segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Pequim: show de imagens do Mundial de Atletismo 2015 no Ninho de Pássaro

A alemã Carolin Schafer no salto em altura. Foto IAAF/Getty Images
A frustração de Brianne Theisen Eaton. Foto IAAF/Getty Images

Salto em altura no céu de Pequim. Foto IAAF/Getty Images



O jamaicano Usain Bolt corre os 100 metros e...



...dispara o raio na pista. Fotos IAAF/Getty Images

A vitória da jamaicana Shelly-Ann-Pryce nos 100 metros com a holandesa Dafne Schippers em segundo. Foto IAAF/Getty Images

A queda de Yadisleide Pedroso nos 400m com barreiras. Foto IAAF/Getty Images

O Ninho de Pássaro. Foto IAAF/Getty Images


A vibração de Mo Farah ao vencer os 10 mil metros. Foto IAAF/Getty Images

Habiba Gribin à frente no s 3 mil metros com barreira. Foto IAAF/Getty Images

A alemã Christina Schwanitz no arremesso de peso. Foto IAAF/Getty Images

Katharina Jonhson Thompson desaba após o salto em altura. Foto IAAF/Getty Images

O esforço e a...
emoção de Jessica Ennis Hill, vencedora do heptatlo. Fotos IAAF/Getty Images

Na prova de salto em distância, o Ninho de Pássaro em ângulo aberto. Foto IAAF/Getty Images
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A crise da mídia é maior do que a mídia da crise...


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Comemorou cedo demais... deu nisso

A atleta americana Molly Huddle terminava em terceiro lugar a prova dos 10 mil metros do Mundial de Atletismo, no Ninho de Pássaro, em Pequim, quando resolveu comemorar um décimo de segundo antes da hora. Resultado, foi ultrapassada pela compatriota Emily Infeld e perdeu a medalha de bronze. Veja o vídeo, clique AQUI

Donald Trump na Time. Debaixo da franja do penteado, o pré-candidato republicano passa a impressão de que vai transformar o Salão Oval em sala de guerra

por Flávio Sépia
Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, é uma mistura de Maluf, Bolsonaro e Eike Batista. Mas não ria da piada. Cara-de-pau, fanático pela direita e bilionário que já deu errado e se recuperou, ele é bem mais perigoso do que o trio citado, até porque pretende ser inquilino da Casa Branca. Trump está na capa da Time. Deu uma entrevista, longa, que é um primor de vácuo, mas embute alguns riscos futuros. Deu poucas pistas do que pretende fazer, opiniões genéricas sobre comércio exterior. Disse que os Estados Unidos devem "vencer" a China e o Japão, devem voltar a ser ricos e a ter superávit com todos os países. Queixou-se da regulação do sistema financeiro, quer construir um muro "enorme" na fronteira mexicana e pretende revogar o Obamacare. Disse que a guerra no Iraque foi um erro. Mas não diz o que teria feito, se largaria um bomba A na cabeça do Saddam. Posou ao lado de uma águia chamada Tio Sam e defendeu a hegemonia americana. Revelou que fica irritado ao ver carros importados nos portos americanos.
A Time tentou mas não conseguiu arrancar do pré-candidato dados concretos do seu programa de governo, sobre mudanças políticas radicais e a anunciada guinada para a direita.
De qualquer forma, Trump deixou a impressão de que vai transformar o Salão Oval em sala de guerra. Ele vai bem nas pesquisas mas os próprios republicanos estão divididos. O governador do Texas, Rick Perry, também pré-candidato pelo partido, diz que o bilionário é "um câncer que deve ser diagnosticado, extirpado e descartado". Recentemente, Trump teve que retirar do seu site uma montagem sobre um foto de banco de imagens onde aparecia ao lado de soldados, como apoio aos "nossos rapazes". Só que os soldados vestiam uniformes nazistas. Irritado com  o senador republicano John McCain, por ter este criticado sua opinião de que imigrantes são, em geral, estupradores e traficantes, o bilionário o chamou de "idiota" e questionou o fato de ele ser um herói de guerra. "Ele é um herói de guerra porque foi capturado?  Gosto de pessoas que não são capturadas", disse. McCain teve seu jato abatido no Vietnã e ficou preso por cinco anos e recusou-se a delatar colegas. Já Trump conseguiu um atestado médico sobre um problema no pé e escapou da convocação. O deboche pegou mal em um país que preza seus veteranos de guerra e entre os próprios aliados do pré-candidato. Dono de uma fortuna de 10 bilhões de dólares - Trump confessa que ganhou muito dinheiro durante a "bolha imobiliária" que atingiu as hipotecas e levou milhares de americanos a venderem suas casas a preços abaixo do mercado. Ele parece disposto a falar o que quer por julgar que está em sintonia com a parcela ultraconservadora do país. Avalia que não depende dos grandes financiadores de campanha e diz que é o único nome capaz de derrotar Hillary Clinton, a pré-candidata democrata.


