segunda-feira, 27 de abril de 2015

Jesus de volta à manjedoura. . .


Por Roberto Muggiati

... e com um coração de bambino. Sofrendo 90% de comprometimento do tronco cardíaco, nosso companheiro José Carlos Jesus finalmente conseguiu atendimento no Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras. Ficou 25 dias internado, mas finalmente está de volta a casa. Passou por uma bem sucedida cirurgia de revascularização de miocárdio – que durou oito horas – sob o comando do Dr. Oscar Brito e da equipe da 9ª Enfermaria. Recebeu três pontes de safena e uma mamária e está de coração novo. Verificou que, neste momento em que a infraestrutura da saúde pública brasileira chegou ao pior nível de degradação, o INC é uma exceção e referência de qualidade no atendimento médico e cirúrgico de ponta.
José Carlos na redação da Manchete, anos 1980. 

Em fase de franca recuperação, José Carlos Jesus prepara-se reassumir a liderança do movimento pelo pagamento dos créditos trabalhistas aos ex-funcionários de Bloch Editores, uma comunidade que abrange cerca de dez mil pessoas. Recapitulando: em 1º de agosto de 2000, o império gráfico-editorial de Bloch Editores, que tinha como carro-chefe a revista Manchete (lançada em abril de 1952), pediu falência. O imponente palácio de mármore na praia do Flamengo, desenhado por Oscar Niemeyer, teve suas portas lacradas pela justiça. Nós, ex-funcionários que ficamos fieis à empresa até o fim, entramos em estado de choque. Foram precisos alguns anos para que começássemos a destrinchar as artes e manhas de uma massa falida. Tínhamos investido grande parte de nossas vidas – e das vidas de nossas famílias – naquela empreitada por tantas décadas vitoriosa. O falso brilhante de uma cadeia nacional de televisão – a Rede Manchete foi ao ar em 1983 – acabaria relegando a editora a um papel secundário e, depois de uma longa agonia, ao naufrágio. Sem know-how (e até physique du rôle) para a aventura televisiva, a família Bloch – tendo perdido seu comandante supremo, Adolpho, em 1995 – se viu forçada a passar para outras mãos a cobiçada rede de TV. Por uma destas ironias da sorte, o que decretou o fim de Bloch Editores foi ter avalizado um “papagaio” de míseros mil dólares para a TV, que, com o correr dos anos, se transformaria numa bola de neve financeira incontrolável.
Durante uma cobertura do Carnaval.
É nos momentos de derrota total que costumam surgir os heróis. O de Bloch Editores tem até o “Filho do Homem” no sobrenome: José Carlos Jesus. Em depoimento no livro Aconteceu na Manchete (Desiderata, 2008), coordenador de reportagem na época da falência, ele lembrou aquela terça-feira sombria:

Quando o telefone da minha mesa tocou, me veio um estranho pressentimento. Tive a certeza de que aquela ligação estava me trazendo alguma coisa de muito grave. Do outro lado da linha, a voz, um tanto autoritária, logo confirmou. A ordem era que juntássemos todos os nossos pertences e nos retirássemos da sala e deixássemos o prédio o mais rápido possível. Só nos restava obedecer. Foi o que fizemos. A Bloch acabava ali. Para aqueles profissionais, uns, como eu, com trinta anos de trabalho, outros com quarenta, era o ponto final de um longo tempo de dedicação a uma empresa que já fazia parte da nossa vida, do nosso corpo e da nossa alma. Levei algum tempo para administrar o choque. ‘E agora? ’, perguntávamos a nós mesmos, entre lágrimas e perplexidade.”

O choque levou alguns anos para ser absorvido. E foi o mesmo José Carlos Jesus o primeiro a sair do estado de catatonia e inércia – e a propor ações concretas que garantissem os direitos dos ex-funcionários e os levassem a receber o que lhes era licitamente devido como credores da Massa Falida de Bloch Editores.
No Sindicato dos Jornalistas, com colegas da Manchete em uma etapa da
longa luta que lidera pelos direitos dos ex-funcionários.
Foi uma longa luta, iniciada em 2004, durante a qual José Carlos sacrificou sua vida pessoal em função do trabalho pela causa comum. Designado presidente da Comissão dos Ex-Empregados de Bloch Editores, ele enfrentou as piores vicissitudes, entre elas o afastamento de sua família, que foi para os Estados Unidos em busca de melhores condições de vida. Aos poucos, com sua inteligência e espírito de solidariedade, familiarizou-se com os meandros do labirinto jurídico e, com rara diplomacia, costurou todas as alianças possíveis (entre Justiça, Ministério Público e Massa Falida) que pudessem beneficiar a causa dos ex-funcionários e de suas famílias – uma comunidade de dez mil pessoas que passou por terríveis momentos de crise, com casos de doença, morte e até fome e suicídio.
A liderança de José Carlos resultou em vitórias: o recebimento do valor “principal” da dívida, em 2009, três rateios da correção monetária, em 2012, 2013 e 2014, e a batalha agora por um novo rateio.
Bem-vindo de volta à luta, Jesus! Conte com o nosso apoio.

