por Gonça
Parodiando Caetano, muita coisa está fora de ordem no esporte olímpico brasileiro. Dinheiro não falta (não acredite na "choradeira" dos cartolas). Falta uma melhor distribuição de recursos. Quando uma judoca do Piauí e um ginasta de São Caetano do Sul ganham ouro vivendo e treinando com dificuldades fora dos grandes centros, há uma importante lição extrair para 2016: é preciso valorizar os profissionais regionais, descentralizar, buscar talentos fora dos círculos privilegiados, olhar para os andares abaixo na pirâmide social. Matéria na Folha de hoje resume os efeitos das "panelinhas": Zanetti foi formado sem ajuda da Confederação Brasileira de Ginástica e do Comitê Olímpico Brasileiro. Só há poucos meses, patrocinadores privados se aproximaram já de olho na exposição que os atletas teriam em Londres. Até a medalha de ouro nas argolas chegar ao peito de Zanetti, foram 14 anos de preparação na Sociedade Esportiva Recreativa Santa Maria. A midia especializada costuma ficar tão surpresa quando surgem tais fenômenos quanto o COB e a Confederação. Jornais, TVs e revistas também só enxergam quadras e pistas a poucos quilômetros das respectivas redações. Antes do ouro você já havia ouvido falar em Marcos Goto? Pois é: é o treinador do Zanetti. Mas aposto que você leu muitas matérias com treinadores "estrelados" da especialidade, inclusive aqueles que gostam de aparece e ajudam a tumultuar o ambiente. O "troféu" aí está: o Brasil sai de Londres em "honroso" último lugar nas eliminatórias, além de deixar imagens vexatórias como queda de cara no chão e declarações de alteta admitindo até que "amarelou".
Zanetti, que veio de longe, salvou a pátria.
Zanetti, que veio de longe, salvou a pátria.
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Um comentário:
concordo totalmente. o brasil tem que ir ao interior garimpar atletas responsáveis em cidades onde às 10 da noite todoc mundo já está dormindo e não em noitadas como aquelas que agitam o Rio e São Paulo onde todo mundo quer ficar.
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