quarta-feira, 25 de abril de 2012

Presentear a mamãe sairá muito mais caro do que você imagina




por Eli Halfoun
Um abraço seria suficiente e mais interessante, mas homenagear as mamães em seu dia será como sempre muito mais um gesto comercial do que de carinho e agradecimento. Quem quiser dar um presente terá de gastar muito mais do que pode e pensa. O aumento de preço dos produtos mais procurados nessa época será astronômico. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostram que os perfumes importados terão aumento de 78,43% enquanto o dos nacionais será de 69,13%. Não é só: quem está pensando em presentear um DVD pagará 50,39% a mais enquanto o MP3 e os ipads e ipods sofrerão aumento de 49,45%. A essa altura você deve estar pensando que o melhor mesmo é leva a mamãe para almoçar ou jantar em um restaurante, o que não representará nenhuma grande economia: almoçar ou jantar fora custará mais 32,31%, além dos 17% que abocanhados pelo guloso leão do imposto de renda. Pelo visto, as mamães terão de se contentar mesmo é com um beijo, que, aliás, é muito mais sincero do que qualquer caríssimo presente. (Eli Halfoun)

terça-feira, 24 de abril de 2012

ASSEMBLÉIA DOS EX-EMPREGADOS DA BLOCH EDITORES. A LUTA CONTINUA!

Na próxima sexta-feira, às 11h, no auditório do Sindicato dos Jornalistaas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, acontecerá mais uma assembléia dos colegas da Manchete. O presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores, José Carlos Jesus, alerta que a pauta é importantíssima. Da união e especialmente do comparecimento de todos resulta a força de um movimento que, até aqui, já conquistou muitos objetivos.

O VERÃO DE KATE MOSS



por Eli Halfoun
A cada novo ensaio fotográfico a modelo Kate Moss faz questão de mostrar que está em excelente forma física, como provam as recentes fotos feitas para a capa e miolo da revista “Another Man”. Como é um ensaio de primavera-verão Kate usa e abusa de roupas curtas, além de ensaiar vários tipos de olhares provocantes. Ainda por cima fez uma capa ousada para provar que ainda não sofreu a ação da gravidade. (Eli Halfoun)

...É PRECISO PARECER MINISTRO

deBarros
O que pensam que são os Ministros do Supremo?  Não posso imaginar, sem correr o risco de um prejulgamento, do que se passa na cabeça desses Ministros. A história romana nos deixou muitos exemplos de imperadores que investidos de tantos poderes – afinal eram os senhores do mundo – passaram a se julgar deuses. Não bastavam os deuses da sua religião na longa lista de seres poderosos que regiam as suas vidas. Os seus nomes precisavam ser acrescentados a ela. Assim pensou Nero, imperador romano, a quem não bastou assassinar a sua mãe, mas precisava  matar, nas arenas romanas, milhares e milhares de criaturas humanas pelo fato de seguirem outros caminhos religiosos. O que pensa esse Ministro do Supremo que ao deixar a sua presidência se comporta como um deus?  Vestindo Armani e gravata Hermé, desfila no seu palco preferido, entre as paredes de mármore do Tribunal, sentindo–se, ovacionado pelos presentes que gritavam “Ave Cesar”, “Ave Cesar”, ao mesmo tempo que os seus pares lhe viravam as costas demonstrando o desprezo que sentiam por tanta vaidade exposta ao público. Ah!, senhor Ministro, “não basta ser Ministro. É preciso parecer Ministro”. Afinal, depois de tantas honrarias e glórias porque seguir esse pensamento de um Cesar assassinado?
Por que ter ao seu lado pares inseguros, populistas e temperamentais? Por que não acusar o mandatário maior por desrespeitar a Carta Magna?  Afinal ele, Ministro do Supremo, tem o poder em suas mãos. E o Poder é para ser usado. O Poder é tudo.
Que o chamem de “ridículo”, “brega”, “caipira”,  “corporativo”, “desleal “, “tirano”, “pequeno”, “imperial”, que importa, Ministro do Supremo, carrega em seus ombros a Toga Sagrada que lhe dá todos os poderes do mundo e impávido, arrogante, desafia a sociedade a enfrentá-lo
Pobre Ministro. Se revela um péssimo conhecedor da História da Humanidade. Cesar é apunhalado sob a estátua do grande Pompeu, no próprio Senado Romano às vésperas de ser aclamado Rei.
Nero se mata, com o punhal da sua escrava, como um simples mortal. Calígula, morre pelas lanças da guarda Pretoriana.
Os Césares romanos não são reconhecidos, pelo povo, como deuses. Morrem como mortais que sempre foram.
Cuidado Ministro, a glória presunçosa é a véspera do ostracismo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Beatles: Maurício de Souza revela imagens de uma revista em quadrinhos que nunca existiu

Adicionar legenda
O desenhista Maurício de Souza queria mostrar às crianças que não conheceram os Beatles toda a magia do quarteto e das suas músicas. Mas não obteve autorização dos detentores dos direitos autoprais. Aproveitando que Paul McCartney está no Brasil, Mauricio postou em seu twitter algunas peças que produziu nos anos 90 como parte do projeto  "Beatles 4 Kids". O criador da Mônica e do Cebolinha espera que Paul veja as figuras e queira se tornar personagem de quadrinhos. 
Fonte: Jal Comunicação e Way Comunicações

De balão, na terra de Jorge...


Balões sobrevoam a Capadócia, Foto. J.Esmeraldo Gonçalves

Montanhas e horizonte da Capadócia, terra de São Jorge Guerreiro. Foto: J.Esmeraldo Gonçalves
por José Esmeraldo Gonçalves
Uma aventura na terra de São Jorge. Em outubro do ano passado, o Santo Guerreiro entrou no meu roteiro de viagem. Percorri a região onde nasceu e viveu o capitão do exército romano que se converteu ao cristianismo e desafiou o império. Não vi o santo. Havia muitos cavalos, ainda usados no deserto. Pelo menos um cavalo branco (seria descendente desse aí na ilustração à esquerda?) pastava em um pequeno curral, mas o dragão não estava lá, não na rota dos viajantes e das câmeras fotográficas, que devem incomodá-lo bastante. Infelizmente, a imagem mais próxima de figura passeriforme com traços de icterídea com que me deparei foi a de uma turista brasileira que criava caso por onde passava. Mas até aquela "mala" detestável era insignificante na imensidão da Capadócia, na Anatólia Central, República da Turquia, onde o pensamento voa. Se, por terra, a região impressiona, com suas casas e igrejas escavadas nas rochas, verdadeiras cidades subterrrâneas (na era romana a Capadócia foi abrigo dos cristãos), de cima, a paisagem lunar é deslumbrante. Nas cúpulas das pequenas capelas, sob a rocha vulcânica, há afrescos milenares que mostram a imagem do Guerreiro em traços e cores que o tempo e o vandalismo quase apagaram, bem semelhante ao retrato que chegou aos dias de hoje e, como é de lei, decora paredes em botequins cariocas. Impossível deixar de pensar que naquelas terras nasceu um mito que é venerado por católicos, que é o protetor Ogum ou Oxossi das religiões afro, que é padroeiro em Portugal, Inglaterra, Lituânia, da cidade de Moscou e guerreiro adorado nessa São Sebastião do Rio de Janeiro. Já repararam que é o único santo que o carioca, com intimidade de irmão, chama de Jorge? Pois é, Jorge estará até na Globo! É mole ou quer mais? É fonte de inspiração para a novela "Salve Jorge", de Glória Perez, que terá cenas filmadas na Capadócia e em Istambul. Salve!.  

