domingo, 10 de março de 2013

Xuxa acha que deputado pastor dos Direitos Humanos “é um monstro”


por Eli Halfoun
É esperar e torcer para que aconteça o que todos esperam: a saída do deputado-pastor Marco Feliciano (PSC) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Não acredito que o deputado-pastor tenha a cara-de-pau de ficar em um cargo para o qual definitivamente não tem o perfil ideal. Mas como se pode esperar tudo dos caras-de-pau talvez ele até insista em ficar com o cargo e continue desmentindo ter dito o que todos sabem que ele disse. O pastor conseguiu a unanimidade de ter todos contra ele. Até Xuxa, que não é dada a fazer declarações públicas sobre política usou seu Twitter para protestar. Diz aí Xuxa: “Meu Deus!!! Eu tava lendo agora sobre esse “pastor”... que Deus nos ajude. Gente!!! Socorro! Vamos fazer alguma coisa. Esse deputado disse que negros, aidéticos e homossexuais não tem alma. Existem crianças com Aids. Para esse senhor elas não tem alma? Todo mundo sabe que eu respeito todas as religiões, mas esse homem não é um religioso, é um monstro. Em nome de Deus ele não pode ter poder”. Muito menos parta pregar preconceito e homofobia. (Eli Halfoun) 

Morte de Chorão é mais um alerta: drogas não servem para quem quer viver


por Eli Halfoun
“Essa droga (cocaína) ganhou. Eu tentei tudo, mas infelizmente essa praga mundial que é essa droga que está acabando com tudo, ganhou. Espero que outras famílias não passem por isso que estou passando” - a declaração é de Graziela Gonçalves viúva do cantor Chorão. A morte do artista é mais um alerta para que os jovens que eram seus admiradores despertem para uma realidade inquestionável que a droga não os deixa enxergar: droga, qualquer tipo de droga, sempre é fatal. Não tem adiantado muito nos últimos anos mostrar essa verdade: os usuários continuam convencidos de que usar droga é um barato, mesmo que seja sempre um barato que sai caro. Talvez diante de tantas trágicas mortes os dependentes acabem criando consciência (através do medo de morrer) que droga não faz ninguém mais feliz e mais produtivo. Droga só tira a vida, principalmente dos que a utilizam para supostamente viver melhor e mais intensamente. Só intensificação a chegada da morte. Do fim. (Eli Halfoun)

Planos de saúde X consumidores: guerra sem fim


por Eli Halfoun
Duas coisas são fundamentais agora para que nos mantenhamos vivos e de pé: fazer pelo menos uma boa (e gostosa) refeição por dia e ter um plano de saúde. Ambas são muito difíceis (impossíveis até) para a maioria da população que é obrigada a submeter-se a um único e não muito farto prato de feijão arroz e farinha por dia e buscar atendimento médico nos falidos hospitais públicos. Até os que fazem (quase todos) o enorme sacrifício de tentar manter um plano de saúde pagando prestações extorsivas não tem a menor garantia de que serão atendidos quando se fizer necessário (em saúde sempre é). A briga dos sempre prejudicados consumidores com os abusivos planos de saúde é diária e constante e não há muita esperança de que mesmo com a intervenção das chamadas autoridades acabe ou tenha um atendimento pelo menos mais satisfatório. Agora os jornais noticiam que as operadoras de planos de saúde estão obrigadas a fornecer por escrito um documento no explicando porque a solicitação de um exame, uma consulta ou uma cirurgia foi negada. Duvido muito que os planos de saúde, que pouco ligam para determinações superiores, se disponham a dar esse tipo de documento comprometedor, como fazem quando proíbem qualquer tipo de atendimento: a operadoras dos planos continuarão deixando os consumidores mais doentes e os empurrando de um lado para o outro, ou seja, mais um aborrecimento para quem só procura o que lhe é de direito. Os planos de saúde não têm o menor interesse em fornecer esse tipo de documento que é uma mortal arma judicial. Os planos continuarão brincando com a saúde daqueles que os sustentam. A maioria dos planos de saúde (alguns poucos são eficazes) só atenderá seus associados como promete quando as punições forem realmente severas. Mais do quer isso: forem realmente cumpridas. De preferência enquanto o reclamante estiver vivo. (Eli Halfoun)

João Kleber promete um programa popular para as manhãs da Rede TV


por Eli Halfoun
Sempre que se anuncia o lançamento de novos programas femininos na televisão a "novidade" é velha e vem em forma de atrações que fazem de receitas culinárias, moda, dicas de beleza e outras futilidades do repertório, como se as mulheres estivessem apenas interessadas nessas baboseiras. Em primeiro lugar é preciso saber quem inventou que a audiência matutina da televisão é determinada somente por mulheres e crianças. O público que vê televisão na parte da manhã é diversificado e não é de hoje que está em busca de atrações que saiam da mesmice. É o que o humorista e apresentador João Kleber promete com o novo “Você na TV” Que ocupará as manhãs da Rede TV a partir do próximo dia 18. João Kleber é um humorista talentoso e um apresentador carismático e talvez dê ao público um movimentado programa de variedades para a programação matutina. Ele promete fazer um programa popular, o que pode ser muito bom e eficiente se não optar por um programa popularesco, ou seja, de baixo nível.  Kleber está certo de que em pouco tempo estará brigando pela liderança de audiências das manhãs, como costuma dizer - “eu tenho a linguagem povo”. Não nega as lições quer aprendeu com Chacrinha: “O Chacrinha me ensinou: ele disse que eu não poderia ter vergonha de fazer programa popular”. O problema é o público popular ficar com vergonha do programa. (Eli Halfoun)

sábado, 9 de março de 2013

Deu na Folha: Ruy Castro cita Moyses Fuks como o jornalista que deu nome à Bossa Nova

Na Folha de hoje, Ruy Castro faz uma justa citação. Diz que foi Moyses Fuks, nosso caro amigo e colega da extinta Manchete,  quem deu o nome à Bossa Nova. Há cerca de dois anos, o jornalista foi homenageado na Toca do Vinicius, em Ipanema. Gravou as mãos em uma placa comemorativa da Calçada da Fama e assinou em seguida. De fato, Fuks teve importante participação na Bossa Nova: organizou um dos shows pioneiros, em 1957, com Silvinha Telles, Nara Leão, Carlinhos Lira e Roberto Menescal e batizou o movimento que consagrou a música brasileira no mundo. 

Ruy Castro

Quem falou primeiro?


