O jornalista Joaquim Vieira condena a Paralimpíada. Foto Reproduçao Facebook |
por Jean-Paul Lagarride
O jornalista português Joaquim Vieira, que já trabalhou no canal RTP e foi diretor da revista Expresso, escreve na sua página do Facebook que a Paralimpíada é um "número de circo".
E usa um argumento racial que Hitler gostaria de ter assinado como regra dos Jogos de Berlim, em 1936:
"Jogos Olímpicos só há um, e, como eu também já disse, destinam-se a premiar os melhores da raça humana, homens e mulheres, em cada modalidade. Os Jogos Paralímpicos, sinceramente, não sei a que se destinam. Lamento desiludir muita gente, mas há só um Usain Bolt e um Mark Phelps. Não existe o Usain Bolt nem o Mark Phelps dos Paralímpicos. Por muito que alguns nos queiram convencer do contrário".
Vieira, que pela opinião - nem falo do visual 'ariano', que seria preconceituoso - não está entre "os melhores da raça humana", foi criticado veementemente por internautas brasileiros e portugueses.
7 comentários:
Como classificar essa "anta", sem ofensa ao simpático animal. Jornalista, na acepção social, não é.
Provavelmente nunca assistiu a uma competição paralímpica. Se, por exemplo, estivesse nas Paralimpíadas do Rio, nas arquibancadas de um disputado jogo de basquete entre Inglaterra e Alemanha (eu fui à Arena Carioca, sei do que estou falando) essa anomalia da mídia portuguesa teria visto um excelente espetáculo esportivo. E a figura ainda usa o estranho argumento (nostálgico?) de os "melhores da raça humana"
Uma falta de respeito. Demonstra que é um jornalista sem compromissos com a solidariedade. Lamentável.
Ao ver esses deficientes físicos correndo, nadando, concorrendo em saltos de distância, jogando basquete e tênis de mesa e outras tantas modalidades esportivas é que vejo como é forte a natureza humana, como são corajosos e denodados esses rapazes e moças que apesar de suas deficiências praticam esses esportes de alta competição com alegria e dotados do verdadeiro espírito olímpico dos deuses de Atenas. Competir para eles é a sua afirmação como seres humanos. Parece que eles querem dizer para nós que apesar de seus problemas físicos eles são gentes como nós e praticam com seriedade e qualificação esses mesmos esportes que para a maioria de nós não conseguiríamos praticar. Tenho pena desse jornalista português que vive em uma época e país errado, porque seu lugar seria na época de Hitler e naturalmente seria um jornalista das SS de Himmler.
Quero dizer a esse jornalista energúmeno que sou pai de um menino cadeirante que foi ao estádio olímpico do Engenhão e viu algumas provas. Vi com emoção como ele acompanhou tudo e tenho certeza de que saiu de lá com mais energia para vencer as dificuldades diante de exemplos emocionantes de superação dados pelos atletas. Fala sensibilidade a esse triste senhor que debochou das Paralimpídas e sobra desumanidade.
É bom que esse ignorante saiba que aqui do lado de cá do Atlântico também fazemos o Parapan, a versão Paralímpico dos Jogos Panamericanos. Ele vai ter que aturar os que não são "os melhores da raça" mas têm mais ética e dignidade do que essa medíocre figura.
Existe também o Wimbledon Paralymps. Essa cara não deve nem saber disso. E são jogos de bom nível técnico.
A mente pequena de sujeitinho vai se atrofiando enquanto cresce o esporte sem distinção de raça, credo, ideologia nem de características físicas ou intelectuais.
Ele ainda não notou no espelho o quanto é grotesca sua cara.
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