domingo, 14 de março de 2010
Querem plantar mais um hotel na Floresta Amazônica
por Eli Halfoun
A Floresta Amazônica pode ganhar seu segundo hotel de luxo (seis estrelas) dentro de um ou dois anos. A idéia é de um grupo de empresários paraenses que já mantém contatos com a EBEX de Eike Batista para consolidar uma forte parceria financeira. O empresário incluído recentemente pela revista Forbes do mundo está entusiasmado com a idéia e pensa inclusive em trazer parte da tecnologia dos Estados Unidos. Tudo bem desde que não se construa por aqui uma Disneylândia tupiniquim. Por enquanto apenas um hotel - o Ariaú- está plantado na Floresta Amazônica. O segundo será bem-vindo, mas o terceiro, o quarto, o quinto e por aí vai podem transformar a Floresta Amazônica em mais uma infernal selva de pedra. Portanto, todo cuidado é pouco. A natureza agradece.
A Floresta Amazônica pode ganhar seu segundo hotel de luxo (seis estrelas) dentro de um ou dois anos. A idéia é de um grupo de empresários paraenses que já mantém contatos com a EBEX de Eike Batista para consolidar uma forte parceria financeira. O empresário incluído recentemente pela revista Forbes do mundo está entusiasmado com a idéia e pensa inclusive em trazer parte da tecnologia dos Estados Unidos. Tudo bem desde que não se construa por aqui uma Disneylândia tupiniquim. Por enquanto apenas um hotel - o Ariaú- está plantado na Floresta Amazônica. O segundo será bem-vindo, mas o terceiro, o quarto, o quinto e por aí vai podem transformar a Floresta Amazônica em mais uma infernal selva de pedra. Portanto, todo cuidado é pouco. A natureza agradece.
Juízes podem errar à vontade: Fifa não quer saber de chip na bola
por Eli Halfoun
Só uma seleção leva o título e poucas chegam ao campeonato propriamente dito, mas isso não impede que cerca de 900 partidas sejam realizadas no mundo para as Eliminatórias da Copa. Esse é um dos motivos alegados pela Fifa para não adotar o chip nas bolas de futebol. Até parece que a Fifa é pobrezinha: o outro motivo (ou será desculpa) é o custo elevado. Joseph Blatter, o presidente da Fifa, está convencido de que esse sistema de regra não poderia ser implantado no mundo todo porque estabeleceria regras praticamente diferentes para algumas partidas que “nem são transmitidas peja televisão". A implantação do chip na bola seria um auxílio para a arbitragem e poderia sem dúvida evitar muitos erros grosseiros do “senhor apitador”. A Fifa não pretende mudar as regras porque “as aplicações dessas tecnologias sairiam caras e não seriam possíveis em um nível global e todas as partidas precisam ter as mesmas regras”. O futebol não quer saber de avanços tecnológicos e, portanto, os juízes poderão continuar errando à vontade. Mesmo quando erram de propósito.
Só uma seleção leva o título e poucas chegam ao campeonato propriamente dito, mas isso não impede que cerca de 900 partidas sejam realizadas no mundo para as Eliminatórias da Copa. Esse é um dos motivos alegados pela Fifa para não adotar o chip nas bolas de futebol. Até parece que a Fifa é pobrezinha: o outro motivo (ou será desculpa) é o custo elevado. Joseph Blatter, o presidente da Fifa, está convencido de que esse sistema de regra não poderia ser implantado no mundo todo porque estabeleceria regras praticamente diferentes para algumas partidas que “nem são transmitidas peja televisão". A implantação do chip na bola seria um auxílio para a arbitragem e poderia sem dúvida evitar muitos erros grosseiros do “senhor apitador”. A Fifa não pretende mudar as regras porque “as aplicações dessas tecnologias sairiam caras e não seriam possíveis em um nível global e todas as partidas precisam ter as mesmas regras”. O futebol não quer saber de avanços tecnológicos e, portanto, os juízes poderão continuar errando à vontade. Mesmo quando erram de propósito.
Memória do desastre
por Gonça
Na primeira eleição direta após a ditadura, o Brasil apostou claramente no desastre. Grupos econômicos e políticos, os poderosos de sempre, logo escolheram seu candidato, caindo no conto do "Caçador de Marajás". Com o forte apoio de toda da mídia comercial (incluindo a estratégica divulgação de que o oponente, se vencedor, confiscaria a poupança popular), Collor subiu a rampa, de um lado, e o país começou a descer a ladeira, de outro.
Dia desses, durante uma conversa sobre política, perguntei, de brincadeira, quem alí tinha votado no Collor. Ninguém, foi a conclusão. Obviamente existiram aos milhões mas é difícil, até hoje, achar um eleitor do Collor. Assim como comentaristas de economia, de política e editorialistas que o apoiaram com entusiasmo. É da natureza, diz-se. Quando a maré virou na onda do impeachment, ficou difícil saber quem, afinal, botou o homem no Planalto.
Para encontrar os defensores do Plano Collor, só pesquisando na Biblioteca Nacional, que guarda, por lei, os periódicos. Só os periódicos, a lei não prevê banco de imagem na BN. O que a TV veiculou na época, fica guardado nos arquivos privados de cada emissora sem possibilidade de acesso público.
Lula, que se candidatava à Presidência da República pela primeira vez e, na época, sem as alianças conservadoras que o levariam, depois, ao poder, era o adversário a ser batido a qualquer preço. E a mídia propagou a imagem de um Collor "muderno', cuidadoso com as finanças públicas, contra as mordomias, antenado, um atleta que difundia mensagens em camisetas e mostrava, em campanha, o punho cerrado, e atendeu em peso ao chamado do candidato: "Não me deixem só".
No começo do Plano Collor, a inflação se reduziu já que foi retirado dinheiro de circulação. Foi o suspiro antes da asfixia. Em seguida, o país entrou na maior recessão da sua história, com altos picos de desemprego provocado por uma queda de quase 30% na produção. De quebra, o PIB foi lipoaspirado em cerca de 20 bilhões de dólares. E a inflação, que teria sido abatida uma bala de prata, voltou saltitante e vigorosa.
Para não esquecer: o Plano Collor foi desenvolvido e implantado por Antônio Kandir, Zélia Cardoso de Mello, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. E, ao longo do governo Collor, foram ministros (olha a listinha de presença em ordem alfabética. Obrigado, Google) Adib Jatene, Affonso Camargo Neto, Agenor Francisco Homem de Carvalho, Alceni Guerra, Antônio Cabrera Mano Filho, Antônio Rogério Magri, Carlos Chiarelli, Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Célio Borja, Celso Lafer, Edson Machado de Sousa, Eduardo de Freitas Teixeira, Eraldo Tinoco Melo, Flávio Miragaia Perri, Francisco Rezek, Hélio Jaguaribe, Ipojuca Pontes, Jamil Haddad, Jarbas Passarinho, João Eduardo Cerdeira de Santana, João Mellão Neto, Joaquim Roriz, Jorge Bornhausen, José Bernardo Cabral, José Goldemberg, José Lutzenberger, Lázaro Ferreira Barboza, Marcílio Marques Moreira, Marcos Antônio de Salvo Coimbra, Mário César Flores, Ozires Silva, Paulo Roberto Haddad, Sérgio Paulo Rouanet, Sócrates da Costa Monteiro e Zélia Cardoso de Mello.
Em vídeo, abaixo, uma novela da vida irreal, a escolher...
Para ver Zélia anunciando o Plano Collor, há 20 anos, em rede nacional, clique AQUI
Para ver a posse de Collor, clique AQUI
Para ver Collor em 1997 em famosa entrevista (a destacar a calma impressionante e o profissionalismo da repórter Sonia Bridi), clique AQUI
Na primeira eleição direta após a ditadura, o Brasil apostou claramente no desastre. Grupos econômicos e políticos, os poderosos de sempre, logo escolheram seu candidato, caindo no conto do "Caçador de Marajás". Com o forte apoio de toda da mídia comercial (incluindo a estratégica divulgação de que o oponente, se vencedor, confiscaria a poupança popular), Collor subiu a rampa, de um lado, e o país começou a descer a ladeira, de outro.
Dia desses, durante uma conversa sobre política, perguntei, de brincadeira, quem alí tinha votado no Collor. Ninguém, foi a conclusão. Obviamente existiram aos milhões mas é difícil, até hoje, achar um eleitor do Collor. Assim como comentaristas de economia, de política e editorialistas que o apoiaram com entusiasmo. É da natureza, diz-se. Quando a maré virou na onda do impeachment, ficou difícil saber quem, afinal, botou o homem no Planalto.
Para encontrar os defensores do Plano Collor, só pesquisando na Biblioteca Nacional, que guarda, por lei, os periódicos. Só os periódicos, a lei não prevê banco de imagem na BN. O que a TV veiculou na época, fica guardado nos arquivos privados de cada emissora sem possibilidade de acesso público.
Lula, que se candidatava à Presidência da República pela primeira vez e, na época, sem as alianças conservadoras que o levariam, depois, ao poder, era o adversário a ser batido a qualquer preço. E a mídia propagou a imagem de um Collor "muderno', cuidadoso com as finanças públicas, contra as mordomias, antenado, um atleta que difundia mensagens em camisetas e mostrava, em campanha, o punho cerrado, e atendeu em peso ao chamado do candidato: "Não me deixem só".
