Rumores de que a Abril estava no limite da faixa de risco em função de prejuízos acumulados e crescentes eram conhecidos. Na última semana, sites especializados em mercado de comunicação deram a palavra aos herdeiros de Roberto Civita, que minimizaram a crise e pintaram um retrato até otimista do momento da editora, que estaria motivada para sair da encrenca, algo como se viu nas palestras de Tite antes da derrocada da seleção na Rússia.
Não estava.
Coube ao colunista Lauro Jardim, do Globo, abrir a caixa de segredos: Giancarlo Civita, presidente executivo, e Victor Civita Neto, presidente do conselho editorial, deixaram ontem o comando do grupo por recomendação de bancos credores que contrataram um empresa de auditoria para varrer a poeira e levantar o tapete da crise. Giancarlo Civita e Victor Civita Neto perdem os cargos executivos, mas permanecem em assentos do conselho editorial e no controle acionário. O novo presidente é Marcos Haaland, da consultoria Alvarez & Marsal
Para jornalistas e demais funcionários, não há notícia boa. Tem sido assim no últimos cinco anos. Vários executivos passaram pela presidência do grupo. Em comum, deixaram apenas um rastro de demissões.
Prevê-se, agora, um corte de mais de 300 funcionários. Não há teto para o número, que os mais pessimistas acreditam que se aproximará de mil.
2 comentários:
Essa revista deixou de fazer jornalismo para fazer política partidária. Às forças que conspiraram para o golpe com bancos e indústria e especuladores e empresas não vão retribuir é vital algum no chapéu dos Civitas? Afinal muita gente está ganhando dinhrdin notícias governo golpista, estão vendendo barato o pré sal, distribuidoras de eletricidade, o satélite brasileiro. Muita grana rolando
Espero que uma editora tão importante para o Brasil se recupere.
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