sábado, 8 de abril de 2017

Economia - Globo News descobre que o paraíso mora no fundo do poço...

Reprodução
por O.V.Pochê

A escritora Eleanor Porter criou a personagem Pollyana, heroina do que se rotulou de "literatura para moças", em 1913. Infelizmente, a autora morreu sem provar a grande glória de ver sua menina brilhando na Globo News.

Pollyana via tudo cor de rosa, sua vida era um "jogo do contente".

Tudo indica que, depois do golpe que derrubou Dilma Rousseff, a coleção de Eleanor Porter tornou-se o novo manual de jornalismo da Globo News. Até pela imagem da comentarista de economia, Tahís Herédia, ficou difícil acreditar no contorcionismo jornalístico que tentou provar que o Brasil vive um ótimo momento de recessão e desemprego já que essas duas variáveis dão "poder de compra" aos consumidores. Daí, conclui-se que o governo Temer está no caminho certo. Supondo que os golpistas continuem acertando, quando o desemprego chegar a 100% e o poço da recessão ultrapassar a crosta terrestre e atingir o núcleo do planeta, o poder de compra da rapaziada será tão grande que o Brasil se transformará em uma Noruega ou Suécia tropical.

Valeu pela diversão. As redes sociais estão rindo até agora.

A reinvenção do New York Times


por Teresa Mioli (para o Centro Knight)

O Centro Knight publicou o novo livro eletrônico em espanhol "A reinvençao do The New York Times: Como a ‘dama cinza’ do jornalismo está se adaptando (com êxito) à era móvel", do jornalista catalão Ismael Nafría.

A partir da análise da disrupção da indústria informativa após o surgimento da revolução digital,  Nafría examina a reinvenção do Times durante os últimos 20 anos. A meta: descobrir lições úteis para outros meios, "independente de seu tamanho ou localização".

“A transformação vivida – e que no entanto continua a acontecer – pelo The New York Times é um dos processos de reinvenção mais proeminentes ocorridos na história da indústria jornalística. O produto jornalístico, o modelo de negócios, a relação com os leitores e anunciantes, a maneira de trabalhar, a configuração da equipe, tudo mudou", escreveu Nafría. “Apenas uma coisa se manteve invariável durante todo esse tempo: a inequívoca vontade da empresa editora de apostar a todo momento no jornalismo e na informação da mais alta qualidade possível como base principal do seu negócio".

O livro, dividido em quatro partes, começa com textos concisos e resumos visuais sobre a inovação e a transformação do Times, incluindo dez conclusões e lições sobre a reinvenção digital do jornal.

Na segunda parte, Nafría faz uma crônica das “duas décadas de reinvenção digital” no Times, desde o lançamento do @times no America Online em 1994 até 2017, quando as edições impressa e digital do Times acumularam mais de três milhões de assinantes.

Na terceira seção, Nafría foca em projetos digitais específicos desenvolvidos pelo Times nos últimos anos, incluindo o NYT Beta e as numerosas newsletters produzidas pela publicação. Finalmente, a quarta parte analisa as outras fontes de receita do The New York Times, entre elas a organização de eventos ao vivo e conferências, assim como as viagens educativas.

“Eu acredito que este livro pode interessar a diferentes públicos. Por um lado, qualquer pessoa relacionada ao negócio dos jornais: o caso do Times oferece lições que podem ajudar.  A primeira parte do livro foi especialmente desenvolvida para eles", disse Nafría ao Centro Knight. “Por outro lado, aqueles que gostam, têm interesse ou sentem curiosidade em saber mais sobre o The New York Times encontrarão muita informação neste livro”.

Ismael Nafría (Foto de cortesia)
O autor acrescentou que o livro pode ser lido facilmente por partes, em função dos temas que mais interessam cada leitor.

“Espero –como aconteceu comigo- que os amantes do bom jornalismo descubram o grande trabalho que o Times realiza. O livro está repleto de links que permitem ampliar a informação ou consultar os trabalhos jornalísticos mencionados”, adicionou Nafría.

Consultor, editor e diretor de meios durante os últimos 30 anos, Nafría escreve do ponto de vista de um consumidor de notícias, um consultor da indústria, de um estudante permanente das inovações jornalísticas e de um .

O livro traz ainda visualizações de dados minuciosamente compilados por Nafría, depois de buscar entre montanhas de informação sobre o jornal referência dos Estados Unidos.

O autor disse que, durante este processo, uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi a profunda vontade de mudança, de transformação e de adaptação aos novos tempos que se pode notar em toda a organização". Apesar dessa aceitação da mudanla, Nafría assinala que o jornal mantém a todo momento "um compromisso inquebrantável com o jornalismo de qualidade".

“Fiquei surpreendido de maneira positiva pelo grau de transparência e vontade de se explicar que pode ser visto em algumas iniciativas do jornal, ainda que às vezes pode parecer o contrário", disse Nafría. “Se você sabe como procurar e tem paciência, você pode descobrir muitas coisas sobre o Times, e creio que o livro é uma prova disto”.

O professor Rosental Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, destacou o otimismo do livro de Nafría sobre o futuro, tanto do Times quanto do jornalismo como um todo.