RIO DE JANEIRO - Há tempos, por causa do "gol de placa" inventado por Joelmir Beting, perguntaram-me quem havia criado outras expressões do futebol, como "gol de bicicleta", "dar carrinho" ou "meter entre as canetas". Embatuquei --como foi que nunca procurei levantar isso? Para não perder pontos, perguntei se valia saber que o autor da palavra "robô" era o escritor tcheco Karel Capek; de "cibernética", o matemático americano Norbert Wiener; e de "fluxo da consciência", o filósofo idem William James.
De "surrealismo", o poeta Guillaume Apollinaire; de "contracultura", o historiador Theodore Roszak; de "radical chic", o jornalista Tom Wolfe; de "a era do jazz", o escritor F. Scott Fitzgerald; e de "bebop", o baterista Kenny Clarke.
E a expressão "bossa nova"? Já existia nos anos 50, significando novidade. Mas foi o repórter Moyses Fuks quem a aplicou à nova música que surgia --e só então Tom, Vinicius e João Gilberto foram informados de que haviam criado a "bossa nova".
Quem chamou os filmes de Glauber Rocha e outros de "cinema novo"? O crítico Ely Azeredo. Quem falou primeiro em "filme noir"? Outro crítico, o francês Nino Frank. E em "nouvelle vague"? A jornalista Françoise Giroud. E quem apelidou de "Oscar" o famigerado boneco? O repórter Sidney Skolsky.
Quantos saberão quem batizou o Rio e quando? Foi o navegador florentino Américo Vespúcio, quando passou por aqui, em 1° de janeiro de 1502, a bordo da expedição do português Gonçalo Coelho. Vespúcio viu a baía de Guanabara e sapecou: "Rio de Janeiro". Que adoramos e logo simplificamos para "Rio".
Pergunte-me agora quem criou os famosos "geraldino" (torcedor da geral), "arquibaldo" (da arquibancada), "macário" (carregador de maca) e "onde a coruja dorme" (interseção entre o travessão e a trave). Fácil: o radialista Washington Rodrigues.

(Da Folha de São Paulo)

Não vale xingar a juíza gata. Olha só quem apita futebol no Sul

por Omelete
Deu no Globo Esporte/Diário do Sul.  Fernanda Colombo Uliana, 21 anos, é a musa da arbitragem em Santa Catarina. Apita no Estadual local mas, claro, deve ser promovida urgentemente ao Brasileirão.
Foto de Lougana Duarte: Reprodução site Globo Esporte/Diário do Sui






Leia a matéria completa, de João Lucas Cardoso com fotos de Lougana Duarte, do Diário do Sul . Clique AQUI


Polêmica na capa: revista indica mulher para Papisa...

por Gonça
A Loaded, do The Sun, incendiou a Praça São Pedro. Explica-se: a revista colocou na capa uma modelo vestida com manto papal, cruz pendurada no pescoço, outra na mão. Organizações católicas ficaram enfurecidas. A direção da revista diz que não quis ofender ninguém e a capa não deve ser levada a sério a não ser que os cardeais estejam cogitando votar na modelo Lucy Pinder para Papisa. A chamada de capa, em tradução livre, é Pelo Amor de Deus!  

"Barriga" no trilhos: Segundo site, trem na superfície invade Copacabana. Pirou?

por Omelete
O portal IG, agora associado ao jornal O Dia, precisa conhecer melhor o Rio. Ou, pelo menos, o metrô do Rio. Não sei se é porque foram muitas as demissões de jornalistas na sucursal carioca do site e este pode ter passado a ser remotamente editado em São Paulo, o fato é que uma nota sobre a reabertura da Estação Cantagalo, do metrô, em Copacabana é piração total. Diz que a ligação Siqueira Campos-Cantagalo passará a tem um trem na superfície. "Alterações incluem trem na superfície", escreveu o redator que provavelmente desconhece que "metrô na superfície" é o serviço de ônibus que liga algumas estações a bairros vizinhos. Eu, hein?. Quero ir de Maria Fumaça pra Ipanema.

