
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Ué, o Jardim não é de Alah?
por Jussara Razzé
Oficialmente, é. Mas uma UPP de Nazaré e Belém parece ter ocupado a área provisoriamente...
De série 'besteiras que você cansou de ouvir'
por Gonça
A terceira derrota consecutiva em eleições presidenciais parece levar alguns colunistas, os mesmos, e se agarrarem em um argumento só como um náufrago abraça a única boia flutuante. A eleição passou, Dilma já está formando o governo, Lula vai pescar e, na falta de outra conquista, tucanistas supervalorizam e repetem os números da votação do derrotado Serra. Primeiro, eleitor não é bancada; ele forma bancada. E, nesse item, a matemática não ajudou e o PSDB mingou. Segundo, as cifras presidenciais agora tão alardeadas têm sido uma norma nas últimas votações. Confiram:
Em 1998:
Fernando Henrique teve 35.936.540 votos
Lula recebeu 21.475.218 votos
Em 2002:
Lula teve 52.793.364
Serra 33.370.739
Em 2006:
Lula 46.662.365
Geraldo Alckmin 39.968.369
Em 2010:
Dilma 55.752.529
Serra 43.711.388
Ou seja, Alkmin, por exemplo, chegou muito mais perto. Sem falar que Serra herdou, segundo pesquisas, cerca de 50% dos votos de Marina. Novidade? Nenhuma. Alô pessoal da press tucana, melhor vocês se conformarem.
A terceira derrota consecutiva em eleições presidenciais parece levar alguns colunistas, os mesmos, e se agarrarem em um argumento só como um náufrago abraça a única boia flutuante. A eleição passou, Dilma já está formando o governo, Lula vai pescar e, na falta de outra conquista, tucanistas supervalorizam e repetem os números da votação do derrotado Serra. Primeiro, eleitor não é bancada; ele forma bancada. E, nesse item, a matemática não ajudou e o PSDB mingou. Segundo, as cifras presidenciais agora tão alardeadas têm sido uma norma nas últimas votações. Confiram:
Em 1998:
Fernando Henrique teve 35.936.540 votos
Lula recebeu 21.475.218 votos
Em 2002:
Lula teve 52.793.364
Serra 33.370.739
Em 2006:
Lula 46.662.365
Geraldo Alckmin 39.968.369
Em 2010:
Dilma 55.752.529
Serra 43.711.388
Ou seja, Alkmin, por exemplo, chegou muito mais perto. Sem falar que Serra herdou, segundo pesquisas, cerca de 50% dos votos de Marina. Novidade? Nenhuma. Alô pessoal da press tucana, melhor vocês se conformarem.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Le foto più belle della settimana...
...está no site da revista italiana Panorama, que aponta as fotos mais belas da semana. Uma delas é do Rio: um garoto pede paz no Alemão. O autor é Fernando Bizerra Jr. para a Agência Epa.
Copa 2018 na Rússia
A Rússia desbancou Inglaterra e Holanda' entre outros, e ganhou o direito de sediar a Copa de 2018. E o Catar ficou com a de 2022. A Ingaterra, fala-se nos bastidores, fica como Plano B, caso o Brasil vacile na montagem da Copa 2014. Temos dois problemas sérios à vista: um, estatal, o gargalo dos aeroportos; outro, privado, que são as sedes onde os estádios são particulares e, tudo indica, o governo terá que injetar dinheiro ou a vaca vai pro brejo. Há ainda a burocracia, empresas que participam de concorrências e, derrotadas, encontram pretexo para entrar na Justiça, tribunais de conta, politicagem, a oposição para atrapalhar etc etc. Muita bola vai bater na trave. Resta torcer. Quanto à Copa de 2018, a Rússia tem tudo para montar um grande espetáculo. O país sedia agora a Olimpíada de Inverno e, ainda quando União Soviética, produziu uma das maiores e mais elogiadas Olimpíadas da história.
Diretora da Vogue RG quer lançar novas revistas
por Eli Halfoun
Para quem acreditava que a internet decretaria a falência da mídia impressa, o cada vez maior número de revistas mostra que não é bem assim. É justamente para enfrentar a realidade virtual que a mídia impressa busca lançar novos produtos, abrindo assim um leque de opções para os leitores que mesmo utilizando a facilidade e a variedade do cardápio oferecido pela internet, ainda não abriu mão totalmente de ler e ver uma boa revista. É pensando nisso que a jornalista Patrícia Carta, diretora da Vogue RG, procura novas alternativas. Em conversa com o apresentador Amaury Jr,. Patrícia revelou que está pesquisando para lançar três novas revistas em 2011. O mercado de trabalho agradece.
Para quem acreditava que a internet decretaria a falência da mídia impressa, o cada vez maior número de revistas mostra que não é bem assim. É justamente para enfrentar a realidade virtual que a mídia impressa busca lançar novos produtos, abrindo assim um leque de opções para os leitores que mesmo utilizando a facilidade e a variedade do cardápio oferecido pela internet, ainda não abriu mão totalmente de ler e ver uma boa revista. É pensando nisso que a jornalista Patrícia Carta, diretora da Vogue RG, procura novas alternativas. Em conversa com o apresentador Amaury Jr,. Patrícia revelou que está pesquisando para lançar três novas revistas em 2011. O mercado de trabalho agradece.
Homens e mulheres procuram o algo a mais do sexo
por Eli Halfoun
Além de ser sem dúvida o maior prazer e a maior procura de homens e mulheres, sexo continua sendo também um bom negócio mesmo quando é apenas como leitura. Boa pedida no gênero é “A cama na rede - o que os brasileiros pensam sobre sexo”, o novo livro da sexóloga Regina Navarro, que entre outras coisas aborda novamente o sexo a três e o faz porque em suas pesquisas a autora obteve respostas que a levaram ao tema. Exemplos: 77% de homens e de mulheres gostariam de fazer sexo a três. Esse não é o único dado surpreendente da pesquisa realizada pela sexóloga: as respostas revelaram também que 95% dos homens e das mulheres acham que existe algo a mais no sexo que gostariam de experimentar. Divirtam-se e estejam à vontade.
Além de ser sem dúvida o maior prazer e a maior procura de homens e mulheres, sexo continua sendo também um bom negócio mesmo quando é apenas como leitura. Boa pedida no gênero é “A cama na rede - o que os brasileiros pensam sobre sexo”, o novo livro da sexóloga Regina Navarro, que entre outras coisas aborda novamente o sexo a três e o faz porque em suas pesquisas a autora obteve respostas que a levaram ao tema. Exemplos: 77% de homens e de mulheres gostariam de fazer sexo a três. Esse não é o único dado surpreendente da pesquisa realizada pela sexóloga: as respostas revelaram também que 95% dos homens e das mulheres acham que existe algo a mais no sexo que gostariam de experimentar. Divirtam-se e estejam à vontade.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Reserva de mercado
por JJcomunic
A internet derrubou as fronteiras da informação. Apesar disso, os grupos que controlam a mídia brasileira querem manter uma reserva de mercado fora de época. O mercado de comunicação do país perdeu nos últimos dez anos, só para citar alguns, veículos do porte de Manchete (e, com ela, cerca de 20 revistas, entre as quais Fatos&Fotos, EleEla, Amiga, Desfile, publicações que empregavam milhares de profissionais), Jornal do Brasil (edição impressa), Gazeta Mercantil, Tribuna da Imprensa (versão impressa) etc. Além disso, vários jornais enfrentam queda de circulação em um ambiente de concorrência com a internet cujos rumos ainda não são inteiramente claros para o futuro dos meios impressos. Pois bem: em meio a tudo isso, crescem as pressões contra a entrada no Brasil de investidores como o Ongoing, que injetou dinheiro em publicações como O Dia, Marca, Brasil Econômico e Meia Hora. O Ministério Público Federal de São Paulo acaba de abrir investigação sobre o grupo português sob a alegação de que este teria usado artifício para maquiar o controle por estrangeiros de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão no país, proibido pela Constituição (artigo, no mínimo, retrô, já que a TV por assinatura, por exemplo, oferece centenas de canais, inclusive jornalísticos como CNN e Fox News, sob total controle de estrangeiros). E o Brasil não vem abaixo por isso, nem a "segurança nacional" está ameaçada.