"A blindagem de Eduardo Cunha". Por Elio Gáspari para O Globo e a Folha

"Fernando Henrique Cardoso disse o seguinte:
"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."
Poderia ter dito a mesma coisa a respeito de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, denunciado pelo procurador-geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Não disse. Nem FHC, nem qualquer outro grão-tucano.
Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara.
Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões.
O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
Surgiu em Brasília o fantasma de um "acordão". Nele juntaram-se Dilma e Renan Calheiros.
Há outro: ele junta Eduardo Cunha, o PSDB, DEM e PPS. Um destina-se a segurar Dilma. O outro, a derrubá-la. À primeira vista, são conflitantes, mas têm uma área de interesse comum: nos dois acordões há gente incomodada com a Lava Jato. A proteção a Dilma embute a contenção da Lava Jato, evitando que chegue ao Planalto ou a Lula. A proteção a Eduardo Cunha pretende conter a responsabilização dos políticos de todos os partidos metidos em roubalheiras.
É sempre bom lembrar que Fernando Collor, também denunciado por Janot, renunciou ao mandato em 1992, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Renan Calheiros foi líder do governo Collor e Eduardo Cunha dele recebeu a presidência da Telerj"

sábado, 22 de agosto de 2015

Políticos e corporações atacam Uber, Netflix e Whatsapp e imitam Dom Quixote lutando contra moinhos de vento...

por Flávio Sépia
Uber, Netflix e Whatsapp estão sob ataque no Brasil. Trata-se de um guerra perdida e em curtíssimo prazo. No século 19, com o avanço das máquinas da Revolução Industrial, operários com medo de perder emprego e comerciantes temerosos de perder mercado uniram-se para promover quebra-quebra de fábricas que inovavam em suas linhas de produção. O Uber, o novo serviço público de transporte é visto como "inimigo" quando é apenas a realidade. Claro que se apresenta como opção não-regulamentada ao sistema convencional de táxis. Mas, e daí? Saiba que o Rio, para citar um exemplo, tem 30 mil táxis. Destes, apenas cerca de 5 mil pertencem a autônomos. A imensa maioria está nas mãos de um cartel de empresas, algumas, como já foi denunciado,  com digitais de políticos influentes. É grande a chance de o taxista que leva você para o trabalho ou para o lazer estar rodando há mais de 12 horas. Isso porque, segundo uma deles, só a partir da oitava ou nona hora de trabalho ele começa a auferir algum lucro depois de juntar o dinheiro da diária escorchante e do combustível. É surpreendente que, em tais condições, ainda exista uma boa parcela de taxistas que atendem o freguês com atenção e simpatia e dirijam com certo cuidado. Mas você já testemunhou - e muitos dos seu amigos também - cenas chocantes de taxistas agressivos no trânsito e até com o próprio cliente. Claramente, é um sistema ultrapassado até e principalmente do ponto de vista trabalhista.
O ministro das Comunicações, ao lado de corporações de telecomunicações e de mídia, ameaça jogar sua lança de Quixote contra o Netflix e o Whasapp. Para ele, são ferramentas "piratas", embora ambos, como o Facebook, gerem um imenso trânsito de dados que eleva o faturamento das telefônicas. Mesmo assim, algumas dessas empresas se queixam de que a telefonia por voz está sendo prejudicada pela concorrência. Voz? Pergunte a um garoto quantas vezes ele fala ao celular por dia e quantas vezes se comunica via mensagem de texto? Pois é, a telefonia por voz não vai acabar mas virou acessório. Quanto ao sucesso do Netflix é fácil explicar: o sistema dá ao usuário o livre arbítrio para escolher o filme ou a série que quer ver e decreta o fim das passividade do usuário diante da TV aberta que, aliás, já perde em qualidade até para os canais a cabo. Não sei se o ministro sabe, mas o Google desenvolve o carro totalmente automático que vai dispensar o motorista. Ou seja, o fim do Uber já pode estar datado. Automóveis controlados remotamente são uma alternativa que técnicos e visionários buscam há muito tempo. Mas só recentemente a comunicação (rede de satélites, rastreadores, sensores etc) se desenvolveu a ponto de tornar seguro e viável o carro sem motorista. E aí quando tal sistema chegar às grandes cidades será proibido porque muitos motoristas perderão seus empregos? Talvez haja quebra-quebra de carro na ruas tal como nas fábricas do século 19. Ou o ministro da vez vai dizer que carro automático é pirataria.

