PANIS CUM OVUM - o blog que virou fatos&fotos

sábado, 20 de dezembro de 2025

Michelle liberada para visitar Bolsonaro a qualquer hora. Morais quer torturar a presidenciável do bolsonarismo ?

por Ed Sá 

Michelle vivia o melhor dos mundos. Só precisava ver Bolsonaro após um trâmite burocrático autorizado por Alexandre de.l Morais Era um confortável 6x1. Uma vez por semana ela caprichava no visual de esposa sofrida e passava minutos regulamentares na PF ao lado do seu carma. Acabou a sopa. Morais em um ato extremo de crueldade jurídica liberou Michelle para visitar Bolsonaro na hora em que quiser. Até, imaginem, visita íntima. Nem a Inquisição elaborou tanta tortura.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Dinheirinho para as despesas do dia a dia. Sóstenes esqueceu que tinha 430 mil reais em casa e não depositou. Teve um "lapso".

A poupança caseira do Sóstenes.
Foto PF/Divulgação 

Certo. A maioria dos brasileiros costuma guardar algum troco em casa. Pra comprar pão, café, um refri para as crianças... Fica lá na lata de leite em pó em cima da geladeira. Não é crime. Crime é não saber quando vendeu nem se declarou o dinheiro.

Foto Lula Marques/Agência Brasil 

O que o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti, pilar da bancada evangélica, fez dois dar a um hábito simples uma dimensão planetária. A PF flagrou em operação de busca e apreensão no apartamento do político um saco preto do tipo que guarda lixo com mais de 400 mil reais em cédulas de 100. Dinheiro que vem assim, fácil, deve ser quase luxo para esses cretinos.

 É estranho ter tanto dinheiro em casa dentro do armário da dona patroa? Sóstenes diz que não. Apenas vendeu um imóvel, recebeu do suposto comprador um sacolão de dinheiro e levou pra casa. Normal, diz. Certamente numerário para as pequenas despesas domésticas, embora deputado não se preocupe com isso. A Câmara paga gasolina, refeições, o aluguel do carro para a filha, o dízimo se precisar adiantar, a conta de luz, a internet, o gás, e por aí vai. 

Sóstenes declarou, tropeçando muito nas palavras, que o dinheiro estava lacrado, o que não é sinônimo de legalidade, e tem origem declarada. Mais ou menos Não mostrou documento que comprove a fala, não deu detalhes do imóvel nem abordou outros questionamentos da PF que buscam evidências de desvio de emendas parlamentares, esse trampolim que o Congresso criou para práticas corruptas desembestadas.

Quem diria, sertanejos são "estatais". Tá na hora de privatizar essa tropa

O povo brasileiro paga conta de jatinhos, carrões e mansões para cantores sertanejos tirarem onde de milionários. Grande parte do dinheiro que move essa máquina vem dos cofres públicos ( prefeituras e Estados) e de subsídios concedidos pelo governo federal. A Covid passou mas deixou benefícios para alguns, sabia disso? Para cobrir prejuízos e queda de lucros causados pela pandemia, foram concedidos subsídios e abatimentos de impostos para vários setores. Um deles, o setor cultural. O benefício já deveria ter sido retirado. Mas sabe como é... O Congresso é mestre em conceder bondades para setores "amigos" que fazem lobby nos corredores e gabinetes. Difícil é retirar o jabaculê. Não deu outra: deputados e senadores prorrogaram o benefício justificado pela pandemia que há muito foi contida. Os caraminguás irrigam a roça financeira dos sertanejos que estão incluídos no setor cultural. O pior é o tornado de cachês que eles descolam das prefeituras onde comemoram fundação do município, festas cívicas, agropecuárias e religiosas religiosas etc. E as prefeituras pagam bem, melhor do que a cotação de shows privados, se é que ainda existem. O ataque aos cofres públicos avançou graças a dois fatores: o primeiro foi a eleição de muitos prefeitos bolsonaristas (a maioria dos sertanejos é fã do bozoroca), o que favorece a contratação de certos nomes mais radicais; o segundo, o derrame de emendas pilotado pelo Congresso. Uma montanha de dinheiro que sai voando sem nome, sem documento, sem fiscalização. Quantia expressiva dessa grana é utilizada para pagar gordos cachês. 

