quinta-feira, 8 de março de 2012

Atores não querem Ivete Sangalo em “Gabriela”.

por Eli Halfoun
O sempre bem informado colunista de televisão Flávio Ricco informa que atores do elenco da nova versão de “Gabriela”, que a Globo começa a gravar em abril, estão protestando, por enquanto apenas internamente, contra a provável participação de Ivete Sangalo como atriz do seriado. Argumentam que pelo fato de ela ser cantora e ter uma sólida carreira musical está tirando a vaga de uma atriz que depende apenas de seu talento de representar para sobreviver. Não é a primeira vez que esse tipo de discussão entra em cena e mais uma vez é tempo perdido: o palco da televisão, do cinema e do teatro tem lugar para todo mundo e não será a escalação de Ivete Sangalo como atriz que prejudicará ninguém em absolutamente nada. Não é a primeira vez que a rainha do axé é convidada para atuar como atriz: já fez filmes e outras participações na própria Globo e sempre com um inegável talento. Essa velha história de cada macaco no seu galho tem limites: um artista completo é aquele que sabe cantar (não precisa ser exatamente um grande cantor) e representar. Além do mais não é a esporádica participação de Ivete ou outra cantora representando que deixará as atrizes desempregadas. O desemprego artístico também é conseqüência da falta de um maior número de produções e dessa absurda obsessão que atores e atrizes tem pela televisão. Na vida e na arte tem sempre lugar para todo mundo. É só lutar por ele. (Eli Halfoun)

Um comentário:

debarros disse...

Em parte concordo com você Eli Halfound. Mas a verdade é que os grandes atores tanto no teatro e principalmente no cinema e agora na TV começaram pequenos a trabalharem e palcos, quando não de circos, de teatros e Tvs e em sets de cinema. No nosso estrelato temos muitos atores que, senão engatinhando, mas nos seus 10 anos já contracenavam com seus pais e outros atores em peças teatrais. Na TV, não vamos muito longe, temos a Glória Pires.
Há 100 anos, Holywood formava seus atores mirins nos estúdios da "meca do cinema".
Caro Eli Halfoun, no mundo do "faz de contas", não se cria amadores. "Não confie em ninguém com mais de 30 anos". Lembra-se dessa música?