terça-feira, 8 de setembro de 2009

Leilão do Arquivo Manchete




Está marcado para o próximo dia 22 de setembro o leilão do Arquivo Fotográfico da Bloch Editores. Este blog públicou em posts logo abaixo reproduções de uma fotonovela da vida do Pelé (1959) e uma entrevista com Roberto Carlos feita por Carlos Lacerda (1970). São apenas duas pequenas referências de um dos mais expressivos arquivos jornalísticos do pais. De 1952 até 2000, ano em que a Bloch foi à falência, a Manchete, Fatos & Fotos, Amiga, Desfile e demais publicações da extinta editora acumularam um vasto acervo. O livro Aconteceu na Manchete - As histórias que ninguém contou (Editora Desiderata) reúne cerca de 200 reproduções significativas do arquivo da Manchete, acima postadas. Trata-se de um patrimônio cultural importantíssimo. O que se espera é que o vencedor do leilão leve ao público esse acervo que mostra acontecimentos políticos, esportivos, da música, do cinema, do esporte, tendências, mudanças de comportamento etc de meio-século de Brasil. Que o divulgue, seja em forma de publicações, de livros ou exposições e que esses milhões de fotos e cromos não fiquem encaixotados como estão há nove anos. A memória do país agradece.

Do baú do Paniscumovum -1


Roberto Carlos comemora 50 anos de carreira. Foi tema em praticamente de todos os jornais e revistas do país. As revistas da Bloch acompanharam passo a passo a vida do cantor e os arquivos da Manchete e da Amiga, que em breve serão leiloadas pela Massa Falida da extinta editora, guardam certamente raras imagens da trajetória do RC. Aqui vai uma delas, reproduzida da edição Nº 963 da revista, uma página dupla com foto do saudoso Gil Pinheiro. Em outubro de 1970, Carlos Lacerda - em período sabático-político após o fracasso da Frente Ampla e em plena ditadura que ele ajudou a implantar e que, depois, o congelou - virou colaborador da Manchete, a expressão não existia na época mas o ex-governador e político combativo tornou-se "repórter de celebridades". Uma das suas primeiras tarefas foi entrevistar Roberto Carlos . Lacerda deu ao perfil extremamente bem escrito que fez do cantor um título sugestivo: Roberto Carlos, rei da jovem guarda, príncipe da melacolia". Curioso é que Lacerda não ia à casa das "celebridades". Os entrevistados iam à sala do entrevistador. Com inegável talento, o repórter, de cara, aborda um tema-tabu até hoje na vida de Roberto Carlos: o acidente que sofreu, criança, em Cachoeiro do Itapemirim. Lacerda comenta que foi entrevistar Roberto e conheceu o Zunga, apelido de infância do cantor. E o Zunga vira a chave e o rumo de uma entrevista reveladora. Trechos:
"Zunga esteve lá em casa. Veio vestido de Roberto Carlos, de calça veludo frappé como as que Jean Bouquin vende naquela loja louca de St. Germain. Mas é de Zunga que se trata, o menino de sua mãe, que aos seis anos, numa festa escolar, levou um esbarro da locomitiva e perdeu uma perna e hoje a tem toda nova, de metal polido, deve ser prateado, o que o faz coxear um pouco". (...) "Pois Zunga é uma espécie de Édipo. O rei é Édipo-Rei. O filho amoroso de todas as mães, flor amorosa de três raças tristes" (...) "Zunga é um solitário e isto se vê nos seus olhos, no seu rosto contido, de tímido tenso".
É ou não é um retrato permanente do do RC, traçado há quase 40 anos?
E Lacerda faz ao entrevistado uma última pergunta e um comentário final:
- Se você fizesse um filme com a história da sua vida, como é que acabava?
- Eu, numa rua, andando na chuva"
- Ô solidão!"

