Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Invasão ou rendição?
por Gonça
Em nota divulgada agora há pouco o governador Sérgio Cabral reafirma seu compromisso de prosseguir com a atual política de segurança do Rio de Janeiro e combater o poder paralelo que se instalou na cidade.
Cabral destacou a parceria do Rio com o governo federal, o presidente Lula e a presidente eleita Dilma Roussef. Leia a nota:
"As operações em curso no Rio de Janeiro, desenvolvidas por nossos policiais, pela Polícia Federal e pelas tropas militares, são essenciais para garantir o ir e vir das pessoas. É um direito básico, que é o nosso dever. O momento é de retomada de territórios, de afirmação da ordem e do Estado de Direito Democrático.
As equipes de Segurança vêm informando e esclarecendo à população sobre os acontecimentos, inclusive sobre o anúncio (hj, 27/11) de um ponto de rendição aos bandidos. O conjunto de ações no combate à criminalidade está recebendo o apoio da sociedade civil, o que nos estimula e reforça o fato de que estamos no caminho certo. Estamos todos unidos. Todos com o mesmo propósito: seguir em frente sem qualquer recuo na busca da libertação das pessoas do poder de bandidos nas comunidades.
A referência e o poder nas comunidades - e em toda a sociedade - deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida. Isso já ocorre em várias comunidades, a partir das Unidades de Polícia Pacificadoras, as UPPs, contra as quais a bandidagem agora reage, porque as UPPs lhes tomaram os territórios.
A parceria do Governo do Rio com o Governo federal, em contatos diretos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita, Dilma Rousseff, e ministros de Estado beneficia diretamente à nossa sociedade. A população deseja e vai se libertar, porque não vamos recuar na nossa política de Segurança.
A população está confiante. Os nossos policiais estão orgulhosos por esse apoio. É o meu compromisso, reafirmo, pacificar todas as comunidades onde houver o domínio do poder paralelo." (Sérgio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro)
O trecho em que o governador afirma que "a referência e o poder nas comunidades e em toda a sociedade deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida" merece crédito. Cabral se refere ao programa de UPPs, a primeira estratégia de governo que tem resultados a apresentar na luta com o domínio cruel que os traficantes exercem sobre as comunidades. É possível que esse trecho da nota também carregue um alerta à "comissão" formada, entre outros, por um pastor e um dos dirigentes da ong Afroreggae (que faz, por sinal, um belo trabalho social), que foi conversar com os traficantes e propor uma rendição ao bando. A própria polícia, como diz a nota, fez esse apelo aos bandidos, indicando-lhes, inclusive, o local onde deveriam se apresentar. Há cerca de meia hora, alguns traficantes se entregaram. Um dos membros da "comissão" comentou, ao voltar do encontro, que subiu lá por ser "neutro" e, assim, tentar evitar um derramamento de sangue. A tentativa foi válida e merece elogios. Mas, como assim, "neutro", se as comunidades, as maiores interessadas, querem se livrar desses bandos opressores? É possível ser "neutro" em um FlaxFlu se você é Vasco, mas nesse jogo sujo aí não dá.
Em nota divulgada agora há pouco o governador Sérgio Cabral reafirma seu compromisso de prosseguir com a atual política de segurança do Rio de Janeiro e combater o poder paralelo que se instalou na cidade.
Cabral destacou a parceria do Rio com o governo federal, o presidente Lula e a presidente eleita Dilma Roussef. Leia a nota:
"As operações em curso no Rio de Janeiro, desenvolvidas por nossos policiais, pela Polícia Federal e pelas tropas militares, são essenciais para garantir o ir e vir das pessoas. É um direito básico, que é o nosso dever. O momento é de retomada de territórios, de afirmação da ordem e do Estado de Direito Democrático.
As equipes de Segurança vêm informando e esclarecendo à população sobre os acontecimentos, inclusive sobre o anúncio (hj, 27/11) de um ponto de rendição aos bandidos. O conjunto de ações no combate à criminalidade está recebendo o apoio da sociedade civil, o que nos estimula e reforça o fato de que estamos no caminho certo. Estamos todos unidos. Todos com o mesmo propósito: seguir em frente sem qualquer recuo na busca da libertação das pessoas do poder de bandidos nas comunidades.