Deu na TV Meio & Mensagem: Paolla Oliveira é a campeã de publicidade


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Vá lá, essa matéria é da rubrica Humor: Jornalista da revista Época quer tirar a roupa de Dilma Rousseff. A direita está excitada...


por Omelete
Não chega a ser uma matéria "investigativa". Saibam os voyeurs que não há links para vídeos nem fotos. Aparentemente, a direita desenvolve uma espécie de fixação sobre a intimidade mais profunda de Dilma Roussef. Recentemente, a cúpula "coxinha" produziu um adesivo que colado sobre o bocal do tanque de combustível dos carros simulava penetração. Não se sabe se já foi desenvolvida uma boneca inflável da ex-guerrilheira. Provavelmente, a peça ainda está em estudos nos laboratórios instalados nos subterrâneos da Av. Paulista.
Trecho do artigo que transforma
a crise política em objeto sexual.






LEIA NO PORTAL IMPRENSA SOBRE A REPERCUSSÃO DA MATÉRIA
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Mas não é porque a Dilma Doll ainda não chegou ao mercado que a revista Época deixaria de pegar uma carona na erotização da campanha do impeachment. Com toques rascunhados de sexologia avançada, a revista vai acabar descobrindo que a solução para o atual impasse político é uma grande manifestação de sexo grupal no gramado da praça dos Três Poderes. E, claro, com a participação de alguns representantes do Quarto Poder, que, pelo visto, andam excitados.
A MATÉRIA QUE ANALISA A SEXUALIDADE DE DILMA FOI RETIRADA DO SITE DA REVISTA, MAS JÁ EROTIZOU A INTERNET. CLIQUE AQUI

O Rio sem prédios, segundo a Iluminata... Foi assim que Estácio de Sá viu a futura Cidade Maravilhosa há 450 anos...

A Enseada de Botafogo. Foto Iluminata

Ipanema e o morro Dois Irmãos. Foto Iluminata
A agência Iluminata, que se define como "uma produtora de imagens" e para isso soma à criatividade os mais sofisticados softwares do mercado tem na galeria do seu site um curioso exercício visual que mostra como seria o Rio sem prédios ou qualquer outra intervenção urbana. Na verdade, o ensaio mostra a cidade como Estácio de Sá a encontrou há 450 anos. Vale conferir no site da Iluminata.
Clique AQUI. 


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"Sim sinhô, patrão". "Não há de que, sinhazinha". Quando a foto enquadra a "submissão"


Na foto de Pedro Madeira, a reverência cabisbaixa de Dilma, ontem, a Angela Merkel...

...enquanto JK "pedindo um dinheirinho" a Foster Dulles é flagrado por Antonio Andrade, em 1958, e..

...Otávio Mangabeira entra para a galeria do ridículo dando um beijo molhado
em Eisenhower, cena registrada por Ibrahim Sued, em 1946. 

por Omelete
Com memória visual apurada de diretor de Arte que foi da Manchete e do O Cruzeiro, J.A.Barros registrou a cena de dona Dilma Rousseff reverenciando "frau" Angela Merkel, publicada hoje na Folha de São Paulo, em foto de Pedro Madeira. Rápido no gatilho, logo a enviou para a redação deste blog.
Conhecedor da história política que, aliás, passou em forma de foto pela sua mesa de diagramação, Barros ligou uma coisa a outra e acoplou mais duas imagens à sua rápida e oportuna crônica da aparente subserviência política. Dona Dilma, lembrou ele, apenas repetiu posturas semelhantes de JK e Otávio Mangabeira. O primeiro foi flagrado, em 1958, por Antonio Andrade, fotógrafo que trabalhou na Manchete. Em uma curiosa postura de "pedinte": de braços estendidos, palmas da mão abertas, JK parece tentar descolar algum dinheiro do Secretário de Estado americano John Foster Dulles que, não por acaso, manuseia algo que se assemelha a uma carteira recheada de dólares, tudo o que o presidente bossa-nova precisava naqueles dias em que torrava verbas em Brasília. Em 1946, Otávio Mangabeira, então presidente da UDN, fez pior e nem dinheiro pediu. "Em nome do país" - disse Mangabeira que teve a cara-de-pau de achar que falava em nome dos brasileiros - "inclino-me respeitoso diante do General Comandante-Chefe dos Exércitos que esmagaram a tirania, beijando, em silêncio, a mão que conduziu à vitória, as Forças da Liberdade". Dito isso, Mangabeira tascou um beijo molhado e subalterno na poderosa mão ianque. A idiotice valeu uma dia de discussão parlamentar em plena Constituinte, no Palácio Tiradentes, com a maioria considerando a lambida de mão "ultrajante para a nação brasileira". A foto foi feita por Ibrahim Sued. Quer dizer, o tempo passa, o tempo voa e o "servilismo" continua numa boa.  Vai um adendo com a foto abaixo: no almoço oferecido por Dilma à Merkel, no Itamaraty, pode-se dizer que a postura até que melhorou. Dilma relaxou mas Lewandowski ainda curva demais a espinha. Mas nada como um chope para igualar o jogo...