Do baú do Paniscumovum -2


Era um tempo em que não havia programas de Tv do tipo "Esta é a minha vida" ou no estilo do quadro "Quem é", do Faustão´. Em 1959, as fotonovelas estavam em moda. Grande Hotel, nas bancas desde 1947, Capricho, que foi lançada em 1952 e Sétimo Céu, no começo dos anos 60, eram lidas por milhares de leitores. Capricho chegou a rodar, em média, nos anos 50, 500 mil exemplares. O gênero era sucesso e a Manchete Esportiva, dirigida obviamente ao público masculino embarcou na fórmula. Há 50 anos, a revista lançou uma edição especial sobre a vida de Pelé. Com uma curiosa particularidade: o "elenco" da fotonovela era formado pelo próprio protagonista da história e sua família. Estavam lá Zoca, "seu" Dondinho, a turma toda. Veja nas reproduções também publicadas no livro Aconteceu na Manchete - As histórias que ninguém contou (Editora Desiderata).

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O pré-sal é nosso

O pré-sal é nosso, vamos defendê-lo de nossos inimigos com unhas e dentes. Vamos comprar a preço de ouro, dos franceses, duas frotas aéreas de aviões de combate, o formidável "Rafallle. Vamos abrir uma segunda base naval na foz do Amazonas e comprar uma frota naval – dos franceses, é claro – completa para defender os nossos poços de petróleo, dos nossos inimigos, que querem se apoderar de nossas riquezas. Vamos comprar dos franceses, uma frota de novos submarinos – aqueles que navegam embaixo dágua – para defender os campos petrolíferos do pré-sal dos piratas submersos. Ninguém, mas ninguém mesmo ousará se meter a explorar o petróleo do pré-sal. O PRÉ-SAL É NOSSO.
O petróleo do pré-sal vai ficar lá, no sal, escondidinho pra ninguem meter o seu dedinho e roubar esta nossa riqueza. AH!, vamos criar uma estatal para gerenciar o pré-sal, aí vou poder nomear todos os meus parentes e amigos dos meus parentes e amigos dos amigos e todos lá do nordeste.
Gente boa tá lá. Ninguém nunca tinha ainda pensado nisso, né? É mas eu pensei. Eu sou esperto!

Aumento de salário? Que tal férias?

Bloch, Kapeller, Ghivelder... Sznejder - todos da mesma tribo, certo? Médio. Depois de alguns meses de casa (Fatos & Fotos, c. 1978), tomei coragem e fui pedir aumento a um dos "conterrâneos" acima citados. Ele fitou-me nos olhos, emocionado... e me tascou um beijo em cada bochecha! Imagino que a emoção (para o bem ou para o mal) fosse por conta de um judeu ter a ousadia de pedir aumento salarial a outro... E argumentou:
- Você trabalha num prédio do Niemeyer, tem a vista mais bela do Rio de Janeiro, almoça no melhor restaurante da cidade - e ainda quer um aumento?!!! Posso te oferecer férias... Procura o Lincoln Martins, na Geográfica, e vai passear na Alemanha por conta da Lufthansa.
A pauta: 15 dias de viagem para fazer uma matéria de "n" (muitas) páginas sobre as vinícolas alemãs. O fotógrafo era o saudoso Mituo Shiguihara; a guia, a nobre RP da Lufthansa Marie Louise von Thuronyi; a viagem foi cansativa mas agradabilíssima e instrutiva. Lamentavelmente, na época, por motivos de saúde, eu não bebia.
Vitor

domingo, 6 de setembro de 2009

Ipanema, um domingo nada carioca


Na carona do tempo...





























Domingo, 6 de setembro - Exposição de carros antigos no Forte de Copacabana. Aero-Willys 1962, Citroen 45, o Jaguar preto e prata é dos anos 40, o MG vermelho, anos 50. Fotos Gonça

Diz aí, Globo!!!!!


