sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Rio: a onda (e o negócio) do momento é construir tapumes

A foto acima foi feita agora à tarde. Mostra o Centro Empresarial Mourisco preparado para enfrentar uma manifestação. Estava previsto para o começo da noite um protesto contra a revista Veja, cuja redação carioca funciona no prédio. Às pressas, tão logo as redes sociais anunciaram a convocação do protesto, foi construída uma barreira (a faixa branca) e reforçada a segurança interna. Na parte externa, a PM também aguardava os manifestantes. A propósito da barreira de proteção, vale o comentário ouvido no metrô: o melhor negócio do Rio, atualmente, é montar uma firma para construir tapumes e cobertura de madeira para proteção de janelas e portas de vidro. Dizem até que Eike Batista está abrindo uma empresa X para isso com a esperança de assim sair do sufoco que vive.

Gol contra: Botafogo promove poluição visual

Veja o ilustra passageiro ao passar pela Praia de Botafogo, o horrendo pas-de-deux sem qualquer harmonia feito pelas antenas de celulares e o Pão de Açúicar. É de chorar. Vale dizer que os prédios pertencem ao Botafogo, o clube, que ganhou área pública para fins esportivos. Fins esportivos é o que menos há ali. Parte do prédio, que aliás também é de desastrada arquitetura,  é uma churrascaria, outra um posto de gasolina, e a piscina virou local de escolinhas de natação que cobram mensalidades bem "olímpicas". Nem sei se o Botafogo ainda tem equipe de natação e se compete em campeonatos que não sejam entre condomínios ou turmas de colégios. Apesar de o prédio ser baixo, o clube cedeu a cobertura para um emaranhado de antenas. Será que o Prefeito Eduardo Paes, que em boa hora, baniu outdoors que poluíam muros e paredes da cidade, já deu uma olhadinha nessa geringonça do Botafogo?

Rouanet: a lei da vida fácil (também conhecida como Lei Roubanet)

A Ministra da Cultura, Martha Suplicy ignorou decisão do Conselho do próprio Ministério, que analisa pedidos de captação via Lei Rouanet e liberou quase 3 milhões de reais para desfiles de moda, em Paris, promovidos por um único costureiro a quem ela conhece desde menino. Na prática doa verba pública para interesse privados e sem a contrapartida de coitado do contribuinte poder ao menos assistir o evento a preços camaradas, já qaue o costureiro não vai pagar a passagem do povaréu. Martha alega que o desfile é de alto interesse para o país e que depois dele a moda brasileira vai decolar no mundo. Besteira. O mesmo costureiro já fez cinco desfiles em Paris, pagando do próprio bolso, e o mundo não veio abaixo, a coleção não foi capa de revista, nem esteve no horário nobre da TV. A ministra vibra ao dizer que ele conseguiu "140 mi" seguidores" no You Tube. Ora, muito mais do que isso a mulher pelada que dançou o "quadradinho de oito" conseguiu. A propósito, com tantas prestações de contas não feitas ou captações não fiscalizadas ou, ainda, produtos não realizados apesar das verbas recebidas (há lentas e arrastadas investigações sobre isso), a Lei Rouanet passou a ser conhecida também como Lei Roubanet. 

Enfim uma peça bem feita na sempre chata propaganda eleitoral gratuita

por Eli Halfoun

Jograis são uma das mais antigas (se não mais) formas de fazer teatro. Sempre funcionaram bem porque sem cenários ou outros atrativos que desviem a atenção do espectador praticamente obrigam a platéia a prestar atenção somente ao que os atores dizem no palco (se evidentemente o texto tiver qualidade). Foi a fórmula utilizada (muito bem, por sinal) pelo PMDB em seu mais recente anúncio da propaganda eleitoral que insistem em chamar de gratuita com se não fossemos nós, os eleitores, a pagar a conta.  Independente da credibilidade do PMDB foi sem dúvida o partido que realizou a melhor peça publicitária da atual campanha eleitoral. Ao contrário do que costumam fazer os outros partidos pelo menos dessa vez o PMDB não vendeu nenhum candidato e nem agrediu outros partidos e seus respectivos concorrentes. Foi um trabalho perfeito (com ótimo texto) para uma conscientização coletiva, mesmo que não se possa acreditar em tudo o que o parido diz e disse. Aliás, não se pode acreditar em nenhum até porque nossos partidos transformaram-se faz muito tempo apenas em siglas comerciais que deveriam ter um cifrão na frente. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Insegurança fardada...

por Eli Halfoun
Leio nos jornais que o comando da Policia Militar afastou das ruas um policial nervosinho que atacou a imprensa e transeuntes com uma fúria de gás (poderia ter sido com um revólver). Estou em dúvida se esse é mesmo um castigo ou um benefício: no momento qualquer policial reza para ser afastado das ruas, onde está sendo realmente obrigado a trabalhar mesmo que na maioria das vezes trabalhe muito mal e com total incompetência. A fúria de um soldado não pode ser vista como uma crise individual doentia: ela reflete o comportamento da maioria dos policiais durante as manifestações e também em outras situações as quais a PM esteja envolvida. Ficar fora e longe dos tumultos para realizar trabalhos internos certamente era o que o policial esperava, mas o fato é que demonstra total despreparo com uma absurda fúria, da qual pode ser. A agressão do policial contra profissionais de imprensa que, como ele, estavam nas ruas trabalhando não se justifica de forma alguma. Repórteres e fotógrafos devem ter total liberdade para exercerem seus ofícios, mas pelo visto essa liberdade não interessa muito a um grupo de policiais porque a imprensa os denuncia, fiscaliza e coloca claramente para o povo como estamos mal servidos em termos de segurança. Policiais que agridem histericamente o povo não representam em hipótese alguma qualquer segurança. Pelo contrário: são a insegurança fardada. Nossos pais nos ensinaram que a polícia era para nos proteger. Não podemos mais ensinar isso aos nossos filhos. (Eli Halfoun)