Foto Lula Marques/Agência PT



Deu no Mashable: que fim levou Spruce Goose, o mega hidroavião que Howard Hughes tirou da prancheta há 70 anos?

Uma das asas do Spruce Goose a caminho do dique de montagem: espetáculo popular. Foto Underwood Archives/Getty Images/Mashable (link abaixo)

O primeiro voo em 2 de novembro de 1947. 

Taxiando em Long Beach. Foto J.R.Eyerman/The Life Picture Collection/Getty images/Mashable (link abaixo)


Hughes nos controles. Foto Betmann/Corbus/Mashable (link abaixo)

O Spruce GoosE, em amarelo, comparado ao maiores aviões da atualidade: Antonov (verde), Boeing 747 (azul) e ao Airbus A-380 (verde). Reprodução

O hidroavião no museu, no Oregon. Foto Evergreen Aviation & Space Museum

por Flávio Sépia
Matéria publicada hoje no site Mashable revisita um momento da aviação que virou história e aterrissou na lenda. Em 1942, os submarinos alemães caçavam navios aliados no Atlântico. O magnata e aviador Howard Hughes teve então a ideia de projetar e construir um super hidroavião capaz de cruzar oceanos e levar 750 soldados equipados ou trinta tanques Sherman a qualquer litoral inimigo a conquistar. Hughes era, também, um especialista em arrancar verbas de Washington para projetos de aviões militares. Quem viu o filme "O Aviador" conhece a história desse personagem, um dos mais intrigantes do século passado, que foi parar em comissões parlamentares de inquérito, e os detalhes do polêmico projeto.
Só em janeiro de 1945, há 70 anos, quando a guerra estava chegando ao fim, Hughes começou a tirar da prancheta o imenso hidroavião. Seis vezes maior do que qualquer aeronave da época, tinha oito motores sobre uma fuselagem de madeira, já que a guerra consumia o metal disponível. O transporte das asas e outros setores do avião, em carretas, rumo ao dique onde seria montado, era um acontecimento que parava cidades e atraia multidões. A imprensa o apelidou de Spruce Goose, um tipo de ganso gordo, enfeitado, termo pejorativo que enfatizava as características pretensiosas do avião. Hughes detestava o apelido.  Com o fim da guerra, as verbas foram suspensas e o mamute voador só foi concluído em 1947. Já não era prioritário para o Departamento de Defesa. O Spruce fez seu primeiro e único voo - na verdade subiu dois metros e planou por um minuto, com Hughes nos controles - em novembro daquele ano, em Long Beach. Talvez com esperança de fazer um segundo voo, Hughes mandou recolher o Spruce Goose a um hangar climatizado onde ele passou 33 anos longe dos olhos do público. Só após a morte do magnata, em 1976, os inventariantes doaram o avião a um aeroclube que o cedeu a uma subsidiária da Disney, que por algum tempo o exibiu ao público em um hangar improvisado. Entusiastas da aviação temiam que um importante item da história se deteriorasse aos poucos e lançaram uma campanha para dar ao Spruce Goose uma casa própria e definitiva. Desde 2001, o H4-Hércules, nome técnico do hidroavião, está no Evergreen Aviation & Space Museum, no Oregon, longe do mar, como símbolo da ousadia - mas há quem diga da loucura - de um visionário. Todos os dias, voluntários tiram a poeira do cockpit, verificam se a madeira tem cupins e procuram pontos de ferrugem nos equipamentos. O Spruce estaria assim pronto para receber o magnata que tinha pavor de germes, mania de limpeza e morreu recluso em uma suite desinfetada.
VEJA MAIS NO MASHABLE, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Rural Willys, lançada há 55 anos, teve seus dias de "veículo jornalístico". Literalmente. E na Manchete...




