por Flávio Sépia
* É difícil encontrar na história do futebol um caso de tão má administração da carreira como o de Neymar. Há muitos exemplo de jogadores que ficaram abaixo dos seus potenciais. A maioria, como o craque Heleno de Freitas, por problemas de saúde; alguns por dependência química, outros por sofrerem pressões políticas; e até quem se prejudicou por indisciplina crônica. Neymar está milionário, claro, mas apenas aos 27 anos vive um momento crítico na carreira. Tão sério, que ao voltar a campo deverá enfrentar quase que um recomeço. Enquanto se recupera de contusão, enfrenta acusações de estupro no Brasil, problemas com os fiscos aqui e na Espanha e um impasse profissional. Já rejeitou publicamente o PSG e declarou que quer voltar para o Barcelona, que, assim como os torcedores, estava dividido em relação à sua contratação e aparentemente já desistiu, segundo a mídia espanhola. Se não surgir outro clube interessado, Neymar terá que se apresentar ao PSG. Não por acaso, Neymar foi visto apelando pra Jesus em um culto evangélico.
* Bolsonaro fechou a Rádio MEC, que funcionava desde 1923, mas não resistiu a seis meses do novo governo e aos cortes indiscriminados de verbas. O presidente não faz a mais remota ideia do que representa a emissora e o ministro Paulo Guedes muito menos. Este, então, é um especulador robótico incapaz de reconhecer algo fora dos porões financeiros. A rádio encerrará suas transmissões no fim de julho.
* Por falar em cortes indiscriminado de verbas, essa é uma política letal. Quando o alto burocrata aciona a tesoura neoliberal está não apenas aplicando um instrumento burocrático, mas inviabilizando a saúde pública. O Rio tem hospitais federais paralisados, crise aguda em instalações municipais e estaduais, já com registro de mortes por impossibilidade de atendimento. A falta de dinheiro nem sempre é justificada. Como exemplo, a cidade do Rio está sem verbas mas com anuência do prefeito Crivella vereadores acabam de abrir mão de um dívida dos cartórios cariocas de mais de 400 milhões de reais. No caso do atual projeto de confisco da Previdência, há uma bondade equivalente. No corpo da tal "reforma", deputados aprovaram na madrugada uma emenda ao relatório que pode perdoar até 100 bilhões de reais para os ruralistas que já são privilegiados por se pendurarem no caixa público em inúmeras outras benesses.
* O governo tem seis meses, mas a campanha eleitoral para 2022 já agita gabinetes. Bolsonaro ensaia volta ao palanque, dessa vez com Moro como candidato a vice. Rodrigo Maia estaria sonhando com a chapa João Doria-Luciano Huck. O governador do Rio, Wilson Witzel já revelou que o Planalto é seu sonho de consumo. José Serra não se manifestou, talvez quando acordar. Não está confirmado se Queiroz e Olavo Carvalho formarão chapa de outsiders.
* O que Donald Trump fumou? O presidente americano disse ontem em discurso sobre o 4 de julho que um dos fatos históricos da guerra da independência foi a tomada de aeroportos pelo exército americano em 1775. "Nosso Exército derrubou as muralhas, tomou o controle dos aeroportos, fez tudo o que tinha de fazer". Trump tentou justificar o erro ao dizer que o teleprompter apagou. Foi pior: a mancada histórico foi então de sua autoria mesmo.
* Agora é pra valer, "Vem meteoro!" - Nas redes sociais, os descrentes do Brasil atual preferem a hecatombe expressa no bordão que viralizou. Pois bem, a Nasa acaba de atendê-los. Um asteroide de 340m de diâmetro e 55 milhões de toneladas está a caminho da Terra, com chegada prevista para 3 de outubro. O risco de cataclismo é baixo, mas quem sabe o asteroide desvia do caminho e cai em Brasília.
* Não é verdade que Faustão vai abrir um quadro no Domingão onde Sergio Moro, Dallagnol, Mourão, Bolsonaro, Damares, Queiroz e o Sargento Mula que transportava cocaína no Aerococa oficial vão participar de um reality show que apontará quem se comunica melhor com o povão.
* Depois de lucrar bilhões com a Lava Jato, os Estados Unidos pegaram o gosto. Promotores americanos responsáveis pelo processo contra o megatraficante El Chapo, pedem a apreensão de
US$ 12,7 bilhões em bens do cartel mexicano. Não há informações se a força-tarefa gringa vai criar uma fundação especialmente para eles próprios administrarem a dinherama.
* O FMI faz o que pode para ajudar o presidente da Argentina em ano eleitoral. Acaba de mandar mais 5,4 bilhões de dólares para o caixa de direitista Mauricio Macri, candidato à reeleição, mas que está em baixa nas pesquisas. Em troca o governo se comprometeu a apertar ainda mais o bolso dos hermanos que já estão sem furo disponível nos cintos.
* Supostamente, as palavras "suposta" e "suposto" foram as mais digitadas e pronunciadas em todos os computadores do veículos do Grupo Globo desde que vazaram as mensagens do ex-juiz Moro e seus "funcionários" da força-tarefa.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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Um comentário:
Não, não aceito nenhuma desculpa de um Trump, Presidente dos US, homem de negócios de grande porte, e empresário conhecido no mundo cometer um erro dessa natureza. Ora, falar num discurso, mesmo sem o teleprompter, que na guerra de Independência dos US, em 1775, o exército americano teria derrubado as muralhas e tomado conta dos aeroportos dos ingleses, é imperdoável. Revela até uma falta de improviso que uma pessoa inteligente deve ter.
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