Liberdade de expressão é um direito de todos os cidadãos, não apenas da mídia

por Gonça
Devagar com o andor (salve, Jorge, guerreiro do Rio de Janeiro, no seu dia). O direito à liberdade de expressão vem sendo usado como um pesado biombo para esconder  interesses meramente corporativos. Há tempos, o deputado Miro Teixeira liderou um movimento legítimo para o fim da Lei de Imprensa dos tempos da ditadura. Mas no pacote supostamente bem intencionado, cairam a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão e o democrático direito de resposta. Hoje, quem se sentir ofendido por uma reportagem, coluna ou nota só obterá oportunidade de defesa se o veículo, por liberalidade, lhe conceder um espaço, ou se a vítima entrar na Justiça e aguardar a tramitação de um processo. Com a demora - como é normal nos lentos tribunais - acarretando em dano continuado ao ofendido. Recusos e instâncias acabarão  assim eternizando a ofensa. Caberia, sabe-se lá, à terceira geração de herdeiros, se vitoriosa a causa, reparar a ofensa recebida pelo saudoso antepassado. Previa-se, assim, que o direito de resposta, como ocorre em todos os países democráticos, fosse novamente regulamentado em lei, possibilitando presteza à reparação. E é isto que projetos na Câmara e no Senado pretendem. Em vez de se apresentar para discussão e eventuais sugestões, os orgãos patronais da grande mídia têm preferido denunciar os projetos, qualquer projeto, como "ameaça à liberdade de expressão". 
Bom ficar claro que liberdade de expressão não é um conceito de propriedade de jornais, revistas, rádios, TVs e portais. Trata-se de um direito da sociedade como um todo. Inclusive do cidadão ofendido e moralmente prejudicado por uma reportagem inverídica.  O mesmo parâmetro, o da suposta "ameaça à liberdade  de expressão", tenta impedir que legisladores apenas disciplinem a propaganda de produtos comprovadamente nocivos, com o fumo, ou prejudiciais em excesso, como alcool ou, ainda, medicamentos. A investida agora é para impedir a regulamentação da publicidade voltada para crianças. Há propostas que determinam os horarários em que tais anúncios seriam veiculados, outras impedem que ídolos das crianças sejam usado como modelos para levá-las a consumir alimentos prejudiciais, por excesso de açucar, sal, aditivos ou que provoquem obesidade. São iniciativas bombardeadas sob discutível argumento de que prejudicariam a "liberdade de expressão". Também sofre resistência a lei que obriga informar ao consumidor, na embalagem, se o produto que ele está adquirindo foi feito a partir de componentes geneticamente modificados. Outra distorção é invocar a "liberdade de expressão" para justificar ofensas racistas ou que ridicularizam minorias.
Bom não confundir "liberdade de expressão" com "liberdade de transação", no caso da comercialização ou divulgação sem regras,  ou "liberdade de agressão", tratando-se de ofensas, calúnias ou quadros de programas ditos humorísticos que investem no preconceito e no deboche. 
A liberdade ou é para todos ou não é digna desse nome.      

Flamengo em "férias" antecipadas

por Gonça
Provocações antes de jogos decisivos são uma tradição do futebol. Quase sempre, acaba em tiro no pé do provocador. Dessa vez, o "otário" que se deu mal ao tirar onda foi o Wagner Love, que fez piada com o fato de o Vasco poder usar os titulares contra o Flamengo (cinco jogadores estão sob julgamento no TJD mas, como não há sentença, obtiveram efeito suspensivo). Love ironizou, disse que era melhor o Vasco jogar mesmo completo pois assim não teria desculpa diante da derrota. O mais mordido com a provocação foi o Felipe. Que, não por acaso, foi o melhor jogador em campo na vitória do Vasco por 3x2 contra a turma do R-10. Dizem que o Flamengo não vai demitir o Joel porque continua pagando salário a Wanderley Luxemburgo e, por contrato, também será obrigado a remunerar o "papai Joel" até o fim do seu compromisso formal. Ou seja: demitindo o "papai" teria que contratar outro treinador e passaria a pagar salário simultaneamente a três profissionais. Hilário, mas não seria possível. É o que dizem. O motivo? Assim faltaria dinheiro para pagar os pay-per-view para Wagner Love, R10 e patota assistirem ao Vasco pela TV nos próximos 30 dias de "férias" forçadas do Flamengo.
Mas há quem diga que no elenco da Gávea tem uma meia dúzia de jogadores que deram graças a Deus pelas férias que os vascaínos lhes proporcionam.Mais tempo para pagode, cerveja & cia.

Livro mostra que brasileiro usa uma cara em casa e outra na rua

por Eli Halfoun
Depoimentos íntimos de pessoas famosas serão atrações do documentário "Histórias Íntimas" baseado no livro de mesmo título e no qual a autora Mary del Priore aborda a sexualidade brasileira desde os tempos do Brasil Colônia. O documentário pretende ouvir 80 depoimentos entre os quais os de Regina Duarte, Tassia Camargo, Alcione Mazzeo, Nadia Lippi e Cristina Prochaskla. A autora acredita que o livro serviu para desmascarar a dupla cara do brasileiro que é "muito liberal na rua, mas racista e homofóbico em casa". É só para disfarçar. (Eli Halfoun)