por José Esmeraldo Gonçalves
O anúncio acima, em página dupla da Manchete, marcou o lançamento da Rural Willys. Algumas gerações de repórteres e fotógrafos que passaram pela Bloch acabaram ganhando na década e meia seguinte uma inevitável intimidade com a velha Rural. Houve uma época, entre os anos 60 e até o fim dos 70, em que a frota de transporte da empresa era formada quase que exclusivamente pelo famoso utilitário derivado do Jeep. As exceções eram uma ou duas Kombis que serviam às produções das revistas. Uma das Rural, aliás, tinha um engate para um trailer que também servia de apoio para os ensaios fotográficos de moda.
Era onde modelos, em um raro luxo, então, podiam trocar de roupa e se maquiar para as fotos. Pois bem, a velha Rural, que fez história nas cidades e estradas brasileiras, foi lançada em 1960, há 55 anos. Na época, o publicitário Mauro Salles, um apaixonado por automóveis, fez uma matéria testando o veículo (reprodução ao lado). Antes do modelo de 1960, que aparece no anúncio acima, a Willys montava aqui uma versão mais antiga de design ainda integralmente americano. Mas a Rural de 1960, que tinha um índice de nacionalização em torno de 90%, já exibia toques dos desenhistas da fábrica de São Bernardo dos Campos.  Um deles, o detalhe inspirado nas linhas de Brasília e que dividia, bem visível, a grade do radiador. No ano da inauguração, Brasília era o tema preferencial das revistas da Bloch. Amigo de JK e de Oscar Niemeyer, Adolpho Bloch deu atenção especial ao projeto da nova capital desde o seu início. O arquivo fotográfico da Manchete, supostamente desaparecido, reunia o mais completo acervo da construção de Brasília desde a pedra fundamental e as primeiras estacas cravadas no Planalto Central até a inauguração em noite de gala e a evolução da cidade nos quarenta anos seguintes. 
O logotipo da FF, como a grade
frontal da Rural, homenageava Brasília. 
Para Adolpho Bloch, que lançou a Fatos & Fotos em homenagem a Brasília (a revista tinha como endereço formal a nova capital e até exibia, no logotipo, uma inconfundível coluna do Alvorada), a grade frontal da Rural Willys em estilo Niemeyer deve ter sido o algo mais que o levou a adotar o jipão, que hoje seria chamado de Suburban Utility Vehicle (SUV), como padrão na sua frota de reportagem.
Em pautas mais rumorosas, como, por exemplo, a que ficou conhecida como o "caso Lou e Wanderley", crime que mobilizou o Brasil nos anos 70 e exigiu dos repórteres e fotógrafos inúmeras noites de plantão na delegacia da Barra da Tijuca, cercados de mosquitos, ou longas horas no portão do presídio de Água Santa, a Rural era um abrigo oportuno.
Trecho do livro do 
repórter Fernando Pinto
O jornalista Fernando Pinto, que trabalhou na Manchete e que recentemente lançou um livro de "Memórias de um Repórter", dedica algumas linhas à Rural, que ele chamava de "invencível", com a qual cruzou na tarde de 31 de março de 1964, o front das tropas do 1° e do 2° Exércitos, rumo a fronteira do Rio e de São Paulo, quando ainda havia a suposta possibilidade de um confronto militar em meio à derrocada do governo João Goulart. Mas a Rural cumpria, claro, pautas mais amenas. Além dos repórteres, as celebridades da época também esquentaram muito o banco desconfortável da "viatura", sem ar condicionado, acessório que era quase ficção, que levava aos estúdios das revistas personagens de capas da semana, como Pelé, Sonia Braga, Regina Duarte e muitos outros.
Ou como Gal Costa, vista na foto abaixo ao lado dos tripulantes da valente Rural, que desacelerou, saiu de linha em 1977 direto pro acostamento da história, mas deixou marcas de pneu no asfalto da Rua do Russel.
Gal Costa, o maquiador Guilherme Pereira e o produtor Claudio Segtowich: não foi uma selfie, termo que passava bem longe dos anos 70, mas o registro animado da equipe da Manchete, ao lado da Rural, com o logo estampado na porta. A foto é de 1976. 

Museu contrata segurança para versão em cera da cantora Nicki Minaj... A estátua estava sendo alvo de assédio sexual

Nicki Minaj é assediada no Museu Tussauds de Las Vegas. Reprodução Instagram

Os fãs interagem com a estátua que...