“La reinvención de The New York Times serve para renovar nossa esperança de que as companhias jornalísticas tradicionais podem sobreviver e prosperar em um novo mundo que emerge da revolução digital. Mas também têm que compreender as enormes dimensões das mudanças que estão ocorrendo no mundo, para logo tratarem de se reinventar e se reposicionar", escreveu Alves no prólogo do livro de Nafría. “O exemplo do que se passou com o The New York Times, analisado de forma sem precedentes neste livro, será de grande ajuda para quem se interessa em ajudar os jornais na difícil transição que eles têm que fazer".

Nafría teve a ideia do livro em 2013, e trabalhou nele a fundo desde setembro de 2016, quando iniciou sua estância no Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas em Austin como jornalista residente.

“Decidi escrever este livro porque me parecia ser muito útil para toda a indústria jornalística -que atravessa uma crise muito importante de modelo de negócio- entender realmente o esforço de transformação que o Times estava realizando”, disse Nafría. “Eu tenho vivido estes problemas diretamente, dentro da indústria, e tenho tentado extrair lições do caso do NYT que possam ajudar outros meios".

O autor no edificio do The New York Times em Manhattan (Foto de cortesia)
Nafría trabalhou previamente como diretor de inovação digital e diretor de conteúdos digitais do Grupo Godó, na Espanha, e como subdiretor de conteúdos da Prisacom. De 1999 a 2005 ele escrevia a coluna semanal “La Crónica” no La Vanguardia Digital, onde foi redator chefe durante dois anos.

Este é o quarto livro de Ismael Nafría. O autor já publicou “Internet es útil” (2008), “Web 2.0. El usuario, el nuevo rey de Internet” (2007) e “Sr. Director: Les millors cartes dels lectors de La Vanguardia”.

Durante o período na Universidade do Texas em Austin, como jornalista em residência, Nafría organizou palestras, participou de conferências e ajudou a organizar e editar uma série especial sobre inovação digital no jornalismo latinoamericano para o blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight. Ele também mantém um blog sobre jornalismo digital.

“La reinvención de The New York Times: Cómo la ‘dama gris’ del periodismo se está adaptando (con éxito) a la era móvil” está disponível gratuitamente em formato digital no site do Centro Knight e na página de Nafría. Também se pode adquirir cópias impressas do livro na Amazon.

O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas publica livros eletrônicos gratuitos em espanhol, inglês e português desde 2007. Recentemente, o Centro publicou o livro do jornalista brasileiro Ricardo Gandour "A New Information Environment". Outros títulos de sucesso incluem “Cómo escribir para la web”, de Guillermo Franco, e “Herramientas Digitales para Periodistas”, de Sandra Crucianelli.

CÓPIAS FÍSICAS DO LIVRO PODEM SER ADQUIRIDAS NA AMAZON. UMA CÓPIA EM PDF, EM ESPANHOL, ESTÁ DISPONÍVEL AQUI

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Copa do Mundo da Rússia 2018: Com o Brasil garantido, torcedores fazem planos...


(do Sputnik Brasil)

Ultimamente, a área dos esportes na Rússia tem sido perseguida por azares de toda a espécie, cujo auge foi marcado por um grande escândalo de doping na véspera dos Jogos Rio 2016. Já agora, antes da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, estão surgindo novas provocações. Sputnik Brasil fez questão de descobrir o que os brasileiros acham sobre o assunto.
Berlim aconselha separar esporte da política aos que querem boicotar Copa do Mundo 2018
Foi o contraditório documentário da eminente emissora britânica BBC "O Exército de Hooligans da Rússia" que recentemente tem provocado uma grande onda de discussões quanto à hipótese de a "festa de futebol" se tornar em uma "festa de violência".
Para muitos, o respetivo filme pareceu nada mais que uma tentativa de desacreditar o país e desencorajar os fãs da modalidade de viajarem longas horas para desfrutar da vibração esportiva coletiva. A Sputnik Brasil falou com jornalistas, coordenadores e torcedores brasileiros para saber como é que será organizada a torcida do país verde e amarelo na Rússia e se eles têm medo dos duros "hooligans" russos.

'A gente não briga': tradição pacífica da torcida brasileira

Em muitos países, sobretudo europeus, o maior apoio às seleções nacionais durante as grandes competições de futebol é dado pelos chamados 'ultras' — torcedores super ativos que viajam por todo o mundo e manifestam sua paixão pela equipe através das canções, pinturas corporais e foguetes lançados em pleno estádio.

Infelizmente, alguns deles ultrapassam os limites em seu apoio desenfreado e acabam se envolvendo em brigas e confrontos violentos com os simpatizantes de outras equipes: foi precisamente isso que aconteceu no verão de 2016 durante a Eurocopa na cidade francesa de Marselha entre os torcedores russos e britânicos, em opinião de muitos, por mera falta de segurança policial.

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Musa provoca surto moralista em colégio do Recife...