Este blog já elogiou o técnico Dunga, que é, ou era, muito criticado pela mídia menos pelo seu trabalho e mais pela característica pessoal de não abaixar a cabeça para jornalistas. Ontem mesmo, durante a coletiva logo após a vitória de 3x1 sobre a Argentina, lá dentro em Rosário, o treinador irritou-se, com razão, com a pergunta de um repórter sobre as falhas da defesa argentina ao não deter o "jogo aéreo" brasileiro. Antes de responder que apenas um dos três gols havia resultado de bola alta na área, o que já invalidava o raciocínio do repórter, Dunga rebateu que o autor da pergunta partia da premissa de que o Brasil não havia jogado bem mas sim que a Argentina tinha jogado mal. "E sempre assim", disse o treinador, sublinhando corretamente a prepotência da mídia e mostrando como é difícil para a imprensa brasileira reconhecer méritos a não ser nos seus "amigos", protegidos ou aliados. Dunga venceu a Copa América, a Copa das Confederações e classificou o Brasil para a África do Sul com três rodadas de antecedência. Não é pouca coisa. A Argentina mesmo, com um time de craques, está aí penando para ir à Copa. Dunga é um treinador experiente, um bom estrategista? Talvez não, talvez lhe falte ainda experiência. Mas já mostrou que tem um rumo e a dez meses da Copa já pode dizer que tem o time quase armado (mas anotem aí: a imprensa ainda vai fazer campanha para a convocação de Ronaldo, esteja gordo ou alcance o milagre de perder os quilos extras). E Parreira, eleito pela mídia e que não sofreu tal campanha? E um bom treinador? Não. É um burocrata que permitiu o desastre de 2006 e, em 94, só convocou Romário (que seria apontado como o melhor jogador da Copa) porque estava desesperado e a ponto de não se classificar para o mundial dos Estados Unidos (classificou-se, aliás, no último jogo). Mas tudo isso que eu estou falando é blá-blá-blá de torcedor. Quero mesmo é mostrar essa primeira página do caderno de esportes do Globo. O "enterro' de Dunga, em 2008, há menos de um ano, mereceu a capa. A classificação, ontem, a última meia página. E na capa do jornal, uma foto de quatro colunas na metade inferior da página, aquela que os editores consideram menos "nobre". A primeira metade, a que fica exposta na banca com o jornal dobrado é, tradicionalmente, a de maior visibilidade e "prestígio".

sábado, 5 de setembro de 2009

Um Jornal, uma história

A história do jornalismo brasileiro, particularmente do Rio de Janeiro, tem de passar pelo Jornal do Brasil, o JB. Esse jornal, a partir da sua renovação gráfica e editorial provocou uma revolução na mídia impresssa, que obrigou os seus concorrentes a procurarem se adequar ao novo conceito de como fazer um jornal. O JB tornou-se um modêlo de jornalismo moderno, repaginado com um novo visual gráfico além de criar um segundo caderno personalizado, o Caderno B, trazendo em suas páginas textos muito bem escritos com abordagem agressiva e opinativa. A paginação procurou um desenho que aumentava os espaços brancos entre os textos e as fotos deixando esses elementos respirarem melhor. Quer dizer: os textos e as fotos não ficavam esprimidos entre si. A paginação explorava o branco das páginas tornando-as visualmente mais leves. A grande revolução foi feita.
Infelizmente, "Não há bem que sempre dure..." diz o ditado popular e o JB sufocado pelos altos juros da economia brasileira teve que fechar as portas do seu prédio na Avenida Brasil e tentar voltar ao mercado editorial instalando na Avenida Rio Branco a sua redação.
Tentou se renovar e mais uma vez voltou a mexer com o mercado jornalístico repaginando o jornal em um novo formato menor, mais compactado com um novo visual. Essa solução foi mais uma vez a sua grande tirada, tanto assim, que logo depois outros concorrentes procuraram seguir esa nova linha, como O Dia.
A repaginação do Dia, no meu entender, foi mais feliz do que a do JB. O Dia optou por uma llinha de textos mais concisos e naturalmente mais curtos oferecendo uma leitura mais rápida e ocupando menos espaços nas páginas podendo assim usar no texto um corpo maior facilitando a sua leitura. O JB continuou com as suas grandes reportagens obrigando a paginação usar nos textos corpos bem menores, criando com isso alguma dificuldade na sua leitura. Ora, os jovens, pelas estatísticas, não são os grandes leitores de jornais, os adultos e os mais idosos é que leem jornais. Se esses leitores encontrarem dificuldade em ler jornais, ele vai procurar um que possa ler sem problemas.
É claro, que não seria isso que iria tirar o JB das bancas de jornais, mas eu, como não conseguia ler o JB, devido ao tamanho do corpo dos seus textos deixei de ler as sua páginas. Gostava de ler as cronicas do Fausto Wolf .
O Fausto Wolf foi embora e o JB, pelo que dizem, também está indo embora.
Inverno de 2009
deBarros

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

"Quem é Maria Alice Mariano?"


