sábado, 26 de novembro de 2022

Fotomemória: as novas "bancas" de revistas

Eva Christian, o comediante Canarinho e Francisco di Franco na novela Jerônimo,
Heroi do Sertão, na TV Tupi, nos anos 1970. Foto: Manchete/Reprodução

Muitas revistas impressas encerraram suas trajetórias nos últimos 15, 20 anos. Um grande número delas permancem ativas no Facebook, em blogs, no You Tube, no Instagram e em sites não-oficiais. Todos todos construídos por leitores. Revistas como Manchete, Manchete Esportiva, O Cruzeiro e outras têm suas coleções doigitalizadas pela Biblioteca Nacional. Os principais jornais também disponibilizam suas coleções na internet. Fotos do Correio da Manhã pode ser acessadas no Arquivo Nacional. O acervo do Última Hora é visto e lido no Arquivo Estado, do governo de São Paulo. 

Muitas publicações de várias áreas, contudo, ainda não estão catalogadas digitalmente na internet. É aí onde entram muitos leitores que valorizam a memória do jornalismo. A página Revistas Antigas, no Facebook, neste link, se dedica a postar fotos pesquisadas na própria web e a republicá-las na "banca" da esquina especializada em fotómemória do jornalismo. 
Política, esporte, meio-ambiente, crimes famosos, carreiras de grandes nomes da música, da literatura, política, as mudanças de comportamento da sociedade, todas estas rubricas estão retratadas em coleções de publicações que os leitores recuperam para as novas gerações interessadas nas páginas da história. Atualmente, portais de streaming como Globo Play, Prime e outros lançam documentários ou podcasts pesquisados, em parte, em imagens de revistas antigas, casos de Nara Leão, Leila Cravo, Daniella Perez, Tim Maia, entre ourtros.    

O face Revista Antigas (link) publicou recentemente a foto acima (o colaborador do paniscumovum, Nilton Muniz, colega na extinta Bloch, nos enviou o post de Marco Antonio Amaral) e fez um referência merecida ao jornalista, escritor e quadrinista Moysés Weltman. Em 1957, há 65 anos, Weltman lançava a publicação em quadrinho Jerônimo, Herói do Sertão, que nos anos 1970 virou novela no TV Tupi e, no anos 1980 foi exibida no SBT. Originalmente, a novela fez enorme sucesso quando foi ao nos anos dourados da poderosa Rádio Nacional, o primeiro veículo a alcançar todo o Brasil. 


Em revista,  Jerônimo era desenhado por Edmundo Rodrigues, que durante anos chefiou o departamento de histórias em quadrinhos da Bloch Editores. 

Também na Bloch, Moyses Weltman teve longa trajetória. Dirigiu a revista Amiga nos anos 1970, e fez uma passagem como editor da Fatos & Fotos. Com grande vivência em televisão, Weltman foi um dos profissionais que trabalhou ao lado de Adolpho Bloch para lançar a Rede Manchete.           

Um comentário:

Nilton Muniz disse...

Parabéns por mais este precioso texto! Me lembrei aqui dá clássica frase que ele, Moisés, disse ao Chico Anísio, referindo-se à quantidade de filhos que o comediante já tinha com mães diferentes: " O Chico dá mais pensão que a rua do Catete". 🤣🤣