Foto Facebook
por Ed Sá

Professora de educação física, modelo e dançarina, a pernambucana Madeleyne Cavalcanti recebeu um circular do Colégio Santa Maria, de Recife, onde há um pedido aos pais que, na verdade, embute uma repreensão sobre roupas curtas e decotadas ao determinar que, em nome do "zelo pela formação completa do educando" os responsáveis pelos alunos se vistam apropriadamente ao levá-los ou buscá-los.
Foto Facebook
Um do alvos teria sido a modelo, que é musa do Santa Cruz, já desfilou na Vila Isabel, no Rio, e ganhou fama como uma das estrelas da Arena Pernambuco durante a Copa do Mundo de 2014. Com 29 anos, 1.74m, curvilínea, Madeleyne não passa despercebida nem se usar um modelito islâmico.
Ela, que tem um filho no colégio, considerou a circular discriminatória e diz que veste no dia a dia roupas absolutamente normais. Não se sabe se a "recomendação" do colégio foi provocada por reclamações de alguma mãe ou de professoras. As redes sociais deitaram e rolaram em memes (abaixo) e muitos internautas atribuíram a polêmica a "inveja" e "recalque". Uma delas aproveitou para postar fotos do caos no trânsito que o colégio provoca na rua, sem nenhum zelo.





quinta-feira, 6 de abril de 2017

Mais um... Gazeta do Povo, de Curitiba, encerra versão impressa diária, passa a circular apenas aos sábados e investe no meio digital


Deu no Meio & Mensagem, em matéria de Igor Ribeiro. 

Em evento realizado em nesta quinta-feira, 6, em Curitiba, a Gazeta do Povo anunciou grandes mudanças em sua estrutura, estratégia e produtos. A de maior impacto é a reformulação do projeto editorial, que vai centralizar esforços na produção e no consumo de conteúdo mobile, encerrando a edição impressa de domingo à sexta-feira, a partir de junho.

O projeto digital exigiu investimentos de R$ 23 milhões nos últimos três anos – ainda em curso –, oriundos de capitalização do próprio GRPCom, grupo proprietário do título e de outros veículos no Paraná, incluindo a RPC, afiliada da Rede Globo. A nova plataforma de publicação da Gazeta, desenvolvida pela Eidos, permite ao jornalista produzir e atualizar textos, fotos e vídeos via smartphone, além de realizar transmissões ao vivo. Do lado da audiência, o conteúdo prioriza a formatação mobile, sendo responsivo a outras telas, como desktop.
“Antigamente para ter um jornal viável economicamente, precisava ter conteúdo de qualidade. Hoje, além da excelência em conteúdo, também é necessária excelência de tecnologia”, afirma Guilherme Pereira, presidente do GRPCom. Segundo o executivo, esse investimento se reverte também em ações direcionadas a melhorar a experiência do assinante e do anunciante, implementando também um sistema de venda programática premium, para qualificar o inventário da Gazeta.

Em junho, quando a publicação diária se encerrar, uma nova Gazeta do Povo impressa vai circular semanalmente, aos sábados, com uma espécie de análise dos principais fatos do período. O projeto editorial será reformulado, com maior atenção ao contexto dos fatos e fortalecimento das áreas de opinião. 
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO MEIO & MENSAGEM, CLIQUE AQUI

Vai uma cervejinha aí?


Temer, quem diria, foi parar no museu


Trabalhador em ação no cúpula do Museu Nacional, em Brasília, que está sendo revitalizado, deu o seu recado: pouco antes de passar uma mão de tinta no concreto escreveu o que a maioria dos brasileiros está dizendo: "Fora Temer". O fotógrafo do Correio Braziliense, Marcelo Ferreira, registrou O operário disse apenas que estava exercendo a liberdade de expressão. Não danificou patrimônio porque logo em seguida completou a pintura no local. A Secretaria de Cultura do Distrito Federal informou que comunicou o fato à firma responsável pela obra. Em nota, acrescentou que "o dono da empresa tomará providências". O herói vai ser demitido ou ganhar uma medalha?

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Grife de cosméticos é criticada por publicar anúncio considerado racista


por Clara S. Brito
A Nivea, divisão do Oriente Médio, publicou no Facebook uma propaganda de desodorante com foto de uma mulher com a frase 'White is Purity' (Branco é Pureza). Comentários na página associaram o anúncio a slogans hitleristas. A marca recebeu críticas mas, igualmente, provocou posts racistas de neo-nazistas que reforçaram a mensagem.
A Nivea retirou o post do ar. No Brasil, a empresa enviou uma nota ao Estadão:

"A Beiersdorf, grupo detentor da marca NIVEA, esclarece que o post realizado no Facebook de nossa filial no Oriente Médio, referente ao desodorante NIVEA Invisible Black&White, gerou preocupações sobre uma possível discriminação étnica. Lamentamos profundamente a qualquer pessoa que possa ter se ofendido com o conteúdo. Depois de perceber que este post tinha dupla conotação, ele foi imediatamente retirado do ar pela equipe local.

Diversidade e igualdade são valores cruciais da NIVEA. Valorizamos a diferença e acreditamos que a discriminação, direta ou indireta, não deve existir em nossas atividades. Isso se aplica independentemente do sexo, idade, raça, cor da pele, religião, ideologia, orientação sexual ou deficiência. Nem a origem cultural, étnica ou nacional, nem a convicção política ou filosófica têm qualquer relevância."