Às vezes fazemos algumas coisas que nem nós mesmos acreditamos. Pois é, foi o que aconteceu comigo no lançamento do livro Jornal Nacional - Modo de Fazer, na Livraria Argumento do Leblon, de autoria de William Bonner. Além de ser super simpático, Bonner é também super atento! Não é por acaso que ocupa o lugar que está no jornalismo da Rede Globo. Tudo aconteceu quando cheguei perto da mesa de autógrafos, depois de enfrentar uma fila de várias voltas (que por sinal andou muito rápido) e comentei de brincadeira para uma amiga que ela estava ao lado de Maria Alice Mariano, a repórter do ano. Mesmo concentrado em autografar os livros, não é que ele ouviu. Levantou a cabeça e falou em tom de brincadeira: "Que história é essa. Quem é Maria Alice Mariano?" Quase morri de vergonha. Cheguei perto dele e disse quase sussurrando, sou eu. Aí, ele me perguntou se eu fiquei muito tempo na fila. Respondi que apesar da multidão, a fila andou estilo nova-iorquino, rápida! Achou graça e me perguntou da onde eu era? Respondi que fazia assessoria de imprensa, mas já tinha trabalhado numa retransmissora da Rede Globo, a TV Serra Mar, em Nova Friburgo. Mas o que ele queria saber, é se eu morava no Brasil ou no exterior. Vocês sabem o que eu respondi? " Sou gaúcha!" Foi o dialogo mais surreal que já tive em minha vida.
Em tempo: Já lí o livro e adorei! Valeu Bonner, você é um baita profissional e muito bem humorado. Foto/Eliane Furtado

O chip do Zarur

Um chip telepático fará com que as pessoas possam controlar televisões, dvds, computadores, porta de garagem apenas com a força do pensamento. A engenhoca será implantada na superfície do cérebro dos manés que toparem isso e usará a eletricidade das células nervosas. É o que anunciam cientistas britânicos. Acho que esses caras chegaram atrasados. Nos anos 50/60, Alziro Zarur, mix de locutor, comunicador e líder religioso, já mandava sinais energéticos pelo rádio e dizia curar alguns desprevenidos que colocassem um copo d'água sobre o aparelho de rádio. Ou seja, o copo era o chip do Zarur. Não vem, Inglaterra, o Brasil já inventou isso há muito tempo.

Lili Carabina


Não vai ser fácil. O mandato de Obama acaba um dia, mesmo que os americanos o mandem para um segundo mandato. O fantasma no futuro da Casa Branca, logo ali na esquina, é a Sarah Palin. De fuzil na mão, com esse jeitinho sedutor e idéias ultrapassadas, ela lembra um pouco a Feiticeira, até tem o cacoete de piscar para as platéias. No ano passado, foi um fenômeno de mídia, como candidata a vice-presidente. Sumiu? Não. Parece ter um claro projeto político. Renunciou recentemente ao governo do Alasca e vai se dedicar a preparar sua candidatura a presidente nas próximas eleições. A mulher é um perigo. É a professorinha do interior que o eleitor vai querer levar prá cama. Ela é conservadora, se diz religiosa, mas sabe que tem algumas armas de sedução. E usa bem. Acha que ecologia é besteira, é a favor da liberação do comércio de armas, defende que os jovens se casem virgens, embora a filha tenha ignorado esse mandamento, é contra aborto, a favor do papel dos Estados Unidos como polícia mundial e por aí vai. Uma Bush piorada ou a Rosinha (deles) melhorada. Dificilmente não será o nome em que o Partido Repúblicano vai apostar no futuro. Em um tempo em que cada vez mais é a imagem que conta, a moça, que tem carisma e charme, é espontânea, maneja bem a televisão, fala uma besteiras, parece meio burrinha, mas olha de lado, manda umas piscadelas, arranca uns sorrisos da platéia e vai em frente. Vai dar trabalho.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