Atualização em 3/5/2015: Além de agradecer as palavras de Roberto Muggiati e a carinhosa manifestação dos amigos, José Carlos Jesus enviou ao blog a seguinte mensagem em justo reconhecimento à instituição e à equipe que o atendeu: "Eu e a minha família só temos a agradecer ao Instituto Nacional do Coração, sob o comando do Dr. Oscar Rise Brito e equipe, bem como à equipe do Centro Cirúrgico e CTI, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da 9ª Enfermaria e todo o staff. Com tratamento humanizado, o referido hospital é um orgulho para a saúde pública do Brasil. Se, infelizmente, muitas instituições de medicina pública do Brasil estão na UTI, é importante que a população saiba que existe saúde pública de qualidade em um centro de excelência que se chama Instituto Nacional do Coração. Eu quero deixar meus agradecimentos aos médicos Bernardo Turra e Marcio Lassance, da pesquisa do INC, e aos doutores Fernando e Clarissa Thiers, da parte clínica do hospital. Muito grato. Fiquem com Deus." (José Carlos Jesus)



Gisele Bundchen: aposentada mas na pista a modelo é capa da Vogue Brasil de maio

Aposentada das passarelas mas na ativa em estúdios, Gisele Bundchen é capa da edição comemorativa dos 40 anos da Vogue Brasil. A modelo foi fotografada por uma tropa de elite de fotógrafos. Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin fizeram a capa; no miolo, fotos de Henrique Gendre, Zee Nunes, Gui Paganini, Paulo Vainer, Verônica Casetta e Bob Wolfenson. Tudo isso em 80 páginas dedicadas à gaúcha. Mas a capa divulgada na rede está sob bombardeio dos internautas.  "Ficou feia. Muito magra e torta", "Ela é linda mas essa pose ficou horrível", "Está parecendo campanha contra anorexia". "Tábua", "Não está disposta", "Magra demais" são os comentários disparados na nuvem. E alguém viu na foto abaixo, na banheira, um toque de "Jack The Stripper".
Vogue Brasil/Divulgação/Reprodução Instagram


Obama usa um "tradutor de raiva" em discurso na Casa Branca. Taí, é o que a Dilma está precisando para dialogar com o PMDB

Obama discursa na Casa Branca durante o jantar para os jornalistas. 
E o "tradutor de raiva", o humorista Michael Key, que deixava a "diplomacia" de lado e "interpretava" o que realmente Obama queria dizer. Imagem: Reprodução You Tube
Barack Obama lidera a maior potência do mundo, começa a fazer a economia andar novamente, desfaz o gelo com Cuba, apara arestas com o Irã e é malhado em Israel, é obrigado de ter jogo de cintura para se relacionar com um Congresso hostil, é violentamente criticado pela ala direita da mídia americana. Tudo isso junto e misturado acaba com qualquer humor.
Na platéia. Michelle Obama se divertiu com
as piadas do marido. Foto;Reprodução Instagram
Mas quem tem Michele no travesseiro ao lado está de bem com a vida. Perde o amigo mas não perde a piada. No seu discurso, no último sábado, durante o tradicional jantar que a Casa Branca oferece ao correspondentes que atuam em Washington, Obama deitou e rolou. Com timing cômico, disparou ironias e brincadeiras. Políticos que disputam a indicação para a corrida presidencial foram um dos alvos. De Michelle Bachmann, a fanática religiosa do Partido Republicano (uma das fundadoras da "seita" política Tea Party), ele comentou uma declaração apocalíptica segundo a qual o atual presidente traria o "fim dos dias" ainda no seu mandato. Mrs Bachmann disse que o acordo com o Irã é um sinal da hecatombe. O lado bom, afirmou ela, é que o fim dos tempos marcará também a volta de Jesus à terra. Como um astro da stand up comedy, Obama revidou: "Ainda esta semana, Michele Bachmann previu que eu gostaria de trazer o fim bíblico de dias. Bom, para mim, é um legado. Isso é grande. Quero dizer, Lincoln, Washington, eles não conseguiram fazer isso".
Sobre as próximas eleições, ele brincou: "Aparentemente, algumas pessoas querem ver um socialista fumando maconha na Casa Branca. Então, eu poderia obter um terceiro mandato". Ironizou também os opositores do sistema público de saúde, que ele afinal implanta nos Estados Unidos, sob bombardeio da elite conservadora. ""Hoje, graças a Obamacare, você não precisa mais se preocupar em perder o seu seguro se você perder seu emprego", disse ele. "Os democratas do Senado são bem-vindos", alfinetou em uma referência ao fogo-amigo que sofreu de parte do seu partido durante a tramitação do projeto.
Mais adiante, brincou com Hillary Clinton, que acaba de se apresentar para a indicação à corrida presidencial e percorre o país em contato com democratas. "Para muitos americanos, esse ainda é um tempo de incertezas. Eu tenho uma amiga que ganhava milhares de dólares por ano e agora mora em uma van no Iowa".
Para dar ainda mais dinâmica ao "espetáculo", Obama convidou um humorista profissional para ser o seu "intérprete". Ele atuou como uma espécie de "tradutor de raiva". Em alguns momentos em que Obama tentava ser mais "diplomático", o intérprete dispensava o floreio e falava o que Obama realmente queria ter dito. Um das piadas foi sobre um assunto difícil. Ele falou que o Serviço Secreto, responsável pela segurança de Obama, poderia ter problemas caso o homem negro leve um tiro. Uma referência à alta incidência no país de casos envolvendo policiais brancos e jovens negros.
O fato é que o discurso do Obama bombou na rede. Vai ver que a Dilma se daria bem se botasse um "tradutor de raiva" para dialogar com o PMDB.
Leia outros aspas do bem-humorado Obama:
* "Bem-vindos ao jantar dos Correspondentes. É a noite em que Washington se celebra. Alguém tem que fazê-lo".
*  "Minha nova atitude está valendo a pena. Vejam a minha política para Cuba. Os irmãos Castro estão aqui esta noite. Bem-vindos à América, amigos. Que pasa? O quê? É apenas a família Castro, do Texas? Oh. Oi, Joaquin. Oi, Julian".
* "Ser presidente nunca é fácil. Eu ainda tenho que consertar um sistema de imigração quebrado, emitir ameaças de veto, negociar com o Irã. Tudo ao mesmo tempo. E encontrar tempo para orar cinco vezes por dia. É cansativo".
* As pessoas dizem que a presidência tem me envelhecido. Eu pareço tão velho que já convidaram  Benjamin Netanyahu para falar em meu funeral".
* "Enquanto isso, Michelle não envelheceu nem um dia. Peço-lhe seu segredo ela apenas diz 'frutas e vegetais frescos'. É irritante".
* "Eu sou uma cara tranquilo. E por isso que eu convidei um "tradutor de raiva" para se juntar a mim esta noite.
* Obama: Em nosso mundo em rápida mudança, as tradições, como o jantar dos Correspondentes da Casa Branca, são importantes.
* O que Obama quis dizer, segundo o tradutor: "Realmente! O que é este jantar? E por que eu sou obrigado a vir a ele?"
VEJA VÍDEO COM O DISCURSO DE OBAMA, CLIQUE AQUI