Campanha de moda com fotos explícitas abala a web

por Clara S. Britto
A grife Eckhaus Latta, de Mike Eckhaus e Zoe Latta, de Nova York, contratou o fotógrafo coreano Heji Shin, um dos mais requisitados no momento, para uma campanha para a coleção 2017 de moda íntima S / S '17. A marca não queria apenas modelos exibindo as peças, mas casais transando de verdade. "Tinha que ser autêntico. Eu não acho que a ideia de simulação nunca tenha cruzado nossa mente."", disse Eckhaus à W Maaagazine. A campanha está no ar e a internet tremeu como se passasse por um terremoto 10.0 na Escala Richter.

Fotos Divulgação/Heji Shin/ Eckhaus Latta




segunda-feira, 3 de abril de 2017

Curitiba rejeita o rótulo de "capital conservadora" e pede licença para balançar a bunda...


Leticia Sabatella foi agredida em Curitiba ao passar perto de uma manifestação da direita; o atual prefeito da cidade é aquele que já declarou que vomita com cheiro de pobre; Curitiba é a capital da elogiada Lava Jato, investigação que também recebe críticas por suposta parcialidade partidária. Muitos curitibanos se incomodam com o rótulo de "capital da direita" e lembram que manifestações contra o golpe e contra Temer também são expressivas no Paraná. Na semana passada, ressaltam, a atriz Fernanda Montenegro foi aplaudida ao mandar um "Fora Temer" em um teatro lotado.
Fora da política, Curitiba também é terra de saudáveis transgressões culturais como mostra matéria da Trip sobre meninas que subvertem a dança em busca de transformação pessoal.
Melhor assim.
LEIA NA TRIP, AQUI

Ê Bahêa, todo poder ao grafite: Arte das ruas de Salvador agora registada em livro


O fotógrafo e relações públicas José Francisco Paranaguá Guimarães reuniu durante mais de 30 anos, desde a década de 80, a arte dos grafiteiros em paredes, tapumes, encostas, superfícies públicas e particulares de Salvador, Bahia. 

O livro “ A Arte na Rua” (Editora Pinaúna) será lançado na segunda quinzena de abril e, segundo o autor, trará registros de grafiteiros pioneiros, como Faustino, Badalação, ML (Muito Louco), Mancha, Grupoema, Kaos, BL (Boca Livre), ações de Pinel - um dos pichadores mais conhecidos da cidade -,  até o panorama atual com crews de grafiteiros Esquadrão de Grafiteiros de Salvador (EGS), Coletivo Nova10Ordem, Calangos, Oclan, Toque Feminino (TF), além de artistas como Bel Borba, Leonel Mattos, Gustavo Moreno, Paulo Mello, etc. 

Um importante registro, no momento em que a intolerância e a ignorância cultural demonstradas por autoridades como o prefeito João Dória, de São Paulo, ameaçam a arte popular. 


Semana do Jornalistas exibe documentário sobre Tim Lopes e debate violência contra profissionais


(do site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) inicia a programação especial da Semana do Jornalista nesta quarta-feira (5), a partir das 19h, com a exibição de “Histórias de Arcanjo – um documentário sobre Tim Lopes”, seguido de debate sobre segurança e violência contra jornalistas. O evento tem entrada franca e será realizado no auditório João Saldanha (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro do Rio).

A violência contra jornalistas tem ganhado proporções alarmantes no Brasil. Somente no ano passado, o número de casos cresceu mais de 17%, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Estamos em 4º lugar entre os países onde há mais assassinatos de jornalistas, de acordo com a ONG Repórteres sem Fronteiras.

Confira a programação completa da Semana do Jornalista

Tim Lopes, assim como outros colegas, faz parte desta triste estatística. Ele foi assassinado por traficantes da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, em 2002, quando apurava uma reportagem para o “Fantástico”, da TV Globo. A sua morte provocou um amplo debate sobre a segurança dos jornalistas no Brasil – um objetivo perseguido até hoje.

O documentário “Histórias de Arcanjo” fala da vida de Tim Lopes a partir da ótica de seu filho, o jornalista Bruno Quintella, atual diretor jurídico do SJPMRJ, produtor da TV Globo e  roteirista do filme. O enredo é conduzido a partir de uma carta escrita pelo pai em 1999, onde Tim alertava Bruno sobre os perigos da vida adulta. A direção é de Guilherme Azevedo.

Após a exibição do filme, Bruno Quintella participa do debate com Mario Andrada, jornalista que atuou como diretor de comunicação da Nike no Brasil e foi chefe de comunicação dos Jogos Olímpicos Rio 2016, e Ubiratan Ângelo, ex-comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro e atual Coordenador de Segurança Humana da ONG Viva Rio no Brasil. A mediação será feita pela jornalista Beth Costa, atual integrante do Conselho Fiscal do SJPMRJ.

Este é o primeiro de uma série de três eventos que compõem a Semana do Jornalista. Na quinta-feira (6), a reforma da previdência proposta pelo governo federal estará em debate. Já na sexta-feira (7), Dia do Jornalista, o Sindicato convida toda a categoria para uma confraternização. Participe!