O “BELO MODELO” DO NOSSO SETOR ELÉTRICO

por Eng. José Antonio Feijó de Melo (do Ilumina)
Os mais antigos, para não dizer os mais velhos, certamente lembram-se do filme "O Belo Antonio", produção de grande sucesso da época de ouro do cinema italiano, na qual o personagem do mesmo nome, magnificamente interpretado pelo então jovem ator Marcelo Mastroianni encantava as mulheres com a sua beleza e aparência, mas que, "na hora do vamos ver", não conseguia cumprir a tarefa. Depois daquele filme, a designação de "O Belo Antonio" ficou valendo para tudo aquilo que "não funcionava".
Pois bem, o belo Modelo Mercantil do setor elétrico brasileiro, implantado a partir de 1995 e consolidado em 2003/2004, se enquadra perfeitamente no perfil daquele personagem.
Na aparência, um grande sucesso cantado em prosa e verso por seus criadores e pelos responsáveis pela sua consolidação, por todos aqueles que dele se beneficiam como, por exemplo, os seus "agentes", quer dizer, os grupos empresariais e seus acionistas que dele têm obtido ganhos inimagináveis em qualquer outro país em atividades de serviço público como a energia elétrica, bem como pelos profissionais dos escalões mais elevados da administração das suas respectivas empresas. No entanto, na prática, nos momentos precisos, este belo Modelo Mercantil tem-se mostrado um completo fracasso, uma decepção, simplesmente não funciona.
Assim, foi o que aconteceu logo após sua implantação, quando se esperava que a entrada da iniciativa privada e a força das leis de mercado viessem a viabilizar os tão necessários investimentos para a expansão do sistema. Todavia, os investimentos não apareceram e o "Belo Modelo" fracassou. O resultado, todos recordam: o terrível racionamento de 20% da carga durante exatos nove meses, de 1º de junho/2001 a 28 de fevereiro/ 2002.
Como um princípio básico explicitado em documentos, o "Belo Modelo" tinha, entre outros, "o estabelecimento de competição nos segmentos de geração e comercialização para consumidores livres, com o objetivo de estimular o aumento da eficiência e redução de preços" (grifo nosso). Porém, o que se viu? Um novo fracasso. Em lugar da eficiência, surgiram os "apagões" em níveis regionais e até nacionais (lembram do raio de Bauru?) e o aumento da freqüência dos "apaguinhos" nas cidades e nos bairros, além do início da escalada dos preços, ou seja, da elevação das tarifas. Entre 1995 e 2002 as tarifas nacionais, em média, cresceram 46,5% em termos reais acima do IPCA. Assim, apesar das aparências, o "Belo Modelo" não conseguia cumprir o que prometia e que dele se esperava, isto é, reduzir os preços.
Constatadas as suas fraquezas, uma tentativa de revitalização em 2003/2004. Um pouco de planejamento, correção de alguns absurdos, declarações de ênfase na modicidade tarifária, mas em lugar de sua substituição, optou-se pela manutenção em cena do "Belo Modelo Mercantil". Para viabilizar os investimentos, o BNDES e a participação minoritária da Eletrobras e de suas subsidiárias seriam a solução.
Então, as novas obras decolam, as aparências afiguram-se positivas, mas "na hora do vamos ver" tudo continua no mesmo. Os apagões e apaguinhos aumentam de intensidade e de freqüência, surgem as explosões de bueiros, a qualidade do serviço cai a olhos vistos e as tarifas... bem, as tarifas continuaram crescendo e muito acima da inflação. Entre 2002 e 2012, em média nacional, as tarifas industriais cresceram 55% reais acima do IPCA. Alcançávamos o patamar das maiores tarifas do mundo, quando há cerca de 15 anos tínhamos uma das menores. Era o "Belo Modelo Mercantil" em sua plenitude.
Mas como não poderia deixar de ser, surgem as reclamações, insatisfações de toda ordem e então medidas heroicas, talvez desesperadas, precisam ser adotadas. Uma redução significativa de tarifas se faz absolutamente necessária. Mas como fazê-la sem ferir a aparência da filosofia de "mercado"? É possível, sacrificando-se para isto o grupo Eletrobras. Então, que seja feito o sacrifício, para isto existem as Medidas Provisórias.
A redução tarifária entra em vigor, em média nacional cerca de 20%. Mas logo se verifica que o "Belo Modelo", embora já meio desfigurado qual um Mastroianni envelhecido, continua vivo. E aqui, acolá, mesmo antes dos consumidores sentirem o gosto da redução, lamentavelmente novas elevações tarifárias já são programadas que ameaçam rapidamente a engolirem.
E o que parece pior, a Natureza, sabe-se lá por quais caprichos, veio evidenciar mais uma das grandes fraquezas do "Belo Modelo", justamente nesta hora inconveniente (para ele, o "Belo Modelo"). Referimo-nos à questão do regime hidrológico desfavorável que atingiu as principais bacias do nosso sistema hidrelétrico a partir do segundo semestre de 2012.
Com efeito, já a partir de setembro as usinas térmicas foram sendo despachadas para preservar os reservatórios. E na medida em que o tempo passava e as chuvas não apareciam na intensidade necessária, mais usinas térmicas foram sendo ligadas. Assim, na virada do ano acendia-se um sinal amarelo. Não anunciando um novo racionamento, mas sim que havia risco de alguma forma de crise de abastecimento, caso o problema hidrológico viesse a se agravar.
Os responsáveis pelo setor logo contestaram, procurando eliminar qualquer preocupação. Desta vez não se repetirá 2001, por que hoje temos térmicas suficientes. É só despachá-las e deixá-las operando o tempo que for necessário. Não haverá problema de espécie alguma, afinal o "Belo Modelo" está aí mesmo para garantir a situação. Ops! Parece que mais uma vez na hora "H" ele vai de novo fracassar?
Isto mesmo, mais uma vez fracassou. Ora, para funcionar as térmicas precisam de combustível: gás, diesel, óleo combustível ou carvão mineral. E isto custa dinheiro, muito dinheiro. A energia de origem térmica é muito mais cara do que a hidrelétrica que sustenta o nosso sistema e baliza o nosso nível tarifário. E alguém tem de pagar por isto. Mas esta é uma situação normal, previsível. As térmicas estão aí para isto mesmo, para operarem sempre que for necessário. Em sendo assim, o mínimo que se poderia esperar do "Belo Modelo" seria que ele fosse capaz de reconhecer e absorver esta situação normalmente dentro de suas próprias regras.
Mas eis aí a surpresa. Não é. Mas uma vez não conseguiu cumprir a sua tarefa e fracassou. Embora no final de contas quem tenha de pagar por esta energia mais cara será sempre os consumidores, pelas regras do Modelo vigente este sobre preço somente será incluído nas tarifas dos consumidores quando do próximo reajuste anual de cada distribuidora. Assim, enquanto a operação de térmicas era pouco significativa, não havia problema, o "Belo Modelo" respondia bem. Mas agora, com a conta subindo à casa dos bilhões de reais, o rei ficou nu.
A verdade é que as distribuidoras, tendo de pagar mensalmente às geradoras térmicas por essa energia mais cara, nas condições atuais não dispõem de caixa com valores suficientes para cobrir os elevados montantes devidos, pois pelas regras do "Belo Modelo" só mais adiante receberão dos consumidores. Em outras palavras, estão na iminência de ficarem inadimplentes. Por isso, estão pedindo socorro ao governo, seja por via de empréstimos do BNDES (ah BNDES), seja do próprio Tesouro Nacional.
Por sua vez, não tendo agora como gerar a energia que seria necessária para suprir os seus contratos, porque os reservatórios estão muito baixos em virtude de terem sido deplecionados no período em que as térmicas ficaram paradas, pelas regras vigentes as empresas geradoras hidrelétricas têm de "comprar" no mercado livre a energia que falta a preços muito mais altos do que vendem, incorrendo assim em "prejuízos" elevados, superiores até aos valores envolvidos com as distribuidoras. E nestas condições, também as geradoras desejam o socorro do governo.
Segundo notícias divulgadas pela imprensa, reconhecendo tacitamente a falha do "Belo Modelo", o governo já teria sinalizado positivamente para alguma forma de atendimento a ambos os pleitos. Em resumo, o que se observa é que uma situação normal e perfeitamente previsível no funcionamento do nosso sistema elétrico não tem como ser tratada regularmente pelas próprias regras do seu "Belo Modelo" que, como sempre, tal qual o personagem do filme "O Belo Antonio", na hora do vamos ver não consegue cumprir a tarefa. 
Até quando os responsáveis pelo setor elétrico brasileiro vão apostar neste Modelo Mercantil fracassado? (Eng. José Antonio Feijó de Melo, Recife, 06 de março de 2013)

Conheça o Ilumina (Instituto de Desenvolvimento do Setor Energético).  Trata-se de uma organização não governamental, apartidária, especializada no setor elétrico. O sitie da Ilumina informa que seus integrantes, a maioria técnicos com larga experiência, sentem-se no dever de denunciar ações que impliquem em perdas para o consumidor de energia elétrica e para a sociedade brasileira.

Leia este e outros artigos 
no site do Ilumina, clique AQUI

       

Um dia sem violência contra as mulheres. É para isso que elas precisam lutar cada vez mais

por Eli Halfoun

Sai ano entra ano, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher o assunto mais focalizado pela mídia é a violência doméstica da qual elas continuam sendo vítimas. Qualquer tipo de violência contra as minorias (às vezes menores na quantidade, mas maiores em quase tudo) é abominável e de forma nenhuma deve fazer parte da conduta de uma sociedade que se diz racional, mas tem mostrado que não é. Nos últimos anos as mulheres aprenderam muitas coisas na busca de conquistas, mas não aprenderam a defender-se de homens covardes. Por mais mecanismos policiais e judiciais que tenham sido criados em defesa das mulheres, a violência doméstica só terá fim quando elas definitivamente aprenderem a reagir e não necessariamente para viver entre tapas e beijos. Na primeira ameaça de agressão qualquer mulher que se deve procurar imediatamente ajuda policial ou no mínimo fazer as trouxas e sair de casa para ficar livre do inimigo que dorme ao seu lado. Enquanto as mulheres não aprenderem a reagir os homens covardes continuarão se achando os donos do pedaço e fazendo valer em casa a força física, já que nesse caso não existe qualquer vestígio de força moral. Em primeiro lugar as mulheres precisam estar conscientes de quer todo homem que agride uma mulher é covarde e que os covardes são medrosos que colocam o rabo entre as pernas diante de qualquer reação manifestada com a mesma força (no caso das mulheres pode ser somente uma forte reação moral) que os covardes se acostumaram a cometer simplesmente porque nunca enfrentaram reação.

A maior conquista das mulheres será sem dúvida livrar-se do medo que ainda sentem dos homens violentos que têm em casa. A mulher só será inteiramente vitoriosa quando o Dia Internacional da Mulher não for mais lembrado por causa da revoltante violência das quais elas ainda são vítimas. (Eli Halfoun)


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Condenação no caso Bruno é um alívio para todos

por Eli Halfoun
Os criminalistas costumam dizer que não existe crime sem cadáver. Não existia: o corpo de Eliza Samúdio não apareceu e ninguém tem dúvidas de que ela foi vítima de uma desumana brutalidade que envolveu uma verdadeira gangue de assassinos. O julgamento ainda renderá comentários por um bom tempo com pedidos de redução de pena (que, aliás, foi pequena) e outras artimanhas que a Justiça permite mesmo quando faz justiça.