A referência e o poder nas comunidades - e em toda a sociedade - deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida. Isso já ocorre em várias comunidades, a partir das Unidades de Polícia Pacificadoras, as UPPs, contra as quais a bandidagem agora reage, porque as UPPs lhes tomaram os territórios.
A parceria do Governo do Rio com o Governo federal, em contatos diretos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita, Dilma Rousseff, e ministros de Estado beneficia diretamente à nossa sociedade. A população deseja e vai se libertar, porque não vamos recuar na nossa política de Segurança.
A população está confiante. Os nossos policiais estão orgulhosos por esse apoio. É o meu compromisso, reafirmo, pacificar todas as comunidades onde houver o domínio do poder paralelo." (Sérgio Cabral, Governador do Estado do Rio de Janeiro)
O trecho em que o governador afirma que "a referência e o poder nas comunidades e em toda a sociedade deve ser a do Poder Público, com pacificação e ações sociais em seguida" merece crédito. Cabral se refere ao programa de UPPs, a primeira estratégia de governo que tem resultados a apresentar na luta com o domínio cruel que os traficantes exercem sobre as comunidades. É possível que esse trecho da nota também carregue um alerta à "comissão" formada, entre outros, por um pastor e um dos dirigentes da ong Afroreggae (que faz, por sinal, um belo trabalho social), que foi conversar com os traficantes e propor uma rendição ao bando. A própria polícia, como diz a nota, fez esse apelo aos bandidos, indicando-lhes, inclusive, o local onde deveriam se apresentar. Há cerca de meia hora, alguns traficantes se entregaram. Um dos membros da "comissão" comentou, ao voltar do encontro, que subiu lá por ser "neutro" e, assim, tentar evitar um derramamento de sangue. A tentativa foi válida e merece elogios. Mas, como assim, "neutro", se as comunidades, as maiores interessadas, querem se livrar desses bandos opressores? É possível ser "neutro" em um FlaxFlu se você é Vasco, mas nesse jogo sujo aí não dá.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Perdeu, bandido
A fuga dos bandidos |
O terror se espalha na cidade. |
Mesmo bem armados, os bandidos tiraram o time de campo. |
A capa do caderno especial do Globo. |
Se a guerra ainda não foi vencida - falta muito - o Rio, pelo menos, deixou o canto do ringue e começou a se livrar do mata-leão que o crime lhe impõe há décadas. A varredura policial, além de coibir a violência e o cruel domínio que o tráfico exerce sobre as comunidades, vai, a médio prazo, tornar possível a implantação de políticas sociais que essas áreas tanto reclamam e precisam. A imagem dos blindados entrando em Vila Cruzeiro é simbólica. Mostra o acerto do apoio das Forças Armadas, que embora já tenham participados de operações urbanas esporádicas relutavam em ajudar a resolver um conflito que esmaga a cidade que vai sediar uma Copa e um Olimpíada. A repercussão internacional, na maioria dos jornais, é significativa: ao mesmo tempo em que as fortes imagens surpreendem, o fato de a cidade ter se decidido a resolver um dos seus mais graves problemas é comemorado. O que o Rio assiste hoje é a resistência do crime nos territórios que as UPPs ainda não ocuparam. E ficou claro definitivamente que problema social é uma coisa - e eles existem e precisam ser resolvidos - bandido com fuzil na mão é outra. Ao contrário dos "especialistas", os cariocas das comunidades dominadas pelos criminosos já sabiam disso há muito tempo. Os aplausos à chegada dos blindados traduzem ao mesmo tempo o drama que vivem e o que parece ser a porta para a reconquistas dos seus direitos humanos. A violência não vai acabar - mas pode chegar a níveis normais para um grande centro urbano - o tráfico de drogas também não (isso depende de outras soluções, entre as quais um debate sério sobre a legalização e políticas de saúde para os dependentes) mas o domínio de territórios por grupos armados e a subjugação de comunidades pode ter um fim. O Rio merece que o dia de ontem signifique um marco na recuperação da cidadania de todos os cariocas. Que a cidade partida enfim se una. Em torno da paz.
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