No começo do Plano Collor, a inflação se reduziu já que foi retirado dinheiro de circulação. Foi o suspiro antes da asfixia. Em seguida, o país entrou na maior recessão da sua história, com altos picos de desemprego provocado por uma queda de quase 30% na produção. De quebra, o PIB foi lipoaspirado em cerca de 20 bilhões de dólares. E a inflação, que teria sido abatida uma bala de prata, voltou saltitante e vigorosa.
Para não esquecer: o Plano Collor foi desenvolvido e implantado por Antônio Kandir, Zélia Cardoso de Mello, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. E, ao longo do governo Collor, foram ministros (olha a listinha de presença em ordem alfabética. Obrigado, Google) Adib Jatene, Affonso Camargo Neto, Agenor Francisco Homem de Carvalho, Alceni Guerra, Antônio Cabrera Mano Filho, Antônio Rogério Magri, Carlos Chiarelli, Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Célio Borja, Celso Lafer, Edson Machado de Sousa, Eduardo de Freitas Teixeira, Eraldo Tinoco Melo, Flávio Miragaia Perri, Francisco Rezek, Hélio Jaguaribe, Ipojuca Pontes, Jamil Haddad, Jarbas Passarinho, João Eduardo Cerdeira de Santana, João Mellão Neto, Joaquim Roriz, Jorge Bornhausen, José Bernardo Cabral, José Goldemberg, José Lutzenberger, Lázaro Ferreira Barboza, Marcílio Marques Moreira, Marcos Antônio de Salvo Coimbra, Mário César Flores, Ozires Silva, Paulo Roberto Haddad, Sérgio Paulo Rouanet, Sócrates da Costa Monteiro e Zélia Cardoso de Mello.
Em vídeo, abaixo, uma novela da vida irreal, a escolher...
Para ver Zélia anunciando o Plano Collor, há 20 anos, em rede nacional, clique AQUI
Para ver a posse de Collor, clique AQUI
Para ver Collor em 1997 em famosa entrevista (a destacar a calma impressionante e o profissionalismo da repórter Sonia Bridi), clique AQUI
E Zélia ainda diz que o povo não entendeu o Plano Collor...
...entendeu, entendeu, dona Zélia, olha a kgda histórica rendendo até hoje. (Foto:Reprodução do Globo de hoje)
sábado, 13 de março de 2010
ESPECIAL - Há 25 anos: Revista Fatos, um cometa jornalístico
A instalação da Nova República, que não se revelou tão nova assim.
por José Esmeraldo Gonçalves
Em fins de 1984, estávamos eu, Cony e o Barros (o diretor de arte João Américo Barros) conversando na redação. Comentávamos a precariedade de produção e edição da Fatos&Fotos e não víamos perspectivas para tirar a revista do atoleiro em que se encontrava. Entre uma e outra opinião divergente pelo menos em uma coisa estávamos afinados: não tínhamos mais saco para continuar fazendo a F&F tal como se encontrava. A direção da empresa parecia tão embevecida pela TV Manchete que nem cobrava do Cony e da equipe um desempenho melhor. Daquela conversa surgiu a idéia de se fazer um projeto de uma nova revista. Mudar era melhor do que ficar parado, inerte. O Cony se encarregaria de levar a idéia ao Adolpho Bloch. Na época, Tancredo Neves vencera no colégio eleitoral e virara presidente. Chegaria ao poder com uma penca de concessões aos militares, mas era, apesar da eleição indireta, o primeiro presidente civil. Era dezembro de 1984 e Tancredo tomaria posse em 15 de março de 1985. Adolpho cedeu ao argumento do Cony de que seria a hora própria para se fazer uma revista de informação, mais moderna, no gênero, por exemplo, da italiana Panorama. A ditadura chegava ao fim e com a posse do Tancredo – de quem o Cony era amigo e conselheiro - abria-se o espaço para a Bloch ter uma revista de análise e informação. (...) Fizemos um projeto, a idéia foi evoluindo. Adolpho se entusiasmou e mandou tocar a tarefa. Barros fez uma “boneca” que depois se transformou em uma peça publicitária a ser levada às agências. A receptividade foi boa. Começamos a montar a redação e marcamos a data para o lançamento em bancas: 17 de março, com a cobertura da posse de Tancredo Neves. O time foi formado. Cony como diretor, eu como editor-executivo, Barros diretor de arte, Marcos Santarrita editor internacional, Sergio Ryff da nacional, Daisy Prétola chefe de reportagem, Lenira Alcure editora de cultura e comportamento, repórteres como Maria Alice Mariano, Luis Carlos Sarmento, Marcelo França, Rosângela Vianna e Gabriel Nogueira; fotógrafos como Gervásio Baptista, Sergio Zalis, Henrique Viard e Sergio de Souza e por aí vai. A revista durou 1 ano e 4 meses. Teve bons momentos, mas faltou-lhe fôlego e resistência. Um bom time de colunistas – os jornalistas José Augusto Ribeiro, Tão Gomes Pinto, Artur da Távola, Gilberto Dimenstein, Antonio Carlos Miguel, Alfredo Grieco, Arnaldo Niskier, Zevi Ghivelder, Murilo Melo Filho, Maria Helena Dutra, Sandro Moreira e Alberto Tammer, o médico Jayme Landmann, o humorista Cláudio Paiva, entre outros -, garantia à revista uma diversidade de opiniões que arejava o “pensamento único” mais comum a boa parte da imprensa naqueles tempos. (...) Tancredo empossado e subindo a rampa seria a capa da edição de estréia. Estava tudo pronto. Um longo ensaio sobre a vida e trajetória do político mineiro, as circunstâncias da eleição, o ministério, uma análise do futuro governo a partir do jeito de agir e das características do novo presidente. Para fechar a edição só faltava o factual. Ou seja, a posse propriamente dita. Era o que pretendíamos escrever, mas não o que o destino rabiscava. O Cony entra na sala, me chama e ao Barros e diz, de cara: “Vamos ter que mudar a revista. Tancredo não toma posse”. Bem-informado – a notícia, gravíssima, ainda não vazara na imprensa --, Cony nos deixou atordoados. Ele não tinha dúvidas, estava seguro do que dizia. E os fatos confirmaram o “furo” do Cony. Nos dias seguintes, abriu-se a trágica seqüência que levaria à morte de Tancredo Neves. Na capa da Fatos Nº. 1, José de Ribamar Sarney anunciava o começo da sua era.
Cony escreve
Em 23 de abril de 2005, Cony publicou na Folha de São Paulo a crônica abaixo, sob o título "Tancredo" (texto em destaque):
“Os 20 anos da morte de Tancredo Neves reabriram os acontecimentos que impediram sua posse na Presidência da República. Sempre que acontecem casos de grande dramaticidade, surgem teorias conspiratórias. Na Itália, um jornal chegou a denunciar "la Mafia bianca", a máfia dos aventais brancos. Acompanhei os lances de sua eleição. No dia 12 de março, Mauro Salles telefonou-me avisando que ele queria jantar no dia seguinte com alguns amigos jornalistas, para ser exato, apenas quatro. Eu não poderia ir, porque estava preparando o primeiro número da revista "Fatos", cuja capa seria o novo presidente do Brasil. No dia 13, pela manhã, o jantar foi desmarcado. Com minha equipe deslocada em Brasília, fiquei no Rio para ultimar a edição. No dia 14, depois do almoço, recebi um telefonema de Brasília, de pessoa ligadíssima a Tancredo. Ela me avisou que Tancredo não iria tomar posse por estar doente. Pediu-me discrição. Como tinha de decidir sobre o editorial da revista, chamei o editor-chefe, José Esmeraldo Gonçalves, que hoje dirige uma revista do grupo Abril, e o diretor de arte, José Américo Barros, que atualmente faz free-lance para diversas publicações. Discretamente, começamos a buscar uma alternativa para a revista. Longe dos acontecimentos, mas informado pela pessoa próxima de Tancredo, iniciei um texto sobre a crise que logo iria estourar. Impossível prever a bagunça que se instalaria no Hospital de Base, mas, naquele primeiro momento, não podia desculpar o erro de Tancredo, que, apesar de se saber doente e dos avisos da única pessoa que sabia da verdade, recusava-se à operação, que era urgente, mas não houvera erro por parte dele. Sua preocupação não era mais ser presidente, mas garantir a tranqüilidade da sucessão. Temia que não dessem posse a Sarney. Na confusão que se seguiria, a redemocratização podia melar. Entre a vida e a missão, optou pelo sacrifício pessoal. Imolação que até hoje não foi compreendida." (por Carlos Heitor Cony para a Folha de São Paulo)
“Os 20 anos da morte de Tancredo Neves reabriram os acontecimentos que impediram sua posse na Presidência da República. Sempre que acontecem casos de grande dramaticidade, surgem teorias conspiratórias. Na Itália, um jornal chegou a denunciar "la Mafia bianca", a máfia dos aventais brancos. Acompanhei os lances de sua eleição. No dia 12 de março, Mauro Salles telefonou-me avisando que ele queria jantar no dia seguinte com alguns amigos jornalistas, para ser exato, apenas quatro. Eu não poderia ir, porque estava preparando o primeiro número da revista "Fatos", cuja capa seria o novo presidente do Brasil. No dia 13, pela manhã, o jantar foi desmarcado. Com minha equipe deslocada em Brasília, fiquei no Rio para ultimar a edição. No dia 14, depois do almoço, recebi um telefonema de Brasília, de pessoa ligadíssima a Tancredo. Ela me avisou que Tancredo não iria tomar posse por estar doente. Pediu-me discrição. Como tinha de decidir sobre o editorial da revista, chamei o editor-chefe, José Esmeraldo Gonçalves, que hoje dirige uma revista do grupo Abril, e o diretor de arte, José Américo Barros, que atualmente faz free-lance para diversas publicações. Discretamente, começamos a buscar uma alternativa para a revista. Longe dos acontecimentos, mas informado pela pessoa próxima de Tancredo, iniciei um texto sobre a crise que logo iria estourar. Impossível prever a bagunça que se instalaria no Hospital de Base, mas, naquele primeiro momento, não podia desculpar o erro de Tancredo, que, apesar de se saber doente e dos avisos da única pessoa que sabia da verdade, recusava-se à operação, que era urgente, mas não houvera erro por parte dele. Sua preocupação não era mais ser presidente, mas garantir a tranqüilidade da sucessão. Temia que não dessem posse a Sarney. Na confusão que se seguiria, a redemocratização podia melar. Entre a vida e a missão, optou pelo sacrifício pessoal. Imolação que até hoje não foi compreendida." (por Carlos Heitor Cony para a Folha de São Paulo)
Fatos Nº 1
E foi-se a Fatos para as bancas com Sarney na Capa. A foto mostrava um Sarney que eu diria ainda perplexo. Dois passos atrás, como uma sombra, o general Leônidas Pires Gonçalves. A chamada de capa: Sarney na presidência: o primeiro teste da Nova República. No canto direito, uma "janela": Tancredo passa mal durante a missa, horas antes da posse. Para os militares, estava claro que melhor um Sarney na mão do que um Tancredo confabulando à mineira. Na página 7 a revista publicava uma charge do Cláudio Paiva. No desenho, um general medalhado, de quepe alto como um típico ditador sul-americano deixava cair o peso da mão sobre o ombro de um médico e “falava”: “É grave, doutor?” A interrogação estava ali como adereço. A frase mais parecia um apelo: “Diz que é grave doutor”. No mais, além da cobertura da posse e da análise de um ministério que tinha muitos dos “mesmos” dos anos de chumbo - Marco Maciel, Golbery do Couto e Silva, Olavo Setúbal, Roberto Gusmão, Antonio Carlos Magalhães -, a edição trazia uma curiosidade: na página 20, um anúncio do Governo de Minas, que já estava impresso e não foi possível mudar saudava a posse de Tancredo. A mensagem, assinada pelo então governador Hélio Garcia, ressaltava que “o povo mineiro renova sua total confiança em que a posse do eminente estadista Dr. Tancredo de Almeida Neves na Presidência da República dá início a um novo tempo” (...) “Reconciliada e restaurada em sua crença, a Nação assume a Nova República e a entrega, confiantemente, ao comando lúcido e sereno do eminente Presidente Tancredo Neves”.
