segunda-feira, 15 de maio de 2017

Lei do décimo-terceiro faz aniversário com os direitos trabalhistas sob ataques...




O décimo-terceiro comemora 55 anos no próximo dia 13 de julho. Nessa data, em 1962, o presidente João Goulart assinou a lei que instituiu a gratificação salarial anual a ser paga pelo empregador no mês de dezembro. A lei aprovada pelo Congresso foi uma iniciativa do deputado Arão Steinbruch.

Houve forte resistência no meio empresarial e campanhas foram deflagradas na mídia conservadora. Trabalhadores organizaram protestos, piquetes e levaram caravanas a Brasília para convencer os deputados e senadores a aprovarem a medida. Ao contrário do que a direita apregoava, o décimo-terceiro não foi um desastre. O salário extra gerou benefícios para a economia ao injetar recursos no mercado e estimular o consumo.

Muita coisa mudou desde então.

O décimo-terceiro não vai ter bolo de festa. A lei permanece, mas em uma CLT desfigurada, que fragiliza as relações de trabalho, retira direitos, amplia a terceirização, altera jornada de trabalho, cria diaristas e horistas e determina que a negociação entre o patronato mais forte e categorias de trabalhadores muitas vezes mais expostas às manobras do empregador estará a cima da lei. O "negociado" valerá mais do que o "legislado".

Muita coisa mudou em 55 anos. Menos a visão colonial da elite dominante.

domingo, 14 de maio de 2017

Moysés Fuks, que há 60 anos deu nome à Bossa Nova, comemora 8.0


por José Esmeraldo Gonçalves

O ano de 2017 marca duas datas importantes da Bossa Nova.

O movimento musical recebeu o nome Bossa Nova em 1957, na sede do Grupo Universitário Hebraico, no Rio de Janeiro.

E ganhou o mundo em 1962, no Carnegie Hall, em Nova York.

Nara Leão, em rara foto no
show no Grupo Universitário
Hebraico, no Rio.
Arquivo Pessoal
Moysés Fuks.
O jornalista Moysés Fuks, que trabalhou na Manchete, dirigiu Fatos & Fotos e foi diretor de Marketing da Bloch, era então repórter do Última Hora carioca, onde Nara Leão fazia estágio sonhando ser jornalista. Como dirigente do Grupo Universitário Hebraico, ele organizou naquele ano o primeiro show do gênero, do qual participaram Silvinha Telles, Carlos Lyra, Roberto Menescal e a própria Nara.

Na época, para promover o show, Fuks redigiu em estêncil (para quem está chegando agora, era um papel-matriz para impressão em mimeógrafo) um pequeno release anunciando os artistas convidados "e um grupo bossa nova". Em seguida, a nota foi transcrita no quadro-negro à porta da sede da organização, um casarão de dois andares na Rua Fernando Osório, no Flamengo: "Hoje, Sylvia Telles e um grupo bossa nova".

"Era um grupo que juntava músicos de jazz e de samba. Pensei: como rotular essa apresentação que mesclava os dois gêneros? Eu já conhecia a palavra bossa, e na minha cabeça aquilo passou a ser uma bossa nova. Ou seja, criei o termo, como jornalista, na Última Hora, para batizar esse encontro", complementa ele sobre o origem de adequação da expressão.

Com aquele estêncil, Fuks tornou-se o primeiro jornalista a vincular a expressão Bossa Nova a um movimento que revolucionaria a música popular brasileira. Só um ano depois, em 1958, João Gilberto lançaria o compacto simples com as canções Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e Bim Bom, de sua autoria.

Melhor deixar o jornalista e escritor Ruy Castro - que também trabalhou na Manchete e Fatos & Fotos, descrever o episódio em trechos (abaixo) extraídos do livro "Chega de Saudade":






Em 2010, quando foi comemorado pela primeira vez o Dia da Bossa Nova (25 de janeiro), Moysés Fuks (visto aí ao lado da família, na Toca do Vinicius, em Ipanema) foi homenageado na Calçada da Fama, onde gravou suas mãos como um registro da sua participação na história da Bossa Nova.

Em 2010, Fuks voltou à sede do Grupo Universitário Hebraico,
o espaço que recebeu o show de Bossa Nova. Reprodução UTV

No mesmo ano, em entrevista à repórter Fabíola Ribeiro, da UTV, o jornalista falou sobre sua trajetória, a ligação com a Bossa Nova e voltou ao local onde aconteceu o show histórico.

Atualmente, Moysés Fuks, que acaba de comemorar seus 80 anos, faz uma participação às quartas-feiras no programa Rede Live, de Haroldo de Andrade Junior e é Assessor de Divulgação e Acervo do Iate Club do Rio de Janeiro.

A outra data histórica da música brasileira em 2017, além dos 60 anos do nome, são os 55 anos do célebre show do Carnegie Hall, em Nova York, no dia 21 de novembro de 1962, quando a Bossa Nova se lançou para o mundo e levou junto a expressão criada por um carioca de 20 anos, mais ou menos a idade dos jovens que protagonizaram o show pioneiro que ele promoveu no Grupo Universitário Hebraico. Nara Leão era uma adolescente, Carlos Lyra tinha 18 anos, Roberto Menescal tinha acabado de completar 20 anos. Mesmo João Gilberto, já profissionalizado, tinha 26  anos.

Acredite: a Bossa Nova, um fenômeno musical que se globalizou, foi criada e promovida por garotos.

Agora, respeite os cabelos brancos da rapaziada.

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Veja entrevista de Moysés Fuks sobre  sua trajetória e o ano zero da Bossa Nova. A entrevista tem três partes. Clique, abaixo, na sequência.
PARTE 1 - AQUI 
PARTE 2 - AQUI 

PARTE 3 - AQUI 



PARA VER O PROGRAMA REDE LIVE, DE HAROLDO DE ANDRADE JUNIOR, COM A PARTICIPAÇÃO DE MOYSÉS FUKS, CLIQUE AQUI 




Mundo em Manchete em Barcelona - Casal de Fórmula 1: Kelly Pìquet e o piloto russo Daniel Kvyat





Kelly Piquet em Moscou; ao lado da atriz Lindsay Lohan


Fotos: Reproduções Twitter
por Clara S. Brito

Durante a transmissão do GP da Espanha, em Barcelona, a TV mostrou a bela Kelly Piquet no boxe da equipe Toro Rosso, no piloto russo Daniel Kvyat. O próprio piloto postou no twiter há menos de uma hora a primeira foto no alto da página.  Filha do tricampeão mundial Nelson Piquet com a ex-modelo holandesa Sylvia Tamsma, Kelly trabalha no departamento de mídia da Fórmula E, categoria para carros elétricos da qual o irmão, Nelsinho Piquet, foi campeão em 2015.


Fato em foco: jornalistas-cardeais da direita sobem nas tamancas...

Reprodução/Publicado no DCM

Fato em foco




Reprodução o Globo/13/52017 - Foto de André Coelho


Meninos eu vi - Maria Candelaria, o filme que ganhou o Grand Prix no primeiro Festival de Cannes em 1946




por Roberto Muggiati

Quarta-feira, 17 de maio, começa a 70ª edição do Festival de Cinema de Cannes. É bom explicar de saída por que o primeiro da série famosa aconteceu em 1946, mas os 70 anos só acontecem agora, um ano depois do que deveriam.

A edição de 1968 foi cancelada – atingida em cheio pela rebelião estudantil de maio e pela invasão da Cinemateca de Paris por forças policiais.

Outra explicação: o evento de 1946 se chamava Festival du Film de Cannes e concedeu dadivosamente o prêmio máximo, o Grand Prix (a designação Palma de Ouro só surgiria a partir de 1955) a 11 dos 44 filmes inscritos.

Apesar da quantidade de agraciados, a competição foi disputadíssima. O filme mexicano Maria Candelaria ficou entre os eleitos, ao lado de outros dez, como Farrapo humano (Billy Wilder), Roma Cidade Aberta (Roberto Rosselini), Desencanto (David Lean) e Sinfonia pastoral (Jean Dellanoy).
Ficaram de fora, vejam só, diretores da estatura de Alfred Hitchcock (Notorious/Interlúdio), Jean Cocteau (A bela e a fera), Alberto Lattuada (O bandido) e René Clement (A batalha dos trilhos).
Maria Candelaria é um melodrama mexicano de altíssima qualidade. ~

Pedro Armendáriz e Dolores del Rio
Um resumo da ópera: em 1909, pouco antes da Revolução Mexicana, um casal de camponeses de Xochimilco, María Candelaria (Dolores del Río) e Lorenzo Rafael (Pedro Armendáriz) não consegue viver o seu amor em paz. María sofre preconceito por ser filha de uma prostituta e Lorenzo Rafael, um jovem indígena, é hostilizado por amá-la. Nada dá certo para eles. Don Damián, um comerciante ciumento que assedia María, faz tudo para impedir o casamento dela com Lorenzo. Quando María contrai malária, Don Damián se recusa a vender ao casal a quinina necessária para combater a doença. Lorenzo invade o armazém e rouba a quinina e leva também um vestido de noiva para María. É preso e María concorda em posar para um pintor a fim de levantar dinheiro para pagar a fiança do amado. Quando o artista pede a María que pose nua, ela se recusa. Ele termina o quadro usando outra modelo para o corpo nu, mas preservando o rosto de María.

O diretor Emílio Fernandez
Quando a turba odiosa de Xochimilco vê a pintura, acha que María posou nua e a mata a pedradas, numa cena de uma selvageria revoltante.  Vi esse filme na flor dos meus doze anos e fiquei chocado: nunca imaginara que o mundo podia ser tão cruel e injusto.
O filme é em preto-e-branco, com a fotografia magistral de Gabriel Figueroa, que trabalhou em 235 filmes ao longo de cinquenta anos, ao lado de cineastas como Luís Buñuel, John Ford, John Huston e Emilio Fernández, o diretor de María Candelária. No filme anterior que fez com Dolores del Río, Flor silvestre, Fernández a submeteu a uma série de grosserias e humilhações. Só seu alto senso de profissionalismo impediu Dolores de abandonar as filmagens. Secretamente apaixonado pela atriz, Emilio teve uma oportunidade de reconciliação, um almoço com ela na Sexta-feira Santa de 1943, dia do aniversário de Dolores. Enquanto a esperava no restaurante, nervoso, Fernández escreveu o roteiro de um filme em treze guardanapos. O escritor David Ramón conta, em sua biografia da atriz:

Gabriel Figueroa, diretor de fotografia.
“Na hora de dar o presente a Dolores, Emilio Fernández praticamente jogou um monte de guardanapos na mesa e disse: ‘É o seu presente de aniversário, o roteiro de um filme. Espero que goste, pois é o seu próximo filme, Xochimilco. É propriedade sua, se alguém quiser comprar, vai ter que comprar de você.’ Apesar da generosa oferenda, Dolores foi irônica: ‘Primeiro fiz o papel de uma camponesa. Agora, uma índia, quer que eu interprete uma índia... descalça?’”

Vi María Candelária nas condições mais exóticas, num cinema improvisado no balneário paranaense de Guaratuba. Naquela época o cinema não se restringia às salas urbanas, mas se espalhava pelos cafundós do Paraná, onipresente como o nome das Casas Pernambucanas pintado a cal nas pedras que margeavam as estradas mais remotas. Bastava ter um projetor, algumas latas com rolos de filmes e uma tela, ou um simples lençol branco, que estava criada uma sala de projeção. Meu tio e padrinho, José Muggiati Sobrinho, com esse equipamento básico, promovia sessões de cinema em Guaratuba no início dos anos 50. Ao fim da sessão, as cadeiras eram encostadas às paredes e o galpão se transformava em pista de forró para os pescadores locais. Acostumado com a produção banal de Hollywood, eu achava que o cinema era apenas diversão inocente. Ignorava que filmes como María Candelaria – e Ladrões de bicicletas, que vi pouco tempo depois – além do prazer estético que traziam, podiam também ser agentes de transformação da consciência social.

AtualizaçãoAnônimo E como tudo no Brasil acaba em samba, o nome Maria Candelária entrou no nosso imaginário com a marchinha que foi sucesso no carnaval de 1952 na voz do General da Banda Blecaute.Os sucessos de Carnaval dos anos 50 eram Lava-jato pura, uma poderosa ferramenta de crítica e protesto social. Veja a letra da própria Candelária, de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas, e ouça Blecaute. 

Maria Candelária / É alta funcionária
Saltou de páraquedas / Caiu na letra "O", oh, oh, oh, oh
Começa ao meio-dia / Coitada da Maria
Trabalha, trabalha, trabalha de fazer dó oh, oh, oh, oh
A uma vai ao dentista / As duas vai ao café / Às três vai à modista
Às quatro assina o ponto e dá no pé / Que grande vigarista que ela é.


Clique AQUI para ver e ouvir Blecaute cantando a marchinha de 1952

sábado, 13 de maio de 2017

Jornalão é condenado a pagar multa a jornalista autor de frase "Chupa Folha" escondida em obituário

(do site DCM, com informações do TRT/SP)

A empresa Folha da Manhã, autora de uma reclamação trabalhista, foi condenada pelos magistrados da 5ª Turma do TRT da 2ª Região a pagar uma multa ao reclamado, um ex-jornalista da reclamante, por protelar decisões.


Na reclamação inicial, a empresa requereu indenização por danos morais, retratação pública e pedido de desculpas. Em seu último texto publicado no jornal Folha de S. Paulo – que faz parte da Folha da Manhã – na seção de obituários, o réu fez com que a inicial de cada parágrafo formasse a frase “Chupa Folha”, composição denominada de acróstico. O obituário foi redigido no dia 8 de junho de 2015 e publicado em 13 de junho do mesmo ano, três dias depois de o jornalista pedir demissão do periódico. A Folha afirmou que a publicação foi feita normalmente, pois a disposição do texto não foi percebida a tempo.

De acordo com a sentença, não ficou comprovada a lesão à imagem, bom nome e boa fama da autora. “Até porque, diante da pequena repercussão, é provável que a grande maioria dos leitores do jornal sequer tenha tomado conhecimento do fato”. Sem a comprovação da lesão à honra, o pedido de indenização por danos morais foi julgado improcedente.

Inconformada com a decisão, a autora recorreu da decisão. Analisando o recurso, o relator do acórdão, desembargador José Ruffolo, resumiu o julgado como uma “tentativa do próprio veículo de comunicação de coarctá-la (restringi-la) quando a atitude em estudo o desagrada, não está conforme a sua parcial visão de liberdade”.

Os magistrados da 5ª Turma entenderam ainda que o fato não teve repercussão popular, “restringindo-se a veículos de pouca relevância e que normalmente servem mesmo para apoquentar (aborrecer) os grandes grupos de mídia”. No que diz respeito à retratação por escrito pretendida pela autora, declararam ser ineficaz. “Como poderia ele fazer isso? Escrevendo outro acróstico dizendo, por exemplo, ‘NÃO CHUPA FOLHA’?”

LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO DCM, CLIQUE AQUI

Cyber arrastão: ataque hacker é o primeiro assalto globalizado da história

O aviso dos cyber assaltantes

A CNN dedicou horas ao tema, ontem. 


Nas redes sociais, Edward Snowden criticou a NSA por não alertar outros países ao saber
que sua ferramenta baseada na falha do Windows havia sido vazada. 

Ainda não foi o cyber apocalipse, mas os hackers mostraram armas capazes de deflagrar um ataque mundial.

Segundo a empresa russa Kaspersky, especializada em segurança cibernética, foram identificadas cerca de 50 mil ações criminosas em mais de 70 países ( a Avast, empresa de softs de segurança, estima em 99 o número de países atacados).

A motivação da atual ofensiva foi chantagem. Ao consumar o sequestro de arquivos, os hackers exigiam quantias em bitcoins (em valores entre 300 a 600 dólares) para permitir que os usuários infectados voltasse a acessar seus documentos ou bancos de dados. O ataque foi denominado de Wanna Decryptor ou WannaCrye explorou uma vulnerabilidade do Windows.

Cyber invasões criminosas em larga escala não são novidade. A poderosa NSA (National Security Agency) americana hackeou não faz muito computadores governamentais de dezenas de países, inclusive aliados com Alemanha, França, Brasil etc, para obter informações estratégicas governamentais e de empresas e pessoas. A ação ilegal, embora justificada como de combate ao terrorismo, recolheu importantes informações econômicas e diplomáticas de empresas privadas em vários países. Antes disso, a mesma agência havia invadido caixa de emails e rastreado redes sociais de milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a famosa revelação da organização Wikileaks.

O mega ataque de ransonware (é este o nome da ação dos hackers, ontem, um tipo de malware que impede o acesso ao sistema infectado e exige um valor de "resgate" para liberá-lo), segundo as primeiras informações, utilizou uma ferramenta hacking desenvolvida para explorar a falha do Windows e que teria sido roubada da NSA. A Rússia foi o país mais atacado O Brasil sofreu algumas investidas, sites de empresas e órgãos públicos saíram do ar em 14 estados.

O ativista Eduardo Snowden criticou no twitter a NSA. Ele acha que ao descobrir há alguma semanas que a ferramenta maliciosa havia sido vazada poderia ter feito um comunicado privado às agências governamentais e evitado a ação dos hackers.

O invasão massificada entra para a história com o primeiro cyber arrastão da web globalizada.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

"Não me retoque": celebridades rejeitam aplicativos me-engana-que-eu-gosto

por Jean-Paul Lagarride

A recente aprovação da lei francesa que obriga a inclusão de alerta de imagens retocadas em  campanhas publicitárias está provocando polêmica.

A intenção da nova regra é evitar a divulgação de ideais de beleza que exponham adolescentes a prejudicar a saúde na tentativa de imitar falsas perfeições. Os mercados publicitários e editoriais estão criticando a medida, mas podem estar indo na contramão de uma tendência, se não entre modelos e estilistas, mas por parte de celebridades.

Já há alguns anos, ao posar para a revista W, o ator Brad Pitt exigiu que as rugas não fossem retocadas por aplicativos.

A atriz e cantora Zendaya Coleman reclama quando o photoshop lhe tira as curvas.

Ficou famoso também o piti da Lady Gaga ao ver sua foto retocada na capa da Glamour. Nicki Minaj, Jennifer Lawrence, Beyoncé e Alicia Keys também já engrossaram o coro das descontentes com os editores que as levam a uma espécie de spa digital antes de colocá-las nas capas.

Entre as brasileiras, destacou-se a cantora Manu Gavassi, que ironizou sua foto photoshopada na capa da Vip. Uma seguidora perguntou: "Menina, de onde nasceu essa coxa?". Manu mandou de volta: "Do Photoshop deslavado que é essa capa". Eu nem me reconheço direito", ela tuitou, na época.

Airbnb lança revista impressa de viagem

Quebrar a rotina é algo diretamente ligado ao prazer de viajar. Mesmo as pessoas mais logadas na internet diminuem o número de horas/smartphone/notebook quando estão fora das suas cidades em temporadas de lazer. Airbnb, o aplicativo que conecta turistas e donos de imóveis, viu nesse comportamento comum um nicho para uma revista impressa. A empresa acaba de fazer um parceria com uma das maiores editoras do mundo, a Hearst, para lançar a AirBnbMag, uma publicação de viagem e serviço. A primeira edição, com 350 mil exemplares, estará nas bancas no dia 23 de maio, nos Estados Unidos. A ideia é crescer rapidamente, já que parte da tiragem será destinada aos afiliados do Airbnb em todo o mundo, com informações úteis aos milhares de  hóspedes.

Brasil recebe centenas de recomendações para combater violações aos direitos humanos

Estados-membros das Nações Unidas fizeram nesta terça-feira (9) mais de 240 recomendações de direitos humanos ao Brasil, em meio à Revisão Periódica Universal (RPU). Grande parte das recomendações refere-se à segurança pública. Os países pediram uma reformulação do sistema penitenciário brasileiro e o combate à violência e ao abuso policial, especialmente contra a população negra e pobre.