Ameaça de impeachment mancha ainda mais a imagem do governador Sérgio Cabral

por Eli Halfoun
Não vai dar em nada, mas era de se esperar que algum deputado da oposição aproveitasse o momento para pedir o impeachment do governador Serio Cabral no Rio. É o que, segundo o jornal O Dia, está fazendo o deputado Marcelo Freixo: ele protocolou na Assembléia Legislativa, onde Cabral tem maioria, o pedido de impeachment do governador. Ninguém desconhece que ultimamente Cabral tem sido bombardeado com uma saraivada de denúncias que fizeram inclusive, cartazes de “Fora Cabral” estarem presentes em todas as manifestações. É sem dúvida o momento ideal para que qualquer deputado entre no coro popular mesmo sabendo que a aprovação de um impeachment não é tão simples assim. No protocolo que abriu na Assembléia Legislativa do Rio Freixo argumenta que “várias empresas concessionárias de serviços públicos do estado são clientes do escritório de advocacia que tem como sócia Adriana Ancelmo, mulher de Cabral”. Freixo também entrou com um pedido de investigação no Ministério Público alegando que o governador “não poderia ter um parente beneficiado por ações de seu governo”. Parentes são sempre beneficiados (na maioria das vezes por baixo dos panos) em qualquer governo e não acredito que esse argumento seja tão forte até para a ação do Ministério Público.

De qualquer maneira o pedido de impeachment é mais uma cruz para Cabral carregar até o final de seu mandato que não tenho dúvidas não será interrompido com sua expulsão que no fundo é o que significa o impeachment. Parece que está mais do que na hora do governador rever seus atos e rever principalmente sua trajetória política, já que ele agora é sem dúvida o governador mais queimado do país, enfraquecido sim, mas não absolutamente perdido no jogo político que permite incríveis e inacreditáveis reviravoltas. (Eli Halfoun)

É preciso aprender a respeitar a nossa própria casa

por Eli Halfoun
Lembro que há muitos anos, quando fui aos Estados Unidos (Washington) pela primeira e única vez, foi impossível deixar de reparar como por lá as ruas eram (ainda devem ser) limpas. Não havia uma única ponta de cigarro no chão. A limpeza e o comportamento das pessoas fazia qualquer visitante porcalhão constranger-se em jogar um cisco na rua. No carro em que estava acendi um cigarro, joguei a cinza no cinzeiro e ao final não tive coragem de atirar a guimba pela janela como certamente teria feito por aqui. A limpeza das ruas é um problema cultural e por isso mesmo levará um tempo até que nos acostumemos a guardar no bolso ou em sacolinha apropriada o lixo que sem a nova campanha “Lixo Zero” descartaríamos disfarçadamente em um canteiro, uma árvore ou um poste. Não sei se a cidade oferece lixeiras suficientes para que se possa jogar nelas o que geralmente descartamos no chão. No primeiro dia da campanha “Lixo Zero” no centro do Rio foram aplicadas até às 15h30m 98 multas que variam de R$ 157 a 3 mil. Segundo O Globo ninguém protestou ou se recusou a identificar-se para que a multa pudesse ser aplicada – se a multa será realmente paga é outra e confusa história.

É triste saber que para que os cidadãos se comportem civilizadamente em relação a sujeira pública seja necessário mexer em seu bolso que é sem dúvida a única maneira de mobilizar e ensinar as pessoas pelo menos e ainda no Brasil A primeira etapa do “Lixo Zero” será complicada: demorará um tempo até que nos acostumemos a jogar o lixo em seu devido lugar: a lixeira. Talvez agora também seja o fim do amontoado de entulhos nas ruas - entulho descartado por um operário que realiza uma pequena obra em qualquer casa. É certo que durante a obra, por menor que seja o vaso o vaso sanitário trocado, os canos substituídos e outras sujeiras típicas de pequenas obras sejam descartadas nas calçadas como se o lugar pelo qual circulamos seja uma lixeira. O trabalho de conscientização (por enquanto e inevitavelmente com aplicação de multa) apenas começou. Tenho esperança de que com o tempo todas as pessoas fiquem constrangidas de jogar um palito que seja na rua. Como fiquei quando estava na casa dos outros. É preciso aprender a organizar e a respeitar a nossa própria casa. (Eli Halfoun)

Ô lôco, meu! A partir deste momento, mais do que nunca... o Faustão é um mala...

Foto: Divulgação
por Alberto Carvalho 
O programa Domingão do Faustão tem a duração de 2 horas e 45 minutos. Sabe quanto tempo a imagem do gordo aparece no vídeo durante o programa?  Acredite!!! eu marquei no cronômetro (que eu tirei do baú): 1 hora e 35 minutos! Apenas a figura dele na tela inteira, em close ou de corpo inteiro! 
O restante, isto é, 1 hora e 10 minutos, são os convidados, as bailarinas e o comercial.  É muito tempo vendo aquela cara borrachuda, fazendo piadas sem graça e humilhando o pessoal da produção. Sem contar a indelicadeza dele, cortando sempre a palavra dos entrevistados. É mole?

Ainda sobre a frondosa polêmica da "floresta" da atriz Nanda Costa, a jornalista Ruth de Aquino, que foi repórter da Manchete nos anos 70, faz no seu blog uma revelação cabeluda...

                                 

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Comunicado da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores: Pagamento de parte da correção monetária devida aos trabalhadores da empresa

A CEEBE informa que os ex-empregados da extinta Bloch Editores habilitados na Massa Falida, processo de falência número 0105137.03.1999.8.19.0001,com o primeiro nome começado pelas letras A a I, já têm seus pagamentos disponibilizados em qualquer agência do Banco do Brasil. Para receber a referida quitação é necessário informar ao atendente que se trata de pagamento referente ao Mandado Judicial da Bloch Editores e apresentar a Carteira de Identidade e o CPF. A sequência dos pagamentos terá prosseguimento à medida em que forem liberados os Mandados pelo Cartório da Quinta Vara Empresarial, obedecendo ordem alfabética. 