Como estava escrito que Tancredo não assumiria a presidência, estava escrito que a Fatos não emplacaria nas bancas. Menos de um ano e meio depois, fechamos a edição número 70 e selamos as portas da redação no 8º andar do Russel. O sonho já havia acabado e fomos cuidar da vida. A última edição tinha apenas três páginas de anúncios, já não estávamos dispostos a resistir às pressões internas, políticas e pessoais – o que fizemos desde o número zero – e jogamos a toalha. Não sem antes mandar um recado. Na capa, em fundo preto, colocamos o ministro Dílson Funaro que, coincidentemente, tal como a Fatos, também estava pedindo penico. Para nós, a capa era o que menos importava. A palavrinha que queríamos deixar gravada estava lá, em vermelho, grifada, no alto da página, logo abaixo do logotipo da revista: Sabotagem! Referia-se ao momento econômico do país e, de quebra, lavava modestamente nossa alma. De certo, muitos colegas que por oportunismo tinham aderido à “campanha” interna promovida por certos diretores captaram a mensagem. Fechada a revista, fomos “comemorar” no bar do Novo Mundo. Página virada, muita frustração e uma derrota no fígado.
Transcrito do livro do livro Aconteceu na Manchete – as histórias que ninguém contou (Editora Desiderata)
Se Stanislaw Ponte Preta tivesse um blog...
"Os jornais todos falam no peru que o sr. primeiro-ministro Tancredo Neves, na Granja do Ipê, estava engordando para o Natal. A granja, como vocês sabem, foi bolada pelos puxa-sacos do dr. Juscelino, para que o então aero-presidente tivesse do bom e do melhor enquanto estivesse exilado em Brasília. Depois que o dr. Juscelino entrou de férias, a Granja do Ipê passou a ser dividida entre os bacanos da nossa República e, entre eles, o dr. Tandredo, que lá tinha o seu peru. Há, inclusive, quem defenda a tese (Primo Altamirando, por exemplo) de que o dr. Tancredo, ao aceitar o manso cargo de primeiro-ministro, botou seu peru no Ipê para ter o que responder, quando alguém perguntasse: "Que que há com teu peru?". Conforme vocês sabem, esta pergunta da gíria carioca, trocada em miúdos, quer dizer, mais ou menos: "Que é que andas fazendo?". Ora, como o dr. Tancredo não anda fazendo nada, botou na Granja do Ipê um peru propriamente dito, para ter o que responder, quando alguém viesse com a pergunta".
(do livro Primo Altamirando e Elas, de Stanislaw Ponte Preta (Editora Agir).
Obs: a primeira edição foi publicada originalmente em 1962 pela Editora do Autor.
(do livro Primo Altamirando e Elas, de Stanislaw Ponte Preta (Editora Agir).
Obs: a primeira edição foi publicada originalmente em 1962 pela Editora do Autor.
Sem dinheiro Brasília desiste de atrações internacionais
por Eli Halfoun
A roubalheira foi tão grande que não sobrou dinheiro para que Brasília comemore como pretendia os seus 50 anos com atrações internacionais. Está decidido que apenas atrações nacionais (e nem tantas e tão boas assim) farão os shows para povão. Certas mesmo até agora as participações de NXZero, Paralamas do Sucesso, Daniela Mercury e Bruno & Marrone. Resta saber se sobrou algum para pagar pelo menos esses cachês. Pelo visto Brasília terá de tirar dinheiro da meia. Outra vez.
A roubalheira foi tão grande que não sobrou dinheiro para que Brasília comemore como pretendia os seus 50 anos com atrações internacionais. Está decidido que apenas atrações nacionais (e nem tantas e tão boas assim) farão os shows para povão. Certas mesmo até agora as participações de NXZero, Paralamas do Sucesso, Daniela Mercury e Bruno & Marrone. Resta saber se sobrou algum para pagar pelo menos esses cachês. Pelo visto Brasília terá de tirar dinheiro da meia. Outra vez.
Campanha medíocre para a Presidência da República. Quem diz sabe das coisas
por Eli Halfoun
Anda tão devagar (quase parando mesmo) a campanha eleitoral tanto por parte dos eleitores (parece que há um sentimento de perda com a saída de Lula) quanto dos prováveis candidatos (parece que estão em ritmo de já perdi) que até os mais experientes analistas políticos reconhecem que a coisa ta feia. Olha só o que diz o mestre Villas-Boas Côrrea no Jornal do Brasil: “Não tenho lembrança, por mais que cutuque a memória de um início de campanha eleitoral mais medíocre, de mais baixo nível do que este, em que governo e oposição fogem dos temas prioritários, para o bate-boca de fim de feira livre sobre miudezas, a troca de farpas e fofocas de briga de comadres. A evidência do franco favoritismo da ministra-candidata Dilma Roussef, lançada e patrocinada pelo presidente Lula da Silva com todo o peso da máquina oficial, contrasta com o encolhimento da oposição, à espera da definição do seu único candidato”. Pelo visto Dilma, ou melhor, Lula, já ganhou.
Anda tão devagar (quase parando mesmo) a campanha eleitoral tanto por parte dos eleitores (parece que há um sentimento de perda com a saída de Lula) quanto dos prováveis candidatos (parece que estão em ritmo de já perdi) que até os mais experientes analistas políticos reconhecem que a coisa ta feia. Olha só o que diz o mestre Villas-Boas Côrrea no Jornal do Brasil: “Não tenho lembrança, por mais que cutuque a memória de um início de campanha eleitoral mais medíocre, de mais baixo nível do que este, em que governo e oposição fogem dos temas prioritários, para o bate-boca de fim de feira livre sobre miudezas, a troca de farpas e fofocas de briga de comadres. A evidência do franco favoritismo da ministra-candidata Dilma Roussef, lançada e patrocinada pelo presidente Lula da Silva com todo o peso da máquina oficial, contrasta com o encolhimento da oposição, à espera da definição do seu único candidato”. Pelo visto Dilma, ou melhor, Lula, já ganhou.
Lançamento da Editora Globo traz a história do Vasco em quadrinhos
"O Gigante da Colina. Como bem lembram os torcedores mais antigos, este é o apelido que o Clube de Regatas Vasco da Gama fez por merecer ao longo de sua história. Sua aventura começa com um grupo de portugueses e brasileiros que fundaram a agremiação no Rio de Janeiro, no distante ano de 1898. Naquela época o esporte mais popular do Brasil era o remo, e durante muito tempo o clube foi um campeão das regatas, até explodir definitivamente como uma das maiores referências do futebol no início do século 20. Esta trajetória de sucessos é contada pelo cartunista Ziraldo num livro de quadrinhos que a Editora Globo acaba de lançar: Vascão – o
Gigante da Colina. A história é narrada pela mascote do time da Cruz de Malta, o Almirante, que conversa com o jovem Almirantinho, torcedor entusiasmado e muito curioso sobre o passado do seu time de paixão. Através do relato de Ziraldo, acompanhar a trajetória do Vasco é também saber mais sobre os costumes do Brasil ao longo do último século. E o primeiro destaque a fazer é que o clube de São Januário foi o primeiro do Rio de Janeiro a admitir jogadores negros entre seus atletas, o que causou revolta nos elitistas rivais e os fez – durante um ano – disputar um torneio à parte, só com jogadores brancos. A atitude que orientou o clube desde o princípio rapidamente tornou o Vasco da Gama um dos times de futebol mais populares da então capital federal, e consequentemente de todo o Brasil. E foi com o esforço das contribuições de simpatizantes que o clube ergueu São Januário, o maior estádio de sua época. Ao longo das décadas seguintes, o leitor acompanha as grandes partidas, os grandes esquadrões e a história de alguns dos maiores craques que vestiram a camisa cruzmaltina nos muitos títulos cariocas, brasileiros e na conquista da Libertadores da América.
