“Todo ano é a mesma coisa” – essa afirmação é repetida entra ano, sai ano em relação ao desfile das escolas de samba. É uma afirmação exagerada e mentirosa: o espetáculo pode ter (e tem) sempre a mesma característica e regulamento, mas as escolas de samba não fazem sempre a mesma coisa. Pelo contrário: a cada ano nos surpreendem com criatividade, que não se limita às fantasias e aos carros alegóricos. O desenvolvimento de um enredo (aliás, a escolha dos temas também está cada vez mais renovadora) permite criação em todos os quesitos, a começar pelo samba que ao longo da história foi ganhando renovação em melodia e letra. O resultado é que as escolas (pelo menos as de samba) continuam proporcionando “o maior espetáculo da terra”. Quando se pensa que tudo foi mostrado os carnavalescos (verdadeiros mágicos) nos mostram que é sempre possível inovar. Como, por exemplo, tem feito Paulo Barros que já é reconhecido como inovador e sem dúvida o mais ousado no desenvolvimento de um enredo. Pode-se até dizer sem medo de errar que Paulo Barros vai além, muito além, da nossa imaginação. Assim a apresentação da Unidos da Tijuca passou a ser a mais esperada porque certamente será a mais surpreendente.
Durante anos acompanhei de perto (como repórter) o desfile das escolas e nunca deixei de me surpreender com o espetáculo. Cada vez mais grandioso, criativo e perfeito, o que sempre me fez acreditar que se deve premiar todas as escolas, mas como a competição e as regras exigem exige um vencedor, que se escolha um, mesmo que todas sejam vencedoras. Desfile de escola de samba é uma aula de criatividade, beleza e superação que o Brasil dá ao mundo.(Eli Halfoun)
Apoteose 2011. Foto: Jussara Razzé |
Emoção na pista: Mangueira celebra Cartola. Foto Jussara Razzé |
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