Cerveja é um dos combustíveis financeiros do país

por Eli Halfoun
Dinheiro e cerveja estão fazendo uma boa tabelinha nos campos de futebol. O jornalista Giba Um informa que o impacto de cada R$ 100 milhões consumidos em cerveja rende R$ 164 milhões em Produto Interno Bruto, R$ 338 milhões em valor produzido e R$ 30 milhões em impostos sobre produção. Os dados são da Fundação Getulio Vargas, que em outro estudo revela que o futebol não é apenas uma mania nacional: é o esporte que gera empregos (em 2010 foram 371 mil) com movimento de R$ 11 bilhões. Outra revelação do estudo é a de que 21% da população assistem a mais de duas partidas por semana, 41% acompanham pela televisão e 35% ainda levam a família aos estádios. Futebol é uma grande mina de ouro. Vai ver é  por isso que todos querem entrar no time dos cartolas. (Eli Halfoun)

Tema musical de “Cheias de Charme” vira brincadeira na internet

por Eli Halfoun
Agora que a música "Ex-My Love" de Gaby Amarantes (também conhecidas como a Beyoncé do Pará) virou sucesso como tema de abertura da novela "Cheias de Charme", aumentou muito a visualização da brincadeira que a própria intérprete faz com a música no YouTube. Na paródia ela diz que amor não vale nem R$ 1,99 e faz uma colagem com casais famosos e separados. Estão na colagem entre muitos outros Brad Pitt e Jennifer Aniston, Demi Moore e Ashton Kutcher, Luana Piovani e Dado Dolabella e Eiki Batista com Luma de Oliveira. Se procurar direitinho a colagem pode ganhar quilômetros de extensão só com famosos. (Eli Halfoun)

Quando sair da cadeia Cachoeira quer legalizar os bingos

por Eli Halfoun
Quando sair da cadeia, o bicheiro Carlinhos Cachoeira já tem plano para executar: lutar pela legalização dos bingos. A informação foi revelada confidencialmente por Andressa, sua mulher. Extra-oficialmente ela também tem garantido que na penitenciária de Papuda, onde está preso, Cachoeira não pode ler jornal ou revistas e muito menos usar tablet ou telefone celular. Depois de tantas e reveladoras conversas grampeadas ele deve mesmo é quer distância de qualquer telefone (Eli Halfoun)

domingo, 22 de abril de 2012

Preciso aprender a votar

deBarros
Não, não vou mais me deixar iludir. Com esse novo escândalo no Congresso, passei ter a certeza que não existe apenas um Demóstenes Torres. Existem milhares e milhares de Demóstenes Torres espalhados em todos os Partidos políticos brasileiros. Não, não vou votar mais em qualquer um, muito menos em pedido de amigo pra apoiar o seu candidato que depois de eleito prometeu lhe dar um emprego público. Não, não vou mais a comícios de candidatos que prometem acabar com os marajás no cenário político e moralizar a vida pública. Não, não vou mais perder meu tempo, diante da televisão, assistindo a idiotas que mal sabem falar prometendo consertar a Prefeitura do seu Município e botar ladrões na cadeia. Não, não vou mais ouvir discursos de líderes sindicais que com voz rouca e gestos violentos atacam e ofendem seus inimigos políticos nos palanques espalhados nos quatros cantos do pais. Não, não vou mais recomendar candidatos a qualquer cargo político a amigos e muito menos  a parentes.
Vou continuar a votar sim, porque acredito no regime democrático e o que tenho de fazer é selecionar muito os candidatos, seja pra qualquer cargo. Pesquisar, indagar, rebuscar, se preciso for, até nas delegacias da cidade em que moro. Nos Cartórios de Títulos. Nas Igrejas e Templos Evangélicos. Nos Centros Espíritas e Sinagogas quem é na verdade o meu candidato. Vou continuar a votar sim, mas nunca mais, isso posso jurar, votarei em outro Demóstenes Torres. Amém.

Conhece a Melô do Cachoeira?

Com poucas adaptações, cantem com o crooner Demóstenes Torres a "Melô do Cachoeira... A música você sabe qual é.

Eu passo a vida recordando
 de tudo quanto aí deixei
Cachoeira, Cachoeira
 vim à sessão plenária
 p'ra voltar e não voltei!

Mas te confesso na saudade
 as dores que arranjei pra mim
 pois todo o pranto destas mágoas
 ainda irei juntar nas águas
 do teu Nextelzim


Meu pequeno Cachoeira
vivo só pensando em ti
 ai que saudade dessas terras
 entre as termas doce jacuzi onde eu nascí!

 Recordo a casa onde eu morava
 o muro alto, o laranjal
 meu jatinho na primavera
 que bonito que ele era
 dando sombra no quintal

A minha escola, a minha rua
 os meus primeiros madrigais
 ai como o pensamento voa
 ao lembrar a Terra boa
 coisas que não voltam mais!

(Falando)

- Sabe meu Cachoeira,
 eu trouxe muita coisa de você, fogão, geladeira
 e todas essas coisas me fizeram saber crescer
 e hoje eu me lembro de você,
 me lembro e me sinto senador outra vez