Deu no Globo (coluna de Patricia Kogut): uma esperança para os trabalhadores da extinta TV Manchete. Justiça obriga compradores das concessões da antiga rede a pagar os direitos trabalhistas de ex-funcionário, como previa a transação.

Quando a Rede Manchete foi vendida no fim dos anos 90 (com apoio do governo FHC, o Ministro das Comunicações era Pimenta da Veiga, que participou das negociações), estava previsto que os compradores  - TV Ômega/RedeTV - seriam "sucessores" e se responsabilizariam pelos direitos trabalhistas dos funcionários. Até hoje, milhares de ex-funcionários da extinta TV Manchete (que, na época, não faliu, foi vendida, ao contrário da Bloch Editores cuja Massa Falida vem quitando as indenizações, já que as duas pertenciam ao mesmo grupo mas eram empresas formalmente independentes) não receberam o que a lei lhes garante. Caíram na dramática armadilha de um jogo de empurra, de recursos e apelações judiciais. Por isso, a nota publicada no Globo de hoje abre uma esperança. O apresentador Berto Filho conseguiu ordem judicial que obrigou a RedeTV a pagar suas indenizações. O que vale para um, deve valer para todos. 

São Paulo: MCB promove neste sábado, 24 de agosto, debate aberto ao público sobre fotografia com Arnaldo Pappalardo e convidados


Cerca de 40 obras em exibição na mostra "Tavoletta" no MCB propõem refletir sobre espaço e temporalidade relativos à imagem
Como parte da programação da exposição "Tavoletta", o Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado de Cultura, realiza no dia 24 de agosto, sábado às 15h30, debate sobre temas como o espaço e a temporalidade na fotografia. Participam do evento, gratuito e aberto ao público em geral, o autor da mostra, o fotógrafo Arnaldo Pappalardo, o filósofo Nelson Brissac Peixoto, a curadora fotográfica Rosely Nakagawa e o artista plástico Rubens Matuck. Não é necessária inscrição prévia.

A mostra "Tavoletta", em cartaz no MCB até o dia 22 de setembro de 2013, busca discutir de forma lúdica e interativa a fotografia. Dos estudos sobre perspectiva do arquiteto renascentista Filippo Brunelleschi às possibilidades atuais criadas pela tecnologia digital, apresenta registros, em diferentes formatos, de Arnaldo Pappalardo, incluindo vídeos e a instalação de uma câmara escura no jardim do museu, um exemplar interativo que permite o público conhecer o princípio do registro de imagens que deu origem à fotografia analógica e à câmera cinematográfica.
As imagens apresentadas pelo fotógrafo na exposição, em sua maioria foram realizadas em São Paulo mas, no conjunto da mostra, relacionam-se a outras tantas imagens registradas em outros países, como Itália, Chile e América do Norte. "Propondo uma leitura não linear, o conceito que está por trás do conjunto de obras apresentado, aparentemente caótico e fragmentado, pretende propiciar a cada visitante possibilidades próprias de edição e ordenação, criando algo novo e construindo conexões e relações", conclui Pappalardo.
Sobre Arnaldo Pappalardo
Natural de São Paulo, formou-se em arquitetura pela FAU-USP em 1979. Estudou com o artista plástico Carlos Fajardo e com a fotógrafa Claudia Andujar. Recebeu prêmios nacionais e internacionais, realizando mostras individuais e coletivas no Brasil, Europa, Cuba e Estados Unidos. Trabalha profissionalmente há mais de 30 anos como fotógrafo, realizando trabalho pessoal e também fotografia publicitária, editorial, fotografia de arquitetura e de obras de arte, entre outras. Atualmente dedica-se também ao ensino de fotografia, ministrando workshops na periferia de São Paulo e em seu estúdio.
Sobre Nelson Brissac Peixoto
Nelson Brissac é filósofo e professor da PUC-SP (TIDD), trabalhando com questões relativas à arte, ao urbanismo e a indústria. Organiza o projeto Arte/Cidade de intervenções urbanas. Publicou: A sedução da barbárie, Brasiliense, 1982; Cenários em ruínas, Brasiliense, 1987; Paisagens Urbanas, ed. Senac, 1996; Arte/Cidade - Intervenções Urbanas, ed. Senac, 2002, Paisagens Críticas - Robert Smithson: arte, ciência e indústria, ed. Senac / Educ, 2010 e Arte/Cidade Zona Leste, Dardo, Espanha, 2010..
Sobre Rosely Nakagawa
Arquiteta e curadora se dedica a projetos de mostras e livros de fotografia desde 1979. Coordenou a galeria Fotoptica de 1979 a 1986 , a Casa da Fotografia FUJI de 1998 a 2004, as galerias FNAC de 2004 a 2009 e vem organizando mostras de fotografia em diversos Museus e galerias no Brasil , na Pinacoteca do Estado, MASP, MAC, Instituto Moreira Salles, Memorial Dragão do Mar no Ceará, Casa das Onze Janelas em Belém do Pará. No exterior realizou exposições no Guggenheim, PS1 Moma NY, Georges Pompidou, BOZAR Belgica. Tem participado dos Festivais de Arles, Fotograma em Montevideo, Fotoseptiembre Mexico e em festivais no Brasil como o Paraty em Foco, Foto em pauta Tiradentes, entre outros.
Sobre Rubens Matuck
Arquiteto e artista plástico, formou-se no ateliê de alguns artistas como Aldemir Martins, Samsom Flexor, Renina Katz, Otavio Araujo, Jose Van Acker com quem iniciou-se na escultura. É plantador de árvores, semeador, andarilho. Em viagens por todas as regiões do Brasil, faz caderno de desenhos que referenciam seu trabalho de pintura, escultura , desenho e gravura. Com quase 50 livros publicados, tem realizado mostras no Brasil e fora dele, recentemente expondo na Dinamarca, Alemanha, Japão e China, entre outros.
Sobre o MCB
O Museu da Casa Brasileira se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo-se tornad referência nacional e internacional nesses temas. Dentre suas inúmeras iniciativas destaca-se o "Prêmio Design Museu da Casa Brasileira", realizado desde 1986, e que comemora este ano sua 27ª edição.
SERVIÇO:
Debate sobre a mostra Tavoletta
Local: Museu da Casa Brasileira