O Ongoing afirma que está dentro da lei.
A ofensiva contra a entrada de novos investidores não se limita à campanha contra o grupo português. A entrada das teles como provedoras de conteúdo na internet também é vista como uma ameaça ao mercado cativo da comunicação no Brasil.
O mercado da mídia, no Brasil, está precisando do choque de modernidade de, digamos, um D. João VI. É hora de uma nova Abertura dos Portos.
A internet derrubou as fronteiras da informação. Apesar disso, os grupos que controlam a mídia brasileira querem manter uma reserva de mercado fora de época. O mercado de comunicação do país perdeu nos últimos dez anos, só para citar alguns, veículos do porte de Manchete (e, com ela, cerca de 20 revistas, entre as quais Fatos&Fotos, EleEla, Amiga, Desfile, publicações que empregavam milhares de profissionais), Jornal do Brasil (edição impressa), Gazeta Mercantil, Tribuna da Imprensa (versão impressa) etc. Além disso, vários jornais enfrentam queda de circulação em um ambiente de concorrência com a internet cujos rumos ainda não são inteiramente claros para o futuro dos meios impressos. Pois bem: em meio a tudo isso, crescem as pressões contra a entrada no Brasil de investidores como o Ongoing, que injetou dinheiro em publicações como O Dia, Marca, Brasil Econômico e Meia Hora. O Ministério Público Federal de São Paulo acaba de abrir investigação sobre o grupo português sob a alegação de que este teria usado artifício para maquiar o controle por estrangeiros de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão no país, proibido pela Constituição (artigo, no mínimo, retrô, já que a TV por assinatura, por exemplo, oferece centenas de canais, inclusive jornalísticos como CNN e Fox News, sob total controle de estrangeiros). E o Brasil não vem abaixo por isso, nem a "segurança nacional" está ameaçada.
O Ongoing afirma que está dentro da lei.
A ofensiva contra a entrada de novos investidores não se limita à campanha contra o grupo português. A entrada das teles como provedoras de conteúdo na internet também é vista como uma ameaça ao mercado cativo da comunicação no Brasil.
O mercado da mídia, no Brasil, está precisando do choque de modernidade de, digamos, um D. João VI. É hora de uma nova Abertura dos Portos.
Calendário Pirelli 2011


por JJcomunic
Acaba de ser lançado o novo Calendário Pirelli. O estilista Karl Lagerfeld pôs a sua marca na produção da mais famosa folhinha do mundo. O tema é Mitologia. Uma das modelos é a atriz Julliane Moore. E Isabeli Fontana é a única brasileira da versão 2011 de uma peça promocional que se tornou ícone do marketing mundial. A primeira edição do calendário saiu em 1964. Na época, a Pirelli convidou o fotógrafo oficial dos Beatles, Robert Freeman.
Um craque das artes plásticas desembarca no Brasil
por Eli Halfoun
Quando fevereiro chegar os brasileiros que gostam de boa arte poderão conhecer trabalhos inéditos do colombiano Fernando Botero, considerado o maior artista plástico vivo do mundo. Botero desembarcará em São Paulo para uma exposição de suas nova e valorizadas (bota valorizadas nisso) telas: cada quadro assinado por Botero custa entre 200 e 800 mil dólares.
Reveja algumas obras de Botero. Clique AQUI
Quando fevereiro chegar os brasileiros que gostam de boa arte poderão conhecer trabalhos inéditos do colombiano Fernando Botero, considerado o maior artista plástico vivo do mundo. Botero desembarcará em São Paulo para uma exposição de suas nova e valorizadas (bota valorizadas nisso) telas: cada quadro assinado por Botero custa entre 200 e 800 mil dólares.
Reveja algumas obras de Botero. Clique AQUI
X-9?
por Gonça
Em relação ao Brasil, as revelações do WikiLeaks oferecem dois destaques:
1- O embaixador americano demonstra total ignorância das leis brasileiras ao comentar que o governo enquadra suspeitos de ligação com organizações terroristas em crimes comuns "para disfarçar". Se não perdesse tempo em jantares com Jobim, Clifford Sobel deveria saber que o Brasil não tem leis específicas para terrorismo, daí a polícia enquadrar os eventuais, muito eventuais, suspeitos em outros artigos do Código Penal. Há um projeto no Congresso que pretende criar leis próprias para esses casos. Aliás, se o Departamento de Estado levou a sério os confusos relatórios de Sobel, perdeu o rumo da situação na América do Sul. A redação dos informes é um primarismo impressionante. Parece coisa de quem não tem o que contar mas é obrigado a mandar relatos e relatos para justificar o emprego.
2- O papel do ministro da Defesa Nelson Jobim é hilário. Dá impressão que se deslumbrou com a função. Ou assistiu a todos os DVDs do 007. Dá para imaginar ele e Sobel falando baixinho em restaurantes da periferia de Brasília, ambos vestindo trend coach, chapéus e óculos escuros, tal qual espiões da Guerra Fria saidos da máquina do tempo? Jobim, de X-9, passando informações confidenciais para os destinos do mundo? O que será que eles comiam? Caviar ou hamburguer? Bebiam Stolichnaya ou Jack Daniels? Além de fofocar, conversavam sobre o que? O regime da Albânia ou sobre as amantes do Marechal Tito? Jobim demonstrava preocupação com a VAR-Palmares ou com o MR-8? E a aflição de Jobim em ligar para o Sobel só para contar que Evo Morales estava com câncer?
- Oi, Bel, sabe do babado? O Evo Morales está com câncer. Pode espalhar mas não diz que fui eu quem te contou.
- Oi, Bel, sou eu de novo. Sabe o embaixador Samuel, aquele lá do Itamaraty. Pois é, me contaram que o-d-e-i-a os Estados Unidos. Pronto, contei Ele é do mal, ele é do mal.
- Oi, Bel, você deve estar ocupado, já liguei 18 vezes hoje. Vou deixar recado e depois mando um torpedo. É que tenho uma fofoca pra você passar adiante e ajudar aí no teu relatório. A tia do meu primo, que trabalha na Câmara, me contou que é Dilma está mexendo as agulhas de tricô para impedir a aprovação do projeto de lei contra terrorismo. Ah, muleke, eu tinha certeza disso. Ah, outra coisa, estou no Facebook, te mandei um convite para você entrar também. É super legal. Bye! Kisses no coração!