O Rio de Janeiro que conheci

Botafogo. Reprodução Google Maps
deBarros
Abril de 2012
Num restaurante chamado Bismarque – com que no final – na rua São Clemente, Botafogo, num dia do mês de abril, fui almoçar a convite de um velho amigo.
De Niterói, num confortável ônibus “executivo” saí para atender a esse chamado. Para mim foi uma viagem no tempo e por que não no espaço também.
Imagina, passar pela Rodrigues Alves, vendo os hoje envelhecidos e abandonados armazéns do cais do porto, que muitos anos atrás, pelas manhãs, ficavam cheios de estivadores aguardando serem selecionados pelos representante dos seus Sindicatos para trabalharem nas cargas e descargas dos navios atracados no cais.
Me lembrei que da Ponte, quando de carro por ela passava, rumo à redação da Manchete, onde trabalhava, pude acompanhar o nascimento do novo porto de container, bem ao lado desse viaduto fantástico que liga Niterói ao Rio, que iria, mais tarde, acabar com o velho Porto do Rio de Janeiro e como consequência uma tragédia maior: extinguir a figura do estivador. O progresso cobra o seu preço.  Com esse novo porto, um homem só, no comando de um poderoso guindaste, em poucas horas, carrega e descarrega  centenas de containers em um navio.
Da Rodrigues Alves o ônibus entrou numa rua que no fim contornando a igreja do Santo Cristo subia  um outro viaduto que passava por cima da Presidente Vargas, e dele vi os novos  prédios que surgiram nesses últimos anos – mas o velho “treme-treme”, firme e poderoso cheio de histórias para contar, ainda estava lá – para logo mergulhar no túnel Santa Bárbara reaparecendo nas Laranjeiras, na Praça José de Alencar, entrando na Marquês de Abrantes para romper mais adiante na Praia de Botafogo.
A velha Praia de Botafogo com seus enormes canteiros de grama e os monumentos como a escultura de uma jovem mãe deitada no chão acalentando seu bebê além de outras estátuas compunham o ambiente emoldurado ao fundo pela enseada de Botafogo e o Pão de Açúcar.
Nunca entendi, desde o tempo do bonde, quando por ali passava, o porque da estátua de um índio Pele Vermelha com seu “tomawak” atacando um leão da Montanha. Por que índio norte-americano?
O “Manequinho”, o menino fazendo xixi ainda estava no mesmo lugar, desta vez sem a camisa do Botafogo. Velho reduto botafoguense, com sua sede e campo de futebol bem perto mas que achei um pouco triste a sacro santa arena alvinegra.
Infelizmente,  o “executivo” não fez o seu trajeto pela Praia do Flamengo, onde a “nação rubro negra” tinha a sua velha sede e não pude rememorar as comemorações dos tricampeonatos conquistados por esse meu glorioso clube.
Foram imagens do meu passado que acordaram na minha memória dentro do ônibus em que viajei de Niterói até ele me deixar em frente ao restaurante Bismarque, na rua São Clemente, em Botafogo.
Nas poucas vezes que fui a esse restaurante almoçar ao ler o seu nome da porta, sempre me vem à memória a célebre batalha naval da esquadra inglesa contra navios de guerra da Alemanha Nazista, que acabou com o afundamento do maior encouraçado do mundo e a frase com que Winston Churchil, Primeiro Ministro Britânico, fez marcar esse feito com a frase que se tornou famosa: “Sink the Bismark”, “Sink the Bismark”: “Afundem o Bismark”, “Afundem o Bismark”.
A Coroa Britânica afundou o “Bismarck”.
Não, não bebo mais apesar do tentador pedido do vinho “Piriquita” que sempre faz o meu amigo para acompanhar o seu almoço. Fiquei na Coca-Cola mesmo.
A volta foi mais enternecedora ao pegar o metrô na estação Botafogo a poucos metros do “Bismarque”. Apesar das modificações com a criação da linha 2, tudo continuava o mesmo. Saltando na estação Largo da Carioca, me vi diante do Edifício Central – onde às vezes almoçava no Bob’s saboreando um suculento “Hot Dog” – e atravessava seus corredores da Rio Branco para o Largo da Carioca, que conheci quando era chamado  de “Tabuleiro da Baiana”. Por que era assim chamado até hoje não sei.
Atravessei a Rio Branco e cheguei na velha rua São José. Ah!, rua São José da minha adolescência. Das minhas voltas noturnas das baladas a caminho das Barcas. Dos seus restaurantes e lojas comerciais que abertos durante o dia enchiam a rua de pessoas que iam e vinham falando, olhando, comprando e pra casa se dirigiam. Ah!, rua São José dos meus flertes e amores.
Hoje, na rua São José, onde é o Edifício De Paoli, existia um restaurante que ficava aberto durante toda a noite e varava madrugada. Era onde, voltando das “boites” em Copacabana e dos ccabarés da Lapa tomava a sopa de  “Canja de Galinha” ou a de “Caldo Verde”. Então a noite ficava completa e só restava pegar a velha barca e ir para casa
Antes passei pela rua da Assembléia, caminho que tomava muitas vezes, quando resolvia jantar no restaurante especializado em galetos na brasa. Gostava mais da rua São José. Achava mais animada, mais alegre. A rua da Assembléia  era para mim um pouco triste.
Precisava voltar para casa e no terminal Menezes Cortes, não tão antigo, que lembranças maiores trazia mas também não tão novo que não deixasse suas marcas, peguei o “executivo” e através da Graça Aranha, velho caminho onde em um dos seus prédios trabalhei em uma agência de publicidade, e bem moço ia aos bailes de formatura no Ginástico Português. Quantos bailes ao som de orquestras famosas dancei nesse Ginásio. Mas o bailes maiores e mais quentes eram no salão da Galeria dos Empregados do Comércio, com a Orquestra Tabajara de Severino Araújo, e o seu famoso “Crooner”,  Jamelão.
Da Graça Aranha o “executivo” pegou a Avenida Beira Mar e contornando o viaduto do aeroporto chegou na Perimetral. Dela pude ver a Estação das Barcas, na Praça XV, onde tantas e tantas vezes embarquei e desembarquei nas barcas e hoje ostenta, nessa histórica praça, a estátua equestre de um rei, que um dia, fugindo do seu reino, veio se refugiar na então colônia que se chamava Brasil.
Perimetral, viaduto que hoje querem implodir, em nome de uma estética urbana mas que é  o caminho mais rápido para se para chegar a Avenida Brasil e a Ponte. Por que essa febre de apagar o passado? Por que não manter esse caminho que a tantos tem servido e bem servido levando para casa homens e mulheres cansados depois de um dia de trabalho? Tradição não se apaga. Se mantém e conserva.
O “executivo” desceu da Perimetral na altura da Candelária e para minha alegria entramos na Presidente Vargas.  Avenida, ainda em obras, que um dia vi desfilar – pendurado em um dos seus postes –  os pracinhas brasileiros que voltavam da Itália, dos campos de batalha da Europa. O imponente e clássico prédio do antigo Ministério da Guerra fazendo sombra ao edifício da Central do Brasil. A Praça Onze dos Carnavais do meu tempo coroada pelo Busto de Zumbi dos Palmares. Os velhos casarões do Mangue”, das putas e polacas, importadas pela “Zig Migdal”, que hoje não existem mais, destruídos pelas imobiliárias e construtoras. Logo depois a casa do Relógio, o Viaduto dos Marinheiros e em seguida a Francisco Bicalho, a velha estação da Leopoldina tendo à sua frente o Canal do Mangue então à descoberto com seu cheiro pútrido poluindo o ar. Logo o ônibus “executivo” subia o viaduto do Gasômetro, cartão postal que marcava o limite da cidade com o início do subúrbio do Rio de Janeiro. Eram enormes balões de gás, que um dia, “nacionalistas extremados” quiseram explodir. Não explodiram, mas anos mais tarde esses enormes balões prateados foram demolidos. Mais uma imagem que marcava a entrada do Rio foi riscada do mapa e entrei na Ponte. 
Estava chegando em casa. A viagem através do tempo terminava. Obrigado meu amigo por me ter tirado da concha onde estava escondido e ao meu passado voltado.
Sei que aquele época não volta mais mas na minha memória permanecerá para sempre o Rio de Janeiro dos meus tempos.
Rua São José, Barcas. Centro do Rio. Reprodução Google Maps
 

O editor não consegue escolher a melhor capa? Não tem problema, faz várias. A Der Spiegel saiu com 14 capas diferentes...

