quarta-feira, 17 de julho de 2019

Parabéns a todos os envolvidos: a barbárie social que o Brasil pediu nas urnas já se instalou...

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A capacidade de Jair Bolsonaro desmontar a civilização e implantar a barbárie social no Brasil é espantosa e veloz. Ontem, o jornalista Arnaldo Bloch, do Globo, listou os itens da cartilha neofascista com que o governo ataca todas as áreas. As medidas oficiais tomam as quatro colunas do texto. Enquanto a gráfica rodava o jornal, o inquilino do Planalto divulgava mais duas decisões inacreditáveis.
A primeira, suspende contratos para a produção de 19 medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O corte atinge laboratórios públicos que fabricam remédios que custam ao governo 30% mais baratos do que os equivalentes dos laboratórios privados para pacientes que sofrem de câncer e diabete ou que passaram por transplantes. Mais de 30 milhões de brasileiros dependem desses medicamentos.
A segunda, em nome da desburocratização e para atender a pedidos de entidades empresariais, Bolsonaro quer reduzir a cota de menores aprendizes e de pessoas com deficiências que as empresas são obrigadas por lei a contratar.
As medidas a serem implantadas mereceram pouco repercussão na mídia oligárquica. Por um simples motivo: editorialistas, editores e colunistas de política e economia parecem considerar que se este desmonte é o preço a pagar pela reforma da Previdência, reforma tributária e aos dogmas em geral da economia neoliberal, que assim seja. Os 13 milhões de desempregados, os mais de 20 milhões de subempregados, o fim das políticas sociais, o desprezo ao meio ambiente, agrotóxicos para todos, a demonização da Cultura, o fundamentalismo religioso contaminando o Estado laico, o neofascismo que dirige comportamentos, as ameaças estilo tropas de choque hitleristas a jornalistas independentes ampliam as desigualdades e cobram alto custo da democracia e da liberdade. Mas o que importa tudo isso se o confisco da Previdência se realiza? 


Um comentário:

J.A.Barros disse...

Diante desse quadro político demonstrado nessa postagem, sentimos , infelizmente, que este país mais uma vez vai sofrer um atrazo no seu desenvolvimento em torno de 50 anos. É triste constatar que o pior inimigo do seu crescimento tem sido o seu próprio governo que decreto por decreto vai inviabilizando crescimento social e investimentos na indústria e no seu comércio. Vamos chorar mais tarde todas essas medidas que enfraqueceram e tornaram inviáveis o crescimento político e social deste país.