segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Goleiro tem que ter personalidade...

por Nélio Barbosa Horta
Taffarel, Barbosa, Castilho, Gilmar, Marcos, Manga, Leão, Waldir Perez, Felix, Rogério Ceni, Júlio Cesar, Diego Cavalieri, Jefferson etc. Sempre tivemos bons goleiros. Todos com  grandes atuações, e também com grandes falhas. Alguns em jogos decisivos, como o Barbosa, que ficou marcado, durante anos, por ter deixado passar a bola, chutada por Ghiggia e que determinou a derrota do Brasil em 50.  Ele era um goleiro espetacular e, naquele lance, falhou porque achou que o Ghiggia ia cruzar para o meio da área, como fez o jogo todo.
Eu  presenciei, quando tinha 12 anos no Infanto-juvenil do Vasco, os treinos do Barbosa nos profissionais, que usava só uma das mãos para segurar os pênaltis que eram batidos pelos atacantes.  A aposta era paga  com flexões, no campo, ou subindo e descendo a arquibancada do Vasco. Barbosa nunca perdeu. O técnico era o Flávio Costa, que naquela época, era respeitado como se fosse um Ministro ou um General do Exército.
Mas tanto o Fluminense como o Vasco tinham no gol reservas à altura: Veludo no tricolor e Hernani no Vasco. Eles eram tão bons, que quando chamados para substituir os titulares, não se notava  qualquer diferença.
Os goleiros, são fundamentais no desempenho de qualquer time e têm que exercer uma grande  liderança. O Rogério Ceni que não chega a ser um super-goleiro, pratica no São Paulo,  uma liderança importante e todos reconhecem nele esta postura.
Para a Copa das Confederações, antes da Copa do Mundo, estamos bem servidos de goleiros; Jefferson ou Diego Cavalieri, Julio Cesar ou Victor? Pena que não tenhamos atacantes do nível do Romário e do Ronaldo,  isto sem falar no Pelé, Garrincha, Zico, Gerson,  Rivelino, Tostão, Didi, Jairzinho, e que, certamente, vão fazer falta. Os atuais são fracos. O técnico (não sabemos se o Mano vai ser mantido) poderia  dar chance a outros jovens que tenham o perfil de seleção, mais raçudos com jogadas de gol e deslocamentos rápidos e bem treinados.
Os garotos que estão jogando, ganham muito e produzem pouco.  O time do Atlético Mineiro, do Fluminense, do Vasco, do Grêmio e do Inter têm jogadores que merecem uma oportunidade na seleção. Chega de Ganso, Pato, Leandro Damião e um esquema só de chuveirinho e nenhuma criatividade. Como dizia o ex-técnico Gentil Cardoso: "Quem se desloca recebe, quem pede tem preferência". (Nelio Barbosa Horta

2 comentários:

debarros disse...

Não, não acho que o Barbosa tenha sido o culpado pelo gol do Ghiggia. Na minha opinião o grande culpado desse gol foi o Bigode, o lateral esquerdo da Seleção, que deixou o Ghiggia avançar até chegar a uma boa posição de chutar em gol. E o Bigode, na época "half" esquerdo do Fluminense considerado um marcador implacável e que batia até na sombra com a " filosofia" de que a bola podia passar por ele mas o jogador não. Mas nesse jogo passou a bola o jogador que acabou no gol do Uruguai. E o Brasil perdeu a Copa mais ganha do mundo porque um "carrasco "de futebol ficou com medo de ser "carrasco".

Beraba disse...

Se não entrar um técnico capaz de resistir a pressões de empresários e convocar mais jogadores que atuam no Brasil em vez de um bando de desconhecidos do torcedor, acridito que o Brasil melhore. Se não, vamos pro brejo. A atual seleção não tem jogo coletivo, não tem estratégia, nem entrosamento, mito menos jogadas ensaiadas. O esquema é entregar a camisa e gritar da lateral "vamos lá, va mos lá". Até a TV mostra isso