Av. Faria Lima, 2.705 - Jd. Paulistano
Tel.: (11) 3032-3727

Horário de funcionamento: de terça a domingo das 10h às 18h
Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada)
Domingos e feriados - gratuito

Acesso a pessoas com deficiência/ Bicicletário com 20 vagas
Estacionamento pago no local
Visitas orientadas: (11) 3032-2564 / agendamento@mcb.org.br 
Site: www.mcb.org.br
Redes sociais: www.facebook.com/museu.dacasabrasileira / Twitter: @mcb_org

Informações para a imprensa - Museu da Casa Brasileira
Filipe Bezerra - Coordenador de comunicação | comunicacao@mcb.org.br 
Andrea Polimeno - Assist. de comunicação | assistcomunicacao@mcb.org.br
Izabelle Prado - Assistente de comunicação | assist2comunicacao@mcb.org.br

Informações para a imprensa - Secretaria de Estado da Cultura
Giulianna Correia - (11) 2627-8243 | gcorreia@sp.gov.br
Renata Beltrão - (11) 2627-8166 | rmbeltrao@sp.gov.br

Fonte: Secretaria de Estado de Cultura - São Paulo

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Censura e controle da informação viram moda aqui e lá fora. Veja e divulgue o vídeo que o fanatismo religioso quer tirar do ar no Brasil

Clarice Facão protagoniza o vídeo do Porta dos Fundos que fanáticos religiosos querem tirar do ar. 
A velha mídia gosta mais de meter o pau quando ameças à liberdade de imprensa vêm da Venezuela, Argentina, Equador, China, Brasil, Cuba e outros alvos preferenciais. Mas Estados Unidos e Inglaterra estão assumindo a liderança da tesoura e da pesada intimidação ao direito à informação e violação da privacidade com mecanismos dignos de estados totalitários. Casos Snowden (temporariamente asilado na Rússia), Assange (que, asilado na Embaixada do Equador, em Londres, é um preso político, já que o governo inglês não lhe dá salvo-conduto), a detenção ilegal do brasileiro David Miranda (por suas ligações com o jornalista Gleen Greenwald, que divulgou as denúncias de Snowden sobre a rede de espionagem de cidadãos montada pelos Estados Unidos), são o domínio do fato das tentativas de controle da mídia. Por isso, fique ligado. Por mais que tentem induzi-lo, não considere isso um fato normal ou banal. Aqui no Brasil, as ameaças são decisões judiciais que promovem a censura (geralmente em casos que envolvem personagens poderosos, sejam políticos e empresários), a partidarização dos principais meios de comunicação e seus agentes, com consequente deturpação e omissão da fatos e análises e o controle absoluto da mídia por grupos ou famílias oriundos todos do topo da pirâmide social. O "aparelhamento" religioso da política impulsionado por redes de TV e rádios de facções e seitas fecha a rede de ameaças. Ou seja, o controle da informação no Brasil tem várias vertentes. Bom não desprezá-las. O alvo mas recente mas não o último é um vídeo do Porta dos Fundos. "Talibãs" tupiniquins querem tirá-lo do ar. Por isso, veja, divulgue, compartilhe,espalhe. Já foi visto por um milhão e meio de pessoas. Ajude a multiplicar esse número.
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Carta aberta ao jornalista Ricardo Noblat


deBarros
Caro Ricardo Noblat,
Acompanho a sua trajetória como jornalista desde o Jornal do Brasil, onde tinha um grande amigo o jornalista, Cesário Marques. Mas, o que me leva a lhe e escrever é sobre o seu artigo de hoje no O Globo.
Na medida em que começa a tecer críticas severas ao comportamento do presidente do STF, Joaquim Barbosa, comecei a ficar temeroso pelo resultado das condenações dos políticos corruptos e corruptores do PT . Diante de tais críticas como acha que reagirão com os seus votos os outros ministros do STF?
Pela primeira vez, na história da república deste país, políticos e membros atuantes de governo são julgados por corrupção e condenados. Diante dessas críticas endereçadas ao negro nomeado para ministro do STF pelo ex- presidente  Lula, exatamente por ser negro, começo a achar que tudo vai voltar como dantes. Os outros ministros, fortalecidos por críticas dessa ordem, vão acabar votando favoravelmente aos embargos  declaratórios até chegar aos embargos infringentes quando então abrandariam sensivelmente as penas dos corruptos levando alguns a novo julgamento. Será que é isso que o povo brasileiro quer?
Por que as críticas ficam retidas somente em cima do presidente do STF? Por que críticas não são endereçadas também ao então ministro revisor, que se procurar bem a sua história terá muita “história “ para ser contada?
É uma pena que a imprensa fique apenas focada no comportamento do ministro em questão – por ser negro, talvez – quando temos ministros que foram advogados do PT e estão votando em plenário, quando por caracter e honradez pessoal deveriam ser, por suspeição, impedidos de votar. Por que não volta, também, as suas críticas a esses ministros?

Manifestações mixurucas estão abusando da paciência do povo

por Eli Halfoun

"Está acabando a paciência da opinião pública com manifestações de 200 ou 300 pessoas que bloqueiam o trânsito prejudicando milhares de outras" - o aviso está na respeitada coluna que Élio Gaspari publica aos domingos em O Globo. O atento jornalista reflete o que se tem visto desde que as manifestações transformaram-se em uma espécie de piquenique que parece fazer a festa de quem não tem mais o que fazer. Nenhum cidadão que busque o melhor para si e para a população é contra manifestações, mas como era de se esperar o elevado e disperso número de protestos espalhados pelas esquinas acabou perdendo força e em consequência o apoio maciço das pessoas que querem sim protestar, mas não podem continuar sendo prejudicadas no seu sagrado e democrático direito de ir e vir. O esgotamento da paciência popular mostrou-se inteiro quando um motorista de ônibus desceu de seu veículo no centro do Rio para tirar satisfações com um manifestante mascarado que parecia estar ali no meio da rua divertindo-se com a satisfação de atrapalhar a vida dos outros e talvez por isso sem coragem de mostrar o rosto, de dar a cara a tapa - tapa que, aliás, ele levou do motorista que fez não há dúvidas, o que muita gente anda querendo fazer com manifestantes oportunistas que muitas vezes nem sabem contra o que estão se manifestando.

