terça-feira, 30 de julho de 2013

O jogo aberto do Papa Francisco

Reprodução
por Gonça
A entrevista exclusiva do Gerson Camarotti com o Papa Francisco para a Globo News (foi ao ar também no Fantástico) é o acontecimento jornalístico da semana. Hoje, na Folha de São Paulo, Carlos Heitor Cony elogia o jornalista e valoriza o feito. Cony, um quase-Papa (até já se vestiu como um quando foi a Roma buscar figurinos para a novela "Marquesa dos Santos", da Rede Manchete, essa foto existe e certamente está entre os arquivos perdidos da extinta Bloch), sabe do que está falando. Conhece os corredores do Vaticano como jornalista e, embora se defina hoje como "agnóstico" - também testemunhou, do lado de dentro, nos tempos em que tinha cama, mesa e batina no Colégio Pio Brasileiro de Roma, como funciona a formidável máquina papal. Quando da viagem de João 23º ao Brasil, a primeira e mais espetacular, Cony foi incansável em campo, na cobertura dos grandes eventos, e na redação, na edição de sucessivos especiais de Fatos & Fotos e Manchete. Batia o escanteio e corria pra cabeçar. Também escreveu e editou um livro ilustrado sobre a visita de João de Deus. Por isso, vale o alerta que o vaticanólogo da Lagoa Rodrigo de Freitas faz em meio à sua competente interpretação da temporada carioca de Francisco. "Reconheceu os pecados da igreja, ele próprio se admitiu pecador.Não será fácil reformar a Cúria Romana. Poderá até se tornar trágico. Já houve precedentes ao longo da história", escreve Cony.
Vamos torcer para que a frase não seja profética e o Papa argentino - que saiu do Rio como um carioca gente boa - consiga driblar as pressões e reconciliar a igreja com o seu povo.

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3 comentários:

Yara disse...

Tenho fé que o Papa Francisco fará um grande bem a igreja ao enfrentar seus problemas, reconhecer falhas e corrigir. O primeiro passo para resover problemas e falhas é reconhecer que existem. E é isso que ele está fazendo

debarros disse...

Para mim, que tive o privilégio, assim como milhões de brasileiros, de assistir e ouvir as sábias palavras do Papa latinoamericano, Francisco, que piedoso, humilde e sincero derramou sobre nós brasileiros a semente da esperança e da alegria de viver num mundo que apesar de invadido pela ganância, ódio e violência entre os homens, poderá ser revertido em amor e generosidade à medida que se seguirem os encontros e o diálogo possível entre os homens.
A crônica do Cony na Folha renova também as esperanças de um mundo bem melhor nas intenções do Papa Francisco: o Papa do povo1

Tessália disse...

O Papa Francisco, quem diria, argentino, foi a melhor coisa que aconteceu para o Brasil. Deixou lições e entusiasmo na juventude católica que vai reeguer a igreja no Brasil.