O alívio não está só na condenação dos brutais assassinos, mas também no fato de que finalmente estamos livres de um incômodo noticiário que nos perseguiu durante mais de dois anos e que, convenhamos, estava ficando chato e irritante com advogados deitando falação (como gostam de falar os advogados), com os réus fingindo cinicamente inocência, com os jornais e emissoras de televisão repetindo diariamente as mesmas coisas. Se não apareceu até agora, dificilmente o corpo (ou apenas um pedacinho dele) aparecerá. Por mais que os criminosos tenham tentado esconder todos os vestígios (principalmente o corpo que é sempre a prova maior) o assassinato de Eliza Samúdio confirma outra teoria policial: a de que todo crime sempre deixa pelo menos um vestígio por menor que seja e assim é sempre possível encontrar e punir os culpados. Cadeia é pouco para os assassinos: mesmo atrás das grades eles continuarão vivendo. Já Eliza se foi e seu nome só ficará escrito na história dos muitos brutais crimes que a humanidade insiste em cometer.

Para o Flamengo, o time que Bruno defendia quando aconteceu o crime, fica o alívio do criminoso não ser mais citado como o ex-goleiro do Flamengo. Aliás, o Flamengo deveria proibir o assassino Bruno de usar a camisa do time em qualquer situação. No corpo de Bruno a histórica camisa do Flamengo fica manchada de sangue e de vergonha. (Eli Halfoun)


terça-feira, 5 de março de 2013

Tá podendo... Joaquim Barbosa sacode a toga, chama repórter de "palhaço" e o manda "chafurdar no lixo"...

Playboy na Terra Santa...


A Playboy chega finalmente a Israel, 60 anos depois de ser lançada nos Estados Unidos. A inédita edição em hebraico estará a partir de amanhã nas bancas de Tel Aviv. Na capa da revista, a modelo Natalie Dadon, participante de um reality show local. É esperada reação de grupos religiosos do país. Circulam em Israel revista e filmes para adultos mas não com atores ou modelos locais nem em idioma hebraico.
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Na capa de março da Playboy, Carol Narizinho

por Omelete
Ok, a vida não está fácil nem pra quem escolhe as capas da Playboy. A de março é Carol Narizinho. Claro que ninguém é contra a beleza da jovem nem o narizinho que lhe dá nome. Mas quem diabos é mesmo Carol Narizinho???? Já para quem gosta de destacar bons textos para justificar a leitura da playboy, uma boa dica é a entrevista com Jorge Mautner revelando: "Paulo Francis entrou no armário pra não apanhar de mim". O citado jornalistas, que parecia brigão na TV, tem uma histórico de amarelar ao vivo. É conhecida a história de que o notório PF, certa vez, criticou violentamente, dizem até infamemente, Tonia Carrero.  O marido da atriz, Adolfo Celli não gostou dos termos e deu uns homéricos tapões na cara de Paulo Francis.


Cameron Diaz não tem a menor ideia do que seja Pedro Cardoso


por Omelete
Nas capas das suas edições em todo o mundo, a Interview costuma descaracterizar suas personagens na tentativa de mostrá-las sob um ângulo diferente. A edição russa da publicação fez isso com Cameron Diaz, capa de março. A ideia do ensaio foi revisitar os anos 80. Deu nisso: segundo os críticos, ela ficou parecida com David Bowie. Mas a bela Cameron está na onda pela repercussão das suas recentes declarações ao Sunday Times, de Londres.  Ao contrário de repetir o chavão "não sou só um corpo", ela diz gostar de ser vista como um objeto sexual. “Eu acho que toda mulher quer ser tratada como objeto sexual. Há uma pequena parte de você em todos os momentos que espera ser um pouco objeto". E acrescentou que se sente "confortável" em tirar a roupa no cinema e que não se vê explorada. Falou e disse. Por aqui, o ator Pedro Cardoso tentou iniciar há tempos um fracassado movimento messiânico contra o que chamou de pornografia em novelas, teatro e filmes. Segundo ele, a classe artistica é vítima dessas produções que exploram a nudez. Ainda bem que Cameron Diaz não tem a menor ideia do que seja, ou quem seja, Pedro Cardoso.
Reprodução  Interview


Messi, em má fase nos campos, é capa da Esquire


por Omelete
Em comum com Neymar, Messi tem agora a má fase que, esperamos, dure até depois da Copa do Mundo. Mas o argentino que quase não conhece a Argentina é bem mais discreto e focado do que o brasileiro. O mais difícil hoje em dia é ver Neymar e a bola juntos na mesma foto.Festa de aniversário, periguetes, carrões, entrevistas a Jô Soares (é hoje), participação em quinhentos programas de televisão e outros tantos comerciais, cartões amarelos, suspensões e passeios de lancha têm deixado Neymar longe dos campos. Messi está lá se esforçando para se recuperar. Há sinais de stress no craque do Barcelona. Mesmo assim posou de man in black para a capa da Esquire inglesa.


Bianca Bin: a vilã de Guerra dos Sexos na capa da VIP

Bianca Bin na capa
Revista Vip/ Divulgação


Revista Vip/Divulgação

por Omelete
Bianca Bin, 22 anos, a atriz que interpreta a vilã Carolina, de Guerra dos Sexos,  é capa da Vip de março. Na chamada da revista, uma declaração de princípios:  "Que espetáculo! Uma bad girl boa demais". O belíssimo ensaio é assinado por Alê de Souza e Adriano Dantas.

Essa é boa... "fazer o Rio" agora é marketing político

por JJcomunic
A técnica de divulgação conhecida como "fazer o Rio' começou com ex-BBBs. Dispostos a prolongar seus 15 minutos de fama, os perdedores contratavam paparazzi e se deixavam "flagrar" em praias, no calçadão, em shoppings e como penetras em estreias de filmes e peças. O objetivo era ter fotos publicadas em sites de celebridades e, se dessem sorte, até em colunas de jornais. Com o tempo, subcelebridades e celebridades momentaneamente sem papeis em novelas, adotaram a técnica. Uma turma que, na maioria, vem de São Paulo, onde a visibilidade é precária. Eles pegam a ponte-aérea e dão pinta no Leblon, onde sabem que há concentração de fotógrafos, indagam qual é a boa, quais são os points e encaram a dura batalha para sair nem que seja no jornal mural da estação de Japeri. As subcelebridades usam também o recurso de postar fotos "intimas" no Facebook  - geralmente com uma legenda do tipo "fulana 'sensualiza' na praia", "Beltrana 'sensaualiza' em frente ao espelho". e enviar links para sites na esperança de ganhar algum espaço. O pior é que ganham mesmo.
Aparentemente, os marqueteiros políticos descobriram a fórmula. É conhecida a dificuldade que tem o PSDB, no Rio, fora dos limites do Jardim Pernambuco, do Golden Green e da Delfim Moreira. Mas Aécio Neves vem aí, é subconhecido e precisa mostrar a cara. A estratégia inclui, nessa fase inicial da campanha, usar um "padrinho" que, mais adiante, suba no seu palanque. Esse abre-alas é o FHC. Embora nascido no Rio, o tucano é "paulista", hoje identificado com os bolsões de neoliberais da USP e da Av. Paulista. Para ajudar a alavancar Aécio, FHC tem que, primeiro, "fazer o Rio". E tome de aparecer subitamente passeando como "homem comum" em shoppings, no Sambódromo, em shows, no calçadão, de preferência ao alcance de objetivas Nikon a Cannon. Desconfio que o povão não está preocupado com fotos em coluninhas. Já deu mostras de que sabe o que quer, já conhece o que pode fazer um governante que tenha um mínimo de preocupação social e não foco society, que saia dos salões e aponte suas políticas para reduzir a pirâmide de desigualdade erguida ao longo de governos e ditaduras elitistas.
A melhor maneira de "fazer o Rio", por exemplo, era não ficar mudo e quieto no dia em que o Congresso deve derrubar o veto da Dilma e roubar da cidade e do estado os royalties do petróleo. Nisso, esses que "fazem o Rio" não apoiam nem o colega de partido Geraldo Alkmin, que também protesta contra o roubo qualificado que será cometido contra os cariocas.      

