Há tempos, quando se abria vaga nos Supremos Tribunais, o futuro ministro era escolhido pelo Presidente da República dentre aqueles jurídicos de notório saber. O país só ia saber da nomeação desse novo ministro quando seu nome era anunciado pelo porta-voz da Presidência ou pela mídia. Todo processo era realizado sob a maior discrição – claro que no fundo deveria existir política – sem banalizaçã do processo. Mas, depois de uma revolução intestinal que revolveu as estranhas deste país, esse processo passou a ser disputado a ferro e fogo por candidatos que sem a exigência maior que é a de ser reconhecido publicamente de notório saber se atiraram vorazmente na disputa por esse cargo,
Estamos assistindo, surpresos e indignados, a essa briga de céu aberto entre dois candidatos que se lançaram, ao que parece, sem ser indicados por nenhum grupo ou organização judicial, à vacância de um dos tribunais superiores. Essa vaga se tornou extremamente política ensejando a dúvida se ela, hoje, é oferecida como prêmio à sabedoria do candidato escolhido ou interesses políticos maquiavélicos.
Pelo empenho da campanha – envolvendo até governadores de Estados – dos candidatos a tão honroso cargo, sou levado a crer que interesses políticos muito fortes se articulam por trás das cortinas que se fecham para o seu espaço cênico.
É uma pena, mas isso é ao que foi relegado o Brasil de hoje.
2 comentários:
Quis dizer ordem jurídica.
A melho maneira seria pelo voto. o Judiciário é o único dos três poderes em que os integrantes são biônicos. Sempre foram nomeados por todos os presidentes por legaç~es, proximidade etc. O tal saber jurídico é um quesito quase subjetivo. Há centenas de jusritas competente e poucas vagas para os tribunais. Daí, a escolha será sempre política. Há países em que até promotores chefes são eleitos por voto distrital.
Postar um comentário