por Gonça
Vivendo em NY desde a idade das trevas, Zélia Cardoso de Mello dá entrevista hoje ao G1. É para "comemorar" os 20 anos do Plano Collor. É cara de pau com mistura de verniz e teflon. Em tese, continua defendendo aquele brutal confisco da poupança dos brasileiros (na verdade, de muitos brasileiros, não de todos, porque, soube-se depois, uma turma privilegiada escapou da pena. Em um surto de confusão histórica, Zélia compara o Brasil da época à Alemanha da hiperinflação, quando um simples selo de correio custava 1 bilhão de marcos em uma segunda-feira e passava para 3 bi na quarta seguinte. Ela diz que economistas de vários partidos discutiram o plano. Pena que não dá os nomes. Muitos, partidos e "sábios", estão por aí ainda tentando ditar regras.
FHC reivindica muito do atual sucesso da economia? Esqueça. Zélia relembra a inflação galopante da época (que continuou galopando) e acha que tudo começou há vinte anos. Fala do início da abertura da economia como o marco zero da nossa felicidade. Menos, Dona Zélia, nada original. Com o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim, símbolos de uma nova e histórica era, até a China e o Butão derrubaram barreiras. O mundo mudou e não foi, surpresa!, com uma canetada do seu amigo Collor.
Leia essa pérola da economista direto do seu "exílio" na Big Apple: "É muito difícil para as pessoas entenderem [a razão do bloqueio das contas], porque elas precisam entender um pouquinho de economia."
Ou seja, tava tudo certo, nós fomos roubados mas não entendemos nada porque somos umas antas pós-graduadas.
Ô Zélia Mellou, isso não é explicação, deve ser uma piada de ex-patroa de humorista.
Anote aí: o que o povo brasileiro precisa é entender de safadeza e pensar bem antes de votar. Sempre.
Não recomendo ao leitor deste blog, pode estragar seu belo sábado de sol, como quase estragou o meu, mas se quiser ler a matéria completa tire as crianças da sala e clique aqui no G1
Um comentário:
Só quem paricipava da vida ativa na 'época, pode avaliar o que foi o "Plano Collor" para o brasileiro naquela ocasião. Herdeiro de uma inflação de mais de 90% ao mês, vinda do governo do Sen. Sarney, Collor achou que com uma equipe econômica liderada pela Ministra da Fazenda, Zélia de Mello, poderia acabar com a inflação de uma vez. Para isso dizia que só tinha uma bala no fuzil e não podia errar. Muito à vontade numa entrevista na televisão, o Gal Newton Cardoso,fez o seguinte comentário: "Com só uma bala no fuzil, o que vai fazer se errar o tiro?". Collor não soube o que fazer e depois de 2 anos, renunciou ao mandato de Presidente para não ser cassado do cargo.
A Ministra Zélia, enquanto o povo brasileiro arrancava os cabelos para arranjar dinheiro para almoçar no dia seguinte e as empresas corriam atrás dos botequins, Moteis e Empresas de Onibus para arrecadar dinheiro e pagar os seus empregados, a dona Zélia dançava um tango com o deputado Bernardo Cabral e iniciava um namoro que deu o que falar nos meios políticos de então;
O Plano Collor só foi eficiente no confisco da econômia do cidadão brasileiro, porque no resto fracassou redondamente e sem bala no fuzil o seu Plano e da dona Zélia foi para o espaço. A inflação voltou pegando pesado e a dona Zélia perdeu o seu namorado logo depois, porque o idílio,não durou mais do que uma noite ao som de um tango Argentino.
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