Em relação ao Brasil, as revelações do WikiLeaks oferecem dois destaques:
1- O embaixador americano demonstra total ignorância das leis brasileiras ao comentar que o governo enquadra suspeitos de ligação com organizações terroristas em crimes comuns "para disfarçar". Se não perdesse tempo em jantares com Jobim, Clifford Sobel deveria saber que o Brasil não tem leis específicas para terrorismo, daí a polícia enquadrar os eventuais, muito eventuais, suspeitos em outros artigos do Código Penal. Há um projeto no Congresso que pretende criar leis próprias para esses casos. Aliás, se o Departamento de Estado levou a sério os confusos relatórios de Sobel, perdeu o rumo da situação na América do Sul. A redação dos informes é um primarismo impressionante. Parece coisa de quem não tem o que contar mas é obrigado a mandar relatos e relatos para justificar o emprego.
2- O papel do ministro da Defesa Nelson Jobim é hilário. Dá impressão que se deslumbrou com a função. Ou assistiu a todos os DVDs do 007. Dá para imaginar ele e Sobel falando baixinho em restaurantes da periferia de Brasília, ambos vestindo trend coach, chapéus e óculos escuros, tal qual espiões da Guerra Fria saidos da máquina do tempo? Jobim, de X-9, passando informações confidenciais para os destinos do mundo? O que será que eles comiam? Caviar ou hamburguer? Bebiam Stolichnaya ou Jack Daniels? Além de fofocar, conversavam sobre o que? O regime da Albânia ou sobre as amantes do Marechal Tito? Jobim demonstrava preocupação com a VAR-Palmares ou com o MR-8? E a aflição de Jobim em ligar para o Sobel só para contar que Evo Morales estava com câncer?
- Oi, Bel, sabe do babado? O Evo Morales está com câncer. Pode espalhar mas não diz que fui eu quem te contou.
- Oi, Bel, sou eu de novo. Sabe o embaixador Samuel, aquele lá do Itamaraty. Pois é, me contaram que o-d-e-i-a os Estados Unidos. Pronto, contei Ele é do mal, ele é do mal.
- Oi, Bel, você deve estar ocupado, já liguei 18 vezes hoje. Vou deixar recado e depois mando um torpedo. É que tenho uma fofoca pra você passar adiante e ajudar aí no teu relatório. A tia do meu primo, que trabalha na Câmara, me contou que é Dilma está mexendo as agulhas de tricô para impedir a aprovação do projeto de lei contra terrorismo. Ah, muleke, eu tinha certeza disso. Ah, outra coisa, estou no Facebook, te mandei um convite para você entrar também. É super legal. Bye! Kisses no coração!
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Vazou, diplomata! O WikiLeaks é a melhor novidade do ano em matéria de jornalismo investigativo

Top secret é o cacete. Relações entre governos eleitos por seus cidadãos devem ser mesmo transparentes. Como os burocratas costumam se sentar em cima de pilha de pastas com seus segredos e tramóias - na maioria, espúrios, por isso são carimbados de secretos - e a velha mídia normalmente ajuda a guardá-los ou publica apenas aqueles dos seus interesses cruzados, foi preciso surgir um site de vazamento para o mundo constatar a qualidade dos seus líderes. Por fora posam de estadistas e na moita mostram que são capazes de tudo para alcançar seus objetivos. Bom que eles estejam "constrangidos", como dizem os jornais, hoje, ao ver revelados seus vacilos.
Mas não há dúvida: em matéria de jornalismo independente e investigativo, o ano é do WikiLeaks, criado pelo jornalista Julian Assange. O site ganhou fama há cerca de seis meses ao vazar um vídeo que mostra militares dos Estados Unidos fuzilando iraquianos de bordo de um helicóptero. Na ação, morreram dois jornalistas da agência Reuters. Depois disso, divulgou o manual da prisão de Guantánamo, a lista de filiados do Partido Nacional britânico, de inspiração nazista, documentos da guerra do Afeganistão e, agora, informações da diplomacia americana. Para reunir e vazar documentos secretos, o WikiLeaks depende de donativos e da adesão de pessoas que detêm informações sigilosas. E só aceita conteúdo que jamais tenha vindo a público. A equipe de Assange checa os dados antes de colocá-los à disposição de quem acessar o site. O WikiLeaks é uma organização não-lucrativa, sediada na Suécia, e foi fundado por cientistas americanos, dissidentes chineses, matemáticos e jornalistas de vários países. Entrou no ar em 2007, ganhou o New Media Award em 2008, foi premiado pela Anistia Internacional em 2009, mas 2010 é o ano em que jogou merda no ventilador do mundo. A página dos ciberativistas tem sofrido ataques de vírus, mas resiste. Assange diz que viaja como um nômade, com um laptop na mochila. A próxima bomba, segundo rumores, atingiria especuladores do mercado financeiro. Talvez aí se consiga saber alguma coisa afinal sobre a crise que derrubou a economia mundial.
Conheça o WikiLeaks, clique AQUI
Polícia precisa livrar-se de seus próprios bandidos
por Eli Halfoun
É triste ficar sabendo que o comando da Polícia Militar foi obrigado a instalar uma ouvidoria no Alemão por conta das denúncias de que alguns policiais que participaram da retomada do morro teriam cometido abusos contra honestos moradores. É lamentável que nesse momento em que a PM retoma a admiração da população, policiais inescrupulosos se aproveitem da situação e cometam as mesmas arbitrariedades comuns aos bandidos que perseguiram. O comandante da PM garante que se as denúncias forem confirmadas os policiais serão expulsos da corporação. É pouco: devem ser presos e transferidos para cadeias de segurança máxima porque são bandidos bem piores do que os traficantes assumidos, que não se escondem atrás de respeitadas fardas para cometer crimes. Atrás dessas ainda não confirmadas denúncias vem também uma natural desconfiança: será que esses mesmos policiais não facilitaram a fuga de bandido? Não é possível que traficantes sabidamente do Alemão estejam escondidos por toda a cidade simplesmente por terem escapado com alguma ajuda do cerco histórico. Por causa de meia dúzia de marginais fardados a Polícia Militar não merece, muito menos nesse momento, passar por tamanho e injusto constrangimento.
É triste ficar sabendo que o comando da Polícia Militar foi obrigado a instalar uma ouvidoria no Alemão por conta das denúncias de que alguns policiais que participaram da retomada do morro teriam cometido abusos contra honestos moradores. É lamentável que nesse momento em que a PM retoma a admiração da população, policiais inescrupulosos se aproveitem da situação e cometam as mesmas arbitrariedades comuns aos bandidos que perseguiram. O comandante da PM garante que se as denúncias forem confirmadas os policiais serão expulsos da corporação. É pouco: devem ser presos e transferidos para cadeias de segurança máxima porque são bandidos bem piores do que os traficantes assumidos, que não se escondem atrás de respeitadas fardas para cometer crimes. Atrás dessas ainda não confirmadas denúncias vem também uma natural desconfiança: será que esses mesmos policiais não facilitaram a fuga de bandido? Não é possível que traficantes sabidamente do Alemão estejam escondidos por toda a cidade simplesmente por terem escapado com alguma ajuda do cerco histórico. Por causa de meia dúzia de marginais fardados a Polícia Militar não merece, muito menos nesse momento, passar por tamanho e injusto constrangimento.
