A Copa em cena Foto Rovena Rosa/Agencia Brasil |
por Niko Bolontrin
Ameaçando o cidadão com as teorias mais desencontradas, algumas até meio loucas, outras com um certo fundamento, antropólogos, sociólogos, o motorista do 409, o coreano da pastelaria e o cagueta da Lava Jato de folga no spa, tentam teorizar sobre o desinteresse dos brasileiros pela Copa do Mundo. O uso da camisa amarela por coxinhas e paneleiros e a consequente associação com o golpe e com o governo Temer, o desastre dos 7X1, a crise econômica, a desesperança, o desemprego, o povo de Jesus - o do Oriente Médio, não o craque - que tem mais o que fazer, as denúncias de corrupção na CBF, a existência de Gilmar Mendes, a ausência de Lula, o El Niño, a alta do dólar, a separação de Luciana Gimenez, o cachorro da família Temer, as ordens do pastor Crivella que é contra samba, carnaval, futebol e beijo na boca, os delírios da direita que denunciam o lateral Marcelo como comunista por jogar pela esquerda, a greve dos caminhoneiros e o imposto de mais de 60% sobre o chope. Tudo é motivo.
Todas e cada um dessas teorias terão que ser revistas, a cada jogo, se a seleção avançar. Um dado que ajuda na polêmica. A audiência da TV Globo, segundo o Ibole, subiu 12 pontos em São Paulo e 13 no Rio, no momento em que transmitia a abertura da Copa da Rússia, em relação aos índices que o horário registrou no último mês. Durante o jogo Rússia 5 X 0 Arábia Saudita, do qual não se esperava muita coisa, foi a 23 pontos em São Paulo e 29 no Rio.
Um comentário:
Copa e apenas futebol, se a seleção começar a ganhar as ruas se enchem. O resto e besteirol
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