LEIA MAIS NO SITE DO SJPMRJ, CLIQUE AQUI

Pete Souza, ex-fotógrafo oficial de Barack Obama, publica imagens inéditas no Instagram e mídia pergunta se ele está trolando Trump...



Reproduções do Instagram do fotógrafo Pete Souza.

O fotógrafo Pete Souza trabalhou para dois presidentes americanos: Ronald Reagan e Barack Obama. Há três meses, ele abriu uma conta no Instagram e passou a publicar cenas inéditas do ex-presidente na Casa Branca.
Pete Souza. Reprodução Wikepedia
A imprensa americana pergunta se Souza não estaria adotando um certo estilo irônico ao comparar sutilmente o comportamento de Obama com o de Trump, a partir de situações registradas em fotos. Por exemplo, no dia em que Trump anunciou mais medidas do seu pacote de caça a imigrantes, Peter Souza publicou no Instagram uma foto de Obama em Kuala Lumpur, em 2015, conversando com uma uma criança muçulmana refugiada. Quando Trump ligou para o presidente Peña Nieto e ameaçou mandar tropas para a fronteira entre Estados Unidos e México, Souza publicou uma foto de Obama tomando uma tequila amiga com o mexicano, como se vê em uma das fotos acima.
Mas além das cutucadas políticas, o fotógrafo - que usava o celular para fazer flagrantes menos oficiais - tem publicado fotos que caracterizam uma era mais descontraída na Casa Branca. Até uma imagem de Bo, o cachorro dos Obama, na cadeira presidencial. Pete Souza está perto de bater um milhão de seguidores.

domingo, 2 de abril de 2017

Faz-me rir: a Folha e a falha...

Nos anos 1960, a compositora Edith Veiga fez muito sucesso com uma canção chamada "Faz-me rir". "Faz-me rir o que andas dizendo/ Não te enganes dizendo mentiras" (...) "Essa cínica farsa de agora, faz-me rir, ai faz-me rir", dizem alguns versos. "Faz-me rir" também já foi apelido de um bandido carioca e, recentemente, de uma gangue presa na Bahia.

A Folha lança um novo projeto editorial. O jornalão costuma fazer isso após tempestades. É um mea culpa formal, geralmente sofrido e mais teórico do que prático.

Lendo-o, é conveniente  botar pra tocar Edith Veiga.

A Folha participou do golpe de 1964 e engajou-se na ditadura durante os anos 70, especialmente na primeira metade, não apenas nas páginas do jornal mas com o forte apoio corporativo do grupo à repressão. No começo dos anos 80, a Folha lançou as bases de uma mudança editorial. Foi o primeiro veículo conservador, a apoiar as Diretas-Já. Na Constituinte e ao longo dos anos 90, o jornal manteve o alinhamento com as posições liberais conservadoras e a economia de mercado, próprias da elite política brasileira. Não fez campanha para Collor, mas apoiou em editorial uma das suas mais desastradas medidas, o brutal confisco da poupança. Na sequência, aliou-se a FHC e deixou o "pluralismo" de lado a partir daí. Na era Lula, entrou de cabeça no "jornalismo de guerra". E, finalmente, atuou com ferocidade no processo do recente golpe que derrubou uma presidente eleita. 

Mas uma vez, para a Folha, o pêndulo "moral e ético" balançou e parece ter chegado a hora do "apaziguamento". Em textos que apresentam o novo projeto, o jornal fala em "fazer prevalecer os valores do jornalismo profissional na cacofonia própria do meio digital, em que informação e entretenimento, realidade e rumor, notícias e "notícias falsas" tendem a se confundir e quase tudo se expressa com igual estridência, reproduzido de forma desligada do contexto original". Falou. Mas faltou dizer, diante do quadro de lastimável manipulação da mídia dominante, incluir aí fake news e pós-verdades circulantes nos grandes meios impressos atolados em política partidária. 

O novo "dragão da maldade" da atualidade é, para as grandes corporações de mídia, a incômoda internet. Ao mesmo tempo em que avalia como inevitável entrar no bonde digital, os meios da direita tentam desvalorizar e caluniar a nova mídia independente e passar a ideia de que só a "mídia das famílias" é capaz de fazer jornalismo. Tentam confundir a opinião pública colocando no mesmo saco de fake news "correntes de email", inverdades difundidas em páginas pessoais, falsos vídeos e montagens grosseiras, e sites e portais de qualidade, com editores e repórteres investigativos capazes de trazer à tona o que ao coral da velha mídia interessaria deixar sob o tapete. 