Mamãe, olha o Timóteo no cinema
por Eli Halfoun
Durante toda a sua carreira, Aguinaldo Timóteo foi muito mais julgado artisticamente por seu repertório considerado brega que, convenhamos, não é tão ruim quanto querem os críticos mais exigentes. Preocupada com o repertório, a crítica esqueceu de perceber que Aguinaldo Timóteo é um excelente canto (sem dúvida um dos melhores do país), dono de uma voz que o fez um artista de primeira. A difícil trajetória de vida e artística de Timóteo está sendo transformada em documentário pelo competente jornalista Nelson Hoineff, o mesmo que fez “Alô, alô Terezinha” sobre Chacrinha. Em “Mamãe, olha onde cheguei”, Hoineff visita também a carreira política de Timóteo que não se elegeu agora em São Paulo. Aos 74 anos Aguinaldo Timóteo recebe justa homenagem e, o que é mais importante, a oportunidade de provar que é um dos melhores cantores que esse país já ouviu.
Durante toda a sua carreira, Aguinaldo Timóteo foi muito mais julgado artisticamente por seu repertório considerado brega que, convenhamos, não é tão ruim quanto querem os críticos mais exigentes. Preocupada com o repertório, a crítica esqueceu de perceber que Aguinaldo Timóteo é um excelente canto (sem dúvida um dos melhores do país), dono de uma voz que o fez um artista de primeira. A difícil trajetória de vida e artística de Timóteo está sendo transformada em documentário pelo competente jornalista Nelson Hoineff, o mesmo que fez “Alô, alô Terezinha” sobre Chacrinha. Em “Mamãe, olha onde cheguei”, Hoineff visita também a carreira política de Timóteo que não se elegeu agora em São Paulo. Aos 74 anos Aguinaldo Timóteo recebe justa homenagem e, o que é mais importante, a oportunidade de provar que é um dos melhores cantores que esse país já ouviu.
Politicamente incorreto? Veja esse game para atirar e impedir a fuga dos bandidos da Vila Cruzeiro
O mouse é a mira e o gatilho. Clique AQUI
É legal, e daí?
por Gonça
Sabe o que impressiona nessa retomada do Alemão? O número de bandidos presos no complexo e fora dele - até em Volta Redonda para onde um marginal tinha conseguido escapar - que eram egressos da cadeia, ganharam o "regime semi-aberto" concedido pela Justiça, e deram o pinote. Junte o frouxo artigo da lei de execuções penais com a liberalidade de interpretação de alguns juízes e veja como a polícia enxuga gelo: prende aqui, soltam ali. Para retomar territórios hoje em poder de bandidos - não é só no Rio - o Brasil terá que mudar o Código Penal, radicalizar nos instrumentos de investigação de lavagem de dinheiro, ter mecanismos mais ágeis para apreensão e leilão de bens de traficantes e de suas famílas ou "laranjas" oriundos do crime, acabar com a festa que é o trânsito de parentes e advogados em vistas até a presídios de segurança máxima, vigiar as fronteiras e até ir além delas, por exemplo, colocando agentes através de acordos diplomáticos no Paraguai e em Miami, de onde vem grande parte do armamento dos bandidos. A Polícia Federal mantém investigadores na Europa, trabalhando com instituições locais, e já com resultados a mostrar em apreensões de remessas de drogas. Destruir as fortalezas do tráfico no Rio de Janeiro é uma importante etapa. Mas não a única. O ideal é que êxito das UPPs e de operações conjuntas como a do Alemão sirva de motivação aos deputados e senadores que assumem em fevereiro e os anime a desengavetar projetos ou formular outros em função da nova realidade.
Sabe o que impressiona nessa retomada do Alemão? O número de bandidos presos no complexo e fora dele - até em Volta Redonda para onde um marginal tinha conseguido escapar - que eram egressos da cadeia, ganharam o "regime semi-aberto" concedido pela Justiça, e deram o pinote. Junte o frouxo artigo da lei de execuções penais com a liberalidade de interpretação de alguns juízes e veja como a polícia enxuga gelo: prende aqui, soltam ali. Para retomar territórios hoje em poder de bandidos - não é só no Rio - o Brasil terá que mudar o Código Penal, radicalizar nos instrumentos de investigação de lavagem de dinheiro, ter mecanismos mais ágeis para apreensão e leilão de bens de traficantes e de suas famílas ou "laranjas" oriundos do crime, acabar com a festa que é o trânsito de parentes e advogados em vistas até a presídios de segurança máxima, vigiar as fronteiras e até ir além delas, por exemplo, colocando agentes através de acordos diplomáticos no Paraguai e em Miami, de onde vem grande parte do armamento dos bandidos. A Polícia Federal mantém investigadores na Europa, trabalhando com instituições locais, e já com resultados a mostrar em apreensões de remessas de drogas. Destruir as fortalezas do tráfico no Rio de Janeiro é uma importante etapa. Mas não a única. O ideal é que êxito das UPPs e de operações conjuntas como a do Alemão sirva de motivação aos deputados e senadores que assumem em fevereiro e os anime a desengavetar projetos ou formular outros em função da nova realidade.
Gibi de celebridades da TV: Beyoncé hoje, Trapalhões ontem



...pela Bloch entre 1976 e 1987.
por JJcomunic
Beyoncé lançará seu gibi em janeiro. Há um certo revival entre celebridades da música e do esporte em protagonizar revistas em quadrinhos, coisa que já foi moda anos atrás. A cantora terá sua vida e carreira contada em edição da Bluewater Comic Books - que já publicou revistinha sobre Lady Gaga - desde a infância, sua atuação no grupo Destiny's Child até a fase atual. No Brasil, um dos mais bem-sucedidos nessa onda de transportar ídolos da Tv para os comics foram Os Trapalhões, embora não fossem gibis biográficos. Entre 1976 e 1987, a Bloch Editores publicou a revistinha do Didi, que se inspirava em paródias de herois ou nos roteiros do programa do Renato Aragão na TV Globo. Renato, a propósito, comemorou ontem 75 anos de idade e 50 de carreira. Essas edições da Bloquinho TV são consideradas hoje pelos especialistas verdadeiros clássicos dos quadrinhos brasileiros. Na fase da Bloch (depois, a revista passou a ser editada pela Abril), Didi, Dedé, Mussum e Zacarias eram desenhados por Carlos Alberto Miglllorin, Waldemar Watanabe, Domingos A.Souza, João Andrade, Ubiratan Dantas, Waldir Odorisso, Eduardo Vetillo, Vanderley Feliciano. A criação e a produção eram de Ely Barbosa. Bons tempos.