A semanal alemã Der Spiegel fez um número dedicado à vida no país sob o título "O que é o lar?". Para atender às pecualiaridades de cada região e atrair a atenção do leitores valorizando seu universo mais próximo, a revista produziu 14 capas diferentes. No Brasil, a revista Contigo tem adotado, eventualmente, e com sucesso, estratégia semelhante ao destacar na capa, em determinadas regiões, celebridades mais admiradas ou cultuadas em praças importantes como Salvador, Recife, Porto Alegre, Curitiba etc.

Manchete é história. Veja aqui o programa especial De Lá Pra Cá, da TV Brasil, sobre os 60 anos da revista fundada em abril de 1952


O programa De Lá Pra Cá, da TV Brasil, apresentado por Ancelmo Gois e Vera Barroso, comemorou com um excelente especial os 60 anos da revista Manchete, com depoimentos dos jornalistas Roberto Muggiati, Zevi Ghivelder, Arnaldo Bloch e Alberto Dines. Embora o tema não tenha sido abordado, a importância do Arquivo Fotográfico da Manchete, hoje oficialmente desaparecido (e motivo de um ação judicial impetrada por ex-fotógrafos da revista através do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Municipio do Rio de Janeiro), fica patente nos relatos abalizados de Zevi, Muggiati, ex-diretores da revista, Arnaldo Bloch e Dines sobre as coberturas históricas da revista. 

Conheça a história de uma das mais importantes publicações brasileiras. Clique AQUI

Às vésperas da instalação da Comissão da Verdade, Cony revê em reedição de "Memorial do Exílio" o suspeito acidente que matou JK

Carlos Heitor Cony anuncia em artigo na Folha de São Paulo o relançamento "Memorial do Exílio", seu livro de 1982, sobre Juscelino Kubitscheck. Com uma novidade: Cony inclui na reedição trechos de outra obra sua, em parceria com a escritora e jornalista Anna Lee, "O Beijo da morte", de 2003, quando, entre reportagem.investigativa e ficção, são analisadas as misteriosas circunstâncias das mortes em curto espaço de tempo de Carlos Lacerda, JK e Jango em plena ditadura. Um tema mais do que oportuno a ser posto na mesa da Comissão da Verdade, a ser instalada.  

Patricia Amorim: "mas eu nunca disse isso"


por Gonça
Patricia Amorim, a esforçada presidente do Flamengo está no olho do furacão. Foi entrevistada pelo Globo, que pôs em prática um velho macete jornalístico:quando o repórter faz uma pergunta que já embute uma resposta. É uma provocação, às vezes discutível, e muita usada em matérias políticas quando editores exigem que o repórter volte da rua com uma "polêmica" que "esquente" a matéria. A "isca" é lançada, o entrevistado, no caso, a entrevistada, comenta e o seu comentário logo se tranforma em declaração e é imediatamente "criticado". Confira na reprodução acima. Patrícia se sai bem e constata a "armadilha".

Neymar acha Messi melhor do que Pelé. Você concorda?

por Eli Halfoun
Em recente e até divertida participação no programa CQC, Neymar disse que considera Messi melhor do que Pelé (ou será que ouvi mal?). No momento realmente Messi (como qualquer outro craque) é melhor do que Pelé simplesmente porque o velho Edson Arantes não está mais jogando. Entende? Neymar pode e deve ter a opinião que bem entender, mas antes de falar de e sobre Pelé precisa pensar muito. A declaração feita no CQC ficou ainda mais estanha porque em entrevista praticamente na véspera do programa Pelé declarou que “primeiro Messi tem de ficar melhor do que Neymar, o que não é”. Se juntarmos as duas opiniões chega-se à conclusão que Neymar se considera melhor do que Pelé e do que Messi. Já é um jogador fabuloso e se chegar a ser melhor do que Pelé e Messi será sem dúvida o maior craque da história do futebol. Tomara quer chegue. Jogando mais e falando menos. (Eli Halfoun)

Tecnologia está acabando com a criatividade

por Eli Halfoun
Considerado com justiça o melhor e, portanto, o mais criativo publicitário do Brasil e um dos melhores do mundo, Washington Olivetto esteve recentemente no divertido programa “Agora é tarde” que o ex-CQC Danilo Gentili apresenta na Bandeirantes. A presença de Olivetto em programas de televisão sempre enriquece o telespectador de informações e corretas opiniões. Dessa vez ele colocou na pauta de discussões da publicidade brasileira e mundial uma verdade que poucos tiveram simplicidade e competência para enxergar. Olivetto disse que os muitos recursos tecnológicos estão facilitando e enriquecendo muitas coisas na publicidade, mas também fazem com que a criatividade fique mascarada. Ou seja: usar os disfarces que a tecnologia permite tem feito com que a criatividade dos anúncios fique em segundo plano ou simplesmente não seja exercida. Acontece também na imprensa: jornais e revistas estão substituindo - e cada vez mais - a competência de um bom repórter e a importância de uma boa notícia pelos recursos oferecidos na magia da computação, incluindo informações retiradas constantemente do Google e que nem sempre são verdadeiras e nem suficientemente apuradas. Tanto na publicidade quanto na imprensa de hoje é possível substituir um trabalho criativo ou uma apuração por um malabarismo visual dos recursos que o computador oferece. O computador e seus recursos são para usar, mas não com exagero. Se continuar assim não demora muito estaremos tão burros e limitados quanto o próprio computador que só faz o que o homem (seu usuário) quer e manda. É bom não esquecer que profissional sem competente criatividade não terá nem condições de manusear um cada vez mais complicado computador. (Eli Halfoun)

sábado, 21 de abril de 2012

A vida como ela é: Nelson Rodrigues baixou na redação do Globo no jornal de ontem


Reprodução O Globo. Clique para ampliar

O texto acima foi publicado no Globo de ontem. E inusitado ter saído na conhecida seção "Programa Furado" destinada a receber reclamações de leitores incomodados com atendimento ou serviço de bares e restaurantes. O que seria uma simples queixa, virou uma pequena história da vida real. Lembra Nelson Rodrigues, que extraía do noticiário dos jornais as crônicas que publicava na sua coluna do Última Hora, "A Vida Como Ela É". Ou um livro do escritor Moacyr Scliar, "Histórias que os jornais não contam", pura ficção inspirada em notícias. A vida cotidiana é, quase sempre, surpreendente. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Anthony Hopkins e Alfred Hitchcock: quem é quem?

por JJcomunic
Anthony Hopkins caracterizado como Alfred Hitchcock. Surpreendente semelhança. O filme que contará a história do mestre dos filmes de suspense é baseado no livro "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho", de Stephen Rebello. Janet Leight, atriz que atuou em Psicose, será vivivida por Scarlett Johansson. O filme será lançado em 2013.

