por Eli Halfoun
Considerado com justiça o melhor e, portanto, o mais criativo publicitário do Brasil e um dos melhores do mundo, Washington Olivetto esteve recentemente no divertido programa “Agora é tarde” que o ex-CQC Danilo Gentili apresenta na Bandeirantes. A presença de Olivetto em programas de televisão sempre enriquece o telespectador de informações e corretas opiniões. Dessa vez ele colocou na pauta de discussões da publicidade brasileira e mundial uma verdade que poucos tiveram simplicidade e competência para enxergar. Olivetto disse que os muitos recursos tecnológicos estão facilitando e enriquecendo muitas coisas na publicidade, mas também fazem com que a criatividade fique mascarada. Ou seja: usar os disfarces que a tecnologia permite tem feito com que a criatividade dos anúncios fique em segundo plano ou simplesmente não seja exercida. Acontece também na imprensa: jornais e revistas estão substituindo - e cada vez mais - a competência de um bom repórter e a importância de uma boa notícia pelos recursos oferecidos na magia da computação, incluindo informações retiradas constantemente do Google e que nem sempre são verdadeiras e nem suficientemente apuradas. Tanto na publicidade quanto na imprensa de hoje é possível substituir um trabalho criativo ou uma apuração por um malabarismo visual dos recursos que o computador oferece. O computador e seus recursos são para usar, mas não com exagero. Se continuar assim não demora muito estaremos tão burros e limitados quanto o próprio computador que só faz o que o homem (seu usuário) quer e manda. É bom não esquecer que profissional sem competente criatividade não terá nem condições de manusear um cada vez mais complicado computador. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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