Musa também chora: no meio da piscina, campeã olímpica desiste de prova


por JJcomunic
A atleta italiana Federica Pellegrini, campeã olímpica de natação e fenômeno que se revelou na Olimpíada de Pequim, é uma estrela do esporte na Bota. No último fim de semana, ela viveu um pequeno drama. Ao disputar a prova qualificatória dos 400 metros livres do Campeonato Europeu, na Holanda, interrompeu as braçadas, à altura dos 150 metros, e saiu da piscina. Federica foi sincera e confessou que sentiu... medo. Em seguida, caiu em prantos. Ela não deu entrevistas, mas escreveu em seu blog ( http://www.federicapellegrini.com/blog/ ) que o problema é emocional. O treinador revela que a atleta já experimentou sensação semelhante em outras provas. Aos 22 anos, Federica tem status de celebridade na Itália, é disputada para comerciais e capas de revistas. Apesar do susto, não pretende parar. Mas, para desgosto da torcida brasileira, dificilmente virá com a delegação italiana para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2012, quando estará com 28 anos.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Pesquisa aponta quais os meios de comunicação que ajudaram o eleitor a formar opinião
por Gonça
A internet superou jornais impressos, rádio e revistas e ficou em terceiro lugar, atrás do item Conversa com Amigos e Parentes e TV.
Confira os percentuais:
56,6 se informaram via TV; 18,4 com o círculo de família e amigos; 9,9 na internet; 6,4 em jornais; 4,2 pelo rádio; 0,7 em revistas; 0,6 através de cartazes em pontos de ônibus; 0,3 em totens de aeroportos; não sabem e não responderam, 3,2.
A pesquisa foi feita pelo Sensus para o TSE.
A comentar, o avanço da internet, a enorme força da TV e o índice muito baixo das revistas, que ficaram pouco acima dos cartazes em ponto de ônibus. Veja, Época, Istoé etc, além de Globo, Folha, Estadão etc influenciaram o eleitor menos do que imaginaram. Outro quadro apurou que colunistas, jornalistas e articulistas praticamente não foram levados em conta pelo eleitor na hora de escolher em quem votar: patinaram como um carro de baixa potência em1.0.
Conclusão? Lula tinha razão quando falou que o povo sabe o que quer e já não se deixa levar pelos "formadores de opinião" tradicionais. O eleitor preferiu conhecer os fatos, os candidatos - no item TV estão incluidos os telejornais e o horário eleitoral do TSE - e a opinião plural das mídias sociais. Twitter, Facebook, troca de emails, Msn ,etc, funcionam como um extensão do quesito Amigo, de muita eficiência na construção da opinião pessoal e, por consequência, do voto.
Veja a pesquisa completa no site do TSE.
Clique AQUI
A internet superou jornais impressos, rádio e revistas e ficou em terceiro lugar, atrás do item Conversa com Amigos e Parentes e TV.
Confira os percentuais:
56,6 se informaram via TV; 18,4 com o círculo de família e amigos; 9,9 na internet; 6,4 em jornais; 4,2 pelo rádio; 0,7 em revistas; 0,6 através de cartazes em pontos de ônibus; 0,3 em totens de aeroportos; não sabem e não responderam, 3,2.
A pesquisa foi feita pelo Sensus para o TSE.
A comentar, o avanço da internet, a enorme força da TV e o índice muito baixo das revistas, que ficaram pouco acima dos cartazes em ponto de ônibus. Veja, Época, Istoé etc, além de Globo, Folha, Estadão etc influenciaram o eleitor menos do que imaginaram. Outro quadro apurou que colunistas, jornalistas e articulistas praticamente não foram levados em conta pelo eleitor na hora de escolher em quem votar: patinaram como um carro de baixa potência em1.0.
Conclusão? Lula tinha razão quando falou que o povo sabe o que quer e já não se deixa levar pelos "formadores de opinião" tradicionais. O eleitor preferiu conhecer os fatos, os candidatos - no item TV estão incluidos os telejornais e o horário eleitoral do TSE - e a opinião plural das mídias sociais. Twitter, Facebook, troca de emails, Msn ,etc, funcionam como um extensão do quesito Amigo, de muita eficiência na construção da opinião pessoal e, por consequência, do voto.
Veja a pesquisa completa no site do TSE.
Clique AQUI
Leticia Birkheuer na capa
Deborah Secco: trailer de Bruna Surfistinha

Deborah Secco divulgou no seu twitter o trailer oficial do filme "Bruna Surfistinha, o doce veneno do escorpião", do qual é a protagonista.
Confira. Clique AQUI
Ôpa, esse comercial escapou da censura. Ainda bem


A Euro RSCG criou o novo comercial da Nova Schin. Chama-se “Empatados” e mostra a provocação de um dos rapazes com a irmã do outro. Paulo Henrique Gomes é o diretor de criação, a produção é da Fulano Filmes, e a direção de René Sampaio.
Veja o filme, clique AQUI
Guerra do Rio: alô mídia, segura a onda, ouça o rap...
por Gonça
Na entrevista coletiva de ontem, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, estava naturalmente satisfeito com o desfecho da crise e a ocupação do Alemão, mas parecia mais contido do que a mídia. Ontem, um jornal estampava nas bancas, antes da invasão, um título que anunciava a "carnificina" que estava por vir. Não veio. Hoje, a mídia festeja a "vitória" e exagera no tom. Parece que a cidade ganhou a Terceira Guerra Mundial. Não ganhou. Calma, pessoal. Hoje, segunda-feira, a polícia já registra três carros incendiados. Há favelas importantes na cadeia do tráfico, como Rocinha, Mangueira, Maré, Vidigal... ainda não ocupadas. O caminho é longo, o governo do Estado, pela primeira vez, tem um projeto para combater o crime e desalojá-lo das favelas. E esse projeto vai além das ocupações, tem componentes sociais que seguem a trilha das operações policiais e já alcançou algumas metas importantes. A euforia da mídia vende jornal e alavanca audiências mas o que a operação no Alemão demonstrou foi que o tráfico pode ser vencido e não que tenha sido esmagado.
Quer ver se falta muito?
Relembre a letra da música "Sem esquecer as favelas", de MV Bill.
