segunda-feira, 3 de julho de 2017

Hoje deu Barata voa no Rio de Janeiro: Polícia Federal distribuiu vale-cadeia para empresários suspeitos de corrupção

Deu no Extra. Barata foi preso no Galeão. Em vez do check-in pra Lisboa, check-out rumo à PF. 

A Polícia Federal madrugou hoje no ninho dos Barata, os poderosos controladores do sistema de ônibus do Rio de Janeiro. A operação, que é parte da Lava Jato, investiga suspeita de pagamentos de propinas a políticos. O empresário Jacob Barata Filho foi preso no Galeão quando embarcava para Portugal. Outras equipes de policiais tocaram a campainha e casas e apartamentos de luxo de uma leva de suspeitos que integrariam o esquema. Se as operações alcançarem políticos, serão necessários vários ônibus para conduzir a turma ao ponto final: a cadeia.

Não é de hoje que são reveladas as ligações nada transparentes entre empresários de transporte urbano e políticos do Estado e do município do Rio de Janeiro Uma das suspeitas aponta o grupo, que é grande financiador de campanhas eleitorais em vários níveis, como responsável por desvio de rota de até enguiço de CPIs que tentaram apurar o nó público-privado que alimenta o setor.
Muito antes da Lava Jato, políticos independentes e manifestantes pediam publicamente que fossem apurados os estranhos poderes do setor junto às administrações públicas.

Para mostrar que os manifestantes tinham razão é só dá um Google no evento que ficou conhecido como o "Casamento da dona Baratinha".

Em julho de 2013, os Barata, políticos e empresários se reuniram no Copacabana Palace para celebrar o casamento da neta do patriarca do clã. A ostentação atraiu manifestantes que foram para a entrada do hotel para vaiar os noivos e seus convidados, entre os quais, segundo O Globo, o senador Tasso Jereissati e o ministro Gilmar Mendes.

Saudados com refrões como "Pego ônibus lotado, me dá um bem-casado" ou "Eu estou pagando esse casamento", convivas atiraram notas de 20 reais no grupo. Embora fosse um evento privado, uma tropa do Batalhão de Choque da PM foi prontamente convocado para proteger Baratas e baratinhas, como se vê nas reproduções abaixo.


3 comentários:

Yuri disse...

Qualquer carioca sabia dá roubalheira dos ônibus há anos, ó, ó, ó. Só as autoridades não sabiam. Me engana que eu gosto. A imprensa também ficou caladinha também esse tempo todo.

J.A.Barros disse...

Todo o Rio de Janeiro sabia do Império dos Baratas. Através do ex-gvernador do Rio, os Baratas acabaram com as Vans – transporte alternativo – que circulavam para a região das praias – Cabo Frio, Araruama, São Pedro da Aldeia – ensolaradas e para a região serrana.

Helga disse...

É o dono da assembleia do Rio. O MPF devia apurar porque os donos dos ônibus ganham todas as paradas com a maioria dos deputados. Falta prender os bandidos com mandatos. Rio sujo isso é que é. Precisa uma limpeza. Espero que o eleitor não dê reeleição a bandidos