(Fonte: Editora Globo)
Gigante da Colina. A história é narrada pela mascote do time da Cruz de Malta, o Almirante, que conversa com o jovem Almirantinho, torcedor entusiasmado e muito curioso sobre o passado do seu time de paixão. Através do relato de Ziraldo, acompanhar a trajetória do Vasco é também saber mais sobre os costumes do Brasil ao longo do último século. E o primeiro destaque a fazer é que o clube de São Januário foi o primeiro do Rio de Janeiro a admitir jogadores negros entre seus atletas, o que causou revolta nos elitistas rivais e os fez – durante um ano – disputar um torneio à parte, só com jogadores brancos. A atitude que orientou o clube desde o princípio rapidamente tornou o Vasco da Gama um dos times de futebol mais populares da então capital federal, e consequentemente de todo o Brasil. E foi com o esforço das contribuições de simpatizantes que o clube ergueu São Januário, o maior estádio de sua época. Ao longo das décadas seguintes, o leitor acompanha as grandes partidas, os grandes esquadrões e a história de alguns dos maiores craques que vestiram a camisa cruzmaltina nos muitos títulos cariocas, brasileiros e na conquista da Libertadores da América.
(Fonte: Editora Globo)
Daniel Filho abre o jogo em entrevista na Trip
por Eli Halfoun
Daniel Filho, sem dúvida um dos melhores diretores do nosso cinema e também o responsável maior da qualidade conquistada por nossas novelas, nunca se negou a responder qualquer questão. Continua assim, ou seja, sincero, ousado e verdadeiro como pode ser constatado na entrevista que está na edição (nas bancas) da ótima revista Trip. Entre outras coisas Daniel diz: “Traguei bastante, fumei bastante, cheirei o que era necessário, como todos os meus amigos. Fazia parte da vida social, mas não quero entregar ninguém”. Mais: “Eu com 20 anos dispensava mulheres de 35. Hoje não dá para ficar com alguém de 20 anos, a não ser que seja fetichismo”. Pelo quer se lê, vê e ouve tem muito fetichista por aí.
Daniel Filho, sem dúvida um dos melhores diretores do nosso cinema e também o responsável maior da qualidade conquistada por nossas novelas, nunca se negou a responder qualquer questão. Continua assim, ou seja, sincero, ousado e verdadeiro como pode ser constatado na entrevista que está na edição (nas bancas) da ótima revista Trip. Entre outras coisas Daniel diz: “Traguei bastante, fumei bastante, cheirei o que era necessário, como todos os meus amigos. Fazia parte da vida social, mas não quero entregar ninguém”. Mais: “Eu com 20 anos dispensava mulheres de 35. Hoje não dá para ficar com alguém de 20 anos, a não ser que seja fetichismo”. Pelo quer se lê, vê e ouve tem muito fetichista por aí.
Lady Gaga e Beyoncé em Telephone
Para compensar o post abaixo, veja o vídeo da Beyoncé com a Lady Gaga. Clique aqui Telephone
Cara de pau
por Gonça
Vivendo em NY desde a idade das trevas, Zélia Cardoso de Mello dá entrevista hoje ao G1. É para "comemorar" os 20 anos do Plano Collor. É cara de pau com mistura de verniz e teflon. Em tese, continua defendendo aquele brutal confisco da poupança dos brasileiros (na verdade, de muitos brasileiros, não de todos, porque, soube-se depois, uma turma privilegiada escapou da pena. Em um surto de confusão histórica, Zélia compara o Brasil da época à Alemanha da hiperinflação, quando um simples selo de correio custava 1 bilhão de marcos em uma segunda-feira e passava para 3 bi na quarta seguinte. Ela diz que economistas de vários partidos discutiram o plano. Pena que não dá os nomes. Muitos, partidos e "sábios", estão por aí ainda tentando ditar regras.
FHC reivindica muito do atual sucesso da economia? Esqueça. Zélia relembra a inflação galopante da época (que continuou galopando) e acha que tudo começou há vinte anos. Fala do início da abertura da economia como o marco zero da nossa felicidade. Menos, Dona Zélia, nada original. Com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim, símbolos de uma nova e histórica era, até a China e o Butão derrubaram barreiras. O mundo mudou e não foi, surpresa!, com uma canetada do seu amigo Collor.
Leia essa pérola da economista direto do seu "exílio" na Big Apple: "É muito difícil para as pessoas entenderem [a razão do bloqueio das contas], porque elas precisam entender um pouquinho de economia."
Ou seja, tava tudo certo, nós fomos roubados mas não entendemos nada porque somos umas antas pós-graduadas.
Ô Zélia Mellou, isso não é explicação, deve ser uma piada de ex-patroa de humorista.
Anote aí: o que o povo brasileiro precisa é entender de safadeza e pensar bem antes de votar. Sempre.
Não recomendo ao leitor deste blog, pode estragar seu belo sábado de sol, como quase estragou o meu, mas se quiser ler a matéria completa tire as crianças da sala e clique aqui no G1
Vivendo em NY desde a idade das trevas, Zélia Cardoso de Mello dá entrevista hoje ao G1. É para "comemorar" os 20 anos do Plano Collor. É cara de pau com mistura de verniz e teflon. Em tese, continua defendendo aquele brutal confisco da poupança dos brasileiros (na verdade, de muitos brasileiros, não de todos, porque, soube-se depois, uma turma privilegiada escapou da pena. Em um surto de confusão histórica, Zélia compara o Brasil da época à Alemanha da hiperinflação, quando um simples selo de correio custava 1 bilhão de marcos em uma segunda-feira e passava para 3 bi na quarta seguinte. Ela diz que economistas de vários partidos discutiram o plano. Pena que não dá os nomes. Muitos, partidos e "sábios", estão por aí ainda tentando ditar regras.
FHC reivindica muito do atual sucesso da economia? Esqueça. Zélia relembra a inflação galopante da época (que continuou galopando) e acha que tudo começou há vinte anos. Fala do início da abertura da economia como o marco zero da nossa felicidade. Menos, Dona Zélia, nada original. Com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim, símbolos de uma nova e histórica era, até a China e o Butão derrubaram barreiras. O mundo mudou e não foi, surpresa!, com uma canetada do seu amigo Collor.
Leia essa pérola da economista direto do seu "exílio" na Big Apple: "É muito difícil para as pessoas entenderem [a razão do bloqueio das contas], porque elas precisam entender um pouquinho de economia."
Ou seja, tava tudo certo, nós fomos roubados mas não entendemos nada porque somos umas antas pós-graduadas.
Ô Zélia Mellou, isso não é explicação, deve ser uma piada de ex-patroa de humorista.
Anote aí: o que o povo brasileiro precisa é entender de safadeza e pensar bem antes de votar. Sempre.
Não recomendo ao leitor deste blog, pode estragar seu belo sábado de sol, como quase estragou o meu, mas se quiser ler a matéria completa tire as crianças da sala e clique aqui no G1
Estadão de roupa nova
por JJcomunic
O Estadão lança três seções culturais nas edições do fim de semana: "C2 Música", "Caderno 2 Domingo" e o "Sabático" É parte do novo projeto gráfico e editorial do jornal que dará destaque à cobertura cultural já na sua primeira página.
O jornal "Caderno 2" continuará saindo todos os dias da semana. Hoje estreia o caderno "Sabático - Um Tempo para Leitura", que enfocará os livros e o mercado editorial.
O "C2 Música", que será lançado no dia 20, trará perfis e entrevista com artistas, bandas e cinco colunistas na seção "Ouvido Absoluto". Aos domingos, será a vez do "Caderno 2 Domingo", sobre os acontecimentos e debates culturais da semana. As colunas de Sonia Racy, João Ubaldo Ribeiro e Daniel Piza serão mantidas.
Dvd da FIFA
Às vésperas da Copa da África do Sul, de 11 de junho a 11 de julho, os documentários das 18 edições já disputadas serão lançados no Brasil, a partir de 9 de abril, em 15 DVDs da Coleção Copa do Mundo Fifa 1930 e 2006. Cada exemplar, além do documentário, com média de 90 minutos, terá extras com duas biografias de craques, uma seleção de melhores lances dos mundiais e um encarte, com edição especial da revista Placar.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Cena urbana
Agora há pouco na Voluntários, um ônibus e um caminhão se tocaram levemente. Como consequência, apenas um arranhão quase invisível nas respectivas latarias. Mas os motoristas já se preparavam para saltar dos veículos e logicamente deixar o Voluntário parada. O guarda municipal foi mais rápido e deu um jeitinho carioca: "meus queridos, aí não tem quase nada. Vamo simbora, cada um carrega sua cruz". Os motoristas voltaram aos seus postos, a rua foi rapidamente desobstruida e a galera aplaudiu.