"MV tá no ar pra lembrar, pra falar, falei / C.D.D. em outro rap, eu já citei /Não esqueci do Iriri, Rato Molhado/Vigario Geral eu já mandei fechado/ Mineira, Pedreira, Chapéu Mangueira/Rocinha tem um baile que invade a segunda feira/Urubu, Prazeres, Cruzada/Tem polícia na rua, tem coroa assustada/Lugar que o bicho pega Vila Operária/Rio das Pedras, moradia precária/Vila Vintem, Padre Miguel,
Chácara do Céu, Portão Vermelho, Tatui, Borel, Estadão, Chumbada,, Chacrinha, Lixã, Casa Branca, Gogó da Ema, Cesarão, Favela da Maré, Formiga, Nova Holanda / Lugar que bicho pega, o gatilho que manda /
Boa Vista, Favela do Pira, Querozene / Pra ser inimigo, basta ser PM /
Parque União, Andaraí, Batô Muche, Turano /Alô Serrinha, humildemente eu tô chegando / Acarí, Para Pedro, Favela de Manguinho/ Se quiser chegar, chega no sapatinho/ Santa Marta, Fubá, Cajueiro, São José / Sem parar de lutar, sem perder a fé / Morro do Macaco, Morro do Amor / A maioria é careca e tem a minha cor / Pavão Pavãozinho, todo meu respeito/ Valorizo minha raiz que trago no peito / A lei da favela é a lei do cão / Se liga na fita bando pra não cair em contradição / A lei da favela é a lei do cão / Sangue bom, ladrão não dá dois papos igual de vacilão / Complexo do Alemão e Jorge Turco / Quem vacila na favela tem o tempo muito curto / Encontro, Salgueiro, Vidigal, Barro Preto / Morro Azul, Morro Agudo e Ouro Negro/ Vilar Carioca, Muquiço, Jacarezinho/ Juramento, Boogui Ugui, Tijolinho / No sapatinho, Barão e Vila Sapê / Barreira do Vasco, Morro do Pinto, Dendê /Providência, Vila Cruzeiro, Chapadão / Mangueira, Antares, Vila do João/ Cidade Alta, Curicica, Playboy, Camorim/ Eu tô na Favela e a favela tá em mim / Morro da Palmeira, Castelar, Zé Moreno / Se enfraquecer, pra você vai ficar pequeno / Vila Rosali, Fumacê, Flamenguinho/ Cacuia, Cavalão, Chatuba, Amarelinho / Fazenda Botafogo, Cocotá, Arará / Muro Vermelho, Vila Nova, Gambá / Favela, pobreza fazendo dinheiro / Fogueteiro, Oteiro, Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro / Ratolândia, Adeus, Carrapato / Um abraço pro Adão sangue bom do morro do Galo / Morro do Pinto, Penhão, Valão /
Serra Cará, Gogo de São João / Roupa Suja, Cardin, Gardênia Azul / Favela, Lugar que meu povo se instalou / Favela, a única coisa que sobrou / Caixa D¹agua, Ucrânia, Favela da Galinha / Embariê, Pereirão, Cachoeirinha /Muita criança, na escola uma esperança / Parada de Lucas, Vila Aliança / Grota, Coroa, Favela do Aço / Jardim Metropole, Parque Araruama/ Aqui não tem playboy, aqui não tem bacana / Barbante, Pombal, Dique, Barreira / Complexo da Penha, Rodo, Cruz Vermelha / o lixo é luxo é mole de ver / Parque Bom Menino, Batam, Pedra do B / Morro da Fé, Baixa do Sapateiro / Esse é o outro lado do Rio de Janeiro / São Geraldo, Rolas, Vila Ideal / Quem deixa falha tem um triste final / Curral das Éguas, Kenedy, Vargem Pequena / Toda comunidade sempre tem problema / C.D.D. minha área está no meu coração / Da zona sul à baixada de negão pra negão / Desculpe se sua favela, não citei / Estará presente no próximo rap, que eu sei / Orando pelo os seus e pelo os meus / A todas as favelas, fé em Deus"
Na entrevista coletiva de ontem, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, estava naturalmente satisfeito com o desfecho da crise e a ocupação do Alemão, mas parecia mais contido do que a mídia. Ontem, um jornal estampava nas bancas, antes da invasão, um título que anunciava a "carnificina" que estava por vir. Não veio. Hoje, a mídia festeja a "vitória" e exagera no tom. Parece que a cidade ganhou a Terceira Guerra Mundial. Não ganhou. Calma, pessoal. Hoje, segunda-feira, a polícia já registra três carros incendiados. Há favelas importantes na cadeia do tráfico, como Rocinha, Mangueira, Maré, Vidigal... ainda não ocupadas. O caminho é longo, o governo do Estado, pela primeira vez, tem um projeto para combater o crime e desalojá-lo das favelas. E esse projeto vai além das ocupações, tem componentes sociais que seguem a trilha das operações policiais e já alcançou algumas metas importantes. A euforia da mídia vende jornal e alavanca audiências mas o que a operação no Alemão demonstrou foi que o tráfico pode ser vencido e não que tenha sido esmagado.
Quer ver se falta muito?
Relembre a letra da música "Sem esquecer as favelas", de MV Bill.
"MV tá no ar pra lembrar, pra falar, falei / C.D.D. em outro rap, eu já citei /Não esqueci do Iriri, Rato Molhado/Vigario Geral eu já mandei fechado/ Mineira, Pedreira, Chapéu Mangueira/Rocinha tem um baile que invade a segunda feira/Urubu, Prazeres, Cruzada/Tem polícia na rua, tem coroa assustada/Lugar que o bicho pega Vila Operária/Rio das Pedras, moradia precária/Vila Vintem, Padre Miguel,
Chácara do Céu, Portão Vermelho, Tatui, Borel, Estadão, Chumbada,, Chacrinha, Lixã, Casa Branca, Gogó da Ema, Cesarão, Favela da Maré, Formiga, Nova Holanda / Lugar que bicho pega, o gatilho que manda /
Boa Vista, Favela do Pira, Querozene / Pra ser inimigo, basta ser PM /
Parque União, Andaraí, Batô Muche, Turano /Alô Serrinha, humildemente eu tô chegando / Acarí, Para Pedro, Favela de Manguinho/ Se quiser chegar, chega no sapatinho/ Santa Marta, Fubá, Cajueiro, São José / Sem parar de lutar, sem perder a fé / Morro do Macaco, Morro do Amor / A maioria é careca e tem a minha cor / Pavão Pavãozinho, todo meu respeito/ Valorizo minha raiz que trago no peito / A lei da favela é a lei do cão / Se liga na fita bando pra não cair em contradição / A lei da favela é a lei do cão / Sangue bom, ladrão não dá dois papos igual de vacilão / Complexo do Alemão e Jorge Turco / Quem vacila na favela tem o tempo muito curto / Encontro, Salgueiro, Vidigal, Barro Preto / Morro Azul, Morro Agudo e Ouro Negro/ Vilar Carioca, Muquiço, Jacarezinho/ Juramento, Boogui Ugui, Tijolinho / No sapatinho, Barão e Vila Sapê / Barreira do Vasco, Morro do Pinto, Dendê /Providência, Vila Cruzeiro, Chapadão / Mangueira, Antares, Vila do João/ Cidade Alta, Curicica, Playboy, Camorim/ Eu tô na Favela e a favela tá em mim / Morro da Palmeira, Castelar, Zé Moreno / Se enfraquecer, pra você vai ficar pequeno / Vila Rosali, Fumacê, Flamenguinho/ Cacuia, Cavalão, Chatuba, Amarelinho / Fazenda Botafogo, Cocotá, Arará / Muro Vermelho, Vila Nova, Gambá / Favela, pobreza fazendo dinheiro / Fogueteiro, Oteiro, Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro / Ratolândia, Adeus, Carrapato / Um abraço pro Adão sangue bom do morro do Galo / Morro do Pinto, Penhão, Valão /