JB


Esta é a reprodução de uma primeira página histórica do JB. Chegou às bancas 12 em setembro de 1973. Os militares chilenos assassinam Salvador Allende no Palácio La Moneda e dão início a uma das mais sangrentas ditaduras da América do Sul. Como não podia publicar fotos do presidente do Chile, por imposição da censura da ditadura brasileira, o JB fez uma dramática primeira página apenas com o texto do enviado especial Humberto Vasconcelos. O editor de arte do JB era, na época, Ezio Speranza que trabalhou na Bloch e chefiou a paginação da revista Fatos e Fotos. O editor-chefe era o Alberto Dines. Por que recordo isso? Porque ontem, o site Jornalistas & Cia informou a demissão de mais seis jornalistas do JB e citou "rumores de que em breve deixará de circular a edição impressa do tradicional jornal ficando apenas a edição on line". Torço para que não seja verdade, não apenas pelos colegas que lá trabalham, pelos empregos que podem se perder neste já restrito mercado carioca, mas pela história do jornal, pela sua presença nas vidas e formação profissional de gerações de jornalistas. Com o tempo e com a crise, se descaracterizou. Há muito, já não é o jornal que conhecemos. Mesmo assim, boa sorte, JB.

Faça um "Belchior"

Sem querer, se foi ou não armação, o sumiço do cantor Belchior é uma excelente idéia. Se mandar para o Uruguai e morar em uma barraca de camping pode ser um exemplo a ser seguido por outras figuras nacionais. Um dos cassetas, não me lembro qual, lançou a campanha "qual o cantor de MPB que você gostaria que sumisse?". Mandou bem. Melhor ainda ampliar o sumiço para outras categorias. Vão aí as sugestões, quem sabe eles se mancam. E não precisa ser para o Uruguai, pode ser mais longe... bem mais longe.
- Sarney: uma longa temporada no Butão reescrevendo o livro Marimbondos de Fogo.
- Bispo Macedo: férias nas montanhas do Afeganistão, convertendo talibãs.
- Dado Dolabella: vai para um reality show. No Iraque.
- Miriam Leitão: deve passar um tempo fazendo conferências sobre capitalismo e neo-liberalismo. Na Coreia do Norte.
- Lula - férias prolongadas na ilha da família Sarney em São Luis, ou na mansão do Jáder Barbalho, em Belém, já que gosta tanto do PMDB.
- José Serra - será cobrador vitalício de pedágio (o homem é viciado em criar pedágio pra todo lado) nas estradas privatizadas da Sibéria. No inverno.
- Ciro Gomes - pode ir pra qualquer lugar desde que não leve a Patricia Pillar.
- Ronaldo - um tempinho na Arábia Saudita, sem cervejinha e sem boate.
- Pedro Cardoso, que é contra nudez, sexo, essas coisas - vai pra casa do Berlusconi, onde nadar vestido é coisa rara.
- Cesar Maia - de volta para o exílio no Chile, de onde nunca devia ter voltado.
- Marina Silva - a candidata-criacionista fará estágio em um laboratório de pesquisas de células-tronco e defenderá mestrado sobre Darwin.
- Aécio Neves - vai ter que pegar o GPS descobrir onde fica Minas Gerais e voltar praquela chatice que é governar o Estado.
- Lina Vieira - vai cobrar impostos atrasados dos guerrilheiros das Farc. A domicílio.
- Diogo Mainardi - um cara que adora o Brasil. Vai morar no Piauí, dividindo um barraco com a, na argumentação do próprio, sub-raça nordestina.
- Ex-Big Brothers - todo mundo para a universidade, Oxford de preferência, estudar física quântica em tempo integral.
- Vanusa - vai cantar o hino nacional na abertura da Copa da África do Sul.
- Galvão Bueno - vai ter que ouvir Vanusa cantar o hino nacional na abertura da Copa da África do Sul.
- Bento 16º - vai ganhar um abadá e se mudar para o Candeal.
- Carlinhos Brown: vai ganhar uma batina e se mudar para o Vaticano.

Sem comentários


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Parem as máquinas: notícia relevante

Foi realizado no Rio o Brasil Master Chopp, campeonato profissional que seleciona os melhores tiradores de chope do país. Epifânio Souza, do Bar Botequim Informal (Humaitá), foi o vencedor e vai disputar ao lado de Fábio Maia, do Bar Mala e Cuia (Centro) e Denis Leal, do Bar Costello (Gávea), segundo e terceiro lugares, a grande final brasileira, dia 25 de setembro em São Paulo. O vencedor vai à final do campeonato mundial em Nova York, em outubro. Coisa séria, bem mais do que política. A propósito, entre no link, clique na aba Game do Chope e teste seus conhecimentos em matéria de chope.
http://www.brasilmasterchopp2009.com.br/

Jornal Nacional, 40 anos...