Como chegar em Paloma Bernardi

Paloma Bernardi, capa da nova edição da revista Men´s Health, dá a pista de como um homem deve se comportar e o que deve fazer para conquistá-la. Nada de cantadas desgastadas, piadinhas ou já chegar matando. Diz ela que simplicidade, seja lá o for isso, é a dica. Paloma acrescenta que se o cara fizer tudo certinho, sexo não tem limites. Quer ver e ler mais? Clique no link:
Vender tá difícil? Então, toma jornal de graça
por Eli Halfoun
A indústria da comunicação impressa (jornais e revistas) está reagindo, mas ainda é muito difícil vender jornal nas bancas, especialmente depois que a internet deu quantidade e rapidez ao noticiário. Já qualidade é outra história. Se vender é complicado, a solução é distribuir gratuitamente. Essa estratégia tem aumentado o número de jornais oferecidos nas estações do Metrô, em ônibus e em alguns pontos específicos da cidade. Nessa corrida, São Paulo já tem o Destak, o Metrô e o Exclusivo! com linha editorial voltada para o público feminino. Produzido pela editora Trip, o Exclusivo! é um projeto da C& A, mensal, com tiragem inicial de 500 mil exemplares e 40 páginas que com, principalmente, informações sobre moda e comportamento. Feminino, é claro.
A indústria da comunicação impressa (jornais e revistas) está reagindo, mas ainda é muito difícil vender jornal nas bancas, especialmente depois que a internet deu quantidade e rapidez ao noticiário. Já qualidade é outra história. Se vender é complicado, a solução é distribuir gratuitamente. Essa estratégia tem aumentado o número de jornais oferecidos nas estações do Metrô, em ônibus e em alguns pontos específicos da cidade. Nessa corrida, São Paulo já tem o Destak, o Metrô e o Exclusivo! com linha editorial voltada para o público feminino. Produzido pela editora Trip, o Exclusivo! é um projeto da C& A, mensal, com tiragem inicial de 500 mil exemplares e 40 páginas que com, principalmente, informações sobre moda e comportamento. Feminino, é claro.
Silvia Popovic enche mais as tardes na televisão
por Eli Halfoun
Não são das melhores as opções que a televisão oferece aos “masoquistas” que passam as tardes diante do vídeo. Parece que, enfim, as coisas vão melhorar. Pelo menos é essa a promessa e a aposta da Bandeirantes com o lançamento de “Boa Tarde” com Silvia Popovic, excelente profissional, no comando. O programa com estréia confirmada para a próxima segunda-feira, irá ao ar diariamente (com exceção dos finais de semana) das 15 às 16 horas. Será uma atração jornalística (jornalismo nunca é demais) com reportagens (espera-se que criativas) e debates. Silvia do ganha as tardes, mas perde as manhãs na Band: com sua saída o “Dia a Dia” muda de formato e passa a ser um programa voltado apenas para a culinária com apresentação de Daniel Borg. Quem não tiver alimentação na mesa poderá pelo menos “comer com os olhos”. E olhe lá.
Não são das melhores as opções que a televisão oferece aos “masoquistas” que passam as tardes diante do vídeo. Parece que, enfim, as coisas vão melhorar. Pelo menos é essa a promessa e a aposta da Bandeirantes com o lançamento de “Boa Tarde” com Silvia Popovic, excelente profissional, no comando. O programa com estréia confirmada para a próxima segunda-feira, irá ao ar diariamente (com exceção dos finais de semana) das 15 às 16 horas. Será uma atração jornalística (jornalismo nunca é demais) com reportagens (espera-se que criativas) e debates. Silvia do ganha as tardes, mas perde as manhãs na Band: com sua saída o “Dia a Dia” muda de formato e passa a ser um programa voltado apenas para a culinária com apresentação de Daniel Borg. Quem não tiver alimentação na mesa poderá pelo menos “comer com os olhos”. E olhe lá.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Hoover, a Barbie da direita radical
por JJcomunic
Clint Eastwood vai dirigir um filme baseado na vida de J. Edgar Hoover, o célebre ex-diretor do FBI. Hoover, como se sabe, perseguia minorias, era um direitista radical, via comunistas em todo lugar e, sob a vaga acusação de "atividades anti-americanas", mandou muita gente inocente para a cadeia. O homem era brabo. Homem ? Sim, mas no fim do expediente dav a uma relaxada. A ironia é que só depois de morto, soube-se que o chefão tinha em casa uma coleção de camisolas, algumas cintas-liga, umas sandálias Carmen Miranda, que usava depois das tarefas diárias de espionar sindicatos, montar falsas acusações, perseguir atores e atrizes, escritores, gays, roqueiros, músicos de jazz, negros e qualquer um que não seguisse a cartilha da direita "red neck" americana.
Conar não censura Conar?

Pinóquio vira bandido no comercial do Conar
por JJcomunic
Se o Conar, que censurou Paris Hilton e a cerveja Devassa Bem Loura, seguisse seus critérios moralistas poderia passar a tesoura em seu próprio comercial institucional. No filminho em que faz campanha contra a propaganda enganosa, o Conselho de Autorregulamentação usa um boneco narigudo, Pinóquio, que é perseguido por uma polícia violenta. Pois bem, o anúncio é preconceituoso, politicamente incorreto e ofende minorias. - O nariz avantajado do boneco é associado à mentira. Pode induzir a população a achar que todo narigudo é mentiroso e trazer prejuízo moral a tais pessoas.
- Os policiais que perseguem o boneco estão vestidos para matar. São visivelmente violentos, parecem mais uma SS nazista ou um esquadrão da morte.
- Pelo cenário, um bairro miserável com ruas escuras e estreitas, o comercial induz o consumidor a achar que propaganda enganosa é coisa de pobre ou de empresas de fundo de quintal. Errado e, mais uma vez, preconceituoso. Por que não mostrar um boneco elegante e engravatado transitando na Av.Paulista, por exemplo? Certos bancos, montadoras, financeiras, grandes empresas farmacêuticas fazem propagandas espertas demais. O Pinóquio do Conar parece um camelô.
- Perguntar não ofende: o Conar tem autorização para se"inspirar" no Pinóquio criado por Carlo Collodi?
- Pinóquio era um boneco que queria ser um menino. Suas mentiras são ingênuas. E um pequeno herói para várias gerações de crianças. O Conar tenta destruir essa imagem.
- Censura e Conar, tudo a ver. Saiba que As Aventuras de Pinóquio só foram lançadas no Brasil em 1933 (a primeira edição, na Itália, foi em 1883) com tradução de Monteiro Lobato. Por que não chegou antes? O Estado Novo, de Getúlio, dificualtava a tradução de obras estrangeiras. Uma forma de censura.
Conclusão: não convide o Conar e os autores do comercial para brincar no play.
E essa agora ?
Três pastores foram presos no Mato Grosso do Sul contrabandeando sete fuzis. Segundo a polícia, as armas seriam levadas para traficantes de Niterói. Esses abrem a bíblia no versículo AR-15, livro M-16, salmo ponto 30.
Perdeu, Rio
por Gonça
Um amigo costuma dizer que o mundo, mais do que o Brasil, ama o Rio. Pode ser verdade. Em parte. Acho que os brasileiros gostam do Rio. A maioria dos políticos brasileiros, essa nefasta etnia à parte, seguramente não. Não são poucos os golpes baixos que a cidade sofreu na sua história, com forte impacto na economia e na qualidade de vida locais. Há meio século, foi vítima de JK e da transferência da Capital para Brasília. Em uma jogada política que se revelaria um desastre o Rio foi esvaziado em nome de uma suposta conquista do Oeste, à moda dos bandeirantes. Integração se faz com ferrovias, rodovias, linhas aéreas, telecomunicações, distribuição de renda, educação, saúde, reforma agrária, ocupação social do país e não com prédios, Plano Piloto, palácios e apartamentos para políticos etc (anotem que as mordomias, o inaceitável auxílio-moradia, ticket-farra, vale-viagem, esses penduricalhos todos surgiram com a mudança da Capital).
A configuração de Brasília ainda teve o "mérito" de afastar os governantes da população. Levá-los para um castelo dourado, longe de incômodas manifestações populares. Imaginem o conforto que é, para os políticos, ter a Cinelândia, palco de históricas revoltas e movimentos de protesto e reivindicações, a mais de mil quilômetros de distância. Ficar longe do bafo do povaréu ou do cheiro, como dizia o ditador João Figueiredo, que revelava preferir cafungar um cavalo do que gente. Também não por acaso, Brasília entrou para a história como a Capital que abrigou a mais longa, sangrenta e corrupta ditadura da história política do país.
A segunda grande derrota do veio com a fusão da cidade com o Estado do Rio. Essa foi obra do general Geisel. Uma retaliação política - o Rio era o foco da tímida mas significativa oposição à ditadura - que abalou as finanças da cidade, esvaziando os seus cofres. Crises urbanas como expansão de favelas, falta de investimentos em educação, saúde, segurança - esses itens da cesta básica da cidadania - que só se agravariam com o passar dos anos, foram plantados nesse irresponsável desmonte do Rio.
Por que, nessa manhã de quinta-feira, escrevo sobre isso? Você já deve ter lido os jornais? O Rio acaba de sofrer mais uma derrota. Dessa vez, um arrastão. A Câmara aprovou a emenda que redistribui - inclusive para os estados não produtores - os royalties do petróleo. O Rio, no caso, todo o estado, perderá R$7, 2 bilhões de arrecadação por ano. O governador Sérgio Cabral avisa que esta unidade que a Federação parece detestar vai quebrar. Royalties não são taxas ou impostos. Royalties são compensação. O petróleo está aqui, junto com os danos ambientais, os mangues irrecuperáveis, rios poluídos, manaciais afetados, atmosfera comprometida em certas áreas, a Baia da Guanabara que já sofreu graves acidentes ecológicos e sobrevive sempre ameaçada...