Memórias da Redação: Na Fatos&Fotos, o mistério da camisa ensanguentada e um quase-crime passional...

(do livro Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" - Desiderata) 
Um repórter namorou uma colega de trabalho. A moça era forte, criada em fazenda, acostumada a correr atrás de cavalo manga-larga. Na época, não era moda fazer musculação, mas aquela jovem era naturalmente "bombada". Já o namorado era um intelectual, dado a mesa de botequim, sem resquício de um Rambo. Uma noite, o casal se desentendeu. Ele, ao volante, ousou ordenar à menina que saísse do carro. A moça aceitou o "convite" para ser largada no meio da rua, já madrugada, mas ao sair, usando os braços como duas alavancas, arrastou o repórter pelo colarinho. Na calçada, deu uns tabefes no rapaz, que botou um pouco de sangue pelo nariz, ensopando a camisa. Sem poder ir para casa, ele voltou ao Russell, guardou a camisa no armário da Redação, conseguiu uma muda de roupa emprestada e foi embora. Anos depois, a revista mudou de sala. Entre livros e papeis recolhidos pela turma da mudança apareceu uma camisa ensanguentada. A notícia se espalhou pela empresa e, como sempre, o telefone sem fio foi multiplicando a história. Oito andares abaixo, o mistério já ganhava outras proporções. "Esfaquearam alguém na Redação da Fatos & Fotos?", perguntava um motorista, de olhos arregalados.

domingo, 26 de abril de 2015

Veríssimo, no Globo:"Ministros do Supremo decidiram mandar o processo contra Eduardo Azeredo para ser julgado em Minas. No caminho, teria se desfeito no ar. Nunca mais se ouviu falar nele"


por Luís Fernando Veríssimo (do Globo, link abaixo)

Amais nova especulação da Física é que existem mais buracos negros no Universo do que se imaginava. Eles não estariam apenas na imensidão sideral, como gigantescos aspiradores engolindo galáxias inteiras, mas também à nossa volta, como pequenos ductos para o Universo paralelo. Seriam tão comuns e fariam parte do nosso cotidiano de tal maneira que deveríamos parar de chamá-los de buracos “negros”, com sua conotação de obscuridade e terror, e adotar um nome mais íntimo, como buracos morenos (mas não, claro, buracos afrodescendentes). Qualquer um de nós está sujeito a ser tragado por um desses buracos e se ver, de repente, no outro Universo. Onde poderia muito bem encontrar aquela caneta favorita que tinha sumido, o último disco do Chico que desconfiava que alguém tinha roubado, livros e outros objetos inexplicavelmente desaparecidos e até a tia Idalina, que todos pensavam que tinha fugido com um boliviano e fora apenas sugada por um ducto.
LEIA A CRÔNICA COMPLETA NO GLOBO, CLIQUE AQUI

Sindicatos de Jornalistas e Gráficos marcam ato de protesto contra o Estadão. às 13 horas, dia 27/4, na porta da empresa, em São Paulo

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Atrizes prometem show privê se jogadores forem campeões




 A missão da Juventus é dificil mas o time italiano tem uma motivação a mais para vencer a Liga dos Campeões, As atrizes  Vittoria Risi e Tera Patrick prometem um show exclusivo para os jogadores.Notícia publicada no site CalcioNews.

sábado, 25 de abril de 2015

Na comemoração dos 70 anos do fim da Segunda Guerra, Pistoia abraça soldados brasileiros


Há 70 anos, tropas brasileiras libertavam cidades do Norte da Itália. Pistoia presta homenagens ao Brasil. Foto; Reprodução do Il Tirreno
Pracinhas brasileiros. Reprodução do Il Tirreno
Há 70 anos, tropas brasileiras libertavam cidades do Norte da Itália. A pequena Pistoia tinha importância ímpar: era uma das bases operacionais da FEB.  Na semana passada, italianos e brasileiros relembraram a data em uma cerimônia emocionante. A cidade abrigou os corpos de 462 soldados brasileiros mortos na guerra. Em 1960, o Brasil os trouxe para o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. San Rocco, local onde ficava o cemitério, foi transformado em memorial. Lá repousa o corpo de um único brasileiro, cuja identificação não foi possível. A cidade o homenageia como o Soldado Desconhecido.
Antigo cemitério brasileiro em Pistóia,
hoje monumento aos soldados da FEB. Reprodução Il Tirreno
Na semana passada, veículos brasileiros entraram em Pistoia levando militares, diplomatas, parentes de pracinhas e sete ex-combatentes para marcar a data, ao lado da população e de autoridades italianas. Foi descerrada uma placa em memória de Miguel Pereira, guardião brasileiro do cemitério. Entre os presentes, estava Giuliana Menichini Pereira, esposa do soldado brasileiro que permaneceu na Itália e dedicou grande parte de sua vida a zelar pelo cemitério. Hoje, o seu filho, Mario Pereira, cuida do monumento que celebra os heróis da FEB.