Serra Cará, Gogo de São João / Roupa Suja, Cardin, Gardênia Azul / Favela, Lugar que meu povo se instalou / Favela, a única coisa que sobrou / Caixa D¹agua, Ucrânia, Favela da Galinha / Embariê, Pereirão, Cachoeirinha /Muita criança, na escola uma esperança / Parada de Lucas, Vila Aliança / Grota, Coroa, Favela do Aço / Jardim Metropole, Parque Araruama/ Aqui não tem playboy, aqui não tem bacana / Barbante, Pombal, Dique, Barreira / Complexo da Penha, Rodo, Cruz Vermelha / o lixo é luxo é mole de ver / Parque Bom Menino, Batam, Pedra do B / Morro da Fé, Baixa do Sapateiro / Esse é o outro lado do Rio de Janeiro / São Geraldo, Rolas, Vila Ideal / Quem deixa falha tem um triste final / Curral das Éguas, Kenedy, Vargem Pequena / Toda comunidade sempre tem problema / C.D.D. minha área está no meu coração / Da zona sul à baixada de negão pra negão / Desculpe se sua favela, não citei / Estará presente no próximo rap, que eu sei / Orando pelo os seus e pelo os meus / A todas as favelas, fé em Deus"
Ouça o rap, clique AQUI
Rombo de Silvio Santos também pode ser artístico
por Eli Halfoun
Sabe quando a bola de boliche atinge o pino principal e sai derrubando todos os outros? É mais ou menos isso que está acontecendo com as empresas do Grupo Silvio Santos a partir do rombo descoberto no banco Pan Americano. Agora Silvio enfrenta problemas em todos os pinos e, de uma forma ou de outra, tenta reergue-los para voltarem ao jogo. Uma das situações mais complicadas é a do SBT, que poderá perder muitas atrações. Hebe Camargo, por exemplo, já disse que não aceitará renovar seu contrato com a redução do salário de R$ 5OO mil para R$ 250mil. O mesmo deverá acontecer com Carlos Alberto de Nóbrega, que também não aceita a redução de seu salário der R$ 120 mil mensais e poderá levar o humorístico “A Praça é Nossa” para a Rede TV, caminho que poderá ser também o de Hebe. É pouco provável: não acredito que a Rede TV esteja disposta a bancar esse jogo milionário de atrações. É claro que Silvio deverá apelar para o lado emocional, já que tanto Hebe quanto Nóbrega são amigos pessoais, prata da casa e devem muito ao SBT. O mesmo apelo Silvio não poderá fazer para a fábrica de cosméticos Jequiti que, supostamente sem financiamento, não poderá renovar seus equipamentos. A Avon estaria interessada em comprar a Jequiti e já até teria reservado dinheiro para isso. Silvio enfrenta os problemas sem deixar os cabelos brancos aparecerem (pinta semanalmente) e sorrindo. Esperto como é ele, não há dúvidas de que conseguirá dar a volta por cima. Afinal, foi assim que se transformou no mais imitado e respeitado apresentador da televisão brasileira e em um quase bem sucedido-empresário como o público acreditava até agora.
Sabe quando a bola de boliche atinge o pino principal e sai derrubando todos os outros? É mais ou menos isso que está acontecendo com as empresas do Grupo Silvio Santos a partir do rombo descoberto no banco Pan Americano. Agora Silvio enfrenta problemas em todos os pinos e, de uma forma ou de outra, tenta reergue-los para voltarem ao jogo. Uma das situações mais complicadas é a do SBT, que poderá perder muitas atrações. Hebe Camargo, por exemplo, já disse que não aceitará renovar seu contrato com a redução do salário de R$ 5OO mil para R$ 250mil. O mesmo deverá acontecer com Carlos Alberto de Nóbrega, que também não aceita a redução de seu salário der R$ 120 mil mensais e poderá levar o humorístico “A Praça é Nossa” para a Rede TV, caminho que poderá ser também o de Hebe. É pouco provável: não acredito que a Rede TV esteja disposta a bancar esse jogo milionário de atrações. É claro que Silvio deverá apelar para o lado emocional, já que tanto Hebe quanto Nóbrega são amigos pessoais, prata da casa e devem muito ao SBT. O mesmo apelo Silvio não poderá fazer para a fábrica de cosméticos Jequiti que, supostamente sem financiamento, não poderá renovar seus equipamentos. A Avon estaria interessada em comprar a Jequiti e já até teria reservado dinheiro para isso. Silvio enfrenta os problemas sem deixar os cabelos brancos aparecerem (pinta semanalmente) e sorrindo. Esperto como é ele, não há dúvidas de que conseguirá dar a volta por cima. Afinal, foi assim que se transformou no mais imitado e respeitado apresentador da televisão brasileira e em um quase bem sucedido-empresário como o público acreditava até agora.
Direto do front: o tuiteiro do Alemão

Renê Silva: no Globo de hoje
por JJcomunicRenê Silva, morador do Alemão, 17 anos, viu um furacão se mudar para sua vizinhança, nos últimos dias. O adolescente - e seu computador - estavam bem no olho desse furacão. Ao lado de dois amigos, Igor Santos, de 15 anos, Jackson Alves, de 13, Renê tuitou informações sobre o conflito no jornal A Voz da Comunidade. O endereço @vozdacomunidade que atraia 180 leitores bombou a partir de sábado para 20 mil seguidores e chegou à lista dos tópicos mais lidos do Brasil. On line 24 horas - eles mal dormiram - Renê e equipe, por conhecerem bem a favela, corrigiam informações dos repórteres, alertavam sobre tiroteios, desmentiam que moradores estivessem sequestrados. A quem perguntava se imagens de casa demolidas que apareciam na Tv eram resultados de bombas, ele explicava que eram as obras do PAC. O jornal Voz da Comunidade foi criado por Renê há cinco anos para reivindicar melhorias para a sua região. Recentemente, uma operadora de celular ofereceu patrocínio e lhe deu um iPhone, que virou instrumento de trabalho. O desfecho do conflito do Alemão trouxe fama e repercussão ao jornal comunitário, que foi parar nas páginas do Dia e do Globo, hoje. É a democracia da mídia social, que dá voz a quem não era ouvido e vez a quem não tinha oportunidade de se expressar.
Aeroportos: o outro lado
por JJcomunic
Faltam investimentos nos aeroportos do Brasil, que estão sobrecarregados com o surpreendente aumento de tráfego? Claro, isso é visível. Milhões de brasileiros ascenderam de classe e fizeram seus merecidos check-in. Com a persistente queda do desemprego e com os aumentos reais de salários - uma das conquistas da Era Lula que até a oposição reconhece (hoje, no Globo, até o colunista Noblat, a pretexto de criticar a influência de Lula na formação do governo Dilma, refere-se aos "resultados positivos" da gestão do operário) -, ganharam o direito de trocar o ônibus pelo avião e viraram turistas pela primeira vez na vida. Os aeroportos não estão preparados para atendê-los e, muito menos, as campanhias aéreas se organizaram para isso.