Campanha eleitoral já está navegando. Eleitor tem até cachoeira como opção...


Já no palanque, a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, ganhou um porta-voz muito especial. Ele mesmo, Marcondes Perilo, o governador tucano envolvido no escândalo do Carlos Cachoeira e do ex-senador do DEM e ex-paladino da moralidade Demóstenes Torres. Lembra? Trata-se do esquema de corrupção que a PF levantou, que uma CPI enterrou e sobre o qual a mídia fez baixar uma cortina de silêncio. Aparentemente, a cachoeira secou, assim como parece ter sumido do noticiário e da pauta visível do STF, o mensalão tucano, sim, o de Minas Gerais, o pioneiro. Palanques contam histórias que nem a vã filosofia explica. Ou explica.. A foto acima foi reproduzida do Globo de hoje. 

Comissão da Verdade faz História. Mas precisa ir mais fundo...

Reprodução
por Gonça
Para a Folha de São Paulo, foi a "ditabranda". A odiosa definição que o jornal atribui aos anos de chumbo. Talvez por isso, parte da imprensa, especialmente a paulistana, pouco se ocupe do trabalho da Comissão da Verdade. Parece temer que as investigações cheguem às viaturas que, no caso da Folha, foram cedidas aos órgãos de repressão, nos anos 70, para operações dissimuladas contra opositores do regime. É conhecida a denúncia de que aquela foi uma das suas contribuições à Oban, a violenta organização civil-militar financiada por empresários paulistas, e que torturou, assassinou e violentou centenas de brasileiros. Mas muita "gente boa" estava por trás dos massacres públicos ou privados da época. É a história que não foi escrita. 
O Globo de hoje publica matéria sobre Iara Iavelberg. Era a namorada do guerrilheiro Carlos Lamarca. Na época, e até hoje, endossava-se a versão de que Iara teria se suicidado. Hoje, surgem as provas de que foi assassinada. Em um país que tentou varrer para baixo do tapete a crueldade e a corrupção da ditadura instalada em 1964 e que até hoje homenageia generais torturadores com nomes de cidades, avenidas, pontes, a Comissão da Verdade é um fato histórico, apesar das suas limitações. Já são listadas inacreditáveis formas de tortura e morte: simulação de afogamento, de fuzilamento, afogamento real, fuzilamento real, "subversivos" lançados de aviões em alto mar, introdução de objetos e até de animais em vaginas e ânus, espancamento de crianças na frente dos pais, choques elétricos. Vai longe a imaginação sádica dos militares e civis que submeteram o Brasil à sua mais triste era.
Em parte pela censura, em parte por afinidade, a grande mídia ajudou a difundir o mito de que não houve corrupção na ditadura. "Negativo, operando", como diria um militar. São muitos os escândalos. Há numerosos sinais da roubalheira mesmo na imprensa sob censura. Geralmente, não eram aprofundados e logo sumiam da pauta. Os raríssimos casos que resultaram em investigação oficial e, estes, tiveram apuração motivada muito mais por brigas internas do que para desmonte do mega esquema. Outro dia, passou no Canal Brasil o documentário sobre a Panair. Estreou nos cinemas há alguns anos, com pouca repercussão, embora muito bem feito, e, ao atingir a TV por assinatura certamente deve ter alcançado um bom público. Lá está exposto o longo braço corrupto da ditadura. Seria um vertente necessária a uma futura etapa da Comissão da Verdade. Empresas como a Panair e a TV Excelsior foram sufocadas por interesses comerciais representados por autoridades militares. No documentários, vê-se como aviões, linhas e escritórios da Panair (que não faliu, tão somente teve suas rotas cassadas de um dia para outro) foram repassadas para a concorrente Varig, de origem gaúcha, apoiada pelos generais. Hoje a Varig é passado e a Panair é história. Mas há centenas de casos registrados em todo o país. Desde concorrências entre amigos, que obviamente afastavam empresários que tiveram alguma ligação com governos democráticos anteriores, até a tomada pura e simples de grandes e pequenas empresas e sufocamento planejado de outras. É outra história que não foi escrita ainda, essa sobre o lucrativo "serviço secreto" empresarial da ditadura, que tinha seus órgãos de repressão e, em paralelo, órgãos de expansão de riquezas e fortunas particulares.    


domingo, 3 de março de 2013

Zico: unanimidade do futebol e da vida

Manchete, Fatos & Fotos e Manchete Esportiva cobriram passo a passo, drible a drible, a carreira de Zico. No arquivo de fotos da extinta Bloch, hoje sumido, está a história fotográfica do Galinho de Quintino. A foto acima, raríssima, uma das primeiras do craque em ação, é de Orlando Abrunhosa. Foi publicada na Manchete em 1968, ilustrando reportagem sobre escolinhas de craques.


A reprodução acima de de 1976. Zico na Fatos&Fotos, um dia depois de ter feito os quatro gols da vitória do Flamengo sobre o Fluminense

Dinamite e Zico na capa da Manchete Esportiva. Dupla que fez o Maracanã tremer nos anos 70.

Zico na capa da Manchete: o inesquecível timaço de 1982. 

O flagrante na capa da Manchete Esportiva é de 1978, Copa do Mundo na Argentina: gol de Zico, anulado (e roubado) contra a Suécia.

Pelé e Zico na Manchete Esportiva

O doutor Sócrates e Zico na capa da Fatos e Fotos: mágicos da bola.

por Eli Halfoun
“Uma vez Flamengo sempre Flamengo” – a frase do hino do Fla se encaixa com perfeição a biografia de Zico, mas não é preciso ser flamenguista para admirar o futebol de Zico e a exemplar conduta do cidadão Artur Antunes Coimbra. Vascaínos como eu, tricolores, botafoguenses e torcedores de todos os times do país aplaudem com entusiasmo a carreira do “Galinho de Quintino”. Podemos procurar muito, mas dificilmente encontraremos um torcedor apaixonado por futebol que não tenha ido ao Maracanã pelo menos uma vez apenas para ver Zico jogar. Zico é mais do que um craque: é uma unanimidade nacional. Não há como fazer qualquer restrição ao atleta Zico e ao cidadão Artur que conquistou até mais admiradores do que Pelé, o nosso craque maior. Algumas condutas de Pelé são condenadas por vários torcedores. Com Zico que, aliás, jamais pretendeu ser comparado a Pelé tem sido diferente desde o dia em que aquele menino magrinho entrou em campo pela primeira vez para encantar o futebol do e no mundo. Zico recebeu sinceras homenagens ao completar 60 anos de idade e se fosse possível todas as torcidas se uniriam (até se uniram mentalmente) para aplaudir Zico de pé. Para aplaudir umas história do futebol e uma história de vida. Zico é um craque com a bola nos pés e também sem fazer a bola rolar em campo marcar gols inesquecíveis em todos os momentos de seus 60 anos de existência. Zico não viveu. Zico existiu. Continuará existindo para sempre. Ele é um verdadeiro gol de placa. (Eli Halfoun)