O Rio pode reagir de três formas: convencer Lula a vetar o projeto aprovado (vai ser muito difícil em ano de eleição ir contra a maioria dos estados que querem meter a mão nessa grana); ir ao Supremo (diz-se que a medida é claramente inconstitucional); ou ocupar as ruas. Essa última hipótese não parece mais viável. O povo não confia nos seus representantes e mesmo quando alguns deputados do Rio se mobilizaram e tentaram lutar contra o arrastão dos royalties o povo não foi junto. Não comprou a briga, desconfia. A imagem dos políticos é tão ruim, que mesmo os bem intencionados não encontram quem queira dividir com eles qualquer bandeira. A mídia carioca ficou praticamente quieta e domada. O prejuízo é nosso. Mas quem vai nos convencer a ir a uma passeata de protesto ao lado da maioria dos políticos? Assim, o Rio ficou em silêncio e foi tosado como uma ovelha mansa.
Tente imaginar o que clãs e oligarquias que dominam a política vão fazer com essas verbas extras. Imaginou? Agora vá tomar um porre de infelicidade.
Censura bota as manguinhas de fora outra vez com a menina Rafaela de “Viver a Vida"
por Eli Halfoun
Klara Castanho é apenas uma criança, mas tem realizado um trabalho tão convincente como a Rafaela da novela “Viver a Vida” que até o Ministério Público, que realmente tem sido um alívio para esse país do vale tudo, se deixa enganar pela personagem mirim considerada má, como se as crianças puras em suas reações pudessem realmente ter toda essa maldade que se está querendo ver. O Ministério Público procurou o Departamento Jurídico da Globo para discutir o assunto e fazer com que a personagem Rafaela deixe de ser a menina má para ser a menina boazinha. Sei não, mas isso me parece uma forma velada de impor a mesma absurda cesura que se cometeu proibindo o anúncio da cerveja Devassa com Paris Hilton. Pedir ainda que por enquanto apenas na base do papo, que se mude a conduta de uma personagem é limitar o trabalho de uma profissional e no caso de Klara Castanho é uma limitação ainda porque mexe com uma criança que pode acabar ela sim, marcada pela censura que muitos brasileiros lutaram para que crianças como ela não viessem a conhecer como nós conhecemos e penamos com ela. Se alguma criança se deixar influenciar pela também criança Rafaela cabe aos pais mostrar aos filhos influenciáveis que ficção não é realidade e que é preciso aprender a separar uma coisa da outra. O Ministério Público diz que sua intenção é fazer com que a “atividade artística infantil seja corretamente conduzida e que atores mirins tenham seus direitos resguardados”. Isso também cabe aos pais decidir. Com educação e sem cesura.
Klara Castanho é apenas uma criança, mas tem realizado um trabalho tão convincente como a Rafaela da novela “Viver a Vida” que até o Ministério Público, que realmente tem sido um alívio para esse país do vale tudo, se deixa enganar pela personagem mirim considerada má, como se as crianças puras em suas reações pudessem realmente ter toda essa maldade que se está querendo ver. O Ministério Público procurou o Departamento Jurídico da Globo para discutir o assunto e fazer com que a personagem Rafaela deixe de ser a menina má para ser a menina boazinha. Sei não, mas isso me parece uma forma velada de impor a mesma absurda cesura que se cometeu proibindo o anúncio da cerveja Devassa com Paris Hilton. Pedir ainda que por enquanto apenas na base do papo, que se mude a conduta de uma personagem é limitar o trabalho de uma profissional e no caso de Klara Castanho é uma limitação ainda porque mexe com uma criança que pode acabar ela sim, marcada pela censura que muitos brasileiros lutaram para que crianças como ela não viessem a conhecer como nós conhecemos e penamos com ela. Se alguma criança se deixar influenciar pela também criança Rafaela cabe aos pais mostrar aos filhos influenciáveis que ficção não é realidade e que é preciso aprender a separar uma coisa da outra. O Ministério Público diz que sua intenção é fazer com que a “atividade artística infantil seja corretamente conduzida e que atores mirins tenham seus direitos resguardados”. Isso também cabe aos pais decidir. Com educação e sem cesura.
Memórias da redação: Aconteceu na...
por Eli Halfoun
(Notícias podem deixar qualquer jornalista de “saia justa”)
Uma das primeiras lições que aprendi na prática do jornalismo é que não se deve esconder e muito menos “guardar na gaveta” uma notícia. Ela pode envelhecer e deixar de ser interessante. Ou acabar nas mãos de outro profissional e aí você que guardou a notícia descobrirá que pelo menos nesse caso foi um péssimo profissional. Foi essa lição que me colocou durante alguns dias em uma verdadeira “saia justa” jornalística. O ator e cantor João Alberto Carvalho (de quem ainda sinto uma carinhosa saudade) foi um dos melhores amigos que tive até hoje. Era uma amizade de respeito, admiração e cuidado: nascido e criado na Pará, João Alberto me tinha como uma espécie de pai carioca desde que chegou para tentar a carreira artística no Rio. Só me chamava de Papi, o que às vezes me deixava envergonhado, mas aumentava nossa amizade. João Alberto era muito espontâneo e engraçado e foi em um jantar que o diretor Jayme Monjardim se encantou com sua alegre espontaneidade e o convidou para viver o mordomo Zaqueu na novela “Pantanal”, exibida pela Rede Manchete de 27 de março a 10 de dezembro de 1990. Monjardim queria que João Alberto fosse, na novela, exatamente como era na vida real. Pronto: Zaqueu emplacou e deu para João Alberto o seu primeiro sucesso na estréia em novelas.
Estava tudo muito bom, tudo muito bem, quando João Alberto começou a se ausentar de festas, reuniões entre amigos e até das visitas quase diárias que fazia à minha casa. Dizia que evitava sair de casa porque vivia com diarréia (“Passo o dia plantado no vaso como se fosse uma flor” - dizia com bom humor). Percebi que algumas manchas roxas começavam a aparecer em seus braços e que parecia bem mais magro. Não tive dúvidas: aconselhei que fizesse um exame de HIV. Fez, mas não teve coragem de buscar o resultado, ou seja, sobrou pra mim. Apanhei o resultado e pedi à minha ex-mulher, médica, que o abrisse. Estava lá muito claro: João Alberto era soropositivo. Evidentemente diante de sua cada vez maior magreza, as especulações ficaram inevitáveis, mas só eu sabia que ele era sim portador do HIV. Foi aí que fiquei, como se diz popularmente, entre a cruz e a caldeirinha: não queria expor meu grande amigo, mas sabia que não podia “guardar a notícia na gaveta”, como tinha aprendido em meu início de carreira. O “fazer ou não fazer, eis a questão?” me atormentou durante pelo menos três dias. Decidi publicar a verdade, mas fazendo isso de uma forma respeitosa que não expusesse o ator e sua família. Preservei o amigo, mas não perdi a notícia: Amiga foi a primeira e única revista a publicar com exclusividade a verdade sobre a doença de João Alberto. Melhor assim porque a reportagem da Amiga (e do amigo) colocou um ponto final em qualquer tipo de especulação.
João Alberto faleceu meses depois e quando o vi pela última vez em seu apartamento de Copacabana (seu pai realizou o sonho que João tinha de morar na Avenida Atlântica), ele nem mais me reconhecia. Partiu deixando uma saudade imensa nos amigos e para mim também a certeza de que nenhuma notícia pode ficar guardada no fundo da gaveta desde que seja publicada só com a verdade e o respeito que qualquer noticiado merece. Afinal, jornalismo também é a arte de procurar e escolher bem as palavras. Notícia é sempre notícia, mas não precisa ser exatamente um escândalo.
(Notícias podem deixar qualquer jornalista de “saia justa”)
Uma das primeiras lições que aprendi na prática do jornalismo é que não se deve esconder e muito menos “guardar na gaveta” uma notícia. Ela pode envelhecer e deixar de ser interessante. Ou acabar nas mãos de outro profissional e aí você que guardou a notícia descobrirá que pelo menos nesse caso foi um péssimo profissional. Foi essa lição que me colocou durante alguns dias em uma verdadeira “saia justa” jornalística. O ator e cantor João Alberto Carvalho (de quem ainda sinto uma carinhosa saudade) foi um dos melhores amigos que tive até hoje. Era uma amizade de respeito, admiração e cuidado: nascido e criado na Pará, João Alberto me tinha como uma espécie de pai carioca desde que chegou para tentar a carreira artística no Rio. Só me chamava de Papi, o que às vezes me deixava envergonhado, mas aumentava nossa amizade. João Alberto era muito espontâneo e engraçado e foi em um jantar que o diretor Jayme Monjardim se encantou com sua alegre espontaneidade e o convidou para viver o mordomo Zaqueu na novela “Pantanal”, exibida pela Rede Manchete de 27 de março a 10 de dezembro de 1990. Monjardim queria que João Alberto fosse, na novela, exatamente como era na vida real. Pronto: Zaqueu emplacou e deu para João Alberto o seu primeiro sucesso na estréia em novelas.