Para se ter uma ideia, a Folha defende, na apresentação do seu projeto, ninguém menos do que Michel Temer e as bandeiras do polêmico e notório núcleo quer o cerca. Há muitos outros me-engana-que-gosto no documento. Confiram: "parcela significativa da pauta deve apontar problemas, questionar autoridades, investigar irregularidades no âmbito público ou privado e organizar a cobertura de processos judiciais relevantes. Deve fazê-lo, contudo, de modo criterioso e prudente, evitando incidir em prejulgamento e exposição indevida de pessoas e empresas. É obrigatório veicular a versão dos fatos conforme a parte acusada, sobretudo antes da sentença definitiva, e noticiar absolvições que sobrevierem"; "mesmo com as cautelas recomendadas e adotadas, um jornal comete erros e imprecisões; pode, em certas circunstâncias, prejudicar indevidamente a imagem pública de pessoas e organizações; "é preciso reforçar o sistema interno de freios e contrapesos –a obrigação de publicar contestações fundamentadas, a atividade do ombudsman (profissional dedicado a representar direitos do leitor, das fontes e dos personagens do noticiário) e a veiculação metódica de retificações de equívocos constatados"; "o jornalismo da Folha se desenvolve num registro crítico, apartidário e pluralista";  "manter atitude apartidária desatrelada de governo, oposições, doutrinas, conglomerados econômicos de grupos de pressão"; estabelecer distinção visível entre material noticioso, mesmo que permeado de interpretação analítica, e opinativo".

Para não ganhar o carimbo "faz-rir", a Folha só precisa colocar tudo isso em prática.

Como diria o "estadista" que ela celebra: fá-lo-á?  


sábado, 1 de abril de 2017

1° de abril - Edição falsa do Globo anuncia renúncia de Temer, eleições diretas e o fim da revista Veja






Bom demais para ser verdade? O ilegítimo faz as malas, volta pra casa e o Brasil ganha Diretas-Já para, mais uma vez, virar a página de um golpe. Deputados passam a receber salário mínimo. Foi o que anunciou, entre outras matérias, uma edição falsa do Globo em formato tabloide, com oito páginas, distribuída ontem, véspera de 1° de Abril, em algumas estações de metrô e esquinas de São Paulo.

Não se sabe ainda a motivação, se provocativa ou marqueteira, nem quem são os autores da edição falsa. Especulava-se desde que era obra de manifestantes contrários ao governo, de coxinhas que querem "criminalizar" métodos de movimentos sociais e até que o "jornal" faria parte de uma campanha contra fake news.

O fato é que o Globo se queixou à polícia pelo uso da sua marca e pediu abertura de inquérito para identificar os responsáveis.


Reproduções/Web

A edição falsa do Globo também publica "anúncios" da Odebrechet garantindo que vai entregar todo mundo e comunica aos leitores o "fim" da revista Veja.

Sem comparar objetivos ou intenções, publicar notícias falsas em clima de 1° de Abril já foi uma tradição em jornais europeus e norte-americanos. Até hoje, um ou outro jornal ainda publica "notícias" falsas, geralmente bem-humoradas, no Dia da Mentira.

Ontem, jornais escandinavos, entre eles os suecos Smålandsposten, Dalarnas Tidningar e Västerbottens-Kuriren, anunciaram em sites que este ano quebrariam a tradição e não publicariam notícias-piadas em função do novo e condenável fenômeno de propagação de fake news. Um dos argumentos é que a internet acaba reproduzindo a brincadeira em compartilhamentos que acabam se transformando em "verdades". Alguns jornais regionais, contudo, mantêm a tradição, que, aliás, vem de longe.

Mesmo sendo outra história, vale citar um caso onde o espírito foi o mesmo. Em 1938, Orson Welles apavorou os Estados Unidos com um programa de rádio que simulava um ataque extraterrestre. "A invasão dos marcianos" era uma peça de radioteatro mas os ouvintes da CBS não foram avisados da ficção.  No dia seguinte, o título do Daily News resumia o pânico: "Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos". Mas aquela não foi uma brincadeira de primeiro de abril: a invasão fake de Welles foi ao ar em 30 de outubro de 1938.

Veja, abaixo, com informações e reproduções do hoaxes.org, algumas edições falsas e históricas de jornais que fizeram pegadinhas com seus leitores.

Thomas Edison inventava tanta coisa que o New York Graphic
noticiou que ele criou uma máquina capaz de transformar terra em cereal. 


Em 1923, o NYT revelou que os soviéticos haviam descoberto uma maneira
 de aproveitar a energia das tempestades e furacões e, com isso,
enviar objetos a longa distância, além de obter energia elétrica. 


O jornal Madison Capital Times simulou, em 1933, a destruição
do Capitólio de Wisconsin 

Em 1969, o Daily Journal, Illinois, publicou na primeira página a falsa aterrissagem
de uma cápsula soviética na cidade de Kankakee. 
Em 1986, Le  Parisien revelou que a Torre Eiffel seria levada para a Euro Disney.
Pior: que lá seria desmontada e as ferragens utilizadas na construção de um estádio. 


sexta-feira, 31 de março de 2017

Livro revisita os protagonistas do maior crime da imprensa brasileira

A mídia brasileira replica atualmente campanha dos jornais americanos e anuncia a montagem de núcleos editoriais para combater fake news, o que é louvável, mas comete três erros nos seus anunciados projetos de checagem de notícias. O primeiro, ao praticar fake news induz os leitores a considerar que as mentiras difundidas em mutas páginas de redes sociais e em "correntes" de emails são a mesma coisa que opiniões e matérias veiculadas em sites e blogs de jornalismo independente. O segundo, ao não incluir nas checagens as suas próprias fake news, omissões ou distorções motivadas por alinhamento político-partidário, ideologia, crenças ou "valores". O terceira, ao desvalorizar o meio digital independente, que, no Brasil, dá mostras de profissionalismo,produz importantes reportagens investigativas sobre temas que a imprensa conservadora evita e já tem o reconhecimento da audiência como uma alternativa saudável ao jogral dos grupos que dominam a mídia.