O grito popular através de manifestações é importante e por isso mesmo não deve ser utilizado para que se proteste contra qualquer coisa. Se continuar desse jeito não demora muito teremos moradores de reunidos em frente ao prédio manifestando-se contra o síndico. Manifestação só tem força e valor quando reúnem milhares de pessoas. Do contrário viram baderna barata. Quem apóia verdadeiras manifestações certamente não aprova nem agüenta mais os piqueniques baderneiros que se multiplicam sem motivo coletivo em todo o país. (Eli Halfoun)

Público rejeita personagem e Ninho ganha cara limpa em “Amor à Vida”

por Eli Halfoun

Os autores se consideram os únicos responsáveis pelo destino dos personagens que criam para as novelas, mas não é assim que funciona: quem realmente decide o destino dos personagens é o público. Novelas não são obras fechadas e por isso mesmo permitem todas as mudanças que o púbico exige. O fato de segundo recente pesquisa o público estar rejeitando o personagem Ninho (Juliano Cazarré) em "Amor à Vida" faz o autor Walcyr Carrasco mudar pelo menos a imagem do personagem considerado sujo e vagabundo (não trabalha). Assim a partir dos próximos capítulos Ninho ganhará uma nova cara (a mudança começou) para aparecer de barba feita, cabelos cortados e roupas limpas roupas limpas e tentar enfim cair no gosto do público, mas continuará sem trabalhar mesmo sabendo que trabalho não faz mal a ninguém. Pelo contrário. (Eli Halfoun)

Flamengo continua o mesmo

por  Nelio Barbosa Horta

Com a chegada do Mano Menezes ao Flamengo,  até que a equipe deu uma "melhoradinha".Ganhou  algumas partidas, empatou outras, conseguiu sair da "GR", (pelo menos por enquanto), e vai fazendo uma fraca campanha sem que a torcida saiba de cor a escalação da equipe, como em outras épocas. Sem peças de reposição, o técnico vai se virando com o que ele pensa ser o melhor. No jogo com o São Paulo, só não perdeu porque "São" Felipe estava em dia inspirado, defendeu um penalty e fez defesas importantes, salvando o Flamengo de uma derrota para a fraca equipe do São Paulo, que fora o Rogério Ceni, não possui nenhum jogador  de qualidade, que faça a diferença. O próprio Ganso ainda não justificou sua contratação e esteve apagado em quase todo o jogo.

No primeiro tempo, o Flamengo esteve melhor, e parecia que iria marcar a qualquer momento, mas a não ser uma cabeçada do Nixon, que Ceni espalmou, os atacantes do Flamengo não conseguiram chutar em direção ao gol (têm que treinar muito). Mesmo sem colocá-lo na sua verdadeira posição, o técnico deveria dar uma chance ao Ramon, excelente jogador, caindo pela direita ou pela esquerda. Ele é canhoto, mas tem muita habilidade,  é rápido, e poderia ser uma boa opção nos contra-ataques.  Não sei qual é o "QI" do Adryan e do Cáceres. Não jogam nada, erram quase todos os passes, não ganham uma dividida, mas estão sempre entre os titulares. E onde anda o garoto Rafinha, que chegou a empolgar a torcida em alguns jogos, partindo para cima, do adversário. Pequenino,(lembrava o Babá, antigo ponta esquerda, que só os mais antigos vão se lembrar), mas que desapareceu e nunca mais entrou no time. Nem sei se fica no "banco", ou se ainda está no clube. Outro que tem vaga garantida neste time é o Carlos Eduardo, uma boa promessa.

Da equipe atual, o goleiro Felipe é bom, a zaga com o Chicão e Gonzales também é boa e o Elias é o melhor do time. O Marcelo Moreno é um "bode cego"(o Hernane que também não é nenhum craque, tem mais presença na área do que ele). Enfim, o Flamengo de hoje é a cara do seu técnico. Precisa treinar jogadas rápidas de gol, apostar nos contra-ataques e chutar de fora da área, coisa que só o Renato Abreu fazia, mas que já deixou o clube. (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema) 

domingo, 18 de agosto de 2013

Na Olimpíada esqueceram a vara (na China), quedas patéticas (em Londres), e agora derrubam o bastão (no Mundial, em Moscou)... É o Brasil bizarro em ação

por Omelete
Atletas, no Brasil, reclamam com razão de falta de apoio. Falta, de fato, mas para a formação de atletas em massa, com projetos sólidos em escolas, clubes, faculdades etc. Enquanto isso não acontece - e as perspectivas são de que isso não aconteça nunca na atual estrutura dominada por cartolas que se eternizam em federações e confederações - o Brasil depende de talentos individuais, a maioria com bons patrocínios público ou privados. Mas até nesses casos, o treinamento parece insuficiente. Tanto do ponto de vista técnico quanto psicológico. Uma atleta perdeu a vara no estádio, outro caiu comicamente, agora a queda de um bastão... É preocupante a preparação para a Olimpíada de 2016. Fala-se em estruturas, estádios, obras, mas e a preparação dos atletas que vão representar o país?  O Mundial de Moscou pode ter sido foi uma prévia do desastre que se anuncia para 2016. Há verbas públicas mas é preciso aplicá-las em renovação, inclusive. Alguns "medalhões", em faixa etária não muito apropriada, usam suas ligações privilegiadas e se articulam para garantir lugar na delegação. Sei não, ou a prioridade passa a ser os atletas de alto rendimento e, na base, a formação de novas gerações ou  o Brasil, em 2016, vai fazer mais sucesso no You Tube, com bizarrices e cenas novelescas de lágrimas, do que em pistas, quadras, piscinas e campos. Corre o risco de ganhar o mico de ouro olímpico.