Estava tudo muito bom, tudo muito bem, quando João Alberto começou a se ausentar de festas, reuniões entre amigos e até das visitas quase diárias que fazia à minha casa. Dizia que evitava sair de casa porque vivia com diarréia (“Passo o dia plantado no vaso como se fosse uma flor” - dizia com bom humor). Percebi que algumas manchas roxas começavam a aparecer em seus braços e que parecia bem mais magro. Não tive dúvidas: aconselhei que fizesse um exame de HIV. Fez, mas não teve coragem de buscar o resultado, ou seja, sobrou pra mim. Apanhei o resultado e pedi à minha ex-mulher, médica, que o abrisse. Estava lá muito claro: João Alberto era soropositivo. Evidentemente diante de sua cada vez maior magreza, as especulações ficaram inevitáveis, mas só eu sabia que ele era sim portador do HIV. Foi aí que fiquei, como se diz popularmente, entre a cruz e a caldeirinha: não queria expor meu grande amigo, mas sabia que não podia “guardar a notícia na gaveta”, como tinha aprendido em meu início de carreira. O “fazer ou não fazer, eis a questão?” me atormentou durante pelo menos três dias. Decidi publicar a verdade, mas fazendo isso de uma forma respeitosa que não expusesse o ator e sua família. Preservei o amigo, mas não perdi a notícia: Amiga foi a primeira e única revista a publicar com exclusividade a verdade sobre a doença de João Alberto. Melhor assim porque a reportagem da Amiga (e do amigo) colocou um ponto final em qualquer tipo de especulação.
João Alberto faleceu meses depois e quando o vi pela última vez em seu apartamento de Copacabana (seu pai realizou o sonho que João tinha de morar na Avenida Atlântica), ele nem mais me reconhecia. Partiu deixando uma saudade imensa nos amigos e para mim também a certeza de que nenhuma notícia pode ficar guardada no fundo da gaveta desde que seja publicada só com a verdade e o respeito que qualquer noticiado merece. Afinal, jornalismo também é a arte de procurar e escolher bem as palavras. Notícia é sempre notícia, mas não precisa ser exatamente um escândalo.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Madonna, cadê a obra beneficente!!!!
É Madonna prá lá, Madonna prá cá, Madonna em L.A, em Nova York, Madonna na noite, Maddona no dia. Madonna anuncia que lançará grife teen em agosto. A primeira coleção da grife será a Material Girl, com roupas, calçados, bolsas e joias para adolescentes. Para criar a linha de roupas, a cantora se inspirou na filha, Lourdes Maria. Até aí, entendi. Mas cadê a instituição, escola, o que seja, que seria criada com os dez bi que a pop star arrecadou no Brasil? A criançada da Chatuba, Rato Molhado, Vigário Geral, Maré, Parapedro, Miquiço, "tão" tudo na espera.
Os mais ricos
Segundo a revista Forbes, o mexicano Carlos Slim deixou para trás o Bill Gates e é, agora, o homem mais rico do mundo. Slim acumulou 53,5 bilhões de dólares. Gates cravou 53 bilhões de dólares, logo ali. Segundo a pesquisa anual da reivtsa americana, o brasileiro Eike Batista fica em oitavo lugar no mundo e em primeiro lugar no Brasil: sua fortuna chegou a 27 bilhões de dólares. Um detalhe que a Forbes ressalta: dois terços da fortuna de Eike foram arrecadados apenas nos últimos 12 meses.
Leitura digital é o futuro dos livros
por Eli Halfoun
Os livros digitais conquistam mais espaço na internet. Agora é a Ediouro que se prepara para disponibilizá-los sem, é claro, abrir mão de obras impressas. Lula Vieira, o diretor de marketing da editora, ainda tem dúvidas sobre o destino do livro de papel. Ele com a palavra: “Não há como saber com certeza, mas acredito que a impressão digital permitirá que mais livros sejam editados, pois a possibilidade de tiragens menores pode viabilizar o surgimento de um número maior de títulos. Por outro lado, alguns livros, como os técnicos ou de referência, dicionários, manuais, deverão migrar para os livros eletrônicos. A longo prazo, creio que o livro impresso virará um nicho de mercado, como o vinil. Ms o tempo que levará ainda é um mistério”. Lula acredita que o furo é dos leitores digitais e que “a convergência dos meios está nos levando para um aparelho único que seja TV, computador, telefone, máquina fotográfica, filmadora, player CD e livro, tudo junto”.
Os livros digitais conquistam mais espaço na internet. Agora é a Ediouro que se prepara para disponibilizá-los sem, é claro, abrir mão de obras impressas. Lula Vieira, o diretor de marketing da editora, ainda tem dúvidas sobre o destino do livro de papel. Ele com a palavra: “Não há como saber com certeza, mas acredito que a impressão digital permitirá que mais livros sejam editados, pois a possibilidade de tiragens menores pode viabilizar o surgimento de um número maior de títulos. Por outro lado, alguns livros, como os técnicos ou de referência, dicionários, manuais, deverão migrar para os livros eletrônicos. A longo prazo, creio que o livro impresso virará um nicho de mercado, como o vinil. Ms o tempo que levará ainda é um mistério”. Lula acredita que o furo é dos leitores digitais e que “a convergência dos meios está nos levando para um aparelho único que seja TV, computador, telefone, máquina fotográfica, filmadora, player CD e livro, tudo junto”.
Mulher de Paulo Coelho se mostra escritora e ele ilustrador
por Eli Halfoun
Família que escreve unida permanece e fatura unida: a artista plástica Cristina Oiticica, mulher do escritor Paulo Coelho, segue os passos do marido e também entra na literatura com o livro “A nuvem e a duna”. Paulo Coelho não escreveu uma única linha, mas também está no livro: são dele as ilustrações que, aliás, ela, especialista no assunto, considerou, é claro, muito boas. O livro tem lançamento previsto para o final do mês, mas antes de desembarcar no Brasil o casal será anfitrião de mais uma festa na qual receberá 130 convidados na Abadia de Melk, na Austrália, para comemorar o Dia de São José que é também o dia do aniversário de Paulo Coelho. A Abadia de Melk foi escolhida porque inspirou Umberto Eco a escrever “O Nome da Rosa”, que depois virou um bom filme estrelado por Sean Connery, que só assim, ficou livre daquela terrível imagem que o associava sempre ao personagem James Bond.
Família que escreve unida permanece e fatura unida: a artista plástica Cristina Oiticica, mulher do escritor Paulo Coelho, segue os passos do marido e também entra na literatura com o livro “A nuvem e a duna”. Paulo Coelho não escreveu uma única linha, mas também está no livro: são dele as ilustrações que, aliás, ela, especialista no assunto, considerou, é claro, muito boas. O livro tem lançamento previsto para o final do mês, mas antes de desembarcar no Brasil o casal será anfitrião de mais uma festa na qual receberá 130 convidados na Abadia de Melk, na Austrália, para comemorar o Dia de São José que é também o dia do aniversário de Paulo Coelho. A Abadia de Melk foi escolhida porque inspirou Umberto Eco a escrever “O Nome da Rosa”, que depois virou um bom filme estrelado por Sean Connery, que só assim, ficou livre daquela terrível imagem que o associava sempre ao personagem James Bond.
Placar, 40 anos
Bruno Chiarioni e Márcio Kroehn, autores do livro “Onde o esporte se reinventa: histórias e bastidores dos 40 anos de Placar” (Primavera Editorial), criaram um blog com fotos históricas e textos inéditos sobre a publicação. De acordo com os jornalistas, o blog Placar Primavera (http://placarprimavera.wordpress.com/) funciona como o “pontapé inicial para um bate-papo sobre a revista, uma pelada entre amigos”.
A capa da primeira edição – que chegou às bancas em 20 de março de 1970 – estampava a foto de Pelé, jogador ligado aos momentos importantes da publicação esportiva da Editora Abril.
Fonte: Printec Comunicação www.printeccomunicacao.com.br
A capa da primeira edição – que chegou às bancas em 20 de março de 1970 – estampava a foto de Pelé, jogador ligado aos momentos importantes da publicação esportiva da Editora Abril.
Fonte: Printec Comunicação www.printeccomunicacao.com.br
CQC faz a festa e as piadas com o apoio das eleições
por Eli Halfoun
É verdade que o grupo é competente e, talvez por isso, mesmo na maioria das vezes, cometa exageros, especialmente em brincadeiras de mau gosto com a maioria dos entrevistados. O esquema deu certo e a turma do CQC não tem nenhuma vontade de mudar, embora prometa novidades para sua tão ansiada (muito mais para eles do que para o telespectador) volta. O CQC passa a ocupar novamente as noites de segunda-feira da Rede Bandeirantes, a partir da próxima semana e vai logo avisando que em tempo de eleições e de Copa do Mundo terá sem dúvida m prato cheio nas mãos. Com os candidatos o grupo nem precisa fazer muito esforço porque eles se garantem como piadas. Em relação à cobertura da Copa do Mundo, está decidido que uma equipe seguirá a seleção brasileira e a outra fará “uma abordagem mais ampla comportamental e cultural” (eles é que estão dizendo). Decidido também que Mônica Iozzi, a única mulher do grupo, será a moça de Brasília circulando pelo Congresso e certamente levando um fora atrás do outro. Também confirmada a estréia do quadro “Trabalho Forçado” em que uma personalidade será convidada para fazer um trabalho que nunca fez. No caso dos políticos qualquer trabalho serve: eles nunca trabalham mesmo. O “Proteste Já” continua, mas agora terá Danilo Gentilli como apresentador. Danilo substitui Rafinha Bastos, que precisa de tempo para dedicar-se a um novo programa intitulado com o título de “A Liga” com estréia prevista para maio.