Nesse sentido, o lançamento de um livro-reportagem sobre o Caso Escola Base, que será será lançado dia 4 de abril, em São Paulo, é mais do que oportuno e é um dos exemplos históricos de antijornalismo. Um dos mais graves e cruéis erros da grande mídia, o Caso Escola Base nunca será suficientemente discutido. Capas de revistas, títulos em primeira páginas e cenas de telejornais da época deveriam estar permanentemente nos murais das redações como um exemplo do que não se deve fazer.
O livro regata a memória dos principais personagens do caso e conta o que aconteceu com eles depois do bombardeio midiático. Em 1994, os donos da Escola Infantil Base, em São Paulo, foram acusados de terem abusado sexualmente de alunos. A mídia explorou essa versão, sem sequer ouvir o outro lado, e provocou um clima de revolta na opinião pública. A escola foi depredada, os donos vítimas de torturas físicas e psicológicas, com rostos e perfis pessoais divulgados nacionalmente, antes de qualquer prova. Alguns meses depois, os acusados foram inocentados pela Justiça.
Para saber como viveram os personagens, se superaram ou não o trauma, o jornalista Emílio Coutinho dedicou meses de apuração e pesquisa.
O casal Shimada, vítima da crueldade, já faleceu. O livro conta como foram seus últimos dias. E não deixa de ouvir alguns dos seus algozes e contar como foram desmascarados.
O livro será lançado no dia 4, a partir das 18h30, na Livraria Martins Fontes, Av. Paulista, 509, próximo à Estação Brigadeiro do Metrô.
No dia seguinte, 5/4, haverá um debate no Auditório Nelson Carneiro, Avenida Liberdade, 899, das 18h às 19h15, com as presenças do autor do livro e do jornalista Florestan Fernandes Jr. que, na época,  desconfiou da versão oficial da grande imprensa, investigou o caso e mostrou que os proprietários da Escola Base estavam sendo injustamente acusados.
Houve ações reparatórias contra a Folha, TV Bandeirantes, jornal Estado de São Paulo e Editora Abril. Anos depois, o STJ condenou o governo paulista a pagar uma indenização ao casal. Até 2014, quando o caso completou 20 anos, tal indenização não havia sido paga.

Selfie no Face provoca suspensão de professora




por Jean-Paul Lagarride 

"Fuderam minha vida". Foi o desabafo da professora inglesa Lydia Ferguson, 30,  que foi suspensa da sua escola depois de postar uma foto no Facebook, reproduzida aí ao lado.

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A direção considerou a selfie "sensual demais" segundo o jornal Mirror.

"Nem meu avô se ofenderia com isso", reagiu ela, que é casada e tem três filhos.

Os alunos protestaram e lançaram uma petição nas redes sociais: "Get Miss Ferguson Back". "Ela é uma professora brilhante", elogiou um aluno, ao criticar o moralismo do colégio.

O caso esquenta uma polêmica:  postar informações, opiniões e comentários em perfil e grupos particulares pode resultar em punição por parte do empregador?

Ao contrário de outros casos conhecidos, que envolveram relacionamento sensual entre professoras e alunos, Lydia Ferguson argumenta que não compartilhou a foto com alunos nem a enviou para qualquer pessoa e a selfie mostra apenas "um pouco de pernas".

Eleições 2018: comece a escolher seu candidato

por Niko Bolontrin 
Dizem os comentaristas que o "quadro" das eleições de 2018 está "indefinido". Bom, quase toda eleição, antes da abertura das urnas, é teoricamente indefinida. Nos Estados Unidos e aqui, acharam que Hillary Clinton já havia "definido" Trump no canto do ringue e deu no que deu.

O que já dá para dizer é que o Brasil poderá ter clones de Donald Trump, expoentes da direita e celebridades das Justiça na corrida eleitoral do ano que vem. Com Lula no exílio em Curitiba a partir de maio, segundo power point que circula nas redações, é difícil apontar favorito, mas você já pode começar a pensar no seu voto. .

Políticos que têm suas notoriedades atreladas a elementos de fácil identificação para os eleitores costumam ir aos cartórios e acrescentar aos próprios nomes a circunstância ou o local que, imaginam, facilitará suas identificações na boca da urna. Alguns "famosos" são cogitados ou já se lançam como presidenciáveis. Certamente, vão incorporar aos nomes que aparecerão na maquininha de votação as referências que os tornaram conhecidos, tipo Dudu do Posto, Zezinho da Zona, Maria da Bíblia, Cazuza do Lixão, Vavá da Boca e Expedito da Rifa.