Revista TIME elege os arquitetos da Inteligência Artificial como a "Pessoa do Ano"

 

 “Arquitetos da IA” - Sam Altman (CEO da 
OpenAI), Elon Musk (CEO da xAI), 
Demis Hassabis (Google De-
epMind), Dario Amodei (CEO da An-
thropic), Lisa Su (CEO da AMD), Mark 
Zuckerberg (CEO da Meta) e Fei-Fei 
Li ( Univeford) e Jensen Huang (NVIDIA)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Depois do mistério, o humor

 


Roberto Muggiati na noite de autógrafos
na livraria Janela Laranjeiras com o Ralph, o cachorro-detetive. 
Da esq, para a dir.:Robinson (o livreiro da calçada) 
e o casal Ingrid e Fernando. Foto: João Rosa

Os dois meses de hospitalização de Roberto Muggiati – causados por uma queda ao tropeçar num dos sete gatos deixados pela mulher – lhe deram o tempo preciso para publicar, em formato de folhetim no jornal República, editado por Ricardo Linck, do Maya Café, , o que ele chamou de “divertimento noir”, Mistério na Glicério. Ao inaugurar sua nova livraria em Laranjeiras, a Janela lançou o livro em forma de plaquete pela Map Lab. No animado lançamento, Muggiati recebeu, entre outros, o cunhado Fernando Torres de Mendonça e a mulher Ingrid, com os personagens do livro Robinson (o livreiro de calçada) e Ralph-cara-de-cão, o cachorro-detetive, recém-chegado de sua terceira viagem à Suíça.


Adolpho Bloch no pula-pula. Foto de Ronald de Almeida. Reproduzida da revista Fatos & Fotos de 11/6/1970

Retomando as atividades em 2026, Muggiati finalizará o livro em parceria com Arnaldo Niskier O humor na Manchete/Histórias do Grande Circo Adolpho Bloch. Não se trata do humor publicado pela revista, mas sobre como era divertido trabalhar lá. Na epígrafe ,um jornalista de outra grande organização diz: “Mas vocês ainda recebiam para trabalhar na Manchete? Vocês deviam era pagar!”?Na foto reservada para a capa do livro, Adolpho parece se divertir como uma criança num daqueles gadgets dos anos 1970 (um pula-pula elástico), enquanto Arnaldo simula escorá-lo na queda.

Notas rápidas após o título do PSG. E o "mundial" que não existiu.A mídia enganou os torcedores



por José Esmeraldo Gonçalves 

* Dembélé foi eleito o melhor jogador do mundo. Recebeu o prêmio um dia antes do jogo PSG x Flamengo. O day after não foi bom, estava gripado se. Jogou nada. E perdeu um pênalti.

* O goleiro russo Safonov, reserva de Donaruma, do PSG, deu umas vaciladas no tempo regulamentar. Mas pegou quatro pênaltis. Decidiu o jogo.

*O PSG fez um jogão no primeiro tempo, mas só marcou um gol. Foi pouco.

No segundo tempo Flamengo foi superior, mas  não conseguiu virar o jogo. Faltou o principal.

* Parabéns ao PSG. Parabéns ao Flamengo. Respectivamente campeão e vice do FIFA Intercontinental de Clubes 2025. Não estava em jogo o título mundial. Você vai entender o motivo logo abaixo.

* Esse negócio de mundial de clubes era informal e de jogo único na época da Copa Toyota. Quando a marca japonesa desistiu do evento a FIFA assumiu, sem muita convicção, incluiu representantes asiáticos e africanos e deu algum ar oficial ao torneio.

* Voltando no tempo. Nos anos 1960, Santos x Benfica e Santos x Milan disputaram duas versões de "mundial". O Santos de Pelé ganhou as duas com jogos de ida e volta na Europa e no Brasil. Era um tira-teima intercontinental. A mídia apelidou de "mundial" e o apelido pegou. De fato, os times envolvidos eram mesmo os melhores do mundo na época.

* Depois, esse tipo de torneio não mais aconteceu. Até que a Toyota organizou um jogo único no Japão reunindo os campeões da América do Sul e da Europa. Era uma jogada de marketing da Toyota, uma espécie de festa de firma de fim de ano. Chamava-se Taça Toyota. Os times da Europa só iam lá pela grana. A mídia esportiva europeia mal noticiava o event.o promocional.  Na América do Sul o troço era festejado quase como "copa do mundo". Durou alguns anos até que sea Toyota se cansou da festa.

*  Por pressão política dos clubes, a FIFA inventou de reconhecer como "mundiais", a posteriori, torneios antigos ou até partidas únicas e festivas disputadas no passado. Numa canetada vários times receberam o título,  muitos craques, coitados, morreram sem saber que haviam sido campeões "mundiais" de clubes. Outra enganação apoiada pelas mídia esportiva.

*  A FIFA tentou dar um jeito na bagunça e resolveu intervir: organizou um torneio com times de vários continentes. Deu no mesmo apesar do carimbo da entidade. Continuou não valorizado pela Europa. Acabou também. 

* A FIFA então lançou a Copa do Mundo de Clubes com chaves classificatórias , mais representativa, mais times, com eliminação e mata-mata. Do ponto de vista esportivo, mais legítimo. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos em junho/julho desse ano,  substituindo finada Copa das Confederações de seleções, a nova Copa do Mundo de Clubes da FIFA também serviu para testar os estádios da Copa do Mundo de 2026 com sedes no México, Canadá e Estados Unidos.

* Deu certo,  torneio realmente mundial, bem mais competitivo, sem atalhos, prestigiado pelos clubes, com prêmios irresistíveis. Enfim nasceu algo que mereceu o título de Mundial. O verdadeiro. Que fique claro: o PSG venceu no Catar o Intercontinental de 2025, disputado por cinco clubes. O time francês disputou apenas um jogo e foi campeão. O Flamengo disputou três partidas. Persiste uma desigualdade esportiva que acentua o caráter marqueteiro do torneio. Repito: o PSG é campeão do Intercontinental 2025. O campeão da Copa do Mundo de Clubes FIFA de 2025 é o Chelsea que disputou a taça em um torneio legítimo, com igualdade esportiva, do qual participaram 32 clubes de seis Confederações. Muito mais representativo, não ? E o mesmo PSG,  derrotado pelo time inglês nos Estados Unidos, é vice campeão da copa de clubes.

* Assim a entidade máxima do futebol define os seus títulos principais de 2025.  Por esse critério o Flamengo não é vice do "mundial" do Catar. É vice do Intercontinental do Catar. É confuso? Sim. A culpa é da FIFA e da mídia. Isso quer dizer que mesmo se tivesse vencido no Catar o Flamengo não teria sido "campeão mundial". Não poderia botar na camisa a segunda estrela. Bem amigos, como diria Galvão Bueno (mas nesse caso não disse), enganaram os torcedores.

 Atualização - A mídia esportiva da Europa fez reportagens sobre a vitória do PSG mas em nenhum momento chama a conquista de Mundial. O L'Equioe e um exemplo. O que o PSG ganhou foi um torneio Intercontinental. Aqui no Brasil é províncianismo mesmo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Dispensado do especial do SBT e de um show natalino de prefeitura, Zezé di Camargo pode ir cantar na cela de Bolsonaro ou no amigo oculto de Paulo Figueiredo e Eduardo Bolsonaro.Mais opções ?

por Ed Sá 

Quando Zezé di Camargo falou que vive do povo brasileiro não estava mentindo. Em parcel importante seu faturamento vem de shows patrocinados por prefeituras. Depois das grosserias lançadas por ele contra as filhas do Sílvio Santos, a quem avisou de se "prostituirem" , o SBT cancelou seu especial de Natal. Em seguida, também indignado com o baixo nivel do vídeo odioso do cantor desafinado, o prefeito de São José do Egito (PE) suspendeu o show do Camargo na cidade. Cachê do sertanejo: 500 mil reais dos cofres de uma cidade que tem carências. 

A essa altura Zezé aguarda sugestões para preencher a agenda. Vamos ajudar.

- "Zezé, vá cantar para Bolsonaro na cela da PF. Ele tem grana para pagar bem. Também dinheiro público do fundo partidário".

- "Se quiser uma alternativa privada que paga menos do que prefeitura, pode se oferecer para o show da firma do Veio da Havan". 

- "Uma possibilidade internacional é viajar para os States e cantar no "amigo oculto" de Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo, o neto do ditador que não gostava do cheiro do povo, e Alan dos Santos. Trump não vai. Também não gosta mais do cheiro latino  deles". Mas eles estão abonados, podem pagar o cachê.