Veja reportagem completa no Il Tirreno, clique no link

Striptease no velório. O falecido agradece...

por Omelete
O Ministério da Cultura de Taiwan há meses tenta acabar com a festa no velório. As autoridades reprimem uma onda que faz sucesso nos cemitérios: striptease em homenagem ao falecido. É tradição no país cortejos fúnebres festivos e animados com música e alegorias. Acontece que para os chineses enterro bom é enterro que dá ibope e mostra o prestígio do defunto. Daí, as strippers que ajudam a convencer os amigos do falecido a sair de casa e encarar o velório. O governo prefere que as famílias voltem a contratar as carpideiras. Só que as garotas no pole dance atraem, claro, mais atenção do que o choro das profissionais. Em muitos casos, segundo os defensores das strippers, as famílias estão apenas atendendo a um desejo do falecido e o governo não tem nada que se meter no evento. Para fugir da polícia, as famílias organizam apresentações-relâmpago. Quando a lei chega no cemitério o falecido já curtiu a performance das meninas e cantou pra subir feliz da vida. Ou da morte..
CLIQUE AQUI, VEJA O VÍDEO DAS STRIPPERS ANIMANDO O FUNERAL. 

Bruno Barbey: o fotógrafo da Magnum que virou Manchete por uns dias...


Ao longo da sua trajetória, a revista Manchete sempre se manteve próxima e parceira das agências fotográficas francesas. Havia uma visível afinidade de linguagem tanto na cobertura dos fatos quanto nas matérias realizadas em destinos mais espetaculares, como Amazônia, Saara, Pantanal, China, altiplanos bolivianos, Atacama e outros sets que ganhavam páginas e páginas em Manchete e Paris Match. Além da troca frequente de reportagens fotográficas, era comum profissionais da Gamma, Sygma e Magnum em viagens ao Brasil compartilharem da infraestrutura e logística da Bloch em incursões ao interior do país. Nos anos 1970 e 1980, rara era a cobertura de Carnaval a que não se incorporasse um gringo às equipes da Manchete e Fatos&Fotos. Geralmente, faziam ensaios especiais, um olhar estrangeiro sobre a festa que, ao lado das fotos excepcionais da equipe Manchete, certamente enriqueciam edições de Carnaval tão famosas e marcantes quanto recordistas em vendas. Muitos desses fotógrafos "importados" pediam para vir no ano seguinte. O Globo, hoje, publica uma entrevista com Bruno Barbey na seção "Conte Algo Que não Sei", assinada por Bruno Calixto. Barbey, salvo engano, era da Magnum. São dele, entre tantos trabalhos, fotos sensacionais e inesquecíveis de Maio de 68, em Paris. A Manchete publicou muitas matérias assinadas pelo fotógrafo marroquino com carreira desenvolvida na França. Na entrevista ao Globo, ele recorda a revista brasileira e conta como o  país, que conheceu em 1965 quando fazia uma reportagem para a Vogue, foi inspirador para o seu trabalho.
Foto de Bruno Barbey. Reproduzida do site AuMagic.
VEJA MAIS FOTOS DE BRUNO BARBEY, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Há 70 anos... Yank: a revista que levantou a moral dos soldados americanos na Segunda Guerra. Há quem diga que as pinups da capa salvaram vidas e ganharam batalhas...



Martha Holliday

Barbara Bates


Betty Page

Marilyn Monroe em uma das suas primeiras fotos

Rita Hayworth
Ann Miller
Lauren Bacall
por José Esmeraldo Gonçalves
Esqueça a Life, a Time, a Look... A revista mais disputada pelos soldados americanos na Segunda Guerra foi a Yank. A revista foi criada pelo Exército americano com o propósito de entreter os jovens soldados e ajudar a neutralizar tensões e ansiedades antes uma batalha e outra. Os números são impressionantes; o semanário tinha uma tiragem de 2 milhões e meio de exemplares e chegava a todos os campos de batalha. De Corregidor às Ardenas, da base aérea americana em Natal aos porta-aviões que lutaram em Midway, do Sena ao Reno, dos Apeninos aos Alpes. Circulou entre junho de 1942 a dezembro de 1945. Era mais fácil se extraviar uma ordem do general Patton ou um telegrama de Eisenhower do que a a nova edição da Yank. Muitos pracinhas brasileiros, que combateram incorporados ao 5° Exército americano, certamente tiveram chance de dar uma olhadinha na Yank antes de partirem pra cima dos tedescos no pesado inverno do norte da Itália. Diziam os soldados que a Yank era uma boa companheira nas noites de expectativa, as piores e mais insones antes de um ataque a um reduto alemão. As pinups posavam de graça como parte do esforço de guerra. No dia 8 de maio, o mundo celebrará o fim da Segunda Guerra com a vitória dos Aliados. É possível que um ou outro sobrevivente, são poucos, hoje, já passando dos 90 anos, saque da memória doces lembranças das pinups que os ajudaram a vencer a guerra. Para eles, todo dia era dia da vitória.

Viu isso? OVNI sobrevoa o vulcão Calbuco em erupção no Chile

VEJA O VÍDEO DO OVNI SOBREVOANDO O VULCÃO CALBUCO, NO CHILE. CLIQUE AQUI

Portal Brasiliana Fotográfica: um novo endereço digital para a memória nacional

A Fundação Biblioteca Nacional e o Instituto Moreira Salles lançam o portal Brasiliana Fotográfica com o objetivo de valorizar a fotografia brasileira e abrir um debate permanente sobre a preservação da memória. 
Imagens no portal Brasiliana. A entrada do  Forte do Morro da Viúva, Rio, foto de Augusto Malta (1906) e...
...a Avenida do Mangue, navegável em 1905, vista na foto de A.Ribeiro e...
...a Rua Real Grandeza, em 1910, foto de Augusto Malta

Conheça o novo portal, clique
AQUI 

Polêmica: foto que virou desenho em capa de livro motiva ação na justiça

Uma questão na Justiça: a capa do livro...

...e a foto original (o voleio de Fred) que foi reproduzida em forma de desenho e que pode ser vista no site do fotógrafo Nelson Perez.  Clique AQUI
A coluna Radar, da Veja, noticia que o fotógrafo Nelson Perez, que presta serviços ao Fluminense, entrou na Justiça do Rio de Janeiro pedindo o recolhimento do livro "Duas Vezes no Céu, de Paulo Roberto-Andel (Editora 7Letras). É que a capa do livro reproduz em forma de desenho a foto de Perez que mostra um famoso gol de voleio do atacante Fred em jogo contra o Flamengo. 
Nelson Perez reclama o pagamento de direitos sobre a foto recriada em traço na capa do livro. 


Relatório Mundial da Felicidade 2015: estudo analisa o alto astral e detalha as razões do baixo astral em 158 países





Saiu ontem o terceiro "World Happiness Report". Trata-se de um estudo abrangente publicado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O objetivo é medir o nível de felicidade dos países segundo a avaliação do sentimento de bem-estar das populações nacionais através de índices reais como o PIB per capita, a liberdade, o progresso social, emprego, formação e opções profissionais, expectativa de vida, apoio social às populações etc. Tais índices conferem uma pontuação a cada nação. A Suíça está no topo do ranking. É o país mais feliz do mundo, seguido por Islândia, Dinamarca, Noruega e Canadá. Na última colocação, está o Togo, o país menos feliz. O Brasil ocupa o 16° lugar. Portugal está na 88.ª posição, Estados Unidos (15.º lugar), Reino Unido (21.º), Alemanha (26.º), França (29.º), Rússia (64.º) e China (84.º). O "World Happiness Report" foi elaborado por uma equipe de especialistas multidisciplinares e utiliza dados do Gallup World Poll recolhidos entre 2012 e 2014, além de 2000 a 3000 pessoas entrevistadas em cada país. Um dos coautores do estudo, Richard Layard, declarou ao jornal The Washington Post que o objetivo principal do relatório é que os políticos "tenham como meta fazer a felicidade das pessoas" e a organização espera que os dados apresentados sirvam de incentivo à adoção de políticas públicas mais eficientes. Fatores como ocorrência de casos de depressão, stress, demonstrações de ódio e intolerância, preconceito, terrorismo, controle de natalidade, corrupção (com presença significativa em todos os continentes), conflitos religiosos, preocupação quanto ao futuro, otimismo, pessimismo e generosidade interferem na geografia da felicidade tanto ou mais do que valores meramente econômicos. Embora bem colocado na soma geral (o relatório captura avanços da última década), uma leitura mais profunda mostrará que há setores em que o Brasil não está bem no estudo. Um deles, diferenças acentuadas de grau de felicidade entre classes sociais ou entre homens e mulheres. O documento completo tem 168 páginas e revela outros problemas do país que, se tem pontos a comemorar (forte queda do índice de mortalidade infantil é um deles), tem ainda muito a avançar, com no caso de um efetivo e amplo combate à corrupção.

   

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro comemora 80 anos e promove debate sobre a precarização do trabalho

LEIA MAIS NO SITE DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, CLIQUE AQUI

Biblioteca Nacional digitaliza acervo dos Diários Associados


A Biblioteca Nacional fechou acordo para digitalização do acervo dos Diários Associados. Estão incluídos no acordo veículos essenciais da imprensa brasileira, tais como Jornal do Comércio, Correio Brasiliense, A Noite, O Jornal, Revista O Cruzeiro entre outros títulos.  Além de ceder os direitos de divulgação de todas a sua coleção, os Diários Associados doaram à FBN a coleção (física) do periódico “O Jornal” (1919-1974) composta por 576 volumes, mais 383 volumes do periódico “Diário da Noite” (1929-1962). O acordo prevê também que a Biblioteca Nacional receberá 36.631 discos de 7, 10 e 12 polegadas, do acervo da Rádio Tupi. Boa parte do acervo físico de periódicos já está microfilmado e disponível para consulta na Biblioteca Nacional. O processo de digitalização está em andamento  o que possibilitará consultas via internet. Conheça um pouco da história dos principais periódicos da coleção:
DIÁRIO DA NOITE
Um vespertino que será sempre o arauto das aspirações cariocas.  Rio de Janeiro (RJ) 1929 – 1973
Fundado no Rio de Janeiro (RJ) em 5 de outubro de 1929, dirigido por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello (seu dono formal), Cumplido de Sant’Anna e Frederico Barata, o Diário da Noite foi um vespertino em complemento ao matutino O Jornal, também de “Chatô”. Apresentava-se como membro da “vanguarda do movimento liberal”. Lançado em duas edições diárias, saindo a primeira às 15h, foi um empreendimento totalmente projetado em apenas duas semanas, tendo conquistado entre 60 e 80 mil leitores em seu primeiro mês de circulação. Editado até 1973, foi mais um dos inúmeros periódicos dos Diários Associados, a rede de comunicação iniciada por Chateaubriand nos anos 1920. Foi no Diário da Noite que Nelson Rodrigues escreveu folhetins usando o pseudônimo de Susana Flag. Funcionava no famoso Edifício da Noite, construído pelo próprio jornal, na Praça Mauá número 7, onde sempre funcionaram, no último andar, os estúdios da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