Em 2018, devem vir aí, no quesito "apresentador de televisão", tal qual o americano âncora do The Apprentice, João Doria e Luciano Huck. Provavelmente vão subir no palanque como João "Caça-Grafite" Doria" - e Luciano "Caldeirão" Huck, pode ser também Luciano "Tiazinha e Feiticeira" Huck ou Luciano "Vou de Táxi" Huck. E Doria, que imita o estilo Trump, poderá optar por João "Make Brazil Great Again" Doria.

Os dois terão terão como concorrentes Jair "Doi-Codi" Bolsonaro, Sérgio "Condução Coercitiva" Moro e Joaquim "Mensalão" Barbosa ou Joaquim "Domínio do Fato" Barbosa. Devem se apresentar também Eduardo "Ciclovia" Paes, Aécio "Cidade Administrativa" Neves, Geraldo "Metrô" Alkmin e Henrique "FMI" Meirelles.

Nome igualmente citado é o da Carmen Lúcia, do STF. Seria Carmen "Cala-boca já morreu" Lúcia. Disputaria com outra mulher, Marina "Cadê?" Silva ou Marina "Agora é Aécio" Silva em oposição a Ciro "Recebo a turma dele a bala" Gomes. De última hora, podem vir aí Edir "Lista da Forbes" Macedo e Kim "Irmãos Koch" Kataguiri. E não desprezem as articulações para a candidatura de Temer. Seus assessores estão na dúvida se ele dever vir identificado pelas suas maiores bandeiras - Michel "Terceirização" Temer ou Michel "Fim da Previdência" Temer. Há também quem ache que ele homenageará amigos: "Michel "Eduardo Cunha" Temer ou Michel "Eliseu Padilha" Temer.

Se eleito, Temer pretende terceirizar o cargo para Moreira Franco, é o que dizem.

Vai, Brasil! Vai pra...

quinta-feira, 30 de março de 2017

Netflix invade Hollywood: filme War Machine, com Brad Pitt, dá ao serviço de streaming status de grande produtora cinematográfica

por Ed Sá

A crítica americana diz que, com a contratação de Brad Pitt, a Netflix se torna verdadeiramente hollywoodiana. E o serviço de streaming já está divulgando o trailer de War Machine, seu primeiro filme com status de mega produção.

O filme, que estaria entre uma sátira à guerra do Afeganistão, toques de reality show e drama é sobre a ascensão e queda de um general da Otan. É sátira militar, mas, a julgar pelas primeiras impressões, não teria a intensidade de um M.A.S.H, o clássico sobre a Guerra do Coréia.

Dirigido pelo australiano David Michôd, tem no elenco, além de Brad Pitt, Ben Kingley, Tilda Swinton, Emory Cohen, Topher Grace, Anthony Michael Hall, Will Poulter e Meg Tilly. O filme será lançado na Netflix no dia 226 de maio.  Veja o trailer, clique AQUI. 

Correção: 26 de maio

Um drible na tradução...


Com a seleção brasileira classificada para a Copa de 2018, o Globo publica hoje uma matéria sobre o assunto e comenta os primeiros planos da CBF para a busca do Hexa em Moscou. O título é "Partiu Rússia", em corpo menor. Mas a mesma expressão supostamente em russo destacada na página ficou na boa intenção. O Google Tradutor não ajudou. As duas palavras, juntas, não têm o significado da expressão brasileira e não fazem sentido, segundo russos residentes no Rio. Alguns acharam o título confuso e até engraçado, dizem que a palavra "partiu" como foi traduzida tem o sentido de "dividiu".

O pequeno erro lembra uma falha da Manchete em uma edição em russo, sobre o Brasil, que foi distribuída na então União Soviética.

O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata) relatou o episódio.

"O processo de transformação econômica e social da União Soviética, incentivado pela glasnost e a perestroika, em 1988, repercutiu no mundo ocidental e também no coração do velho Adolpho. Ele, que chegara ao Brasil em 1922, fugindo da Revolução Russa, exultava com a perspectiva de volta a sua terra natal, em grande estilo. Programou a viagem na qual levaria em mãos, para ser entregue ao líder soviético Mikhail Gorbachev, a revista Manchete. Número especial, escrito em russo, mostrando as riquezas do Brasil. Problemas decorrentes da língua e da tipologia marcaram a elaboração da edição. Foi necessário recorrer à embaixada da URSS. Adolpho Bloch só recebeu os exemplares da revista em Paris. Verificou-se, então, que havia um erro na terceira página, exatamente no título de uma mensagem do então presidente José Sarney, que faria visita oficial a Moscou.

Por uma  falha do funcionário da embaixada soviética encarregado da revisão final, havia um erro. Onde deveria estar escrito "Mensagem ao Povo Russo" foi impresso o título "Mensagem ao Povo Brasileiro". Um susto e um corre-corre. O erro acabou sanado artesanalmente, em um quarto de hotel de Paris. Parte do grupo que acompanhava Adolpho Bloch na viagem passou uma noite colando adesivos, com o título correto, sobre a falha russa.

ATUALIZAÇÃO - O Globo de hoje, 31/3/2017 -  publica Correções a propósito da matéria "Partiu Rússia", de ontem. Veja na reprodução abaixo: