sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Se a religião, qualquer religião, for sinônimo de opressão, merece sim todas as sátiras e críticas...

O escritor Salman Rushdie até hoje ameaçado de morte por ter publicado, em 1989, o livro "Versos Satânicos", que denuncia a perseguição de fundamentalistas islâmicos a cristãos e hindus, divulgou ontem uma nota sobre o ataque ao Charlie Hebdo. A chacina terrorista que vitimou jornalistas e chargistas tem sido debatida na rede. Um das questões é o limite, o que já é ameaçador, da liberdade de expressão. Há na rede quem ache que os chargistas mereceram morrer. Uma espécie de adaptação do argumento bolsonariano de que mulher que veste saia curta está pedindo para ser estuprada. Outros determinam que religiões não podem ser criticadas mesmo quando abrigam braços radicais do terror ou do proselitismo e da intimidação, ou quando se organizam como partidos políticos e tentam deturpar leis produzidas por estados laicos, ou, ainda, quando estimulam agressões contra praticantes de religiões que classificam de "demoníacas".
Salman Rushdie, em curta nota, propõem um outro pensamento.
"A religião, uma forma medieval de desrazão, quando combinada com artilharia moderna se torna uma ameaça real às nossas liberdades. Este totalitarismo religioso causou uma mutação mortal no coração do Islã e nós vemos as consequências trágicas hoje, em Paris. Eu apoio Charlie Hebdo, como todos nós deveríamos apoiar, a defender a arte da sátira, que sempre foi uma força em favor da liberdade e contra a tirania, a desonestidade e a estupidez. "Respeitar a religião" se tornou um código para "ter medo da religião". As religiões, assim como todas as outras ideias, merecem crítica, sátira e, sim, nosso destemido desrespeito".

5 comentários:

Rick disse...

No Brasil, dizem os jornais e casos na delegacias as religiões afro são perseguidas por alguns evangélicos fanáticos, até com agressões, roubo de objetos e destruição de terreiros. Bom ter cuidado com essas figuras

Corrêa disse...

Quando religião faz política deixa de ser religião

Orlando disse...

Não só isso, Corrêa, religião que persegue pessoas é quadrilha

J.A.Barros disse...

E quando religião, de um modo geral não fez política? Vamos nos esquecer que os Reis europeus eram mungidos por Deus e seus Papas? Nenhum Rei tomava medidas mais rígidas e severas sem a assinatura do Papa? E qualquer guerra travada era consentida pela aurorização Papal? E os Papas guerreiros que tomavam cidades e passava a fio de espada os seus habitantes pata lhes tomar os seus pertences, suas jóias e suas terras?
A Itália dos Borgias é o seu maior exemplo. A história da humanidade é muito triste e lavada no sangue dos inocentes.

Corrêa disse...

Concordo A.Barros, a história mostra que religiões a história se3 misturaram com política, o que sempre deu em sangue e terror. Mas o ques cometei é que quando isso acontece deixa de ser religião e se transforma em quadrilha, como diz Orlando, bando, ditaduras