... no livro do Bonner e na capa da Contigo!

Jornalismo?

Qual a diferença entre os plebiscitos que o Chávez, da Venezuela, promove para se eternizar no poder e o mesmo "golpe" legislativo do Uribe, da Colômbia, para a sua segunda, eu disse segunda, reeleição? Quase nada, a não ser a cobertura "isenta" da imprensa brasileira. Ontem, Uribe forçou a aprovação de um projeto de lei que permite que concorra ao terceiro mandato. Leu isso com destaque nos jornais de hoje? Não. Sabe-se que o Chávez é um fanfarrão, já deu um golpe armado na Venezuela, foi vítima de outro, incomoda poderosos mas não resolveu os problemas sociais do país, assim como seu antecessores milionários jamais se preocuparam com a grande desigualdade de renda e a pobreza em um nação abastecida por petrodólares. O problema é que a imprensa brasileira, por motivos óbvios e coerência ideológica, apoia a oposição na Venezuela e é situação na Colômbia. Se fosse o Chávez (ou o Rafael Correa, do Equador), a segunda reeleição seria capa dos jornais hoje, que já estariam pedindo o desembarque dos "marines" em Caracas. Mas o golpe autoritário foi do Uribe.... disfarça jornalista!!!
Curioso é que instituir a reeleição nos países sul-americanos foi uma manobra recomendada pelo famoso Consenso de Washington. Em curto espaço de tempo, Brasil, Argentina, Colômbia, Peru etc, adotaram o sistema. A idéia, em época de neo-liberalismo, era dar uma conveniente "estabilidade" ao continente. No Brasil, a aprovação da reeleição foi motivo de compra de votos, doações de canais de tv e rádio a políticos, pra variar com os responsáveis pela maracutaia jamais punidos. Tudo tranquilo. Mas o feitiço se voltou... O que não estava previsto era o aparecimento dos Evo Morales, Chávez, Rafael Correa... que agora também se acham no direito de renovar seus mandatos. Em tempo: entre tantas coisas a reformar na política, o Brasil deveria acabar com reeleição em todos os níveis. Isso afastaria os políticos profissionais. Em um mundo informatizado onde a troca de informação e dados é cada vez mais acelerada, quatro anos de mandato valem por dez, não cabe mais o argumento de que é pouco tempo. Depois, governadores, presidentes, prefeitos, deputados, vereadores e senadores devem pegar seus respectivos bonés e ir para casa. Quem sabe, sem a chance de fazer da política um meio de vida os picaretas vão encher o saco em outras freguesias.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Jornal Nacional, 40 anos




Willam Bonner lança neste dia 2 de setembro, na Livraria Argumento, Leblon, o livro Jornal Nacional - Modo de Fazer (Editora Globo). "Este livro tem o objetivo de mostrar de maneira clara, mesmo para quem não seja profissional de jornalismo, como é construído, dia a dia, o telejornal de maior audiência do Brasil". Como diz a apresentação, é uma obra quase didática. Nas reproduções, a capa do livro e alguns logotipos do JN.

Há 70 anos, começava a Segunda Guerra Mundial


Durante a guerra, o Departamento de Defesa americano editou uma revista em português. Em Guarda - Para a defesa das Américas era uma publicação gratuita, fartamente ilustrada, e tinha como objetivo combater a propaganda nazista na América Latina. Mesmo com um inevitável jeito de órgão oficial, Em Guarda era bem impressa, tinha páginas em cor e preto e branco e privilegiava as fotos. Os Aliados, especialmente as forças americanas, tinham fotógrafos em todas as frentes de guerra e a revista tinha à disposição valioso material de ação. Na sequência, imagens da Em Guarda mostram: o Brasil no front e cenas da invasão da Polônia no dia 1º de setembro de 1939, há 70 anos, quando o conflito começou, e a imagem solitária de um soldado alemão rendendo-se ao fim da guerra, em 1945. Na TV Panis, ao lado, cenas da Segunda Guerra.