- "Pode ligar para a Itália e fazer um dueto de "É o amor" com a Zambelli em vídeo chamada. Ela também tem poupança gorda de verba de gabinete da Câmara". 

- "Se nada disso der certo, faça um gesto caridoso. Vá cantar de graça para o general Heleno. Ele gosta de você, pensa como você. Depois me conta se deu match".


Se vier ao Brasil, um marciano vai pirar

Charge de Mariano publicada na Revista de informações Fatos em 1985

 por José Esmeraldo Gonçalves 
Se o Ministério Público de Marte enviasse um promotor ao Brasil, hoje, a autoridade visitante sofreria uma síncope galopante. Ela veria, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados convocar uma reunião de líderes partidários para discutir uma estratégia para amansar a Polícia Federal. Suas (deles) excelências estão incomodadas com operações da PF. Preferiam que ela não existisse.

Que audácia da lei investigar deputados envolvidos com  lavagem de dinheiro, organizações criminosas, fugas, desvio de emendas bilionárias... 

O dr. Marciano, se visitasse a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, veria deputados excitados em votar resolução para tirar da cadeia o presidente da Casa alvo de investigação de vazamento de informações sobre operação da PF contra um colega chegado a ligações perigosas e criminosas.

Se aprofundasse eusuas observações, o homem da lei marciana se surpreenderia ao ser informado que o parlamento brasileiro é o que mais movimenta dinheiro, bilhões na verdade, entre todas as casas legislativas do mundo. A razão disso: um mecanismo poderoso conhecido como tráfico de emendas. A geringonça bota na mão de parlamentares verbas públicas que eles direcionam praticamente para onde quiserem. O promotor marciano saberia que vários parlamentos de outros países, os corruptos naturalmente, querem enviar delegações a Brasília para estudar a "oitava maravilha brasileira". 

O Dr. Marciano sentaria na cadeira para se recuperar do susto ao saber que deputados brasileiros mesmo que sejam condenados pela justiça e se evadirem do país não serão cassados e continuarão recebendo seus salário milionários e mantendo gabinetes com montes de assessores e ajuda de custo para gasolina, aluguel de apartamento, ajuda de custos etc.

O Marciano chamaria uma nave uber




Viu isso ? O verdadeiro motivo do Natal do "ódio" de Zezé Di Camargo

Zezé Di Camargo. Imagem reproduzida de exibição pública no Instagram.

O bolsonarista Zezé Di Camargo já admitiu que sua voz falha em shows e não alcança mais determinadas notas, mas para fazer declarações políticas oportunistas ele está em forma. 

Um vídeo que circula nas redes sociais, especialmente na bolha da extrema direita, tem distorção ainda mais desafinada. No vídeo escatológico, referindo-se ao SBT, e ao evento, Zezé diz: " vocês "estão prostituindo" ao convidar o presidente Lula para a inauguração do canal de notícias SBT News. E olha que autoridades e personalidades de várias tendências  políticas estavam presentes. Zezé fez fortes críticas às filhas de Sílvio Santos. Na sua ignorância, ele não sabe que Sílvio Santos se encontrou com todos os presidentes da República na sua época.

Em momento de ataque de pelanca o cantor pediu o cancelamento especial de Natal que gravou para o canal. A presença  de Lula estaria contra sua posição política identificada com o bolsonarismo.

Você acreditou nesse argumento do sujeito?  Pois bem, a jornalista Fabíola Oliveira, do portal Metrópole, apurou que a venda de patrocínio do tal especial foi um mico comercial. O SBT chegou a oferecer grandes descontos no valor das cotas inicialmente oferecidas. Não funcionou. No vídeo, Zeze pediu que o canal cancelasse o especial. O SBT cancelou mesmo mas não pelos motivos extremistas do cantor e sim pelos problemas comerciais. O nome do especial? "Natal é Amor". Para Zezé, parece mais "Natal é ódio".