É verdade que o grupo é competente e, talvez por isso, mesmo na maioria das vezes, cometa exageros, especialmente em brincadeiras de mau gosto com a maioria dos entrevistados. O esquema deu certo e a turma do CQC não tem nenhuma vontade de mudar, embora prometa novidades para sua tão ansiada (muito mais para eles do que para o telespectador) volta. O CQC passa a ocupar novamente as noites de segunda-feira da Rede Bandeirantes, a partir da próxima semana e vai logo avisando que em tempo de eleições e de Copa do Mundo terá sem dúvida m prato cheio nas mãos. Com os candidatos o grupo nem precisa fazer muito esforço porque eles se garantem como piadas. Em relação à cobertura da Copa do Mundo, está decidido que uma equipe seguirá a seleção brasileira e a outra fará “uma abordagem mais ampla comportamental e cultural” (eles é que estão dizendo). Decidido também que Mônica Iozzi, a única mulher do grupo, será a moça de Brasília circulando pelo Congresso e certamente levando um fora atrás do outro. Também confirmada a estréia do quadro “Trabalho Forçado” em que uma personalidade será convidada para fazer um trabalho que nunca fez. No caso dos políticos qualquer trabalho serve: eles nunca trabalham mesmo. O “Proteste Já” continua, mas agora terá Danilo Gentilli como apresentador. Danilo substitui Rafinha Bastos, que precisa de tempo para dedicar-se a um novo programa intitulado com o título de “A Liga” com estréia prevista para maio.
Revistas agitam o mercado editorial em São Paulo
por Eli Halfoun
O mercado da comunicação, especialmente a imprensa, movimenta São Paulo: ao mesmo tempo em que um grupo internacional levanta tudo sobre a gráfica da Editora Três para depois fazer uma oferta de compra, a editora Condé Nast, que edita entre outras as revistas Vogue, Vanity Fair, Glamour, Traveller e GQ busca reforçar seu caixa oferecendo um pacote de licenças de títulos. A Editora Abril , que lança esse ano a GQ, estará interessada também em editar a Vogue, mas por enquanto quem ainda tem a licença da Vogue é a Carta Capital, que não parece muito disposta a abrir mão da revista.
O mercado da comunicação, especialmente a imprensa, movimenta São Paulo: ao mesmo tempo em que um grupo internacional levanta tudo sobre a gráfica da Editora Três para depois fazer uma oferta de compra, a editora Condé Nast, que edita entre outras as revistas Vogue, Vanity Fair, Glamour, Traveller e GQ busca reforçar seu caixa oferecendo um pacote de licenças de títulos. A Editora Abril , que lança esse ano a GQ, estará interessada também em editar a Vogue, mas por enquanto quem ainda tem a licença da Vogue é a Carta Capital, que não parece muito disposta a abrir mão da revista.
Presidente de algibeira
deBarros conta
Esse país está precisando de levar uma borrachada na cara e apagar o que é de ruim nas suas leis e proceder a uma reforma que dure mil anos. Além da Constituição, de 1988, que é uma colcha de retalhos, sem pé nem cabeça, talvez uma das mais importantes é a política. Entre os vários itens a serem reformados o primeiro seria o da lei eleitoral. Essa reforma, é claro, seria feita pela Justiça eleitoral. O seu paragráfo mais importante – todas essas reformas, passariam a ter força de lei a partir do próximo ano eleitoral – abordaria a eleição para presidente do País, com a resoluçào de que o Presidente em exercício não poderia apoiar, nem fazer campanha eleitoral, em hipótese alguma, para um candidato que fosse indicado por ele, até porque lhe será vedado indicar candidato a qualquer cargo eletivo . Toda a campanha do candidato seria controlada pelo Partido, que o escolherá em sua Convençào Geral.
É preciso acabar com a idéia de que o Presidente da República tem que indicar o seu sucessor e, com isso, usando o governo, com toda a sua força e prestígio, fazer a sua campanha para elegê-lo, como o seu continuador.
O que, que é isso? Os Reinados e Impérios acabaram e com eles as sucessões consanguíneas, que levavam ao trono o seu sucessor. Já nos tempos modernos, Napoleão, Imperador, não conseguiu fazer do seu filho o seu sucessor. Derrotado e aprisonado numa ilha, viu o seu sonho se desfazer. Mesmo, ainda Imperador, a França nãp permitiria esse tipo de sucessão e Napoleão não veria o seu filho ser coroado.
Nesta eleiçào, que seja a última vez que um Presidente eleja um candidato, por ele indicado e apoiado na campanha presidenciável. Amém!
Érika Mader faz striptease e mostra que bate um bolão
por Eli Halfoun
Quem anda encantado (e quem não está?) com a beleza de Érika Mader, a sobrinha da atriz Malu Mader, já pode ver mais, muito mais, do que ela mostra como apresentadora do canal por assinatura Multishow. Érika é a, digamos, atração da seção Striptease na nova edição da RG Vogue e o que é melhor e mais bonito: mostra tudo. Érika Mader tem pouco mais de 19 anos, estreou como atriz no seriado “Mandrake”, da HBO, ao lado de Marcos Palmeira e joga bola como ala de um time de futebol de salão. Bate um bolão. (Foto: Divulgação/RG Vogue)
Quem anda encantado (e quem não está?) com a beleza de Érika Mader, a sobrinha da atriz Malu Mader, já pode ver mais, muito mais, do que ela mostra como apresentadora do canal por assinatura Multishow. Érika é a, digamos, atração da seção Striptease na nova edição da RG Vogue e o que é melhor e mais bonito: mostra tudo. Érika Mader tem pouco mais de 19 anos, estreou como atriz no seriado “Mandrake”, da HBO, ao lado de Marcos Palmeira e joga bola como ala de um time de futebol de salão. Bate um bolão. (Foto: Divulgação/RG Vogue)
Preste atenção para não virar um alcoólatra
por Eli Halfoun
Violência e drogas (e uma coisa tem sem dúvida relação com a outra) são assuntos presentes nas conversas e preocupações de todos nós. Sempre que se fala em combater as drogas estamos falando invariavelmente em cocaína, crack, maconha e algumas sintéticas, que vira e mexe entram em circulação, mas sempre esquecemos de duas drogas lícitas que segundo vários especialistas são as mais difíceis de tratar e, portanto, curar. Ninguém pode ser preso por consumo exagerado de álcool (a não ser que saia por aí quebrando os botequins). Algumas tragadinhas também não dão cadeia para ninguém. Por isso mesmo é preciso ficar atento ao comportamento que pode determinar se um indivíduo está caminhando para transformar-se em um alcoólatra. Beber um chopinho aqui, outro ali não significa ser alcoólatra. Tem gente que bebe apenas para entrar no clima ou ficar animadinho. Tem lógica: o álcool é um depressor do sistema nervoso central e altera o estado psíquico. Mas cuidado: começa assim. Para Gisele de Paula Barros Andrade, do Centro de Tratamento de Dependência Química, entre os vários fatores que desencadeiam o alcoolismo, três são mais comuns:
1) curiosidade em obter o efeito produzido pelo álcool como desibinição, relaxamento, tranquilização e sedação;
2) estrutura familiar e
3) inabilidade de lidar com as situações de perdas e até com o sucesso na vida.
Esses são fatores que desencadeiam o alcoolismo, mas não justificam a doença. Bebidas alcoólicas estão disponíveis em qualquer esquina, mas isso não quer dizer que você tem de sair por aí todos os dias bebendo todas. Fique esperto: a vida não precisa desse tipo de combustível para seguir em frente.
Violência e drogas (e uma coisa tem sem dúvida relação com a outra) são assuntos presentes nas conversas e preocupações de todos nós. Sempre que se fala em combater as drogas estamos falando invariavelmente em cocaína, crack, maconha e algumas sintéticas, que vira e mexe entram em circulação, mas sempre esquecemos de duas drogas lícitas que segundo vários especialistas são as mais difíceis de tratar e, portanto, curar. Ninguém pode ser preso por consumo exagerado de álcool (a não ser que saia por aí quebrando os botequins). Algumas tragadinhas também não dão cadeia para ninguém. Por isso mesmo é preciso ficar atento ao comportamento que pode determinar se um indivíduo está caminhando para transformar-se em um alcoólatra. Beber um chopinho aqui, outro ali não significa ser alcoólatra. Tem gente que bebe apenas para entrar no clima ou ficar animadinho. Tem lógica: o álcool é um depressor do sistema nervoso central e altera o estado psíquico. Mas cuidado: começa assim. Para Gisele de Paula Barros Andrade, do Centro de Tratamento de Dependência Química, entre os vários fatores que desencadeiam o alcoolismo, três são mais comuns:
1) curiosidade em obter o efeito produzido pelo álcool como desibinição, relaxamento, tranquilização e sedação;
2) estrutura familiar e
3) inabilidade de lidar com as situações de perdas e até com o sucesso na vida.
Esses são fatores que desencadeiam o alcoolismo, mas não justificam a doença. Bebidas alcoólicas estão disponíveis em qualquer esquina, mas isso não quer dizer que você tem de sair por aí todos os dias bebendo todas. Fique esperto: a vida não precisa desse tipo de combustível para seguir em frente.
terça-feira, 9 de março de 2010
Blogueiros jornalistas
E a prefeitura de Nova York passou a tratar blogueiros como jornalistas, com direito a credenciais para a cobertura de eventos oficiais. Antes, webjornalistas independentes eram discriminados. Pelas novas normas, recebem acesso livre desde que provem que já publicaram pelo menos cinco notícias de interesse geral da cidade.
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