Calendário Pirelli 2019. Foto de Albert Watson/Divulgação |
Criado em 1964, o Calendário Pirelli tornou-se um ícone pop da fotografia. Modelos e atrizes que se destacaram em pouco mais de 50 anos passaram pela folhinha em ensaios sofisticados e sensuais, clicadas pelos mais importantes fotógrafos internacionais.
Esse trem já passou.
O Calendário Pirelli, que já foi ilustrado por um time sexy de brasileiras como Sonia Braga, Alessandra Ambrósio, Isabelli Fontana, Adriana Lima, Gisele Bundchen e Carol Trentini, deixa de mostrar mulheres "como objetos". A edição 2019 é comportada.
O fotógrafo Albert Watson, autor dos novos ensaios, convocou modelos para interpretar personagens que contracenam com homens, vivem situações "críticas" na vida e demonstram "superação". Um dos temas é a angústia de um mulher que vive enclausurada; outro, uma dançarina frustrada após a aposentadoria; ou uma que sonha em ser pintora; e, ainda, aquela que é fotógrafa especializada em botânica, mas que gostaria mesmo era de fazer retratos. Vivem perturbações diferentes, mas têm uma coisa em comum: são divas em clima retrô, quase vitoriano, acentuado pelo excesso de roupas.
Afinado com os novos tempos, pode ser pendurado, sem problemas, na parede do gabinete do papa Francisco, no Vaticano.
O Santo Ofício não vai reclamar.
Um comentário:
Roupa da vovó agora é politicamente correta
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