A mídia está em lobby pela privatização dos terminais. Isso explica porque noticiam amplamente quando o "caos" é estatal e o minimizam quando o tumulto é privado. Querem exemplos? Em fins de setembro, o aeroporto dos Confins foi fechado por pouco mais de uma hora em função do mau tempo. Isso foi o suficiente para uma companhia, a Web Jet, cancelar vôos e fundir outros. Supostamente, faltaram aviões e tripulação. Naquele dia, outras companhias normalizaram imediatamente suas rotas. Ou seja, o problema era da Web Jet, que por falta de aviões ou de tripulações transformou vôos que deveriam durar menos de três horas em uma peregrinação de 12 horas pelo país até levar o passageiro ao seu destino. Ontem, também coincidentemente em fim de mês, a Tam cancelou vôos e levou o "caos" a Congonhas. Tudo normal nas outras companhias. O problema seria outro, que a mídia nem badalou. As tripulações têm um número de horas regulamentares a cumprir durante o mês. E tendem a estourar esses limites. Aproximando-se o fim do mês, a fiscalização aperta o cerco e pilotos e comissários que estão no limite da lei são obrigados a ficar em terra. O passageiro paga o pato. Ou melhor, o passageiro é o pato. Alguém critica as companhias aéreas? Claro que não: vão dizer que culpa é do mercado que está "aquecido". Ou da falta de aviões e pilotos, cuja formação leva tempo. Ué! Contratem pilotos lá fora (a China faz isso, há brasileiros trabalhando lá). Façam leasing de aviões. Abram o mercado interno para companhias aéreas estrangeiras que queiram trabalhar aqui.
Ou globalização no dos outros é refresco?
Faltam investimentos nos aeroportos do Brasil, que estão sobrecarregados com o surpreendente aumento de tráfego? Claro, isso é visível. Milhões de brasileiros ascenderam de classe e fizeram seus merecidos check-in. Com a persistente queda do desemprego e com os aumentos reais de salários - uma das conquistas da Era Lula que até a oposição reconhece (hoje, no Globo, até o colunista Noblat, a pretexto de criticar a influência de Lula na formação do governo Dilma, refere-se aos "resultados positivos" da gestão do operário) -, ganharam o direito de trocar o ônibus pelo avião e viraram turistas pela primeira vez na vida. Os aeroportos não estão preparados para atendê-los e, muito menos, as campanhias aéreas se organizaram para isso.
A mídia está em lobby pela privatização dos terminais. Isso explica porque noticiam amplamente quando o "caos" é estatal e o minimizam quando o tumulto é privado. Querem exemplos? Em fins de setembro, o aeroporto dos Confins foi fechado por pouco mais de uma hora em função do mau tempo. Isso foi o suficiente para uma companhia, a Web Jet, cancelar vôos e fundir outros. Supostamente, faltaram aviões e tripulação. Naquele dia, outras companhias normalizaram imediatamente suas rotas. Ou seja, o problema era da Web Jet, que por falta de aviões ou de tripulações transformou vôos que deveriam durar menos de três horas em uma peregrinação de 12 horas pelo país até levar o passageiro ao seu destino. Ontem, também coincidentemente em fim de mês, a Tam cancelou vôos e levou o "caos" a Congonhas. Tudo normal nas outras companhias. O problema seria outro, que a mídia nem badalou. As tripulações têm um número de horas regulamentares a cumprir durante o mês. E tendem a estourar esses limites. Aproximando-se o fim do mês, a fiscalização aperta o cerco e pilotos e comissários que estão no limite da lei são obrigados a ficar em terra. O passageiro paga o pato. Ou melhor, o passageiro é o pato. Alguém critica as companhias aéreas? Claro que não: vão dizer que culpa é do mercado que está "aquecido". Ou da falta de aviões e pilotos, cuja formação leva tempo. Ué! Contratem pilotos lá fora (a China faz isso, há brasileiros trabalhando lá). Façam leasing de aviões. Abram o mercado interno para companhias aéreas estrangeiras que queiram trabalhar aqui.
Ou globalização no dos outros é refresco?
domingo, 28 de novembro de 2010
Vencemos. Agora é garantir a vitória do futuro
por Eli Halfoun
A cidade voltou a ser maravilhosa pelo menos no iluminado sol de hoje, domingo, depois que se confirmou a tomada (é expressão usada nas guerras, mas foi exatamente o que vimos na batalha travada contra o tráfico no conjunto do Alemão, que era o mais complexo e perigoso da cidade). O sufocado carioca, vítima de um poutpourri de violências que vem de muitos anos, respira aliviado, sorri nas ruas como se tivesse tirado do corpo sofrido um câncer e foi isso mesmo o que aconteceu. Foi isso mesmo o que aconteceu. A polícia promete consolidar território (é preciso também estar também e a hora é essa em outras favelas, especialmente a da Rocinha). Sem dúvida, a polícia deve ter aprendido muito nessa batalha em que foi o “mocinho” de nossa intensa torcida, que já não se mostrou tão desconfiada quanto se mostrava até agora. O governo promete mais e necessárias ações sociais porque sabe que sem elas as ações policiais não funcionarão: os grupos se reorganizarão e outras batalhas virão. Especialistas em segurança (desses que fazem discursos, mas nunca estão no campo de batalha) acreditam que outros “comandos” tentarão ocupar o espaço deixado pelos derrotados. É evidente que embora enfraquecidos (perderam armas, perderam mercadorias, mas o importante é que de uma forma ou de outra os de bem perderam o medo). Os grupos do mal só conseguirão novos territórios e o reagrupamento de bandidos isso se as autoridades de segurança permitirem: o governo tem de continuar mostrando que é a força mais valente do estado. Nesse momento, o principal é, além de consolidar a vitória, não permitir em hipótese alguma que os marginais se renovem e se reorganizem. É preciso cortar o mal pela raiz. Afinal, foi o deixar correr mole no começo que sempre permitiu aos bandidos se organizarem e deu no que deu. Não é permitido permitir que isso se repita pra que a vitória de hoje não fique sem sentido amanhã.
A cidade voltou a ser maravilhosa pelo menos no iluminado sol de hoje, domingo, depois que se confirmou a tomada (é expressão usada nas guerras, mas foi exatamente o que vimos na batalha travada contra o tráfico no conjunto do Alemão, que era o mais complexo e perigoso da cidade). O sufocado carioca, vítima de um poutpourri de violências que vem de muitos anos, respira aliviado, sorri nas ruas como se tivesse tirado do corpo sofrido um câncer e foi isso mesmo o que aconteceu. Foi isso mesmo o que aconteceu. A polícia promete consolidar território (é preciso também estar também e a hora é essa em outras favelas, especialmente a da Rocinha). Sem dúvida, a polícia deve ter aprendido muito nessa batalha em que foi o “mocinho” de nossa intensa torcida, que já não se mostrou tão desconfiada quanto se mostrava até agora. O governo promete mais e necessárias ações sociais porque sabe que sem elas as ações policiais não funcionarão: os grupos se reorganizarão e outras batalhas virão. Especialistas em segurança (desses que fazem discursos, mas nunca estão no campo de batalha) acreditam que outros “comandos” tentarão ocupar o espaço deixado pelos derrotados. É evidente que embora enfraquecidos (perderam armas, perderam mercadorias, mas o importante é que de uma forma ou de outra os de bem perderam o medo). Os grupos do mal só conseguirão novos territórios e o reagrupamento de bandidos isso se as autoridades de segurança permitirem: o governo tem de continuar mostrando que é a força mais valente do estado. Nesse momento, o principal é, além de consolidar a vitória, não permitir em hipótese alguma que os marginais se renovem e se reorganizem. É preciso cortar o mal pela raiz. Afinal, foi o deixar correr mole no começo que sempre permitiu aos bandidos se organizarem e deu no que deu. Não é permitido permitir que isso se repita pra que a vitória de hoje não fique sem sentido amanhã.
A piscina do chefão é das crianças
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