Falta um protagonista para melhorar “Salve Jorge”

Theo e Morena: casal sem química. Foto Tv Globo/Divulgação

por Eli Halfoun
É possível fazer uma novela sem protagonista masculino? “Salve Jorge” está mostrando que sim. Os recentes capítulos deixam claro que a autora Glória Perez parece ter abandonado a idéia de fazer do ator Rodrigo Lombardi (e do personagem Theo) o protagonista de uma novela que tem restringido a atuação de muitos e bons atores. Com o desenrolar da novela e a falta de empatia da maioria dos personagens com o público, “Salve Jorge” acabou virando uma salada mista na qual nenhum ingrediente se destaca ou se faz fundamental. A impressão que fica é a de que não houve a tal da química entre os atores Rodrigo Lombardi e Nanda Costa e o público. Assim vários outros personagens passaram a ganhar maior importância e destaque casos, por exemplo, do Zia, de Domingos Montagner) e do Stenio, de Alexandre Nero. Na ala feminina quem mais tem brilhado até agora são sem dúvida Giovana Antonelli como a delegada Helô e Dira Paes como Lucimar.
De qualquer maneira “Salve Jorge” nos tem ensinado algumas coisas: foi com a novela que descobrimos que na Turquia todos falam português e só conhecem duas ou três palavras (beraba, gule gule e Mashala) em turco. O desencanto do público com o personagem Theo (êta cara chato) não é culpa do ator Rodrigo Lombardi. Só está acontecendo por conta do excesso de personagens para uma trama confusa e variada demais e que não permite um maior encontro ente platéia e elenco. Sem esse fundamental encontro não acontece também o encontro com o sucesso. (Eli Halfoun)

Picaretagem S/A: empresas querem embolsar o dinheiro público da saúde

por JJcomunic
Nos anos 90, os neoliberais - que já estão aí assanhados para voltar ao governo - destruíram a saúde pública para transformá-la em indústria e favorecer planos de saúde privados. O governo Lula e vários governo estaduais com preocupação social trabalharam nos últimos anos para melhorar o atendimento, recuperar o acesso à saúde aos menos favorecidos. Foi criada a estrutura do SUS, hoje internacionalmente elogiada apesar de problemas pontuais como desvio de verbas por prefeituras abrigadas em várias siglas partidárias, inclusive, claro e muitas, da oposição. Alguma coisa conseguiram mas a saúde pública precisa de muito mais para recuperar seu espaço perdido para essa máquina privada de explorar as famílias. Milhões de brasileiros, principalmente os idosos, são reféns de planos que cobram mensalidades extorsivas, quase milicianas. Vá a um hospital privado coberto por plano de saúde e tente ser atendido em emergência. Prepare-se para, mesmo em uma cidade com o Rio de Janeiro ou São Paulo, ficar em filas que deixam no chinelo as do INSS. Você paga caro para receber uma senha e sentar a bunda em um banco por quatro horas, no mínimo, se der sorte. A mídia não costuma retratar esse drama privê. Mas você acha que os espertos dormem? Nada disso. Querem mais. Estão nos corredores de Brasília fazendo lobby por verbas públicas. Agora, além das mensalidades extorsivas, querem verbas da Saúde para hospitais privados, financiamento, isenção, doação, o que rolar. Só falta pedir o direito de dar tapa na cara da população.
Leia denúncia da maracutaia na coluna de Elio Gaspari, na Folha de São Paulo. 
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Não está fácil pra ninguém... vem aí o leilão de boneca inflável virgem

Divulgação
por Omelete
Catarina Migliorini leiloou sua virgindade, ganhou 15 minutos de fama, mas amarelou e desistiu de consumar o o que havia sido acertado por contrato. Depois do fiasco, Valentina, a primeira boneca brasileira, é a boa da vez. Não é apropriado chamá-la de simples "boneca inflável". Valentina é sofisticada e custa cerca de 12 mil reais. Ela será a atração principal 1ª Mostra Internacional de Bonecas Infláveis, evento organizado pelo sexshop Sexônico, de dia 6 a 9 de março, em São Paulo. Quem quiser levar a boneca pra casa terá que dar um lance acima de 100 mil reais. Terá direito a passagem aérea (se residirem outro estado), suíte presidencial em um motel, jantar e champanhe. O fabricante informa que Valentina tem articulações e é feita de um material que reproduz a textura da pele humana. Valentina não fala e não discute a relação.Mas vamos combinar que por 100 mil dólares choveriam Valentinas reais na sua horta. Ou na minha, de preferência. 

sábado, 2 de março de 2013

Em fotos proibidas, Berlusconi prospecta sob a calça e a blusa das suas amiguinhas. A revista Oggi vai ter que pagar por isso


por JJcomunic
Berlusconi ganhou uma. O revista italiana Oggi foi condenada por publicar fotos do baladeiro e ex-primeiro ministro italiano nos jardins da sua mansão na Sardenha, cercado de mulheres. O ex-diretor da publicação, Pinno Belleri, foi condenado a cinco meses de prisão e a Oggi indenizará o político e milionário em 10 mil euros. Mas antes que aquelas figuras públicas que condenam paparazzo se animem, bom ficar claro que as fotos têm realmente características de material ilegal já que o fotógrafo teve que entrar no terreno privado para fazer as imagens, apesar de um cartaz que avisava ser o local propriedade particular. Nas fotos, Berlusconi aparece prospectando sob a calça de uma das amigas e pesquisando saliências e reentrâncias sob a blusa da outra. É um caso espacial. No Brasil uma atriz venceu um processo movido contra uma emissora de TV que usou um guindaste para se aproximar da varando do seu apartamento. Normalmente os tribunais não julgam ilícito fotografar personalidades públicas em local público ou até em ambiente privado desde que este seja visualizado da rua sem o uso de recursos como escadas, subir em árvores ou escalar muros.


Matéria investigativa? Passa no financeiro.

O soldado Bradley Manning, acusado de vazar documentos secretos para o WikiLeaks, procurou antes dois dos principais jornais americanos: o New York Times e o Washington Posto. Em ambos, não conseguiu  acesso ou interesse. Não foi ouvido ou, quando falou com jornalistas dos veículos citados, não foi levado a sério.São novos tempos. O mesmo Washington Post tem no seu currículo a revelação e a completa apuração do Caso Watergate. O fato é que as grandes redes de comunicação dependem hoje de fundos e investidores financeiros. O magnata e especulador Warren Buffett, por exemplo, acaba de comprar seu 28º jornal. Não há muito o que esperar da grande midia se o tema não interessar aos grupos que a controlam. Muitos veículos fazem barulho e continuarão fazendo no sentido oposto: quando as pautas cumprirem função política, econômica ou eleitoral na estratégia das corporações que detêm seu controle. 


Leia matéria publicada no Observatório da Imprensa. 
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Leia. São os aloprados parte 2...