Já viu o trailer de Fading Gigolo, com Sharon Stone e Sofia Vergara? O Ministério da Saúde não recomenda para cardiopatas...

Fading Gigolo será lançado em setembro no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Tem John Torturro como diretor e protagonista. Conta a história de um homem que decide tornar-se gigolô para ajudar um amigo. O amigo é Woody Allen. Mas a polêmica já fica por conta de cenas ousadas entre duas belas atrizes: Sharon Stone e Sofia Vergara. Uma com 55 e a outra com 41 mostram que experiência conta ponto no currículo.
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Roberto Muggiati escreve na Gazeta do Povo: Justino Martins, grande revisteiro, morto há 30 anos. Era a alma e o motor da revista Manchete...


por Roberto Muggiati (para a Gazeta do Povo)
Justino Martins morreu há 30 anos no mês de agosto. Foi uma morte simbólica, três meses depois que a TV Manchete foi ao ar. Ele já previa que a televisão iria matar as revistas da Bloch Editores. Diretor e criador do estilo da Manchete, Justino era emocionalmente apegado à revista e preferiu partir antes. Trabalhei 18 anos com ele, seis anos na mesa de edição, cotovelo contra cotovelo. Guardo a lembrança de um homem amante da vida, apaixonado por seu trabalho e com uma curiosidade ilimitada pelas pessoas. Cinéfilo extremado, ia todo ano ao Festival de Cannes, fazendo parte do júri. Ganhou até o apelido de Cidadão Cannes...
Gaúcho de Cruz Alta, filho ilegítimo de um estancieiro uruguaio, Justino começou do zero. Aos doze anos foi balconista de sapataria, depois operário na construção de ferrovias. Seu conterrâneo Erico Verissimo lhe deu a primeira oportunidade: revisor da Revista do Globo, em Porto Alegre. Logo Justino passou a redator e aos 20 anos assumia a direção da revista. Erico e Justino casaram com as irmãs Mafalda e Lucinda. Com Lucinda e o filho Carlito, Justino partiu para uma longa temporada em Paris, onde trabalhou como correspondente de revistas e jornais. Publicou na Manchete o encontro exclusivo que promoveu – e fotografou – entre Brigitte Bardot e Picasso. Em 1959, Adolpho Bloch convidou Justino para dirigir a revista no Rio. Criada em 1952, a semanal ilustrada ficou famosa pela impressão impecável em cores, mas não conseguia achar uma fórmula editorial. Hélio Fernandes lhe deu um toque jornalístico, mas proibiu a entrada na redação dos irmãos Bloch: Arnaldo, Boris e Adolpho. Acabou demitido. Otto Lara Resende ficou um ano na direção e cunhou a expressão “os Irmãos Karamabloch.” Os Bloch nasceram na Ucrânia e seu temperamento russo era bem mais forte que o judeu. Certa vez, um dos irmãos comprou a bom preço uma batelada de máquinas de escrever. Os outros dois, desconfiados do negócio, se puseram a quebrar as Remingtons no chão da redação. Arnaldo e Boris morreram em 1957 e 1959 e Adolpho ficou livre para reinar supremo sobre a Manchete.
Justinianas
Conheça um pouco mais sobre o jornalista gaúcho Justino Martins a partir de algumas de suas frases clássicas:
• “Escrever é fácil, ou impossível.”
• “Tens de pegar o leitor pela primeira frase.”
• “Tu não és repórter? Te viras!”
• “Nasci no pampa e só não virei cavalo porque saí de lá e fui para a Europa.”
• “Gide tinha o jornalismo como uma meia arte. Eu o considero uma arte inteira.”
• “A mulher só é fiel à moda.”
• “A coisa mais fácil do mundo é conquistar uma mulher. E a mais difícil é se livrar dela.”
• “Acredito que o próprio Stálin, na hora da morte, não pensou na Rússia que ele dominou. Pensou na garota de 19 anos que ele teve na juventude numa noite qualquer.”

