por Eli Halfoun
Nos últimos dias, até por conta da CPI do ainda senador Demóstenes Torres, muito se tem falado na censura que empresários poderosos e políticos nem sempre tão poderosos assim exercem sobre os jornais para demitir repórteres, vetar reportagens, entre outros absurdos. Censura na imprensa sempre existiu e, agora, não de forma arbitrária, como a exercida, por exemplo, no governo militar de triste e vergonhosa memória. O maior censor do verdadeiro jornalista profissional é o próprio veículo: muito cedo aprendi (iniciava a carreira cheio de ilusões) que a liberdade de imprensa acabava e ainda acaba na mesa do patrão. Como repórter, redator e principalmente editor muitas vezes obrigado a vetar reportagens, jogar fora boas informações e reeditar páginas porque era um pedido (imposição) do patrão. O absurdo instrumento de censura sempre será praticado na imprensa, principalmente pelos patrões - – até porque são poucos os que têm coragem de peitar ameaças de retiradas de anúncios e de enfrentar a possibilidade de não mais poder contar com favores de amigos influentes. Enquanto jornais, revistas e outros veículos de comunicação tiverem (terão sempre) donos a censura continuará sendo exercida de uma forma ou de outra na mesa do patrão. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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