A bancada para o público da missa do Aterro, prédios do Flamengo ao fundo
por Gonça
Em texto na última página da edição especial aqui reproduzida em parte, a Manchete, então dirigida por Otto Lara Resende e com Armando Nogueira como redator-principal', Darwin Brandão como chefe de reportagem e Henry Moeller como diretor de Arte, anunciava: "Esta edição especial de Manchete não precisa, a rigor, de justificativa. o Rio de Janeiro vem, há vários meses, se preparando para o grande espetáculo a que assiste agora: o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. Trata-se de um acontecimento não apenas da cidade, ou do país, mas que assume, ou que tem mesmo caráter mundial". Mais adiante, os editores avisavam que em posteriores edições semanais o evento seria documentado passo a passo. "Em três anos de existência" - continuava o editorial - "esta é a segunda edição especial de Manchete. A outra, primeira, circulou com uma reportagem sobre a grandiosa Exposição do Ibirapuera, comemorativa do IV Centenário de São Paulo".
Essas edições especiais inauguravam um estratégia jornalística que a Manchete adotaria ao longo dos seus 48 anos de circulação, de 1952 a 2000: o lançamento ágil de revistas exclusivas sobre grandes acontecimentos. Neste número extra do Congresso Eucarístico, a equipe de fotógrafos era formada por Gervásio Batista, Armando Rozário, Orlando Machado, Faria de Azevedo, Hélio Santos e Carlos Botelho e Ávila.
Observação: as fotos que ilustram este texto foram reproduzidas da edição especial da Manchete sobre o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. São imagens históricas que fazem parte do Arquivo Fotográfico que pertencia à Manchete. O acervo foi leiloado e encontra-se virtualmente desaparecido. O Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos-Rio entraram com medida judicial para localizar a valiosa e histórica coleção de imagens e obter informações sobre seu estado de conservação. Em vão. Instituições públicas destinadas a cuidar a memória do país parecem não ter qualquer preocupação com o destino de um acervo de mais de 10 milhões de imagens do século passado.
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2 comentários:
Excelente post. Tudo que valoriza a historia da cidade é de minha apreciação. Ficam aqui os meus protestos pelo desaparecimento de tão importante arquivo fotográfico
Que pena!!! Eu participei desse evento na minha paróquia, na época, em Bangu, na Paróquia de São Sebastião e Santa Cecília. Tinha 13 anos.Hoje estou com 71 e a JMJ me fêz lembrar do Congresso.Senti saudade. Gostaria de ver as fotos. Por isso estou aqui neste Blog fazendo o comentário. Participei da Jornada aqui em Copacabana. Parabéns pela JMJ.
Maria Helena
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