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“Rebeldes do Futebol”: um filme para emocionar toda a torcida


por Eli Halfoun
Até quem não é fã não pode perder o filme “Rebeldes do Futebol”, de Gilles Péres e Gilles Rof, que estará, até no máximo fins de abril, no Museu do Futebol. O filme é uma emocionante narrativa feita por jogadores. Exibido recentemente em Cartagena “Rebeldes do Futebol” emocionou a platéia até as lágrimas. No dia seguinte em entrevista coletiva o jogador Eric Cantonas francês que é ídolo do inglês Manchester, relembrou uma frase de Falcão: “Jogador de futebol é o único que morre duas vezes: a primeira quando pára com a bola.”. Eric acrescentou: “Abandonar o futebol é como assistir à própria morte”. Na coletiva Sócrates foi lembrado com emoção quando o apresentador pediu que  toda a platéia repetisse o gesto do craque quando fazia um gol. Toda a platéia ergue o braço e cerrou a mão no alto. Era o nosso Sócrates revivendo na saudade do torcedor e da imprensa.  (Eli Halfoun)

Rita Lee promete mais shows aos 65 anos de idade


por Eli Halfoun
Os 65 anos de uma vida agitada não afastarão Rita Lee do trabalho tão cedo. A cantora e compositora (sem dúvida um dos mais respeitados e admirados nomes musicais do país, está preparando cinco shows com o repertório de “Reza”, seu mais recente CD. Para essas apresentações Rita conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,8 milhões em patrocínio pela Lei Rouanet. As apresentações serão gravadas em DVD. Um DVD sem dúvida histórico. (Eli Halfoun)

Futebol só tem graça embalado pelo grito da torcida


por Eli Halfoun
Na vida, de uma maneira geral, algumas coisas só funcionam juntas. No esporte também é assim: nãofunciona sem a presença e a participação da torcida. No futebol, a torcida é parte integrante e fundamental para uma boa (ou má) partida. É a torcida que dá colorido e vibração ao espetáculo. Sem sua presença aplaudindo, gritando e vaiando,os jogadores ficam órfãos em campo e, por melhor que atuem, a partida fica incompleta. Quando se visita um estádio de futebol vazio não há nele, por maior e mais bem montado que seja, nenhuma emoção. Não existe calor. É a presença da torcida que faz bater mais acelerado o coração de qualquer estádio.
Isso faz com que seja ainda mais lamentável a decisão da Conmebol de proibir a presença da torcida em jogos do Corinthians pela Taça Libertadores. Foi triste (dolorido até) ver apenas quatro teimosos torcedores assistirem ao último jogo do Corinthians em São Paulo. O time paulista venceu, mas nem parece que jogou: a vitória no futebol pode ter valor na tabela de pontos corridos, mas só tem graça quando faz vibrar e alegra a torcida. Quem gosta de futebol e de bons espetáculos no campo e na arquibancada não pode evitar e muito menos impedir a presença da torcida como está acontecendo com o Coringão. Não acredito que a Conmebol mantenha essa punição porque até para ela deve ter ficado claro que sem torcida a Taça Libertadores perde o valor já que joga com um time desfalcado de seu melhor jogador: a torcida. Mesmo que a Conmebol mantenha punição, a torcida corintiana ainda pode (e só ela pode) reverter a situação judicialmente; quem adquiriu ingresso antecipado pode recorrer à Justiça para garantir seu sagrado direito democrático (está na Constituição) de ir e vir e de não ser proibido de ver um espetáculo pelo qual pagou antecipadamente. Os quatro torcedores que de certa forma representaram a imensa torcida corintiana abriram o caminho para que a decisão da Conmebol seja revogada pelo bem da torcida. Pelo bem do futebol.
Afinal nem todos são culpados e podem ser punidos pelo ato de um único torcedor que ao lançar irresponsavelmente seu sinalizador só queria participar da festa maior e certamente não pretendia matar ninguém. Esse torcedor pode sim ser penalizado, mas uma torcida inteira não pode ser calada e fazer calar junto a beleza e a vibração da alma do futebol. Futebol sem torcida não é futebol e torcida sem futebol é como se fizesse nos estádios o silêncio da morte. (Eli Halfoun)

Sucesso de Naldo chega ao cinema com uma história de vida


por Ei Halfoun 
Naldo, o cantor que é o novo queridinho (está estourado em toda as paradas de sucesso do país) com a esquesita música Quebra Tudo, que faz sucesso no momento (ainda bem que não demora muito a onda passar) não quer perder seu merecido momento de glória e está decidido a contar, como já fizeram outros cantores, sua vida no cinema. O projeto do filme está sendo finalizado por Naldo e pela atriz Danielle Winits e se vier a se concretizar relembrará a infância pobre do cantor e o momento mais trágico da sua vida: o brutal assassinato do seu irmão com que Naldo começou a cantar em dupla. Naldo é é admirado não somente pelo seu talento musical mas também porque mesmo no topo do sucesso, não perdeu a humildade que continua encantando seu péblico. No recente carnaval Naldo ganhou aplausos do ator Will Smith que pode até acabar dando as caras no filme do cantor. SE tiver tempo, claro, porque motivo para vir ao Brasil não lhe falta. (Eli Halfoun)

Ceará quer McCartney para lotar o Castelão


por Eli Halfoun
Paul McCartney acaba virando brasileiro tantos são os shows que tem feito por aqui: o próximo poderá ser o da digamos inauguração popular do estádio Castelão, do Ceará. O governador Cid Gomes quer trazer Paul McCartney para um super espetáculo em breve e assim festejar o novo estádio com um grande público. (Eli Halfoun)

Pelé é o “garotão-propaganda” do Santos até o final de 2014


por Eli Halfoun
Pelé sempre fez questão de provar publicamente o amor que sente pelo Santos, mas nem tudo o que fez, mostra e diz é apenas paixão de torcedor. Pelé é contratado do clube como um “garotão-propaganda”. Ele acaba de renovar o contrato até o final de 2014 com uma cláusula que prevê a renovação automática se o próximo presidente do Santos quiser. O novo contrato de Pelé fará com que ele tenha participação na área de criação e em novos negócios que serão administrados e gerados pela Legends, uma das empresas esportivas do eterno atleta do século. Em campo Pelé nunca jogou para perder. Fora dele também não. (Eli Halfoun)

Xuxa vai fazer a alegria dos baixinhos em uma nova casa


por Eli Halfoun
O melhor presente que Xuxa receberá quando completar no mês que vem 50 anos será o dela mesmo: a inauguração no Rio da primeira “Casa X” na qual estarão reunidas novidades tecnológicas, além de muito espaço para brincadeiras das crianças. A casa terá também espaço especial para que os baixinhos comemorem seus aniversários. Xuxa pensa grande e até o final do ano planeja ter franquias da “Casa X” abertas em todo o Brasil. Ela está tão entusiasmada com as ideia que tem feito questão de participar ativamente de todos os detalhes para a montagem da primeira “Casa X”, que tem tudo para ser um enorme e rentável negócio. Como todos dos quais a eterna rainha dos baixinhos participa. (Eli Halfoun)