O JORNAL
Veículo de comunicação que deu início a construção do império de Assis Chateaubriand. Rio de Janeiro (RJ) 1919 – 1974. Lançado em 17 de junho de 1919 no Rio de Janeiro (RJ), O Jornal foi um diário matutino de grande circulação. Anteriormente vinculado à política, seu diretor inicial, Renato de Toledo Lopes, era editor da versão vespertina do Jornal do Commercio carioca – por conta de um atrito com a direção geral deste periódico, demitiu-se para fundar a sua própria folha; sem abrir mão de uma provocação, já que “o jornal” era como o Jornal do Commercio era informalmente chamado. Todavia, quando já completava cinco anos de publicação, O Jornal foi comprado por Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello. Sob o comando de “Chatô”, a folha constituiu-se no o primeiro e mais importante órgão da cadeia dos Diários Associados. Foi sob esta segunda direção que a folha galgou sua grande importância na história da imprensa brasileira, até sua extinção, em 1974.

O CRUZEIRO
A maior e melhor revista da América Latina. Rio de Janeiro ( RJ) 1928-1975.
Revista semanal, lançada em 10 de dezembro de 1928, O Cruzeiro estava nas bancas de todas as capitais e grandes cidades do Brasil, e nos principais pontos de venda de Buenos Aires e Montevidéu. Esgotaram-se rapidamente, em poucas horas, os 50 mil exemplares no lançamento. Pouco depois de seu lançamento, já havia se firmado como a grande revista nacional.
Revolucionou o mercado editorial brasileiro com utilização de fotografias, apresentação gráfica moderna e conteúdo diferenciado. A receita era aparentemente simples: uma resenha do noticiário nacional e internacional da semana com farto material fotográfico, textos literários, reportagens sobre lugares exóticos e aspectos pouco conhecidos da fauna e da flora brasileiras, colunas que abarcavam um leque variado de assuntos. O jornalista David Nasser e o fotógrafo Jean Manzon, foram fundamentais para o sucesso da revista, tornaram-se uma das mais notáveis duplas jornalísticas da história da imprensa no Brasil, que nos anos 40 e 50, fizeram reportagens de grande repercussão.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO
O mais antigo periódico em circulação da América Latina.  Recife (PE) 1825 – até a presente data
O “Diário de Pernambuco”, fundado em Recife em 7 de novembro de 1825 pelo tipógrafo Antonio José de Miranda Falcão, é o mais antigo jornal da América Latina ainda em circulação, seguido pelo Jornal do Commercio do Rio de Janeiro (de 1827). Foi um jornal projetado para cobrir assuntos de interesse comercial. Trazia informações gerais sobre a vida mercante de Pernambuco, como anúncios de produtos, leilões, roubos, compra e venda e horários de embarcações. Era veiculado pela Tipografia Miranda & Companhia, que em 1828 passa a se chamar Tipografia Fidedigna, em virtude de uma mudança de endereço. Depois de ser administrado pelo seu fundador, em 1835 o jornal passa a ser propriedade do comendador Manuel Figueroa de Faria. Em 1901 o jornal é leiloado e adquirido pelo conselheiro Francisco de Assis Rosa e Silva. No ano de 1912, por conta de rivalidades políticas locais entre Rosa e Silva e o general Dantas Barreto, o jornal é empastelado. Em 1920 passa para as mãos do coronel Carlos Benigno Pereira de Lyra. Em 1931 o jornal é vendido à cadeia “Diários Associados”, de Assis Chateaubriand. Em 3 de março de 1945 o jornal sofre outro empastelamento, por conta de sua postura agressivamente contrária ao governo getulista, algo característico dos “Diários Associados”. Depois da invasão de sua redação e depredação do patrimônio, fica 45 dias sem circular. Em 1994 passa a ser administrado pelo “Condomínio Associado” e pelos empresários Armando Monteiro Filho, Eduardo de Queiroz Monteiro e Paulo Sérgio Macedo. No ano de 1997 a publicação volta a ser dos “Diários Associados”, sob a presidência de Paulo Cabral. Periodicidade diária.

JORNAL DO COMMERCIO
Utilizado por muitos anos como publicação oficial dos atos do governo, Rio de Janeiro (RJ) 1827 – até a presente data. O Jornal do Commercio é um jornal econômico brasileiro. É o jornal mais antigo de circulação diária com publicação ininterrupta da América latina. Teve origem no Diário Mercantil (1824), de Francisco Manuel Ferreira & Cia., editado no Rio de Janeiro, voltado para o noticiário econômico. Adquirido por Pierre Plancher, teve o seu nome mudado para Jornal do Commercio em 31 de Agosto de 1827. No período de 1890 a 1915, sob a direção de José Carlos Rodrigues, contou em suas páginas com os nomes de Rui Barbosa, Visconde de Taunay, Alcindo Guanabara, Araripe Júnior, Afonso Celso e outros. Era então editorialista José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Desde 1957 integra os Diários Associados.

FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL. VISITE O SITE DA BN, CLIQUE AQUI

Documentos da CIA revelam atuação de barão da mídia na ditadura de Pinochet. Dono do El Mercurio é expulso de associação de jornalistas chilenos

Jornal El Mercurio recebeu dinheiro da CIA para colaborar com a ditadura chilena. 

Barão da mídia chilena denunciado em documentos secretos agora desclassificados pelo governo americano: Agustin Edward Eastman fez campanha na mídia contra Allende e, após o golpe, continuou prestando apoio editorial à polícia de Pinochet, A notícia está no site do Conselho Nacional de jornalistas chilenos.
O Conselho Nacional da Associação de Jornalistas do Chile, com base em documentos secretos desclassificados recentemente nos EUA, expulsou da instituição Agustin Edward Eastman, dono da empresa que edita o jornal El Mercurio, após ficar provado que ele obteve recursos da CIA para apoiar uma política editorial de desinformação e contribuir para minar a democracia e facilitar o golpe contra Presidente Salvador Allende. O golpista, um dos barões da mídia na America Latina ( El Mercurio faz parte da organização de direita Grupo Diários da América, da qual é associado o jornal O Globo), chegava a publicar fotos de multidões em eventos assinalando com um círculo rostos de estudantes supostamente ligados a organizações socialistas. Ressalte-se que nos tempos das passeatas de 1968/1969 os grandes jornais brasileiros, como O Globo, faziam algo semelhante em uma política de "ajuda" à repressão ao publicar extensas relações com nomes, endereço e números de documentação de estudantes presos no Rio de Janeiro. E a Folha de São Paulo é citada no relatório da Comissão Nacional da Verdade por ter dado apoio e cedido veículos à OBAN, organização paramilitar responsável por prisões, tortura e assassinatos de opositores da ditadura.
A denúncia que envolve El Mercurio é uma boa dica para pesquisadores brasileiros e a própria Comissão da Verdade já que tem origem em documentos oficiais e secretos do governo americano agora liberados para a acesso público. O Conselho de jornalistas chilenos justifica sua decisão com o argumento de que o órgão não pode ter entre seus integrantes empresários que defenderam atos como tortura, prisões ilegais e assassinatos políticos.
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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Austrália critica Olimpíada no Rio... Mas as observações poderiam ser mais construtivas e menos intolerantes

A secretária-geral do Comitê Olímpico Australiano, Fiona de Jong, critica a Olimpíada no Rio. Para ela, a cidade não oferece segurança. O alerta é válido, orientar turistas é um dever das autoridades, mas o tom ultrapassou limites. A crítica poderia ser mais construtiva e menos intolerante. Dona Fiona tem duas alternativas: primeiro, se está tão temerosa, não deve vir, vai ficar insone, paranoica e transmitir insegurança à sua delegação; segundo, baixar a bola e lembrar que a Austrália tem graves episódios de insegurança para os brasileiros. Nos últimos anos, um brasileiro foi espancado até à morte pela polícia; outro foi encontrado morto em circunstâncias suspeitas; há casos de espancamento de estudantes em agressões de natureza racista; sem falar em atentado terrorista que, no centro de Sidney, vitimou várias pessoas e feriu gravemente uma brasileira. Mas lá, como aqui, a generalização pode ser injusta. O episódio mais triste e sangrento já registrado em uma Olimpíada aconteceu em uma nação desenvolvida (Alemanha, Munique, 1972). Um segundo caso com ocorrência de fatalidades abalou Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996. Então, dona Fiona, violência não é, infelizmente, exclusiva de nações "subdesenvolvidas".
Quanto a mais segurança, no Rio, é uma revindicação dos cariocas e para o dia a dia e não apenas em função de grandes eventos. O Brasil, com o Rio recebendo quase dois milhões de turistas, promoveu uma Copa do Mundo irrepreensível, segundo reconhecimento de organizações internacionais ligadas ao futebol e ao turismo. Os visitantes foram festivamente recebidos. Não houve registro de agressões a etnias. Se vierem, os aborígenes, por exemplo, tão perseguidos e discriminados na Austrália, verão in loco esse clima de confraternização sem preconceito. Aliás, seu Comitê Olímpico trará algum atleta aborígene?
A cidade, como muitas cidades grandes, tem sérios problemas. Há certas áreas perigosas? Sim. Mas se dona Fiona for a Paris assistir ao Roland Garros deve ter cuidado se resolver passear no banlieu, na periferia, correndo o risco de sair depenada. Se tivesse ido à Olimpíada de Los Angeles botaria o pezinho nos blocks barra-pesada? E, nos Jogos de Londres, visitou, por exemplo, um bairro "aprazível" chamado Brent? Poderia perder até a peruca lá.
Ou seja, que os visitantes tenham cuidado, como em qualquer lugar, mas não se deixem levar exageradamente pelo discurso preconceituoso da secretária-geral do Comitê Olímpico Australiano. Se dona Fiona não sabe, a seleção da Austrália veio para a Copa do Mundo de 2014, foi muitíssimo bem recebida, os jogadores deram entrevistas maravilhados com a recepção e o convívio com a população em Vitória, no Espírito Santos, onde se instalou e onde turistas australianos circularam pela cidade. Segundo os jornais publicaram, houve em toda a Copa registros oficiais de dois assaltos contra cidadãos australianos ocorridos em Porto Alegre. Lamentável. Mas de um modo geral o esquema de segurança na Copa funcionou, incluindo a vigilância nos aeroportos, portos e rodovias que barrou vários estrangeiros com histórico de violência. Os turistas e esportistas australianos são bem-vindos e aqui chegando devem procurar os postos de assistência aos visitantes e obter informações sobre a cidade, saber sobre lugares e horários adequados para visitar certas áreas. É o básico. Além dos centros de apoio aos turistas, a maioria dos cariocas é prestativa e não se nega a dar informações. Isso foi reconhecido igualmente durante a Copa.
E que todos se divirtam em paz.
Mas, por favor, sem os sinais de intolerância da Dona Fiona.

