinham os cientistas políticos, no quadro do presidencialismo “a má gestão dos dirigentes políticos tem uma clara consequência que se concretiza no custo eleitoral de suas decisões e gestões no exercício da função governativa”. E “má gestão”, nas democracias, sempre será uma questão de ponto de vista ou juízo de conveniência.
As pressões pela “flexibilização dos mandatos presidenciais” via ampliação das hipóteses de impeachment, para abranger situações não enquadráveis, taxativamente, no art. 85 da Constituição como crime de responsabilidade, como é o caso, reconhecido sobejamente por constitucionalistas, penalistas e tributaristas, atentam contra o significado da proteção constitucional ao voto direto, secreto, universal e periódico.
Trata-se de recurso inconstitucional, que no Brasil ganha contornos mais delicados dada a frequência com que se observam “atitudes ambivalentes perante a democracia”.
Por isso, a Congregação desta Faculdade sente-se no dever de manifestar em NOTA PÚBLICA seu repúdio à iniciativa de instauração do processo de impeachment, que atenta contra os princípios basilares da democracia, e espera que a Câmara dos Deputados sepulte, liminarmente, a iniciativa afrontosa à vontade política da maioria dos brasileiros, manifestada de maneira inequívoca na última eleição presidencial.
Por fim, decide ainda este Órgão pela divulgação desta nota a toda a comunidade acadêmica da FND, por meio eletrônico, para ciência de seu teor, e seu encaminhamento à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, bem como pela mais ampla divulgação, que as circunstâncias políticas delicadas estão a recomendar.
A Faculdade Nacional de Direito (FND) diz NÃO a quaisquer tentativas de usurpar o poder que, em última instância, pertence ao povo brasileiro e deve ser exercido apenas pelos mandatários legitimamente eleitos.

Sala Prof. Hermes Lima/FND, 09 de dezembro de 2015.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Deu errado: amada mestra manda "nudes" por engano para aluno



por Omelete
Mike deu sorte. Por ter o mesmo primeiro nome do namorado de uma professora, ele recebeu "nudes" da mestra. Ela ainda trocou mensagens, comentou sobre encontro à noite e mandou duas fotos convidativas antes de ser alertada de que estava falando com a pessoa errada. Ou a pessoa certa, do ponto de vista do estudante. Perplexa com o próprio erro, a professora propôs uma troca: ele deletaria as fotos e não contaria nada à universidade e ela daria um up grade na sua nota final. O aluno cumpriu a palavra, ganhou o A. Mas seguidores já haviam compartilhado o diálogo e as fotos. O site Stomp não informa se a professora foi identificada ou punida pela universidade. Há cerca de três meses, outra professora, esta de um colégio, enviou fotos sensuais para uma aluno, mas ficou provado que ela havia cometido um engano e a direção da escola arquivou o processo administrativo.

Navio Escola Sagres será a "Casa de Portugal" durante a Rio 2016

O Navio Escola Sagres, da Marinha portuguesa
Portugal já decidiu qual será sua embaixada durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. O Navio Escola "Sagres", que estará ancorado na Baía da Guanabara dará apoio aos atletas portugueses e receberá visitantes. De certa forma, o "Sagres" retornará ao seu porto. Entre 1948 e 1961, o veleiro, com o nome de Guanabara, pertenceu à Marinha do Brasil, que o vendeu a Portugal. O Brasil, por sua vez, havia adquirido o navio da Marinha americana (construído na Alemanha, em 1937, o atual "Sagres" escapara de bombardeios e tornara-se despojo de guerra) e o incorporou à Armada nacional após um criterioso trabalho de recuperação. A Marinha brasileira, atualmente, possui dois navios-escola: um veleiro, o Cisne Branco, e a moderna fragata "Brasil".
O "Sagres" pertencia à Marinha da Alemanha, onde foi construído em 1937 e recebeu o nome de "Albert Leo Schlageter" Após a Segunda Guerra, e durante treze anos, foi o navio-escola da Marinha do Brasil sobre o nome de "Guanabara". 

Conselho de Segurança aprova decisão para combater financiamento do Estado Islâmico e outros grupos

Nova decisão do Conselho de Segurança estende o mandato de deliberações anteriores, enquadrando novas situações como transferências de dinheiro a serem combatidas. Foto: ONU / Evan Schneider
Nova decisão do Conselho de Segurança estende o mandato de deliberações anteriores, enquadrando novas situações como transferências de dinheiro a serem combatidas. Foto: ONU / Evan Schneider

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta quinta-feira (17), uma nova resolução que pretende aprimorar os esforços da comunidade internacional para combater o financiamento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico (ISIL), na Síria e no Iraque. O organismo da ONU destacou que resoluções anteriores, capazes de evitar a transferência de recursos para extremistas, devem ser aplicadas também aos casos de pagamento de resgates para o salvamento de reféns, não importando como e por quem o montante for pago.

