por Eli Halfoun
Sempre que se falar em cinema nacional devemos lembrar do Amácio Mazarropi, um dos pioneiros da hoje bem sucedida indústria história cinematográfica brasileira. Foi Mazzaropi quem ajudou a popularizar os filmes brasileiros e deu para a nova indústria de filmes a cara mais brasileira que poderia ter. Mazzaropi levou para as telas a simplicidade caipira de um povo. Até acredito que foi a partir dos filmes de Mazzaropi que a hoje popular música sertaneja foi redescoberta e até reinventada. Esse ano Mazzaropi completaria 100 anos e a data não será esquecida: o velho e sempre caipira, primeiro cineasta brasileiro a ter seu próprio estúdio, será homenageado no I Festival Internacional de Cinema que será realizado em Campos de Jordão, São Paulo, de 27 de abril a 5 de maio. É claro que a homenagem será cinematográfica com a exibição de alguns de seus filmes, como, entre outros, "Sai da Frente", "Candinho" e "Nadando em Dinheiro". O ingênuo cinema de Mazzaropi está superado, mas jamais poderemos deixar de reconhecer que foi graças a esses filmes que o cinema nacional realizou uma produção industrial, apesar de todas as dificuldades que enfrentou e enfrenta. Mazzaropi também enfrentou, mas nunca deixou de acreditar em seus filmes, ou seja, no nosso cinema. (Eli Halfoun)
Um comentário:
Um bom caminho para conhecer a história de Amacio Mazzaropi, o imortal Jeca do cinema nacional, é o Instituto Mazzaropi (www.centenariomazzaropi.com.br), responsável pela administração do Museu Mazzaropi e por outros projetos como a biografia “Sai da Frente! A vida e a obra de Mazzaropi”, de autoria de Marcela Matos, publicado pela editora Desiderata, entre outros. São quase 20 anos de pesquisas, coleta de dados, fotografias e documentos. Um acervo valioso para quem quer conhecer mais detalhes da carreira, da história e do sucesso de Mazzaropi.
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