Hoje é dia de Jorge... E este blog já visitou o terreiro do santo "carioca" que desafiou o Império romano

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Jornal O Dia publica excelente matéria com José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Dos 50 anos da Globo, 31 foram sob seu comando. A entrevista é assinada por Paulo Ricardo Moreira. Boni critica a TV e revela que vai escrever um livro com os 3 mil memorandos que mandava para sua equipe e que são a origem do famoso "padrão Globo de qualidade".





Reprodução O Dia


por Paulo Ricardo Moreira (matéria exclusiva do jornal O Dia - link abaixo)
A história da Globo, que completa 50 anos no próximo domingo, quase se confunde com a trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, o ex-todo-poderoso da emissora. Depois de passar por Tupi e Excelsior, ele chegou em 1967 à tevê da família Marinho, onde criou uma programação bem-sucedida. Das cinco décadas da Globo, Boni sente orgulho de ter participado de 31 anos. Quando deixou o cargo de vice-presidente de Operações, no fim de 1998, para virar consultor, ele custou a assimilar o golpe. 
'A Globo não pode transmitir esse futebol chinfrim como obrigação comercial. Podia ser um pouco menos comercial e voltar a ser mais artística'
Foto:  André Luiz Mello / Agência O Dia
“Me senti meio que perdendo um filho”, confessa. Hoje, ele ainda assiste à programação do canal com olhar crítico. “Falta à Globo uma certa personalidade”, afirma. Ao avaliar os principais astros, ele conta que faria com que Faustão falasse menos no programa e comenta a saída de Xuxa. “Ela não vai conseguir fazer sucesso na Record”, aposta. 
APRESENTADORES 
Para Boni, artista que não rende mais nem dá audiência como antes deve ficar numa espécie de reserva técnica da Globo, fazendo participações em programas fixos da grade e estrelando especiais uma vez por ano. Ele diz não saber detalhes da saída de Xuxa, mas acredita que foi um mau negócio para ela e para a emissora. “Acho que ela fez uma besteira. Não vai conseguir brigar com a Globo. Se não estava dando audiência na Globo, com todo o poderio da emissora, como ela vai dar audiência na Record? Não vai conseguir fazer sucesso e vai sofrer um desgaste”, prevê. “Difícil a Record arranjar um bom conteúdo para ela”, completa.
Boni diz que Xuxa poderia ter continuado na Globo, seguindo o modelo que ele, antes de deixar o cargo, acertou, por exemplo, com Renato Aragão, que apresenta o ‘Criança Esperança’ e protagoniza especiais de fim de ano. “Não precisa ficar até o fim da carreira. Ele não podia continuar fazendo programa levando bofetada e caindo de cadeira”, avalia.
O ex-todo-poderoso considera Fausto Silva, Ana Maria Braga e Luciano Huck grandes vendedores de produtos. “O que eles anunciam vende. Mas o que fazer com eles em matéria de conteúdo? O problema é conteúdo”, analisa. No caso de Faustão, Boni conta que faria com que o apresentador falasse menos no ‘Domingão’. “Largar o cara apresentando ao vivo um programa de três horas é um desgaste. Eu arranjaria mais produção, para que ele aparecesse menos e o programa não dependesse tanto dele”, adianta.   
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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Na edição de hoje, The Telegraph exalta Neymar e tenta explicar as razões do sucesso do Barcelona

The Telegraph lista hoje sete motivos para explicar o sucesso do Barcelona. 
1- Gols. Nesta temporada, o Barcelona fez 147 gols. Real Madri (136), Bayern Munich (115), Chelsea (101), Arsenal (97).
2 - O melhor trio atacante do futebol: Messi, Neymar e Suarez. Dos gols do Barcelona, Messi marcou 46, Neymar, 30 e Suarez, 19. Os demais jogadores, 48.
3 - O treinador mais vencedor nos primeiros 50 jogos que comandou da história do Barcelona. Luis Henrique ganhou 42 jogos; Helenio Herrera, 40 e Pepe Guardiola, 37.
4- O meio de campo mais criativo do futebol atual, com destaque para Iniesta.
5 - A precisão dos passes. Na Liga dos Campeãos, o Barcelona fez 7.163 passes. Acertou 89,3%.
6- O espírito do time, que passa a ideia de jogar futebol com prazer. O jornal inglês destaca que a primeira atitude de Neymar após os gols é abraçar o companheiro que lhe passa a bola. É um time de estrelas em admirável harmonia, diz o Telegraph.
7 - A última explicação para o sucesso do Barcelona está no seu maior rival, o Real Madri, que vive  crise fora de campo, é instável e pode até perder Cristiano Ronaldo na próxima temporada.

NA capa da People, Sandra Bullock, eleita a "mulher mais bonita do mundo"


Rosie Huntington-Whiteley, de Mad Max Fury Road, na capa da Self


Rosie Huntington-Whiteley, 28, atriz e ex-modelo da Victoria Secret, está no filme Mad Max: Fury Road, é capa da Self de maio. Veja o vídeo de bastidores das fotos. Clique AQUI