Atores da Globo estão de olho no gordo salário de Luana Piovani


por Eli Halfoun
A atriz Luana Piovani continua pagando um preço muito caro por dizer o que pensa e não esconder a verdade.  Ela é o novo alvo de fofocas nos corredores da Globo: o que se diz é que a atriz não está entre as mais queridinhas da equipe técnica e até de parte do elenco da novela “Guerra dos Sexos” da qual tem sido um dos destaques. Há quem considere que essa antipatia não é tão gratuita assim: Luana estaria recebendo salário total de R$280 mil por sua participação na novela É um dos maiores salários da emissora para participação em uma novela. Ainda assim tem gente invejosa na Globo querendo trabalhar no Imposto de Renda. (Eli Halfoun)

Oscar: uma festa de luxo que perdeu a graça


por Eli Halfoun
Alguns momentos do espetáculo ainda são muito bonitos (nada que não façamos igual e melhor no “Criança Esperança”) mas a verdade é que a festa de luxo da entrega do Oscar está perdendo a graça e já não atrai tanto entusiasmo assim (poucos são os telespectadores que aguentam ficar acordados para conhecer todos os resultados que logo pela manhã estão nos jornais e na internet). Não há muito a discutir em torno de uma premiação de filmes ainda que tenhamos visto alguns em cartaz por aqui. Da maioria apenas ouvimos falar. É exatamente esse ouvir falar que diminui o interesse em torno do Oscar: os resultados são previsíveis depois que tomamos conhecimento das premiações que antecedem a abertura dos envelopes do Oscar. Quem vence o Globo de Ouro geralmente é o ganhador do Oscar, o que também acontece com outros prêmios cinematográficos distribuídos fartamente nos Estados Unidos. Podemos até achar que injustiças foram cometidas (sempre são), mas nem podemos ter convicção na “achologia” simplesmente porque não sabemos o suficiente sobre todos os indicados ao premio máximo do cinema mundial. O Oscar está virando uma festinha de colégio com tapete vermelho e festinhas de colégio enchem o saco. (Eli Halfoun)

Samba é ou não é Música Popular Brasileira?


por Eli Halfoun
Há anos acompanho de perto e profissionalmente (hoje nem tão de perto assim) a música brasileira e nunca entendi a separação feita entre MPB e os muitos e ricos ritmos que faz com que sejamos um dos mais musicais países do mundo. Não entendo porque (nunca me deram uma explicação exata ou pelo menos convincente) sobre o que leva as pessoas, inclusive os músicos, a não incluir o samba (a maior e mais popular expressão musical do país) no que se convencionou chamar hoje de MPB, como se a sigla representasse um ritmo diferente e não tudo o que é Música Popular Brasileira.  Minha estranheza aumenta cada vez que ouço alguém dizer que “gosto de rock, de MPB e de samba”, como se o samba não fosse nosso e, portanto, da MPB. Até entendo que quando as pessoas dizem MPB se referem a obra musical de Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan, Gilberto Gil e outros tantos geniais compositores brasileiros que queiramos ou não na maioria das vezes fazem samba também. Alguns modismos acabam virando sinônimos e esse é o caso de MPB que deixou de ser plural e englobar todos os nossos ritmos para ser apenas sinônimo de um tipo de música que é brasileiríssima. O que fica cada vez mais difícil entender é a não inclusão do samba popular, aquele que supostamente só vem do morro (e agrada as classes mais pobres), do xaxado, do baião, do xote e de tantos outros ritmos que viajam e nos fazem viajar por esse país não fazem parte da MPB. Fica sempre a pergunta: afinal, samba, baião, xaxado, xote e tantos outros rimos nascidos, criados ou desenvolvidos aqui são ou não são Música Popular Brasileira e, portanto MPB. Deixa-los der fora da sigla que engloba nossa música é falta de informação e preconceito, como se nossos rirmos mais populares não pudessem frequentar a alta roda de uma MPB da qual são a parte mais importante e devem ser um orgulho nacional. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Rio iluminado

Rio, Ipanema. Foto de Jussara Razzé
por José Esmeraldo Gonçalves
Uma cidade que tem uma data oficial de aniversário - hoje - e outra criada e imposta pelo povo - 20 de janeiro - tem algo especial. Esse algo mais, além da beleza, é a relação que o carioca tem com a sua cidade e a de milhões de brasileiros de todos os estados. O Rio tem música e poesia correndo nas ruas, praças, morros e becos. Antonio Maria, um carioca pernambucano, por sinal, compôs com Ismael Neto a "Valsa de uma cidade"; Antonio Carlos Jobim deu à cidade um presente musical chamado "Samba do Avião"; André Filho a homenageou com "Cidade Maravilhosa" (quem mais teria uma marchinha de carnaval como hino oficial e consagrado em todo o mundo?). Mas se hoje é dia de samba, reproduzo aqui uma música que tem a alma do Rio. Foi o samba-enredo da União da Ilha que, lá vai tempo, fez balançar a arquibancada no seu desfile em um longínquo 1977. Naquela noite, o Rio tremeu de emoção e alegria no ritmo de "Domingo", de Adhemar Vinhais, Aurinho da Ilha, Ione do Nascimento e Waldir da Vala.
Quem viu, lembra:
"Vem amor, vem à janela ver o sol nascer
Na sutileza do amanhecer
Um lindo dia se anuncia
Veja o despertar da natureza
Olha amor quanta beleza
O domingo é de alegria 
No Rio colorido pelo Sol
As morenas na praia (bis)
Que gingam no samba
E no meu futebol" (...)

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI




Rio, mais um aniversário abraçando o sol e o país


por Eli Halfoun
O anúncio veiculado pela Prefeitura para comemorar o aniversário do Rio (a festa é hoje, dia 1, mas há que defenda que a data certa seria 20 de janeiro) termina com a frase “Rio - carioca como você”. Deveria ser no plural, ou seja, vocês. O Rio é plural e abraça cariocas que chegam de todo o país para fazer maravilhosamente da Cidade Maravilhosa a cidade de seus corações. Provavelmente o maior número de cariocas que habitam o Rio é de paraibanos, cearenses, paraenses, paranaenses, gaúchos, pernambucanos, maranhenses e de todos os estados. O Brasil mora no Rio, que é sem dúvida o estado dos sonhos de todos os brasileiros. O Rio é um Brasil reunido em um só lugar: aqui é possível encontrar especialidades culinárias de todos os estados, cariocas com sotaque nordestino e de tudo o que de melhor que o Brasil tem para oferecer. O Rio é acima de tudo a Cidade da Esperança de todos os que aqui desembarcam em busca de melhores oportunidades. De uma nova vida.
O aniversário do Rio não é o aniversário de um único estado. É a festa de todo o Brasil - até porque esse Rio Maravilha faz festa o ano inteiro em todos os ritmos, com todos os sabores e sotaques.
Até recentemente a natureza que com fomos abençoados era o que mais atraía gente de todo o país para realizar o sonho de viver no Rio, no azul do mar azul, na saúde das verdes matas e nos braços do Cristo Redentor. As belezas naturais aliadas as que as mãos humanas construíram continuam sendo a melhor oferta. Mas não é só: embora ainda tenha muitos problemas para resolver (todos os estados sempre terão) o Rio já oferece uma qualidade de vida bem melhor do que a oferecida até recentemente. O Rio engrandece, se moderniza, constrói melhor estrutura para poder oferecer e construir um futuro melhor para os cariocas de todo o país. Esse é o Rio que pode comemorar hoje com orgulho mais um aniversário. De preferência abraçado ao sol e a praia - marca registrada de uma cidade que sempre brilhou muito mais nos braços do sol e no calor afetuoso da lua. (Eli Halfoun)