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Povo foi às ruas para protestar contra o PL das Facções

 

Copacabana, Rio de Janeiro

O povo foi às ruas ontem para protestar contra um Congresso dominado pela extrema direita aliada de bandidos. Como disse Vicentinho, é preciso não generalizar. Nos palanques também estavam muitos deputados que lutam ao lado do povo e da democracia. Em várias cidades, milhares reagiram ao PL da Dosimetria que reduz as penas dos golpistas. A redação dos artigos do monstruoso projeto é tão tortuosa que além dos fascistas do 8 de janeiro vai beneficiar com alívio no tempo de cadeia as facções criminosas, estupradores, feminicidas, traficantes de armas e drogas e milhares entre os chamados criminosos comuns. Tudo para livrar Jair Bolsonaro. A amplitude do projeto, que não é por acaso, é motivo de comemoração do crime organizado. Se aprovado você ouvirá fogos em comunidades dominadas pelo tráfico.  Muito corretamente o PL da Dosimetria ganha o apelido de PL das Facções.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Congresso de golpistas e viciados em emendas bilionárias está se lixando para você. Dê uma resposta nas ruas. Domingo, dia 14, às 13 horas, manifestação contra a PL da Desinteria, também chamada de desimetria. Esse projeto é pauta que favorece Bolsonaro, golpistas e também o crime em geral.

 

O PL da Desinteria foi produzido pelo Congresso para favorecer Jair Bolsonaro. Os legisladores obraram tanto que criaram possibilidades de beneficiar autores de crimes comuns. Foi encomenda ou improviso? No domingo, 14,/12 você pode levantar sua voz contra a bandidagem de gravata. Vários deles, segundo investigações da PF, têm ligações com crimes fiscais e de desvios de verbas públicas e legislam em causa própria, o chamado bolso. Não dá pra ficar calado.

Deu no jornal Valor. Roberto Muggiati lança livro

 


Na capa da Carta Capital: como funciona a Casa dos poderosos chefões

 

A edição da semana passando aqui para lembrar que o derrame bilionário das emendas transformou o Congresso em uma "república" à parte do Brasil. Melhor dizendo, uma espécie de enclave da vergonha.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Roberto Muggiati lança livro policial "Mistério na Glicério". Noite de autógrafos acontecerá nesta sexta-feira, 12 de dezembro, às 19 horas na livraria Janela de Laranjeiras

Roberto Muggiati lança romance policial "Mistério na Glicério" na livraria Janela de Laranjeiras, ao lado do Maya Café - Rua Prof. Ortiz Monteiro, 15, Loja A. O livro foi escrito enquanto o autor passava dois meses hospitalizado. Muggiati avisa aí amigos da Manchete e demais leitores que em breve lançara nova obra. Trata-se de "Humor na Manchete - as histórias do grande circo Adolpho Bloch" escrita em parceria com Arnaldo Niskier. 

O point mais descolado do Rio não fica mais à beira-mar, mas bem escondido do outro lado do paredão rochoso. A Praça do Choro, em Laranjeiras, no Vale do rio Carioca, está longe de ser um “Vale de Lágrimas” e seus chorões só derramam alegria em seus embalos das tardes de sábado. “O mundo é o meu playground” – proclama Roberto Muggiati, hedonista praticante desde o dia 6 de outubro de 1960, quando completou 23 anos num avião da Panair rumo a Paris, onde estudou jornalismo dois anos, seguidos de três no Serviço Brasileiro da BBC de Londres. De volta ao Brasil, fixou-se no Rio em 1965 (35 anos de revista Manchete, excetuando os dois anos em São Paulo na equipe pioneira da Veja.) Embora continue colaborando na “grande imprensa”, na revista Piauí e no suplemento EU& do Valor Econômico, ele adora escrever para sites (como Amajazz) e blogs como o Panis cum ovum, de jornalistas da revista Manchete , firme na praça há já 17 anos. Recentemente, encontrou espaço no jornal República, editado pelo jornalista Ricardo Linck, dono do Maya Café. Lá Muggiati acaba de publicar um folhetim de dez capítulos, Mistério na Glicério, em que subverte todas as regras possíveis e imagináveis do romance policial. A mais radical de todas é ter o assassino revelado numa acareação típica de Agatha Christie. O detetive é Ralph Cara-de-cão, um simpático SRD de doze anos com carteira internacional de cão-guia que costuma viajar de avião à Suíça e adjacências no assento ao lado. Para provar que seu amigo existe e é dotado de dons detetivescos, Muggiati o convenceu a sentar com ele na noite de autógrafos na livraria Janela de Laranjeiras, às 19 horas desta sexta-feira, 12 de dezembro. Ralph já está afiando as patinhas.