...foi inspirada em uma cena do clipe anaconda. Reprodução Instagram
por Omelete 
O Museu Madame Tussauds, filial de Las Vegas, inaugurou uma estátua de cera da cantora Nicki Minaj, conhecida por seu derrière de dimensões diluvianas. Claro que a figura de cera privilegiou o detalhe anatômico e o escultor usou como inspiração a famosa pose da estrela no clipe Anaconda. O problema é que os fãs passaram a interagir com a estátua e a registrar nas redes sociais suas intenções quanto à boneca em pose insinuante. Antes que alguém passasse da pose à prática, o museu providenciou uma segurança especial para a Nick Minaj fake. Quem disse que a vida tá fácil? Na seca a galera mata cachorro a grito...

Veríssimo, no Globo de hoje: o bom senso que desafia a "levada louca" e sem rumo dos golpistas

Reprodução. Clique para ampliar

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O site Conexão Jornalismo mostrou, hoje, que a mídia esportiva ao reforçar clima de "guerra" às vésperas de classicos põe uma pilha a mais na violência das torcidas

LEIA A MATÉRIA NO SITE CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

Trem nazista desaparecido com carga avaliada em milhões de dólares pode ter sido descoberto...

Segundo o Huffpost em matéria que tem a Reuters como fonte, um polonês e um alemão alegam ter encontrado um trem alemão nazista desaparecido desde o fim das Segunda Guerra Mundial. Estariam dispostos a apontar o local desde que recebam uma recompensa de 10% do valor da carga de pedras preciosas e armas.
Os alemães operavam trens blindados
no leste europeu. Um deles, que teria sido usado
para transportar pedras preciosas e armas,
estaria enterrado em um túnel.
Um escritório de advocacia que representa os descobridores do tesouro já teria contatado autoridades para negociar os próximos passos. Diante do avanço das tropas soviéticas, em 1944/1945, os nazistas lotaram o trem blindado de valores, jóias, equipamentos industriais e armas e o despacharam para a Alemanhas onde jamais chegou.  Há informações de que o trem, que pertencia à Wehrmacht (as forças armadas da Alemanha nazista), foi escondido na Baixa Silésia em um túnel que depois foi soterrado e teve esquecida sua localização. Verdade ou lenda, o caso faz sentido: em 1945 tropas aliadas capturaram um trem com obras de arte, peças de prata e ouro no valor de 200 milhões de dólares. Grande parte dos objetos apreendidos pertencia a família judias do Leste europeu.

Deu no Portal da Câmara dos Deputados: vem aí a isenção para importação de equipamento fotográfico para profissionais...


por Clara S. Britto
A Câmara dos Deputados aprovou ontem na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania projeto que concede isenção de impostos e contribuições, por cinco anos, a fotógrafos, repórteres fotográficos e cinematográficos, cinegrafistas e operadores de câmera para importação de equipamentos (até um teto de 50 mil reais) para uso exclusivo nas suas atividades profissionais. A isenção abrange o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o PIS/Pasep/Importação; e a Cofins/Importação e só vale para produtos sem similares nacionais. Mas, atenção: esse foi um passo importante mas o projeto ainda passará pelo Senado. E tem caráter autorizativo. Ou seja: autoriza mas não obriga o Presidência da República a tornar obrigatória a isenção. Os profissionais terão de comprovar o exercício da profissão em sua carteira de trabalho. Autônomos deverão apresentar inscrição no INSS ou contrato social da empresa e prova do recolhimento da contribuição previdenciária respectiva. Equipamentos adquiridos com isenção não poderão ser vendidos por um período de dois anos.
Um boa sugestão é, quando o projeto chegar a Dilma (ou Cunha, ou Renan, ou Bolsonaro, ou qualquer um quer estiver de plantão no Planalto) levar o "decano da fotografia", Gervásio Baptista, ex-Manchete, e atualmente o mais antigo profissional da área ainda atuante, talvez no mundo, aos 92 anos, para fazer uma pressão cara a cara com o presidente da vez.