Hoje na TV Brasil, programa sobre os 60 anos da revista Manchete

O programa "De Lá Pra Cá",  de Ancelmo Gois, que será reprisado hoje, na TV Brasil, focaliza os 60 de fundação da revista Manchete. Não perca: nesta sexta-feira, às 20h30. Entre os entrevistados, Roberto Muggiati, Zevi Ghivelder, Arnaldo Bloch e Arnaldo Dines.
A comemoração dos 60 da revista - que foi para as bancas pela primeira vez em abril de 1952 - seria uma boa oportunidade para lembrar duas lutas atuais dos ex-funcionários desde a falência da editora em 2000. O pagamento das indenizações trabalhistas (muitos ainda não receberam seus direitos) e a denúncia do espantoso sumiço do Arquivo Fotográfico da Manchete. O acervo foi leiloado pela Massa Falida da extinta Bloch. Fotógrafos que trabalharam nas revistas do Russell entraram com uma ação judicial, através do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, para localizar o arquivo que reune mais de 10 milhões de imagens e, ao mesmo, tempo, reivindicar a anulação do leilão. Mas até hoje a notificação judicial não foi entregue ao suposto proprietário, que apesar de ter adquirido um bem em leilão públuco -, onde seria obrigado a deixar endereço, CPF etc -, não foi localizado. Rumores infundados de que o acervo estaria interiamente desfigurado e desfalcado teriam afastado outros concorrentes e aviltado o valor (acabou vendido por meros 300 mil reais, bem abaixo da avaliação legal). Instituições oficiais, como o Ministério da Cultura, o Arquivo Nacional, Museu da Imagem e do Som e privadas, como a Associação Brasileira de Imprensa, embora procuradas pela Comissão de Ex-Empregados da Bloch Editores, jamais se manifestaram em defesa de um acervo histórico e de fundamental importância para pesquisadores, jornalistas, escritores e o público em geral. Nem tudo é festa. Que as gerações de fotógrafos que atuaram nas revistas da Bloch recuperem seus direitos autorais sobre seus trabalhos acumulados em anos de emprego e dedicação.

Jogador flagrado em contra-ataque casa com a modelo que o marcava em campo

Foto Reprodução
por Omelete
A imagem acima fez sucesso na rede há três anos. O jogador croata Dino Drpic foi flagrado depois de um treino transando ao ar livre com a modelo Nives Celzijuso. Mas havia na área de lazer (e bota área de lazer nisso) do estádio do Dinamo de Zagreb um torcedor retardatário que registrou a cena. A carreira de Dino entrou em baixa após o episódio. Desde que foi demitido do clube, Dino já passou pelo Karlsruher, AEK Atenas, Volyn Lutsk e, agora, Rijeka. Mas a permaneceu "contratado" pela bela modelo com quem se casou depois do escândalo. Dá para entender.

“Cheias de charme” não pode cair do salto no meio do caminho

Claudia Abreu em Cheias de Charme.
Foto: TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
Assim como é impossível analisar a qualidade de um filme apenas assistindo ao trailer, também é precipitado dizer apenas nos primeiros capítulos se a novela manterá o mesmo ritmo e qualidade durante as suas muitas fases. Qualquer crítica agora é apenas “achologia”, que não impede reconhecer que a nova novela da Globo estreou um ponto positivo: revelar novos autores que podem ajudar a renovar a teledramaturgia que nos últimos anos está nas mão dos mesmos (e competente) criadores. Na base da “achologia” também é possível prever que “Cheias de Charme” será no mínimo uma novela divertida que é, aliás, a proposta da Globo para o horário. Também é possível achar (isso é “achologia”) que Claudia Abreu nos dará mais um trabalho perfeito e que o trio maravilha formado por Taís Araújo. Leandra Leal e Isabelle Drumond é quase garantia de bons e divertidos momentos. Até agora o que se viu é que a novela chega mesmo cheia de charme. Resta torcer (e torcer muito) para que não perca o charme no meio do caminho como costuma acontecer com muitas mulheres que mais cedo ou mais tarde acabam “caindo do salto” quando exageram em maquiagem, figurinos e trejeitos. A novela não pode cometer o mesmo erro. (Eli Halfoun)

Só uma cantora popular está entre as pessoas mais influentes do mundo

por Eli Halfoun
Além da inclusão de três brasileiros (a presidente da República Dilma Roussef, a presidente da Petrobras Maria das Graças Foster e o empresário Eike Batista), o que chama atenção na relação das 100 pessoas mais fluentes do mundo realizada pela revista Time é a inclusão de apenas uma cantora popular. Não teve nem para as badaladas Madonna, Lady Gaga e Beyoncé: quem entrou na lista foi Rihanna, o que prova que popularidade está muito longe de ser prestígio. Por falar nisso: qual é o tipo de influência que Rihanna exerce no público? (Eli Halfoun)

Censura na imprensa está mesmo é nas mesas dos patrões

por Eli Halfoun
Nos últimos dias, até por conta da CPI do ainda senador Demóstenes Torres, muito se tem falado na censura que empresários poderosos e políticos nem sempre tão poderosos assim exercem sobre os jornais para demitir repórteres, vetar reportagens, entre outros absurdos. Censura na imprensa sempre existiu e, agora, não de forma arbitrária, como a exercida, por exemplo, no governo militar de triste e vergonhosa memória. O maior censor do verdadeiro jornalista profissional é o próprio veículo: muito cedo aprendi (iniciava a carreira cheio de ilusões) que a liberdade de imprensa acabava e ainda acaba na mesa do patrão. Como repórter, redator e principalmente editor muitas vezes obrigado a vetar reportagens, jogar fora boas informações e reeditar páginas porque era um pedido (imposição) do patrão. O absurdo instrumento de censura sempre será praticado na imprensa, principalmente pelos patrões - – até porque são poucos os que têm coragem de peitar ameaças de retiradas de anúncios e de enfrentar a possibilidade de não mais poder contar com favores de amigos influentes. Enquanto jornais, revistas e outros veículos de comunicação tiverem (terão sempre) donos a censura continuará sendo exercida de uma forma ou de outra na mesa do patrão. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Game "Roba, Roba" tem político, povo, jornalista e policial. Faltou um importante personagem da "corrupa": o empresário

Reprodução
Foto: Reprodução Coluna Ancelmo Gois / O Globo
A PlayerUm lançou um jogo sobre corrupção. Boa ideia. O criador do soft cometeu apenas um erro, que, de resto, é comum à mídia. Tem apenas quatro bonequinhos: político, jornalista, povo e policial. Quem faltou? Um personagem presente em todas as roubalheiras, indispensável, é o cara que paga a propina, financia campanhas e embolsa milhões dos cofres públicos: o empresário corrupto. Aquele mesmo que vem sendo poupado em quase todas as apurações das maracutaias nacionais. Fica a sugestão para o  "Roba, Roba, 2, a Missão". O corruptor faz muito para merecer estar no game. Sem ele, o espetáculo não acontece.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Isis Valverde esquenta Avenida Brasil


Suelle participa do concurso "Garota Chapinha" na novela Avenida Brasil. Foto: Divulgação/TV Globo
A "periguete" que promete eletrizar a audiência é a atriz Isis Valverde no papel da quentíssima Suellen da novela Avenida Brasil. Bobeou, ela tira a roupa.