Divulgação
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Justino fotografou várias entrevistas importantes, entre elas o encontro entre Brigitte Bardot e Pablo Picasso
Confrontos
Começou aí o casamento tumultuado – mas bem-sucedido – de Adolpho Bloch com Justino Martins. E a revista, ao longo de seus 48 anos de vida, seria sempre o produto do confronto entre o empresário e o jornalista. As reportagens eram discutidas palmo a palmo e a escolha da capa era uma verdadeira briga de foice no escuro. Adolpho interferia na escolha das fotos e quando não gostava de um cromo ele o comia. (A bem da verdade: rasgava o celuloide com os incisivos e o triturava com os molares, mas não o engolia...) Quando a revista vendia tudo, Adolpho se gabava: “Esgotei a edição!” Quando não vendia, Adolpho dizia: “Viu só, Índio? Tu encalhou a revista!” Uma de suas grandes brigas era a construção de Brasília. Adolpho fez da Manchete um órgão oficial da presidência JK. Justino publicava as reportagens a contragosto, dizia que não passavam de “marreta” (matéria paga). Em 21 de abril de 1960, Adolpho compareceu em alto estilo à inauguração de Brasília, mandou fazer fraque e cartola, fretou um avião para trazer as fotos do acontecimento e acompanhou o fechamento da Edição Histórica. Reprimindo sua raiva, Justino se deteve diante das fotos de Adolpho, devidamente paramentado, pinçou um detalhe e fez o comentário corrosivo: “Mas, tchê, tu estragaste tudo: não se usa sapato de furinhos com fraque e cartola...”
Ironicamente, Justino casou (pela segunda vez), com a primeira Miss Brasília, Martha Garcia. (Teve com ela uma filha, Maria Valéria Martins, que não negou o DNA paterno: é jornalista e dirige a agência literária Shahid.) “Eu adoro mulher bonita!” proclamava Justino, que descobriu, entre outras musas, Duda Cavalcanti, Xuxa, Luiza Brunet, Rose di Primo. Corria a estória de que a capa passava pela sua cama: “Se é capa, não escapa...” Nunca tive provas concretas disso, mas Justino não desmentia a lenda, que só acrescentava ao seu charme. Certa vez uma periguete caiu na conversa de um repórter que lhe prometeu a capa da Manchete. A moça foi reclamar ao Justino, que disse: “Mas tu deste pro cara errado, tchê...”
Retorno
Adolpho tentou tirar o Justino da direção da Manchete na virada dos anos 60/70, mas a manobra não deu certo. Chamou-o de volta. Justino fez charme, disse que tinha um convite para ser RP da grife de Madame Grès, estilista e perfumista de Paris. Era uma armação combinada com a Madame, sua velha namorada, que confirmou a história ao Adolpho pelo telefone. Assim, além de um belo salário, Justino voltou à direção com um bônus de mil dólares, que um funcionário da tesouraria todo fim de mês botava na sua mão em cash, diante de toda a redação.
Mas tirar o Índio da direção de Manchete era uma obsessão do Adolpho e ele voltou à carga em 1975. Dipensou o Justino da Manchete, disse que precisava dele para criar uma revista de decoração (que nunca saiu), e o homenageou com uma grande feijoada para centenas de pessoas no restaurante da Rua do Russell. Involuntariamente, servi de instrumento para esta jogada maquiavélica do Adolpho. Desde 1972 eu editava a revista em maio, quando Justino tirava férias e ia ao Festival de Cannes. Seguro de que eu poderia assumir o posto, Adolpho me empurrou para a direção da revista, onde fiquei até 1980, quando uma crise de saudosismo levou o Justino e volta à Manchete e eu fiquei como seu vice.
Na primeira terça-feira de agosto, já com a revista fechada, Justino me falou: “Segura a coisa aí, tchê, que vou fazer uns exames no Hospital dos Servidores.” Foi embora para não voltar. Visitei-o uma vez no Servidores e outra num triste sábado na Clínica Sorocaba. A um punhado de amigos, Justino confidenciou: “Estou me sentindo como um soldado diante de um pelotão de fuzilamento.” Morreu no dia seguinte, 28 de agosto. Passados 30 anos, sua fama só fez crescer. Como definiu o livro A Revista no Brasil (Editora Abril, 2000) : “Foi o editor que desenvolveu definitivamente a fórmula do que chamou de ‘beleza estética na informação.’” Uma beleza flagrantemente ausente nas revistas de hoje.
Roberto Muggiati, jornalista que mais tempo durou na direção da Manchete, admite que Justino Martins foi a verdadeira alma da revista.
Transcrito do jornal Gazeta do Povo 

Na IstoÉ: A engrenagem de propinas que abastecia o viveiro dos tucanos em São Paulo...



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sábado, 17 de agosto de 2013

Ex-empregados da Bloch enfrentam falta de informação e falha de comunicação interna ao receber direitos trabalhistas no Banco do Brasil

Agências do BB, no Rio, estão encarregadas
de fazer os pagamentos
de mais uma parcela da correção monetária devida aos
ex-empregados da extinta Bloch. 
Como resultado da mobilização dos ex-funcionários, do trabalho incansável de José Carlos Jesus à frente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch (CEEBE), da atuação da Massa Falida e determinação da Dra. Maria da Penha Nobre Mauro, Juíza da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, em fazer cumprir a lei, colegas da extinta Bloch têm comparecido ao Banco do Brasil para receber mais uma parcela da correção monetária das suas indenizações trabalhistas como consequência do processo de falência N° - 0105137-03.1999.8.19.0001Apesar de não ter ingerência direta sobre o processamento dos pagamentos no sistema bancário, e estar no momento dedicada à complexa emissão de milhares de ordens de pagamento, a MF foi oficialmente comunicada sobre alguns problemas enfrentados por quem se dirige ao BB. As agências do Banco, no Rio, estão habilitadas a pagar a correção monetária, conforme a Justiça determinou. Mas, por falta de informação, funcionários de determinadas agências têm barrado tal quitação. Um jornalista que trabalhou na Bloch e que, com mais dois colegas, veio de São Paulo especialmente para receber seus valores enviou email à CEEBE contando a odisseia que viveu. Leia: "Acabo de voltar. Foi uma maratona. Foi justinho o tempo de chegar, resolver os pepinos e partir, porque eu tinha a volta reservada para as 13 horas -- não podia ficar fora da redação agora à tarde!!!  De fato, frio, muito frio mesmo no Rio, até estranhei. Mas o corre-corre nos esquentou.Conseguimos receber mas foi um sufoco! Vou tentar resumir. Cheguei ao BB da Graça Aranha às 10 para as 10, fui pegar a senha, mas o segurança informou que o atendimento de mandados de pagamento só começava às 11 horas. De fato, há um aviso ao lado da máquina de senhas. Fomos fazer uma horinha no centro e retornarmos às 10 para as 11. Aí já tinha um outro funcionário na porta -- de nome Carlos Henrique -- controlando as senhas. Foi só mencionar a Bloch e ele afirmou, peremptoriamente: não é aqui, isso só é pago no BB do Tribunal de Justiça, lá na Erasmo Braga. Fomos correndo para lá. Fila imensa. Só de velhinhos (o meu caso...), tinha 38 na minha frente. Inconformado, voltei ao BB da Graça Aranha e fui confrontar o funcionário do Banco. Disse a ele que havia informações seguras de que os pagamentos seriam feitos em qualquer agência do BB do Rio, ele reafirmou que não. Então pedi a ele que me deixasse subir para falar com o gerente. Deixou. O gerente, em princípio, repetiu a mesma informação do funcionário: neca de pitibiriba, só na agência do TJ. Era decisão da diretoria e coisa e tal. Então disse a ele que tinha vindo direto de São Paulo, paguei quase 1.500 de passagem e não podia perder a viagem. Receber no TJ seria impossível. Pedi a ele que fizesse uma consulta no computador com meu CPF. Ele fez -- e o dinheiro estava lá!!! Ele não sabia, ninguém no banco sabia. Por isso, orientem o pessoal que ainda vai receber para insistir com o pessoal do BB. O dinheiro foi efetivamente liberado, é só consultar o computador."