Deu no DCM: Kiko Nogueira conta porque o Netflix é o "Uber" da TV brasileira


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Antarctica ironiza a autorregulamentação moral e o conservadorismo da propaganda brasileira. Veja, a propósito, anúncios que fizeram sucesso no passado e que hoje não poderiam ser exibidos na TV

A Antarctica e normas "talibãs" da propaganda. CLIQUE AQUI
ANTARCTICA BRINCA COM AS REGRAS QUE ENGESSAM COMERCIAIS

Em sua nova campanha, "Gostosa além da conta", a Antarctica Sub Zero resolveu ironizar as rígidas normas da propaganda brasileira. Boa sacada. A nossa propaganda vive sob uma espécie de "sharia" da autorregulamentação privada que está banindo humor, sensualidade e criatividade. É gritante o conservadorismo  - o que, aliás, combina com esses tempos de 'coxinhas' carolas - da publicidade, hoje, se comparado - e o You Tube, uma espécie de área de preservação audiovisual, tem muitos exemplos - à irreverência de muitos anúncios que fizeram sucesso nas décadas de 70, 80 e 90. Adele Fátima no famoso comercial das Sardinhas 88 iria parar hoje em uma cela da PF de Curitiba; o filminho das Casas Pernambucanas ("Quem bate, é o frio...") seria vetado por excesso de machismo ao atribuir apenas à mulher a tarefa de "vou comprar flanelas, lã e cobertores eu vou comprar"; o anúncio do "primeiro sutiã seria execrado, assim como o do "tiozão" da Sukita por usar modelos jovens demais em cenas sugestivas; a Neston fez um comercial em que um aluno se apaixonava pela professora, imagine isso hoje em dia. Cadeia em regime fechado.

APÓS QUEIXAS, NOVA SCHIN RETIRA DO AR COMERCIAL DA OKTOBERFEST 2015

Meia-dúzia de nervosinhos reclamou do comercial da Oktoberfest. Foi o que bastou para as Nova Schin retirar a peça do ar. A alegação do pessoal que ficou perturbado é que as mulheres aparecem como operárias, mecânicas e caixas de supermercado em trajes sensuais. Eu, hein? Veja o vídeo e compartilhe e deixe os reclamões doidinhos... CLIQUE AQUI 



VEJA ABAIXO DOIS EXEMPLOS DE COMERCIAIS QUE, SE FOSSEM FEITOS HOJE, SERIAM DEGOLADOS PELOS "AIATOLÁS" DO CONSERVADORISMO. CLIQUE NOS LINKS.
Meninos deslumbrados com a gata de biquini? Hoje, nem pensar. A "ousadia" foi da Chocolates Garoto.
CLIQUE AQUI
Adele Fátima no anúncio das Sardinhas 88? Hoje, o rebolado da bela modelo seria banido da TV.
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terça-feira, 18 de agosto de 2015

29 anos depois, Maradona pede desculpas pelo gol de mão contra a Inglaterra na Copa de 1986...


Ontem, em Túnis, onde filma um comercial, o ex-jogador Diego Maradona reencontrou o árbitro tunisiano Ali Bennaceur e pediu desculpas pelo gol marcado com a mão contra a Inglaterra, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Naquele jogo,  há 29 anos, Maradona marcou dois gols: um que ficou conhecido como o gol da "mão de Deus" e outro, antológico, quando recebeu a bola no meio do campo, driblou quatro ingleses e o goleiro e chutou pouco antes de ser derrubado na área. O craque argentino deu ao árbitro - que, na época, foi ridicularizado por não ver a malandragem explícita do jogador - uma camisa da seleção do seu país e uma foto autografada e com a dedicatória “Para Ali, meu amigo eterno”. Muy amigo.

Veja o fantástico gol de Maradona, não o de mão mas o de placa. 
Clique AQUI

   

Deu no New York Times: a crise brasileira


O New York Times publicou ontem um editorial sobre o Brasil. O jornalão critica a campanha da direita brasileira pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Avalia como um golpe que causaria graves danos á democracia e, pior, levaria o país e um período indeterminado de instabilidade e incertezas. Leia alguns trechos:
* "A avaliação da popularidade da presidente Dilma Rousseff, menos de um ano depois de sua reeleição, está em um dígito, e protestos em todo o país, no domingo, reverberaram pedidos de impeachment. Em toda essa turbulência, é fácil perder a boa notícia: a fortaleza das instituições democráticas do Brasil".
* "Atuado nas investigações sobre suborno na Petrobras, o Ministério Público Federal não foi dissuadido pelo poder e aplica um revés na cultura arraigada de imunidade entre as elites governamentais e empresariais".
* "Embora as investigações tenham criado enormes problemas políticos para Dilma, ela, admiravelmente, não fez nenhum esforço para restringir ou influenciar a apuração. Pelo contrário, tem salientado repetidamente que ninguém está acima da lei". 
*"Até agora, as investigações não encontraram nenhuma evidência de ações ilegais da parte dela".
* "Não há dúvida de que os brasileiros estão enfrentando tempos difíceis e frustrantes, e as coisas tendem a piorar antes de melhorar. Mas a solução não deve ser minar as instituições democráticas que são, em última análise, a garantia de estabilidade, credibilidade e de um governo honesto".