Veja uma página dupla da versão digital ilustrada com Foto de Theca Vasques publicada no site do jornal República. A edição em formato plaquette (folheto dobrável) a ser lançada hoje não virá com fotos ou ilustrações.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Ao estilo "jagunço", censura e violência contra jornalistas na Câmara dos Deputados. É a fúria da direita

Enquanto acompanhavam ontem o protesto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que ocupou a cadeira de Hugo Motta para denunciar a sessão em que bolsonaristas queriam cassar seu mandato, os jornalistas que cobrem a Câmara dos Deputados foram agredidos por policiais legislativos. Os profissionais Guilherme Balza e Ana Flor, da Globo News, e Carol Nogueira, do UOL, foram obrigados a deixar o Salão Verde sob xingamentos e empurrões. Para impedir que as cenas de violência fossem transmitidas, incluindo a retirada forçada do deputado do PSOL, Hugo Motta mandou cortar o sinal da TV Câmara. No You Tube circulam algumas imagens de celulares mostrando a truculência. A Globo e outras veículos registraram o tumulto Inicialmente, a Câmara informou que Motta havia autorizado a intervenção policial. Depois notificou que a polícia agiu por conta de um protocolo. Não se sabe o que é pior: o presidente da Casa autorizar a violência ou a polícia invadir por conta própria o plenário da Câmara. 

Na madrugada a maioria de extrema direita dos deputados votou a atentar contra a democracia ao reduzir as penas determinadas pelo STF contra os golpistas e até acusados de tentativas de terrorismo envolvidas na preparação de golpe antes e durante o fatídico 8 de janeiro. Coube também a Hugo Motta colocar em votação o projeto que premia os golpistas. A medida será votada agora pelo Senado. O golpista está vivo no pior Congresso já eleito pelos brasileiros.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Reconhecimento facial, o uso e o abuso

A vigilância eletrônica de ruas, condomínios, lojas, igrejas, supermercados, estádios, escolas e rodovias é iniciativa positiva e tem ajudado a solucionar muitos crimes. Agora mesmo, um dos ladrões de obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, foi rapidamente identificado pelos sistemas de reconhecimento facial. 

Há registros de abusos, contudo, em sistemas informais de monitoramento à margem das estruturas regulamentadas ou que não obedecem à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Um caso recorrente e já relatado neste blog a partir de informações recebidas refere-se a estabelecimentos comerciais do Rio de Janeiro que fotografam pessoas e remetem as imagens para grupos de Whatsapp de seguranças. Mesmo em situações de simples desentendimento ou uma suspeita infundada a foto e enviada a centenas de agentes formais e informais, registrados ou não, que provoca um tipo de intimidação ostensiva e até agressiva e obviamente perigosa. O "alvo" fica marcado. É comum que integrantes do grupo a serviço de estabelecimentos ou mesmo que fazem vigilância informal de ruas,  acionem a polícia que vai ao local, verifica que o "alvo¨ não tem qualquer passagem por delegacias e nem chega a aborda-lo. 

As vítimas não costumam denunciar a intimidação, temem represálias. É preocupante a atuação de um sistema desses fora de regras ou de critérios administrado sabe-se lá por quem. Como é informal, é difícil obter provas da sua estrutura. 

Pela LGPD, dados biométricos como rosto, impressões digitais, tom de voz e DNA não podem ser coletados sem critérios, há exigências a obedecer. Além disso, a tecnologia de reconhecimento facial tem falhas e a justiça já registra caso de erros que prejudicaram pessoas inocentes. 

Uma agravante na operação de sistemas informais ou amadores é a deficiência tecnológica. Instituições financeiras sérias e o portal Gov.br têm técnicas para conferir a imagem da pessoas, seus dados reais etc. Já um grupo de Whatsapp com os recursos de um celular é incapaz de checar um vídeo, se é manipulado, se a análise da distância dos pontos faciais é científica. Apenas emite arriscada sentença digital: o "alvo" é criminoso.                

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Aê Bahêa. Salve 8 de dezembro, Salve Conceição da Praia. Salve Oxum! Sincretismo religioso na veia. Acarajé, caruru , cachaça de jenipapo, Vinicius de Moraes e Baden Powell...