Atualização: A CEEBE informa que já pediu uma reunião com a Massa Falida para tratar do assunto. O setor de pagamentos judiciais do BB comunicou que as agências estão preparadas para o pagamento da correção monetária aos habilitados na Massa Falida da Bloch. Mas é necessário que seja resolvida o que pode ser uma falha de comunicação interna, já que pelo menos um gerente e um funcionário do banco, conforme relato acima, desconheciam a norma. Outra questão que a CEEBE pretende encaminhar: em tempos de internet, a rede informatizada do BB não disponibilizaria os pagamentos da correção monetária em agências de todo o Brasil? Isso evitaria que ex-empregados da Bloch que moram em outras cidades tenham que se deslocar ao Rio - muitos até sem condições físicas ou econômicas - para receber seus direitos. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mais polêmica na Carta Capital. Revista vai fundo nos porões do Fora do Eixo, o controlador do Mídia Ninja

A Carta Capital investiga as engrenagens que fazem rodar o polêmico "Fora do Eixo", grupo que controla o Mídia Ninja. Leia. 
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Violência contra a imprensa é uma absurda tentativa de calar o grito popular

por  Eli Halfoun
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro divulgou nota em que lamenta a truculenta ação de supostos manifestantes contra a imprensa. Profissionais que estão nas ruas trabalhando na cobertura das manifestações têm sido covardemente agredidos e carros de reportagem danificados, inclusive com criminosos e perigosos incêndios. A imprensa sempre lutou pela liberdade de expressão é, queiram ou não os pseudos manifestantes, é a grande responsável por permitir que o povo possa manifestar-se democraticamente. Portanto o ataque a profissionais e veículos de imprensa é uma agressão absurda que pode de uma forma ou de outra acabar calando a voz democrática dos veículos de comunicação e convenhamos que sem a imprensa para mostrar as manifestações o grito do povo perde força e pode ficar sem sentido.

Jornalistas experientes sabem que as agressões estão partindo de vândalos que só querem mostrar uma desnecessária força, mas só o fazem covardemente quando estão protegidos pela população, ou seja, como covardes escondidos atrás de um muro humano. Tentar calar a boca e a pena do jornalismo independente é apenas uma demonstração de que os supostos manifestantes querem mesmo é que as mordaças da ditadura voltem a calar a voz de jornalistas e fazer com que as manifestações não tenham repercussão nacional e até mundial. É permitir que os governos reajam com violência e truculência porque sem a imprensa livre nas ruas não haverá ninguém para fiscalizar e mostrar as agressões contra as verdadeiras e justas manifestações. Amordaçar violentamente a imprensa é agredir a democracia e calar definitivamente a voz do povo. Manifestantes de verdade e não os vândalos infiltrados precisam estar atentos contra esse tipo de barbaridade. Afinal é e sempre foi a imprensa que faz ecoar mais forte o grito popular. (Eli Halfoun)

Uma desnecessária discussão cabeluda com as fotos da nudez de Nanda Costa

por Eli Halfoun
De repente nos vemos envolvidos por discussões que não fazem o menor sentido diante dos avanços que tivemos nos últimos anos. O mais recente exemplo é a discussão em torno dos pelos pubianos que a atriz Nanda Costa exibe nas fotos de sua nudez para a revista Playboy. Pelos pubianos são normais em todas as mulheres e se muitas preferem raspá-los não significa que todas tenham de se “barbear”. Não importa o gosto de quem veja e de quem use; o que chama atenção é a perda de tempo em torno de uma discussão que na verdade só interessaria se Nanda Costa a tivesse com seu namorado. Do contrário é apenas jogar conversa fora mostrando que em algumas questões ainda na avançamos tanto quanto pretendíamos. Essa é sim e literalmente uma discussão cabeluda, mas sem necessidade e sem sentido. (Eli Halfoun)

Novelas também precisam caminhar para o futuro e evitar a chatice da mesmice

por Eli Halfoun
Embora até por obrigação profissional eu acompanhe novelas há muitos anos confesso que ainda não consegui entender o mecanismo que leva os autores a esticarem tramas das quais os telespectadores já sabem o desfecho mesmo porque muitas vezes o chamado desfecho é o início de um lenga-lenga sem fim. Quer dizer, a trama se desenvolve do final para o início como se existisse uma máquina de retroceder o tempo.  Agora mesmo em “Sangue Bom”, por exemplo, há um “mistério” envolvendo a paternidade do personagem Bento, que todo mundo já sabe é filho de Wilson e não de Plínio. Ainda assim os autores, que fazem um ótimo trabalho, insistem em uma trama que não faz mais sentido, se bem que agora a questão é saber como a confusão será desfeita. Sei que é necessário que as novelas criem dúvidas e mistérios para manter a curiosidade do público. Acontece que muitas vezes essa cartilha funciona ao contrário: o público que já sabe a verdade se cansa de tanta enrolação e perde o interesse pela novela, ou melhor, só volta ter interesse nos capítulos finais porque o que acontecerá até o final já não motiva tanto.

Esse viciado procedimento é que determina o sobe e desce de audiência, o que às vezes é muito perigoso porque faz a novela parecer um fracasso. Talvez o ideal fosse resolver as tramas rapidamente e criar novos momentos que possam interessar ao público, criando dentro da novela uma novelinha por semana. Novelas precisam ter ritmo ágil, o que certamente seria conseguido se em vez de enrolação houvesse solução. A solução não impediria de forma nenhuma que a trama geral continuasse interessante e se desse um novo destino e uma história à cada personagem. Afinal, a vida caminha para frente e como as novelas pretendem ser um retrato ficcional (às vezes exagerado, é verdade) não podem ficar estagnadas, ou seja, também precisam caminhar a frente, para o futuro. Sem perspectiva de futuro tanto a vida quanto as novelas ficam chatíssimas. (Eli Halfoun)