LEIA O ARTIGO COMPLETO, CLIQUE AQUI




segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Polícia Federal: além da Lava-Jato, a Lava-Igreja...

PF investiga grupo religioso que agia como "milícia". Foto PF

A Polícia Federal acordou cedo hoje para prender uns sujeitos em nome de Jesus. Uns autointitulados "homens de Deus" da "Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca", são suspeitos de práticas nada bíblicas. Os espertos mantinham fiéis em trabalho escravo em propriedades rurais e ainda se apoderariam dos bens da vítimas. Estariam agindo como uma espécie de "milícia cristã" e teriam se apoderado até de cartões do Bolsa Família e de aposentadorias. Os sujeitos já controlavam 39 imóveis rurais e tinham mais de 100 veículos, vários deles de luxo. Os investigados, que estão presos, poderão responder por vários crimes: de submeter pessoas a trabalho escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado da Polícia Federal, João Carlos Girotto, os fiéis frequentavam uma igreja em São Paulo e, depois, eram convencidos a ir para uma das fazendas. para mudar de vida". Mas o que mudava pra melhor era a vida do líderes do esquema. Na base da lábia, os fieis - alguns em estado de fragilidade emocional, segundo as investigações -  entregavam todos os seus bens e passavam a trabalhar em fazendas, postos e restaurantes da seita sem remuneração (assinavam recibos de pagamentos de salários mas não recebiam o dinheiro).
A Lava-Jato já está na 18° fase. Se a PF partir pra cima dessa outra modalidade de crime, haja fase. Mas logo, logo, vai aparecer algum advogado reclamando que isso aí atenta contra a "liberdade religiosa". A da cúpula do negócio, claro.

Já respirou sua dose de uísque hoje? Um bar em Londres oferece aos clientes drinques em forma de nuvem. É a Disneylândia ds pinguços

Enchendo a cara na nuvem. Foto Metro/Rex-Reprodução (link abaixo)

É sucesso em Londres. Você não precisa mais levantar o copo para beber. Basta respirar.  Um bar, o Alcoholic Architecture oferece ao freguês um drinque misturado a energético, em forma de nuvem lançada por umidificadores. Para a roupa não ficar imprestável, os pinguços vestem um macacão especial. Mas, atenção: só é permitido fazer a imersão na nuvem por 40 minutos, no máximo. É que o álcool penetra no corpo através das respiração, da pele e dos olhos. Sem passar pelo fígado, o drinque age mais rápido na corrente sanguínea. Aconselha-se ao visitante respirar de forma "responsável". O novo bar ocupa salas de um antigo mosteiro e, inicialmente, ficará no local durante seis meses.
As informações são do "Metro" londrino. 
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Jornalistas sofrem mata-leão: de um lado o aperto da economia, do outro a crise dos veículos impressos. Para seguir em frente, os profissionais estão acionando a tecla "reset"

Como se estivesse em um octógono do UFC, uma grande parcela dos profissionais do jornalismo está encurralada. Aos famosos "cortes de custos" gerais, soma-se a crise da mídia impressa. Um e outro componente do atual impasse tornam-se ainda mais críticos em função da concentração da propriedade e com as grandes corporações atuando em bloco e tirando oxigênio dos veículos menores. Uma das armas de destruição em massa das mega empresas seria cartelizar a captação de propaganda, usando os seus múltiplos veículos, e fazer divulgação cruzada dos mesmos, ferramentas fora do alcance da maioria dos concorrentes. Em meio a essa tempestade perfeita, os sites que agregam informações sobre o mercado estão até repetitivos tantas são as notas e comunicados sobre demissões em massa na Abril, Folha, Estadão, Band, Record, RedeTV, O Globo, Gazeta do Povo, RBS, Editora Três, Estado de Minas, Valor Econômico, Portal Terra, TV Cultura e, agora, O Dia. Nos últimos três anos, foram cortados mais de três mil postos de trabalho nas grandes capitais. Muitas das novas contratações - em volume modesto e que está longe de cobrir os números do passaralho monumental -, sofreram queda brutal nas médias salariais. Não são poucos os jornalistas que investem em empreendimentos pessoais e tentam encontrar nichos no mercado. É uma saída. Claro que em algum momento a economia vai se reaquecer, novas oportunidades surgirão. O velho formato emprego fixo-salário-idem no mercado de comunicação não vai sumir mas é certo que não recuperará o espaço tradicional. E, no caso, nada a ver com a crise econômica.
É que esse trem já partiu.