Oferendas digitais para N.S. Conceição da Praia/Oxum e lições que vêm da Velha Bahia: bebida para abrir caminhos, frutas,
moedas para prosperidade e gato preto, símbolo de proteção, ao contrário da tradição europeia que o vincula à má sorte. O quadro ao fundo é de Carybé, jornalista argentino, pintor e brasileiro naturalizado.
Foto: Acervo do Panis cum Ovum
 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Em um dia como esse, 8 de dezembro de 1964, eu era secundarista em Salvador. Festa de rua. o programa mais acessível ao bolso. A Ribeira, meu bairro, comemorava todas as datas possíveis, as profanas, as católicas e os eventos das religiões afro-brasileiras. Eram tempos tranquilos. Os moradores abriam as portas e convidavam os passantes a provarem comidas ritualísticas como acarajé, abará, caruru e até pipoca. Para beber, licor ou cachaça de jenipapo. Fazíamos na Ribeira o roteiro que o Leblon chama hoje de baratona. Só que gratuita e parando em salas de famílias amigáveis. 

Na paz. 

Havia uma data em que subíamos no ônibus elétrico e deixávamos a península de Itapagipe rumo à Praça Cairu, a do Elevador Lacerda, ali pertinho do Mercado Modelo e da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. 8 de dezembro. Era o dia dela. A festa era puro sincretismo na veia. Conceição da Praia é Oxum para as religiões de matriz africana. Procissão cruzando com oferendas, o coral da igreja, hoje basílica, cantando ao som de tambores. Na rua, barraquinhas de acarajé, feijoada e muitas gabrielas.

Na época não havia intolerância agressiva contra a umbanda e o candomblé. Preconceito, sim, especialmente da classe média pra cima. Mas não existiam pastores a incentivar invasões, agressões e depredações de terreiros. Nem as Claudia Leitte da vida a mudar letras de canções para não pronunciar o nome de Iemanjá.

No verão de 1966, tempo em que os tambores mais aqueciam o Pelourinho, Vinicius de Moraes e Baden Powell lançaram os Afro-Sambas, álbum que hoje é clássico. A dupla levou o Brasil a cantar Ossanha, Xangô, Iemanjá e a cultura negra. Algo que os enredos das escolas de samba fazem hoje com muito brilho. Baden e Vinicius não foram cancelados nos cultos. E o disco pode ser tocado no "terreiro" do You Tube.  Ouça lá, mas se for vizinho do Malafaia convém baixar o som.

No mais, respeite a festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia/Oxum. Não começou ontem. É realizada desde 1549. É tão somente a celebração religiosa e popular mais antiga do Brasil. Dizem que só não se realizou quando os baianos estavam mais ocupados em guerras para expulsar holandeses e, depois, os portugueses.     

"Caixa Amarela" - Os disquetes, quem diria, reaparecem como protagonistas de um escândalo que reúne sexo, ilegalidades e Xvídeos

 

Caso Banestado:um "zumbi" volta para assombrart ogas e paletós.   


Foto ilustrativa JConejo Free Image

Comentário do Panis cum Ovum
- Um mídia obsoleta, os disquetes, pode reaparecer para encrencar figuras acima de qualquer suspeita. 
Matéria de capa da Fórum dessa semana mostra que ainda há muitas brasas nas cinzas das ilegalidades cometidos por Sergio Moro e cúmplices nos porões curitibanos. Dessa vez, um indutor do escândalo foi apreendido pela Polícia Federal na famosa 13ª Vara de Curitiba, ex-reduto de Moro.  

Trata-se do item denominado "caixa amarela", cheio de disquetes e outros dispositivos de gravações criminosas que Sergio Moro teria mandado fazer, segundo acusação do ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, um "infiltrado" a serviço do ex-juiz. Foi ele que revelou a existência do material, acrescentando que assinou acordo de colaboração no Caso Banestado, em 2004, quando Moro o obrigou a gravar  políticos, juízes, doleiros e governadores. A espionagem durou até 2021, entrelaçando-se com a já desmoralizada Lava Jato. 

A julgar pela amplitude do material, a Caixa Amarela (melhor grafar assim em maiúsculas), vai tirar o sono de muita gente. São 400 horas de arquivos clandestinos acomodados em prosaicos disquetes. 

