por Eli Halfoun
Sempre brinquei,
especialmente quando dirigi a revista Amiga, dizendo na redação que Moacir Franco
é meu ídolo. Não chega a tanto, mas a suposta brincadeira era e é uma maneira
de reconhecer o talento de um artista versátil: Moacir é compositor, cantor,
autor de textos e um humorista de boa qualidade. Nem por isso tem seu talento e
trajetória artística reconhecidos e aplaudidos de pé como merecem. O que se
percebe é que aqueles que se consideram de mais bom gosto musical e artístico
mantém um certo e absurdo preconceito contra a popularidade do trabalho
desenvolvido por esse multimídia, que já era multimídia muito antes da palavra
entrar em uso. Moacir é o compositor de algumas das mais bonitas músicas do
digamos cancioneiro sertanejo. Suas letras são simples e por isso mesmo
alcançam o coração de todos, inclusive dos que insistem em não reconhecer isso.
São raros os talentos brasileiros que tem a multiplicidade artística de Moacir
Franco. É lamentável que todos não reconheçam seu enorme talento e o
homenageiem sempre, inclusive pela vitalidade que ainda mostra em uma idade que
costuma fazer a maioria das pessoas caírem na rotina ou queiram viver de um
passado glorioso. Moacir não é assim: caminha em frente produzindo cada vez
mais e solidificando uma carreira que é sem duvida das mais importantes na cultura
popular brasileira. Cultura só faz sentido ser for popular e chegue ao coração
de todo o tipo de púbico, de todas as classes sociais. Moacir chega e chega com
um coração gigante. (Eli Halfoun)
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