“Os terroristas são ágeis e já foram bem-sucedidos demais em adquirir recursos para seus atos hediondos”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “Hoje, o Da’esh (outro nome para ISIL) comanda uma economia multimilionária de dólares em territórios sob seu controle. Os terroristas conseguem dinheiro através do comércio de petróleo, extorsão, envio de dinheiro por correspondência, sequestros, tráfico de pessoas e armas”.

De acordo com o Conselho, o setor privado e os Estados-membros devem colaborar uns com os outros, a fim de facilitar a identificação de transações suspeitas. Além de fechar brechas nos sistemas financeiros, também é necessário impedir que instituições de caridade sejam usadas por organizações extremistas para arrecadar fundos. A nova resolução deverá ampliar e atualizar a Lista de Sanções do ISIL e da Al-Qaeda, que contém indivíduos e entidades identificados como terroristas.

O organismo da ONU também solicitou aos países que reforcem a vigilância para coibir o desvio de explosivos, matérias-primas e componentes, utilizados para a fabricação de armamentos improvisados, armas químicas, venenos e detonadores.

Ban Ki-moon chamou a atenção para o uso de ferramentas digitais por parte do ISIL e outros grupos. “Mídias sociais são exploradas pelo Da’esh não apenas para a radicalização e o recrutamento, mas também para a arrecadação de verba. Outras organizações em torno do mundo – desde o Boko Haram até o Al-Shabaab e o Talibã – estão seguindo o mesmo caminho”, explicou o secretário-geral. O chefe da ONU também alertou para o tráfico de bens culturais, outra fonte de renda para terroristas e extremistas.

FONTE: ONU BR

Vídeo viraliza na web: procura-se uma reportagem honesta...

Este vídeo viralizou na web. Foi visto por milhões de pessoas. São três minutos que mostram uma das técnicas de manipulação da notícia, entre muitas praticadas na velha mídia. E não se trata de uma peça radical. É até conciliadora. Pede apenas mais honestidade: atributo em falta nas prateleiras políticas, empresarias e jornalísticas. VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Revista é banida de supermercados. "Capa muito ousada", decretam os executivos da rede

por Clara S. Britto
Uma rede de supermercados da Austrália, a Coles, mandou recolher das suas lojas e prateleiras milhares de exemplares da  Harper Bazaar. Executivos da empresa reclamaram que a capa de dezembro da revista era "ousada demais" e foi considerada "inadequada". Miranda Kerr, a supermodelo australiana, é a razão da discórdia. Na capa em questão, ela usa apenas sapatos de salto alto. A diretora da revista, Kellie Hush, disse ao Sidney Mornig Herald que ficou "decepcionada". "A capa é muito bonita, uma imagem feita por um dos melhores fotógrafos da Austrália, Steven Chee. Além disso, tivemos um 'feedback' muito positivo. É uma vergonha que a integridade artística dessa foto não tenha sido reconhecida", contestou.

Corações partidos - O estilo Temer de desabafo faz escola. O blogueiro Rodrigo Constantino, abatido pelo passaralho da Veja, grava um vídeo-magoei no qual discute a relação interrompida com a revista dos Civita... Ele se queixa de que foi "jogado no lixo"


VEJA O VÍDEO-DESABAFO, CLIQUE AQUI

Mulheres negras ganham mais espaço em capas de revistas de moda... nos Estados Unidos

por Clara S. Britto
De um modo geral, mulheres negras em capas de revistas de moda ainda são exceção. Calma! Ninguém está defendendo cotas raciais para capas. Mas alguma coisa está mudando. Não aqui. Nos Estados Unidos. Segundo o New York Post, em 2015 houve um ligeiro avanço: 77,2% das revistas estamparam modelos brancas na capa; em 2014, esse número era de 82,7%. A Teen Vogue que em 2014 publicou apenas modelos brancas na capa, esse ano mostrou seis modelos negras. A Harpers Bazaar botou Rihana em uma capa, ok, é um estrela não uma modelo, mas, no ano passado, não rolou qualquer diversidade racial na mesma revista. A Vogue americana destacou cinco modelos negras, contra três no ano passado; a Vogue francesa, duas contra zero em 2014. O levantamento foi feito por The Fashion Spot  Magazine Diversity Report. Não há uma pesquisa semelhante em relação às revistas brasileiras. Contata-se, apenas, que a proporção aqui é vexatória em termos de diversidade racial. Para os editores brasileiros, o assunto ainda é tabu. Tanto que, nas poucas vezes em que destacam negras, congratulam-se por quebrar um... tabu. Modelos negras em capas de revistas nacionais são ainda, e lamentavelmente, um acontecimento, um fato relevante. Lá fora, outra boa notícia foi que algumas capas, como a da bela modelo Lupita Nyong (Harper’s Bazaar UK e Vogue U.S) desmentiram o mito de que negras não vendem revista, mito, aliás, muito usual em algumas editoras brasileiras, hoje e no passado, segundo antigos editores. Eles contam que essa era, por exemplo, uma regra não-escrita mas em vigor frequentemente sussurrada nos corredores da extinta Bloch Editores. A mesma prescrição habita até hoje as cabeças e as bolsas Prada das Anna Wintour nacionais.