por Eli Halfoun
"É uma esculhambação" – a reação do jornalista Gilberto Dimenstein em comentário na Folha de São Paulo sintetiza com perfeição o que pensam alguns setores paulistas (e nacionais) diante da possibilidade do apresentador José Luiz Datena de vir a ser candidato à vaga de prefeito de São Paulo. O fato de Datena não ser político não significa que ele não reúna condições de comandar o município que tão bem conhece. Além do mais os políticos profissionais tem mostrado tão pouco (nada) que é capaz mesmo de um não político, mas cidadão honesto, bem informado e bem intencionado faça o que nenhum político metido conseguiu ou realmente quis fazer. A impressão é que a reação diante de uma candidatura apenas especulada, mas em nenhum momento confirmada, parece estar mais ligada ao fato de Datena reunir chances de ser eleito com facilidade graças, é claro, a popularidade de seu programa de televisão, exatamente como aconteceu com Wagner Montes na Assembléia Legislativa do Rio. Wagner também vive ameaçando concorrer à Prefeitura.
Até agora a discussão em torno do nome de Datena é um amontoado de palavras que não levam a nada já que sua candidatura não foi (e acredito que nem será) formalizada. O apresentador, que sempre se disse avesso aos cargos políticos, não despreza a possibilidade: "A gente vê tanta palhaçada por aí que às vezes tenho vontade de me candidatar para corrigir as coisas de dentro, já que como jornalista não tem adiantado". Datena confirma que foi sondado por vários partidos, mas desmente que tenha recebido convite formal do atual prefeito paulista Gilberto Kassab, presidente do recém-criado PSB. Kassab também desmente o convite. Como em política nunca vale o que é dito e muito menos o que está escrito, só resta ao eleitor esperar para ver. Nisso tudo tem umas vantagem: se não políticos começarem a ser eleitos (e tem sido) é bem capaz que os políticos profissionais (especialmente os que estão por aí faz tempo) desapareçam de vez do cenário. Talvez assim encontrem um novo caminho nos circos da vida, onde, aliás, parecem atuar todo o tempo. Há muito tempo. (Eli Halfoun)
2 comentários:
Sério? um cara que não cumpre contratos e pula de emprego a toda hora tem capacidade pra ser prefeito? Acho que não
Vai ver dá certo. O Brasil precisa de renovação na política
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