O ministro Dias Toffoli decretou sigilo absoluta da investigação-bomba, mas chegará a hora em que o STF poderá rever a medida e, como tem feito em muitos casos, optará pela devida transparência. Além das gravações supostamente encomendas por Moro, a Caixa Amarela pode conter até mesmo segredinhos da "Festa da Cueca" realizada em novembro de 2003. Esta seria apenas mais uma alegre orgia se não reunisse, segundo Garcia, um grupo de desembargadores. As excelências despiram as togas e, data vênia, partiram para a "reintegração de posse" com garotas de programa. Infelizmente para os participantes, uma câmera teria gravado a festa relizada em um hotel de luxo em novembro de 2003. Toffoli quer saber se as imagens foram usadas para influenciar decisões processuais. (por José Esmeraldo Gonçalves)            

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Segura essa. O Brasil criou mais uma "instituição" : igrejas como braços do crime

Tem igreja no Brasil que não vai para o céu. A CPI do INSS mostra o que nem Jesus sabia. Dinheirinho desviado de segurados ia parar em sacolinhas especiais. Nesse caso, a fé está no crime.

Essa ligação entre a religião e a corrupção não é incomum. Observe o noticiário."Clínicas de recuperação de dependentes químicos" e "abrigo de idosos" são frequentemente estourados pela polícia após denúncias de maus tratos e péssimas condições de funcionamento.  Essas instituições recebem verbas públicas. É preciso que as autoridades cumpram o dever de fiscalização rigorosa. Se você tiver que internar um parente em uma delas, investigue antes, peça referências a outras familias. Examine a documentação e faça visitas-surpresa. Certamente há casas confiáveis, mas muitas são caça-níqueis. Fique ligado. 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Memória da redação - O dia em que bati uma bola legal com um astro do reggae - Por Osvaldo Salomão (em matéria com Jimmy Cliff (*) para a revista Sétimo Céu)

Osvaldo Salomão e Jimmy Cliff (Foto reproduzida do Facebook do autor)

por Osvaldo Salomão

Queridos amigos e amigas, os meus cumprimentos! Ainda em tempo de fechar essa segunda-feira de 24 de novembro com uma boa recordação.

Daí que hoje fui dar uma volta no tempo e bater na porta daquele final de uma manhã do mês de maio do ano de 1980.
Então, repórter de Sétimo Céu, revista do Grupo Bloch/Manchete, no Rio de Janeiro. Recebo de minha editora, Luzia Salles, a minha pauta do dia, simplesmente uma entrevista exclusiva com Jimmy Cliff, a ser cumprida logo mais no começo da tarde, no estúdio da gravadora Odeon, no bairro de Botafogo. Seria a minha primeira entrevista com uma personalidade estrangeira. (A foto em foco, abraçando a pasta do release do show).
Fui preparar as minhas perguntas e me informar melhor sobre Jimmy Cliff, sendo um fã da trilha sonora de sua carreira de cantor e compositor, fundamental na difusão internacional do reggae, bem como na visibilidade da música jamaicana pelo mundo. Cliff, um ativista da paz, de tantos sucessos vibrantes, tipo "Vietnam", "Reggae Night", "Rebel In Me", estava no Brasil para cumprir, ao lado de Gilberto Gil, uma série de shows em sua primeira turnê nacional, que começou exatamente por Belo Horizonte, tendo o Mineirinho como palco, na noite do sábado de 24 de maio daquele ano.
Jimmy Cliff sempre demonstrou um carinho muito especial pelo Brasil, país com o qual estabeleceu uma forte conexão, especialmente com a cidade de Salvador. Na capital baiana construiu laços artísticos, profissionais e pessoais marcantes em sua vida.
Tempos depois, tive um reencontro com Jimmy Cliff, desta feita como repórter da revista ELE ELA. Isso na coletiva de imprensa que o cantor concedeu no auditório do então Rio Palace Hotel, hoje Belmond Copacabana Palace, Posto Seis, na Avenida Atlântica. Jimmy Cliff estava de volta ao Brasil, agora na qualidade de uma das atrações internacionais da segunda edição do Rock In Rio, que aconteceu em janeiro de 1991, no Estádio do Maracanã.
A Jimmy Cliff, o meu respeito e admiração, e gratidão pela cortesia, simplicidade e alegria de como me recebeu nas oportunidades em que estivemos juntos, cada um no seu ofício.
(Jimmy Cliff, nome artístico de James Chambers, natural da localidade de Saint James, na Jamaica, em 30 de julho de 1944), faleceu em 25/11/2025)

Texto reproduzido do Facebook do autor (Osvaldo Salomão's Post).