Novo livro conta que futebol foi criado pelos chineses. Os ingleses vieram depois

por Eli Halfoun
Se perguntarem quem "inventou" o futebol, a resposta imediata será: os ingleses. Resposta errada. Embora tenhamos aprendido que o futebol foi criado na Inglaterra, a verdade é que o hoje mais popular esporte do mundo teve origem mesmo foi na China. A correção é uma das muitas que o jornalista Orlando Duarte faz seu novo livro (já escreveu vinte sobre vários espotes). "Os Pioneiros" será lançado na quinta-feira (dia 19 de abril) no Museu do Futebol, em São Paulo. Duarte deu ao livro o subtítulo de "Deus criou o futebol. E o homem descobriu o que fazer com ele". O livro conta como e quando os ingleses (aí sim eles entram nessa história) trouxeram o futebol para o Brasil, fala da evolução das regras e conta a história da fundação de vários clubes. Tudo isso com um vasto material fotográfico. Futebol também é história e cultura. (Eli Halfoun)

Modelo plus size pode ser a próxima fartura da Playboy. Nua, é claro

por Eli Halfoun
As gordinhas sempre ocuparam literalmente mais espaço. Agora que estão ganhando destaque como modelos plus size toma o  espaço das magrinhas também na mídia. Que o diga a miss plus size Carla Mando que, não demora muito, pode exibir sua bela fartura até nas páginas da Playboy. As negociações com a revista caminham para um final feliz e Carla não tem dúvidas de que aos fartos 25 anos de idade seus 89 quilos e lm71 de altura atrairão a curiosidade (e o desejo) dos leitores. Afinal, fartura nunca fez mal a ninguém. (Eli Halfoun)

Homens de fraque fazem mau pagador pagar vexame na Espanha e em Portugal

por Eli Halfoun
Mesmo que as coisas estejam melhorando, o Brasil ainda tem (em todos os segmentos sociais) um grande número de inadimplentes. É bom torcer para que os devedores não comecem as ser visitados, como acontece em Madri e em Lisboa pelos "homens de fraque". A exemplo o que aconteceu por aqui com os "vermelhinhos", que felizmente foram banidos da atividade, os portugueses e espanhóis são tornados mau pagadores publicamente. É que quem não paga em dia recebe a indesejável e até agressiva visita de um "cobrador de fraque, ou seja, cobradores elegantes que vestem fraque, usam gravata borboleta e exibem no peito um imenso crachá de identificação só para fazer o devedor passar por situações extremamente constrangedoras diante da vizinhança Quer ver: se o "enfraquetado" cobrador não encontra o devedor fica plantado na frente da casa ou edifício em que mora o devedor durante horas só para mostrar que ali vive um mal pagador. Não se sabe se a prática tem obtido sucesso por lá, mas se fosse por aqui esse método faria os "homens de fraque" levar um monte de bolachas do devedor. Que estaria coberto de razão. Cobrar pode, mas ridicularizar é exagero e talvez até crime de ofensa. (Eli Halfoun)

A "censura privada " que ataca em silêncio... Manchete foi vítima. Janio de Freitas conta

Reprodução. Clique para ampliar
por Gonça
Na sua coluna na Folha de São Paulo de hoje, Janio de Freitas pede transparência da função da imprensa nesse turbilhão do Caso Cachoeira, que envolve políticos, empresários, partidos, autoridades, empresas e obras públicas. Alguns jornalistas e publicações estão citados ou gravados nas interceptações telefônicas. Devem ser convocados à CPI. É sempre perigosa, embora muitas vezes necessária para a apuração de um fato, a relação entre o repórter e fonte ou fontes criminosas. O cuidado que o jornalista deve ter nessas situações é não se deixar usar, não servir a propósitos que vão além da busca da informação. Se entrar no toma-lá-dá-cá e baganhar a informação exclusiva em troca de interesses da fonte, deixa de ser repórter e passa a ser mero instrumento.
O colunista se refere à "censura democrática" que ronda redações. Existe. Durante a ditadura, esse tipo de censura, que geralmente parte de politicos amigos dos proprietários dos veículos ou de anunciantes importantes, perdeu espaço para a censura oficial, muito mais metódica e eficiente. Com a queda dos militares, a "censura democrática" voltou à ativa. Não seria exagero dizer que nenhum veículo escapa. É conhecido o caso Manchete versus Varig. Quando caiu um Boeing da empresa em Paris, a revista publicou em página dupla uma foto do jato, com o imenso logotipo Varig, caido em um campo nas proximidades do aeroporto de Orly. Como se sabe, o avião sofreu um incêndio a bordo. Foram centenas de vítimas. Um foto dramática. A publicação da matéria e o destaque que recebeu da revista - naquele acidente morreram, entre outros, o cantor Agostinho dos Santos, a socialite Regina Rosemburgo, o funcionário da ditadura Felinto Muller - incomodaram a empresa que passou mais de um década sem anunciar na Manchete. Jânio dá outro exemplo, reproduzido acima. O caso em que Adolpho Bloch recebeu pressão de um anunciante, nos tempos da Guerra Fria, contra a publicação de reportagem de Justino Martins sobre a então União Soviética. Há muito outros casos de "censura amiga". Até o então poderoso presidente de um clube de futebol ligou para Adolpho Bloch pedindo a cabeça de um repórter que o desagradara. A matéria com o tal presidente foi publicada sem censura e o repórter (da Fatos&Fotos) não perdeu o emprego. Qualquer jornalista sabe que todos os veículos têm sua história para contar, ou não contar, como a maioria o faz, dessa tal e sorrateira "censura amiga". Ela existe, repito, acontece entre luvas e coqueteis e é ativíssima. É a censura privê, da área vip.Já causou, causa e causará muitas demissões de bons profissionais.     