Os países também pediram o combate à violência contra os povos indígenas, o impulso à demarcação de terras e a participação dessa população nas decisões. Leia aqui reportagem completa com todas as principais recomendações feitas ao Brasil por mais de cem países.

Fonte: ONU BR

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quinta-feira, 11 de maio de 2017

Fotografia - Manchete 65 anos: A Exposição Impossível-5


Zagalo voltava a treinar em janeiro de 1958, após grave contusão.
Manchete Esportiva o fotografou no estádio do Botafogo na Rua General Severiano. Entrevistado, ele pediu que Feola
não o esquecesse ao convocar a seleção. Foi lembrado pelo treinador e voltou da  Suécia com a Jules Rimet.
Reprodução Manchete Esportiva.

Vavá no Atlético de Madri. Reprodução Manchete Esportiva

Coronel, lateral esquerdo do Vasco. Era um caçador "casca grossa', dizem que
na sua faixa de campo nem a grama nascia. Foi um dos mais duros
marcadores de Garrincha. Nessa foto, Dida é a caça Reprodução Manchete Esportiva

Dida, o lendário craque do Flamengo para nas mãos de Castilho, do Flu. Reprodução Manchete Esportiva

Pelé vence o goleiro do Peru. Copa de 1970. Foto de Orlando Abrunhosa. Reprodução Fatos & Fotos. 

Pelé, no Santos, Campeonato Paulista. Reprodução Manchete Esportiva.

Uma imagem rara de um gol famoso. Depois de percorrer todo o campo,
Nilton Santos desloca o goleiro da Áustria. Copa de 1958.
Foto de Jáder Neves. Reprodução Manchete Esportiva 

Pelé na Suécia. Foto de Jáder Neves. Reprodução Manchete Esportiva

O atleta Adhemar Ferreira da Silva.  Reprodução Manchete Esportiva

A nadadora Maria Lenk posa com os filhos para matéria da Manchete Esportiva

Em 1959, o duro embate entre Carlson Gracie e Valdemar.
Décadas antes do UFC, o vale-tudo atraia multidões ao Maracanãzinho

Uma lenda do jiu-jitsu,
Hélio Gracie, tio de Carlson, na plateia...

... observa a luta que ele definiu como "de gigantes".  Deu empate e Nicolau Drei fotografou
para a Manchete Esportiva. 


Manchete sempre teve no Esporte um editoria essencial. Com menos de três meses de existência, ainda com foco indefinido, a revista publicou com destaque a participação brasileira na Olimpíada de Helsinque, na Finlândia, em julho de 1952.  Dos anos 1960 até a década de 1980, outra semanal, a Fatos & Fotos também acompanhou  regularmente  Copas, Olimpíadas, campeonatos regionais e nacionais.
Junho de 1956: Leônidas,
o "tanque" do América,
na capa.

Mas foi na década de 1950 que a Bloch lançou a Manchete Esportiva, publicação semanal que testemunhou - e registrou fotograficamente - a ascensão irresistível da geração que conquistou a Copa de 1958. A revista gravou em imagens a vida e a bola de craques da seleção como Didi, Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Zagalo, Zito, Gilmar, entre tantos outros que brilhavam em clubes.

Mas não apenas o futebol ocupava as páginas de Manchete Esportiva. Natação, atletismo, vale-tudo, basquete, automobilismo e outras modalidades tinham suas seções.

Neste capítulo de A Exposição Impossível, que reproduz imagens de um acervo perdido, fica o registro de uma mínima linha do tempo - extraída de apenas quatro edições entre cerca de 250 publicadas de 1955 a 1959  - de uma era brilhante do futebol brasileiro (em 1977, a Manchete Esportiva voltou às bancas (até 1979), a tempo de cobrir a trajetória de outros craques, como Zico, Roberto Dinamite, Leão, Reinaldo, Nelinho, Toninho Cerezzo, Edinho e Dirceu).