terça-feira, 17 de abril de 2012

Marina Silva pode vir aí para brigar pelo lugar de Dilma Roussef

por Eli Halfoun
Embora sem confirmação oficial (o assunto vem sendo tratado com muita discrição) já se pode praticamente confirmar que a ex-senadora Marina Silva será novamente candidata à Presidência da República em 2014. Pelo menos é para isso que ela vem trabalhando na criação de um novo partido e nos contatos políticos que tem mantido. Sabe-se, por exemplo, que Marina negocia e espera contar com os apoios de entre outros a hoje vereadora Heloísa Helena e do senador Pedro Simon, que poderá ser o seu vice. Marina também quer o apoio do ex-tucano Walter Feldman, mas dificilmente conseguirá: Feldman também pensa criar um noivo partido. No meio político, a dúvida maior é saber se ela conseguirá repetir a grande votação da primeira tentativa presidencial. Ou pelo menos chegar perto, o que muitos analistas consideram quase impossível no atual panorama  político do país. (Eli Halfoun)

Record tem um bom time de ex-atletas como comentaristas

por Eli Halfoun
Além de perda de tempo, era um exagero: durante um longo período jornalistas protestaram contra a utilização de ex-atletas para atuarem como comentaristas esportivos em suas especialidades. Alegava-se que essa era (pelo visto não é mais) uma função que só poderia ser exercida por profissionais da imprensa que estavam perdendo seu espaço profissional. Usar um ou outro ex-atleta para falar daquilo que conhece não é uma nociva invasão profissional contra o jornalismo: jornalistas sempre terão espaço garantido porque são os únicos profissionais capazes de orientar os comentaristas ocasionais. Não se pode negar que ninguém pode analisar melhor uma competição esportiva do que quem atuou em alguma modalidade. O único problema é que ex-atletas nunca ficam inteiramente à vontade para comentar com isenção já que, como ex-colegas, não conseguem exercer um olhar crítico, que vem sempre carregado de ética, se bem que falar mal de quem competiu mal não é falta de ética, mas sim uma constatação. Agora é a Record que forma um time de não jornalistas para atuar nos comentários das várias modalidades esportivas dos Jogos Olímpicos de Londres, que acontecerão de 27 de julho a 12 de agosto. A última contratação da Record é a do técnico de futebol René Simões para comentar as partidas da seleção feminina de futebol (da qual já foi técnico). Simões se junta ao time de comentaristas-atletas que será formado na Record por Fernando Scherer (natação), Luísa Parente (ginástica), Magic Paula (basquete), Mauricio Lima (vôlei), Robson Caetano (atletismo), Rogério Sampaio (judô) e Virna Dias (vôlei). A Record não abriu mão dos verdadeiros profissionais e também formou um bom time de narradores com Álvaro José, Maurício Torres, Éder Luís, Lucas Pereira e Eduardo Vaz. Tem sempre lugar para todo mundo. (Eli Halfoun

É preciso votar bem

deBarros
Mais uma vez, nas eleições municipais, que se realizarão em outubro deste ano, nós, o povo, teremos o poder nas mãos. O poder de escolher aqueles políticos que irão nos representar. Escolher com muito cuidado homens e mulheres, que irão como vereadores e prefeitos, administrar as nossas cidades e por consequência as nossas vidas nessas comunidades. Nesse momento de votar é que nos tornamos poderosos porque estaremos elegendo candidatos a exercerem poder e força, com seus mandatos, de fazer e desfazer o que quiser nas nossas cidades. Se elegermos corruptos e safados seremos nós os grandes culpados porque não soubemos escolher o candidato digno, honesto e empreendedor. Vamos escolher com cuidado esses candidatos. Não basta a nova “Lei da Ficha Limpa”. Por si só ela não é o bastante. Nós é que teremos de filtrar os candidatos. Pesquisar suas folhas corridas nas delegacias distritais, através das Associações de Bairro. Pesquisar nos Cartórios de Títulos e de falências. Enfim, se quisermos prefeitos e edis honestos e trabalhadores no poder público temos que trabalhar sim. E elegermos homens probos e honestos. Não podemos mais votar em Demóstenes Torres, Sarneys, Delúbios, J Dirceus e Genuinos, Azevedos e Pimenteis, mineiros, Joãos Paulos Cunhas e Waldemares Costas Netos além de Jefersons e outros semialfabetizados, que por votarmos errados, hoje, se locupletam no poder.

Rihanna posta no Facebook fotos das suas férias no Havaí... é vida lôca...


Reproduçõa Facebook
Reprodução Facebook

Jardins ambulantes podem dar ao mundo o verde que te quero (e preciso) verde

por Eli Halfoun
Idéias simples (daquelas que sempre achamos que deveriam ter sido nossas) podem trazer muitos benefícios para a vida em muitos aspectos. O primeiro deles é o de aprender a enxergar beleza e utilidade em uma idéia que a princípio possa parecer apenas uma esquisitice. Vejam só como até os poluidores ônibus podem vir a nos beneficiar: o prefeito de Nova York pensa seriamente em adotar para a cidade a idéia de um designer americano. A proposta é fazer o verde circular por todas as ruas de NY e não ficar apenas plantado nos jardins: o designer sugere em seu projeto transformar parte do espaço do teto dos ônibus em jardins ambulantes nos quais seria plantado o verde que nos oxigena e tanto faz falta ao planeta. A adoção do projeto ainda está em estudos, mas mesmo que não venha a ser desenvolvido (poderia ser adotado também nas capitais brasileiras de arranha-céus sufocantes) mostra como é possível encontrar soluções quase perfeitas na mais simples das idéias e encontrar beleza nas mais simples soluções. Talvez as simples idéias nos ensinem a encontrar beleza e benefícios em tudo o que nos cerca e fazemos. O mundo ficará mais verde, bonito e florido se os jardins ambulantes circularem por todas as ruas alegrando as cidades e em consequência sua gente. (Eli Halfoun)

Também no trânsito educação com educação se paga

por Eli Halfoun
Circulando em meio a apressados automóveis conduzidos por motoristas que ao volante perdem qualquer noção de educação e respeito os ciclistas estão sempre em perigo. Agora serão, pelo menos em São Paulo, protegidos pela lei que punirá os motoristas que tentarem “assassinar” um ciclista utilizando como arma o automóvel (incluídos ônibus e caminhões). Já que a (falta de) educação e respeito não permitem que proteção e a proteção aos ciclistas aconteça naturalmente a solução é recorrer para a lei, a nova lei paulista. Talvez também seja o caso de conversar com os ciclistas e ensinar que eles também precisam respeitar os pedestres quase sempre atropelados nas calçadas ou quando os ciclistas não respeitam o sinal vermelho porque no fundo não se consideram conduzindo um veículo que com o carro também pode ser uma arma fatal para atingir inocentes vítimas. Educação no trânsito e em tudo na vida só funciona quando você recebe e devolve. (Eli Halfoun)